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Capítulo 1 Esplêndido!

— Defensor do Sul, finalmente consegui encontrá-lo! Abençoado seja a nossa Seclela! Você esteve desaparecido por três anos, se não fosse pela sua espada quebrada, as nossas fronteiras teriam sido invadidas pelo exército inimigo há muito tempo! Agora, que alguém andou espalhando a notícia falsa da sua morte, o inimigo enviou cem mil soldados de primeira categoria para atacar o sul do nosso território! Eu, Greedy Wolf, estou aqui para pedir humildemente que o Defensor do Sul volte para a fronteira e reassuma o comando tomando controle da situação.

Um homem corpulento ajoelhou-se com apenas um joelho no chão, seu rosto estava repleto de entusiasmo. Na sua frente estava um jovem pálido e magro, com a cabeça coberta por gazes e vestindo uma bata hospitalar de paciente, observava tudo.

— Haha! — riu o jovem, e murmurou para si mesmo. — Cem mil... soldados de primeira categoria? Os Oito Regimentos Reais e os Generais do Zodíaco não conseguem derrotar um mísero exército de cem mil homens?

— Defensor do Sul, acho que sabe que os Oito Regimentos Reais e os Generais do Zodíaco só obedecem às suas ordens. Se você não está lá, ninguém consegue comandá-los. Por favor, coloque esta situação em primeiro lugar e retorne ao sul para tomar posse do comando! — disse Greedy Wolf, com um ar envergonhado.

Nesse momento, pode-se ouvir o som de sapatos de salto alto ecoando do lado de fora, interrompendo a conversa.

— Enfim, a minha esposa acaba de chegar. Você pode sair agora, vá embora! — ordenou Kayden Scott, calmamente.

Greedy Wolf ficou surpreso e virou para Kayden com um olhar de espanto.

“Esposa? O Defensor do Sul havia se casado? Quem diria que alguma mulher no mundo poderia ser digna de tal honra.” Mas ele não ousou questionar mais e saiu em silêncio.

Logo, uma bela mulher de pernas longas apareceu na porta. Ela usava um vestido justo de seda preta que cobria apenas até as coxas, revelando suas pernas longas e pálidas, com uma aparência tão delicada e macia que chegava a dar a impressão de ser suculenta. Sua silhueta escultural estava realçada pelo vestido justo, destacando todo seu charme e elegância.

— Está acordado? Se já acordou, se apresse e venha comigo — a mulher disse friamente ao ver Kayden abrir os olhos.

Era a esposa de Kayden, Georgia Adams.

Georgia era a famosa mulher mais bela de Hiphia, e, no passado, inúmeros jovens ricos e influentes competiam para ganhar o seu coração. Todavia, há três anos, o patriarca da família Adams, Christopher Adams, encontrou um bobão e oficializou-o como genro. Dessa forma, foi espalhada por toda Hiphia a notícia de que a belíssima, Georgia, havia se casado com um tolo, e ela acabou se tornando motivo para piada nos últimos três anos.

E esse tolo era Kayden!

Ele estava sentado no banco traseiro do táxi, lembrando-se de tudo, com a cabeça encostada na janela.

Três anos atrás, ele era o Deus da Guerra do Sul, e recebeu o título de Defensor do Sul. Ele quem pessoalmente criou os Oito Regimentos Reais e os Generais do Zodíaco, para defender as fronteiras de Seclela como uma muralha de ferro. Naquela época, dez nações invadiram as fronteiras e, ele enfrentou o comando combinado das dez nações durante três dias, até finalmente, matar o comandante das dez nações em combate. No fim, ele tinha esgotado todas as suas forças e acabou por desmaiar no campo de batalha.

Ele não estava a par do que tinha acontecido depois, mas foi levado para Hiphia por Christopher Adams.

Ele estava com ferimentos graves e, devido a uma lesão no nervo cerebral, a sua memória foi afetada, ele perdeu todas as lembranças.

Durante os últimos três anos, ele viveu como alvo de deboche e desprezo, sendo menosprezado por todos. Exceto por Georgia, ninguém o tratava como um ser humano.

Georgia olhou para o tolo através do retrovisor e reparou que ele estava estranhamente quieto naquele dia, sem causar confusão.

“Meu deus, por que estou me dando ao trabalho de me preocupar com esse idiota?” pensou Georgia, balançando a cabeça em frustração. Até hoje, ela não conseguia entender por que seu avô a obrigou a se casar com um homem tolo e, até no momento da sua morte, ele insistiu para que ela jamais se divorciasse de Kayden.

Há alguns dias, o bobão tentou se suicidar, e saltou do telhado da empresa. Naquele momento, ela pensou que era o fim de Kayden, mas, de algum jeito, ele teve sorte e sobreviveu ao cair em cima de uma lona, sofrendo apenas uma concussão.

Assim que o táxi parou em frente à mansão da família Adams, Georgia desceu apressada, e caminhou com as suas longas pernas em direção à entrada.

Ao chegar à porta, ela parou e hesitou por um instante, com um ar de preocupação. Kayden, que estava seguindo logo atrás, não se reparou e não conseguiu evitar esbarrar nela batendo com a cabeça em suas costas. Na hora, ele sentiu uma pontada de dor que o fez franzir a testa.

— Você está bem? — perguntou Georgia, ao ver a expressão de dor de Kayden.

Ele balançou a cabeça sem dizer uma palavra sequer.

— Quando chegarmos na festa de aniversário da vovó, fique em silêncio e não faça nada. Apenas siga atrás de mim obedientemente, está bem? Estou pedindo, por favor — disse Georgia após observa-lo por um momento.

