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Capítulo 7 O Beckett está aqui para ver você!

Georgia ficou completamente perplexa, olhando para Beckett com uma expressão de confusão. Era a primeira vez que ela via Beckett, ela jurava que era a primeira vez, mas por algum motivo ele agia como se já se conhecessem.

— Abra bem os olhos e preste atenção! Esta é a senhora Georgia Adams, uma convidada de de honra do Grupo Atkinson! — gritou Beckett, voltando-se para o segurança e lançando-lhe um olhar de fúria. — A partir de hoje, não precisa mais vir trabalhar, está demitido! Saia! Imbecil.

O segurança abriu a boca, mas antes que pudesse falar, Beckett se virou para Georgia.

— Sra. Georgia, peço mil desculpas, esse idiota já está demitido! Por favor, entre! Estou preparando o contrato, e assim que estivesse pronto ia te procurar pessoalmente.

Georgia sentiu a cabeça zunir. Aquilo era um sonho? Como isso poderia ser tão real?

— Beckett, você disse que está preparando o contrato? Está dizendo que o contrato é para a nossa família? — perguntou Georgia, surpresa.

— Sim, claro que é para você, senhora Georgia! — Beckett assentiu com firmeza.

Georgia engoliu em seco, sem acreditar no que ouvia!

— Que tal se fizermos assim, Sra. Georgia, você pode ir para casa e esperar por mim. Assim que o contrato estiver pronto, eu mesmo irei até você para assiná-lo. Pode demorar um pouco, então não vou gastar o seu tempo aqui. — Beckett acrescentou.

Manter alguém como ela por perto, e correr o risco de ofendê-la ou gastar o tempo dela, era algo que ele não podia aguentar!

— Está bem, eu vou esperar em casa, Beckett — Georgia respondeu com um murmúrio, apesar de parecer surreal.

Depois de se despedir de Beckett, Georgia não conseguiu evitar soltar um longo suspiro. Aquilo era tão incrível, parecia um sonho! Ela já estava preparada para ouvir um não, quem poderia imaginar uma reviravolta dessas?

“Será que Beckett a havia confundido com outra pessoa? Ou estava apenas brincando tentando me provocar? Não importava, decidi que o melhor era voltar para casa e esperar em paz.” Enquanto pilotava a moto, os pensamentos de Georgia já estavam à mil, sua cabeça estava cheia.

De repente, seu celular tocou. Ao ver o número da avó na tela, não teve dúvidas de que seria sobre o contrato. Depois de hesitar por um momento, ela atendeu a ligação.

— Georgia, onde você está? — Do outro lado da linha, a voz furiosa da avó ressoou.

A fúria no tom de voz fez o corpo de Georgia estremecer dos pés a cabeça.

— Eu...eu... Acabei de sair do Grupo Atkinson — respondeu ela, olhando ao redor, hesitante.

— Eu te dou dez minutos! Volte para casa agora! — A avó desligou o telefone irritada.

Suspirando, Georgia guardou o celular e acelerou de volta para casa. Passados dez minutos, Georgia chegou ao salão principal da casa da família Adams, onde a avó já estava esperando há algum tempo.

A expressão dela era de pura raiva, parecendo que estava pronta para devorar alguém. Sentados ao seu lado estavam Jamie, Layla e alguns outros membros da família, todos com sorrisos de satisfação, claramente esperando pelo retorno de Georgia para se divertirem com a sua humilhação.

— Ah, você voltou? — Jamie zombou.

— Então, você não foi negociar a colaboração com o Grupo Atkinson? E aí? Conseguiu fechar o negócio? Se sim, mostre agora o contrato para a avó dar uma olhada. — Layla, aproveitou para também debochar e, acrescentou. — Chega, Layla. Você acha mesmo que qualquer um pode assinar um contrato com o Grupo Atkinson? Chegou ao menos encontrar Beckett? Além disso, como foi que chegou até lá? De moto, um veículo ecologicamente correto de duas rodas. Se não foi expulsa logo na entrada da empresa, já é lucro.

— Irmã, tenho que te dizer uma coisa. Você foi de moto até lá, mas tem que levar em conta que, não é só a sua reputação que está em jogo, é a da família Adams. O que você acha que o Grupo Atkinson vai pensar se nos ver dessa forma? Vão pensar que desprezamos eles! Como uma família tão grande quanto a nossa não tem nem um carro? Quem acreditaria nisso? — disse Jamie.

