Capítulo 6
Acordei às 6 da manhã para ir para a aula e infelizmente minha mãe já estava acordada fazendo ioga desde as 5 da manhã, coisa que eu nunca consegui fazer. Tomei meu café da manhã e me lavei para evitar minha mãe tanto quanto possível. Hoje eu estava indo de ônibus para a escola esperando não ver mais meu professor mas infelizmente não era o desejo dele já que ele estava me esperando no ponto de ônibus.
"Olá, senhor. Eu digo
-Oi e não esqueça aqui que não sou seu professor.
-Sim, mas é difícil.
-E caso contrário, você dormiu bem?
-Não, não muito.
Não era mentira aquela noite eu tinha passado a noite inteira pensando como eu iria reagir a ele no dia seguinte e eu tinha naquele momento um vazio no coração que só queria esse refúgio em seu braço que me atrai mais e mais.
-Ah bom ? Para que ? Ele respondeu preocupado.
- Nada, só tive muito o que pensar.
-Tudo bem. Ele disse um pouco desapontado. E seu irmão saiu da taverna.
- Sim, ele saiu e eu o aplaudi por esse milagre. Não achei que você se lembraria disso.
- Se me lembrei de cada uma de suas palavras e de suas expressões, elas ficam gravadas em minha memória e desejo conhecê-las todas.
Eu fiz uma careta surpresa e intrigada com o que ele tinha acabado de dizer, eu tinha ouvido direito ou ainda estava em um sonho, quando ele viu meu espanto ele tentou me alcançar, mas em vão.
-Não que eu seja estranho é só que me disseram que você não sorri muito então me surpreendeu quando você se soltou um pouco. Ele se defendeu.
- Ah, ok, mas quem disse isso?
Ele percebeu seu segundo erro e ficou envergonhado. Mas não pude deixar de achar fofo o jeito que ele coçou o pescoço irritado com a minha pergunta. Mas me peguei na hora, lembrando da minha mãe e da menstruação dela.
- Er... alguns professores e talvez alguns alunos...
- Tudo bem, eu entendo se você não quiser me contar.
- É porque tenho medo que depois haja problemas...
- Não é bom eu entendo e aí o ônibus chega mesmo assim.
Voltei para o ônibus, passei meu cartão e fui sentar ao lado do meu professor porque ele me disse muito claramente com seus olhos de corça novamente como da última vez.
-E se não, você tem namorado? Ele começou.
A princípio não entendi a pergunta então olhei para ele de forma estranha o que o fez sorrir mesmo ainda esperando uma resposta. Mas pude evitar que minhas bochechas ficassem vermelhas de vergonha por meu professor ter me feito essa pergunta. Mas respondi gaguejando, respondi que pelo menos era melhor do que me esconder debaixo da cadeira e não me levantar tanto que a pergunta dele me perturbasse.
- Não... eu não estou realmente... interessado nesse tipo de coisa.
Pude ver em seu rosto que esta resposta o satisfez, embora um pouco decepcionado por algumas coisas das quais não sei a causa.