— Sim! — Kayden respondeu direto, confirmando com um aceno.

Georgia entrou na mansão.

Assim que ela entrou, sua mãe, Scarlett Wood, aproximou-se com uma expressão de desdém.

— Georgia, por que você trouxe esse retardado? Está sempre carregando ele de um lado para o outro, isso não te cansa? — perguntou Scarlett.

Ao notar a expressão de repulsa no rosto de Scarlett, Kayden lembrou-se de como ela o maltratava todas as vezes em que ele estava na casa dela, ela o amarrava à cama ou o trancava em um quarto, por vezes, deixava-o passar o dia inteiro sem comer.

— Mãe, estou cumprindo a promessa que fiz ao avô — respondeu Georgia, impotente.

— Avô, avô! Parece que você só pensa no seu avô! E eu, a sua mãe, o que eu tenho para falar, não conta? — resmungou Scarlett, irritada.

Nesse momento, Jamie Adams, o irmão de Georgia, reparou que Kayden também estava lá e chamou seus amigos.

— Olhem só, se não é o retardado da nossa família! O que ele está fazendo aqui? — disse ele em tom sarcástico.

— Ouvi dizer que esse idiota sempre está brigando com os cachorros para ver quem fica com o leite. É verdade? — perguntou um dos amigos.

— Brigar com os cachorros? Isso não é nada. Uma vez, ele agarrou uma velha no meio da rua para tentar mamar nela. Acabou sendo denunciado na delegacia — contou Jamie, rindo, cruzando os braços — Ele se superou da última vez, pulando do telhado da empresa enquanto praticava kung fu leve! Tem uma sorte danada por ainda não ter morrido.

As risadas aumentavam a cada comentário maldoso. No momento em que aquelas palavras chegaram aos ouvidos de Georgia, ela ficou furiosa e frustrada.

Jamie era o que mais sentia prazer em atormentar Kayden. Uma vez, ele influenciou Kayden a usar o banheiro feminino, o que resultou em ser pego e levar uma surra de duas mulheres. Ele também frequentemente ordenava Kayden roubar as meias de Georgia. Insultar Kayden como brincadeira já fazia parte da rotina de Jamie.

— Ei, Kayden, venha aqui e aprenda a se comportar como um cachorrinho voltando para casa — gritou Jamie, abrindo as pernas em provocação, enquanto Georgia e Kayden passavam por ele.

— Jamie, está indo longe demais. Ele é seu cunhado, afinal! — gritou Georgia, sem conseguir se conter em repreendê-lo.

Jamie e seus amigos gargalhavam.

— Cunhado? Esse bobão não é digno de ser meu cunhado. Georgia, você pode não ter vergonha na cara, mas eu tenho — ele disse, apontando para Georgia — Deveria perguntar ao Kayden o que ele deveria me chamar.

Jamie cruzou os braços, assumindo uma postura rude e firme. Kayden não se abalou, por um breve momento levantou os olhos para ele e logo os abaixou novamente.

— Ei, estou falando com você! É surdo? Ficou ainda mais burro depois da queda? — gritou Jamie, se sentindo irritado e envergonhado ao reparar que Kayden estava o ignorando — É para me chamar de pai, seu idiota! Ficou mudo? Ou ainda mais imbecil? — disse ele, levantando a mão para empurrar Kayden.

— Jamie, hoje é o aniversário da vovó, não vá longe demais — alarmou Georgia, apontando o dedo para ele.

Jamie levantou a mão e bateu levemente na própria boca.

— Oh, olhe para mim, como fui tolo! Esqueci que ele é um idiota — disse ele, debochando.

As risadas dos amigos dele ecoaram novamente.

— Realmente não esperava que você se importasse tanto com esse bobão. Vocês dois realmente foram feitos um para o outro, um par perfeito — disse Jamie num tom sarcástico.

Georgia, já estava cansada de discutir, e decidiu não dar mais atenção à ele, continuou caminhando, mas Jamie e seus amigos bloquearam seu caminho.

— Se Kayden não me chamar de pai, não vou deixar vocês passar por aqui — disse ele.

— Saia! — de repente, Kayden gritou com raiva.

Com um movimento rápido, ele agarrou Jamie pela garganta, levantou-o do chão, e o jogou com força, fazendo-o voar para longe.

Tudo aconteceu em um piscar de olhos. A cena deixou todos boquiabertos, completamente chocados. O tolo, imprestável da família Adams, havia batido em alguém.

Jamie caiu diretamente aos pés da avó, que, ao reparar que era ele, imediatamente se abaixou para ajudá-lo.

— Jamie, o que aconteceu? Quem te bateu? — perguntou ela.

— Avó, foi ele, o idiota me bateu! — respondeu Jamie, com o rosto contorcido de dor, apontando para Kayden.

A avó, ficou tão furiosa que seu corpo começou a tremer de raiva.

— Você... o que pensa que está fazendo? — gritou ela, apontou o dedo para Kayden.

Kayden olhou para ela com um olhar de desdém e se manteve calado.

— Georgia, como você ousa trazer esse imbecil para uma ocasião como a de hoje? Não acha que já envergonhou demais a nossa família? — disse a avó, furiosa.

Georgia olhou para a senhora de idade, e estava prestes a defender Kayden.

— Eu, Kayden, não sou um imbecil — ele disse friamente, interrompendo Georgia.

Com apenas uma frase ele deixou todos em choque!

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