— Carro! — disse Georgia com uma pitada de sarcasmo — Se eu tivesse um carro, você acha que eu iria de moto? Como tem coragem de falar isso, passa o dia desfilando por aí, fazendo fofoca e intimidando os outros. O que mais você sabe fazer?

— Chega! — A avó interrompeu, furiosa, batendo com força na mesa ao seu lado. A xícara de chá que estava em cima caiu no chão, espalhando chá por todo chão.

Isso fez com que todos ficassem em silêncio imediatamente, e o coração de Georgia pulou uma batida com o susto.

— Georgia! — A avó perguntou com a expressão fechada. — E o contrato? Como foi a negociação?

A súbita pergunta pegou Georgia de surpresa, ela hesitou, e antes que pudesse responder, a avó insistiu.

— Responda! — disse com um tom frio.

— O senhor Beckett disse que vai trazer o contrato até aqui mais tarde! — Georgia respondeu, engolindo em seco.

O coração da avó deu um salto. Seus olhos se arregalaram de repente, com os lábios tremendo levemente, como se não acreditasse no que ouvia.

— Georgia, o que você disse? — perguntou a avó, se levantou rapidamente da cadeira.

Assustada com a reação da avó, Georgia tentou se recompor.

— Vovó, o senhor Beckett disse que, assim que o contrato estiver pronto, ele mesmo virá trazê-lo até mim! Ele já decidiu que vai assinar com a nossa família — respondeu ela.

— Isso é verdade? — A avó não conseguiu conter a emoção. Esse poderia ser o momento que mudaria todo destino da família Adams. Se realmente conseguissem aquele contrato, teriam uma colaboração direta com o Grupo Atkinson. Em três anos, certamente a família Adams iria se tornar uma das mais influentes da região.

— Ha! — De repente, Jamie não conseguiu segurar o riso. Aproximando-se da avó, disse.

— Vovó, a senhora não pode estar acreditando nessa história da Georgia, né?

— Jamie, o que quer dizer com isso? — perguntou a avó, olhando rapidamente para ele.

— Vovó, a Georgia está mentindo, não consegue perceber? Ela foi até lá de moto. Nem precisamos falar de negociar um contrato, ela provavelmente nem sequer viu o Beckett. Não é qualquer um que consegue uma reunião com ele. Ouvi dizer que muitos empresários importantes da cidade, como o Sr. Castaneda da Empresa Golden Source, o Sr. Benton do Grupo Benton, e o Sr. Taylor da Empresa Sky, todos correram atrás do Beckett para tentar garantir esse contrato, mas ele não deu atenção a nenhum deles. Agora, pense, todos eles têm muito mais poder que a nossa família, e nem assim conseguiram. Você acha que a Georgia conseguiria? — Jamie explicou, sorrindo.

Ao ouvir isso, a avó franziu a testa, e sua empolgação foi desaparecendo aos poucos. “Jamie estava certo, Beckett tinha melhores opções e não fazia sentido ele escolher a Grupo Adams! Eu me deixei levar pela emoção, era culpa do meu desejo desesperado por aquele contrato.” pensou ela.

— Georgia, você quer me matar de desgosto? Não foi isso que eu te ensinei. Tudo bem se você não ter conseguido o contrato, mas como pode mentir assim? — ela olhou para Georgia com raiva.

— Não, eu não menti! — Georgia sacudiu a cabeça, tentando se explicar — Vovó, tudo o que eu disse é verdade! — afirmou Georgia, firme na sua resposta. Mas, na verdade, nem ela mesma conseguia entender por que Beckett havia dito aquelas coisas.

— Mesmo que seja verdade, o senhor Beckett deve estar só te fazendo de palhaça! Ir até lá de moto é um insulto para ele. Alguém daquele nível, você acha que o que ele diz é sempre levado a sério? Georgia, você é muito ingênua! — disse Jamie e riu.

Essas palavras fizeram o coração de Georgia gelar.

“Era verdade, como eu não havia pensado nisso? Pessoas desse nível sempre falam de maneira confusa.” Assim que esse pensamento surgiu, a voz do mordomo, ecoou do lado de fora.

— Senhora, o senhor Beckett está aqui pedindo para ver você! — disse ele.

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