F I M!
"A morte consegue nos roubar a presença dos que amamos, mas das lembranças que ficam nem ela pode nos separar. Viver intensamente cada momento é a melhor coisa que existe, mesmo que esse momento seja difícil e repleto de dor.
É o caso da morte, a experiência mais poderosa da vida."
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Janaína pedia a santa da morte para que Louis chegasse antes que fosse tarde demais.
Mesmo que não me enxergasse era como se tivesse esse poder, pois firmou seus olhos lacrimejantes na minha direção e curiosamente senti a dor dela, o sofrimento e o grande medo de que tudo desse errado, mas a sua fé é tão forte que a cada oração feita a mim me convencia ainda mais de conceder esse pedido, porém, poderia eu a portadora do fim, iniciar qualquer ciclo ou proteger essa criança de mim mesma?
Sinceramente não sei, visto que nunca fiz nada desse tipo, mas vou tentar! Preciso dar esse conforto a essa alma desesperada.
Nesses dias que fiquei perto da Janaína gradualmente fui me compadecendo da sua dor, e sei que já tenho afeto pela criança, mas evito pensar nisso, pois sou o fim e sei que não é bom ter esse tipo de sentimento para com ele.
O tempo passou e depois de duas horas agoniantes entre contrações, dores latejantes em sua cabeça e orações fortes finalmente a porta foi aberta.
Estava fazendo o meu melhor para que as coisas não saíssem do meu domínio, pois aceitei seu pedido e obviamente que ela não pode partir antes da hora. Não tenho a menor ideia do que estou fazendo, porém, parei meu tempo para que pudesse dar-lhe esse ultimo desejo.
— Obrigada — murmurou o agradecimento e acabei pegando apresso por essa alma repleta de fé — Obrigada minha santa.
Sem ter a mínima ideia do que estava acontecendo, Louis caminhou até ela pronto para passa um noite inteira com sua amada após meses sem dormi agarrado a ela, com animação se aproximou.
— Desculpa a demora! Estava no escritório trabalhando e resolvendo umas pendências — informou se juntando a ela na imensa cama de casal que mal cabia no pequeno quarto, assim que a puxou para seus braços, sentiu seu corpo úmido e sua pele gélido. Rapidamente acendeu a luz e se deparou com ela suada e toda encolhida — Janaína!
— Nosso filho Louis, salva nosso menino! — pediu segurando firme sua mão — Independente do final desse noite me prometa que vai cuidar do nosso Jav! — exigiu enquanto era suspensa em braços dele — Prometa!
— Calma, vamos para o hospital, tudo ficara bem meu amor, minha demora teve um ótimo proposito, está decidido! Vamos embora para o México! — informou passando pela porta indo sentindo a um dos carros em sua garagem.
— Mas, Louis! — tentou objetar
— Para com isso! — pediu a ela, assim que repouso seu corpo no banco do passageiro — não me deixa nervoso, Janaína!
Para não provocar nenhum estresse, resolveu se calar e durante o pequeno percurso até o hospital outra contração a atingiu e ele decidiu parar o carro de modo a esperar que ela conseguisse respirar com mais tranquilidade. Voltou a dirigir assim que deu permissão e ambos estavam mentalmente fazendo suas preces; ele para que o parto corresse tudo bem, pois os três seguiram para o México assim que ela é o bebê fossem liberados. Janaína desejava que o filho saísse vivo de toda essa situação e, no fundo, até eu estava temendo o pior.
Assim que chegaram no hospital Janaína foi levada as pressas para a sala de parto, ele não pode entrar com ela, mas fiz questão de está junto, não por ser meu dever, mas por desejar está presente.
O doutor de plantão ficou chocado como a temperatura do corpo da Janaína estava bem fria, exigiu alguns exames rápidos enquanto preparava tudo para fazer o parto de mais um bebê acreditando ser mais uma noite agitada do plantão.
— Salva meu filho! — exigiu segurando forme o braço do Dr. — Por favor tire meu filho agora mesmo! — como se a exigência fosse uma ordem prontamente focou em trazer o pequeno Jav ao mundo e tomada pela emoção me vi fazendo coisas que nunca fiz em toda minha existência.
O Dr. sentia que algo nessa parto não era corriqueiro como os habituais! Colocou a mão sobre a barriga dela e a mesma estava gelada. Desesperado pediu que ela fizesse força quando a contração viesse.
Nós minutos seguintes coisas ao redor dos quatro que estão dentro dessa sala não fazia sentindo, os batimentos de Janaína pararam e a linha reta no monitor ecoou por todo lugar, mas ela continuava lúcida e o postar seguiu com ela resistindo em larga o corpo e nada fiz, pois sei que na hora que achar melhor vira até mim, mas algo não ia bem e quando finalmente o pequeno Jav nasceu já estava sem vida.
— Leve a criança! — o médico pediu para dar tempo de prepara a mãe para dar-lhe a triste notícia.
Algo até mesmo para mim, não está certo se fosse realmente para ser eu saberia que viria buscar mãe e filho!
— Sra. Ruiz... sinto muito. — continuei esperando o sinal de levaria o pequeno conosco, mas nada acontecia.
— Deixe-me ver meu filho! — exigiu em desespero — AGORA! TENHO QUE VER MEU FILHO!
— Infelizmente ele nasceu morto...
— TRAGA! — o médico permitiu e me aproximei do pequeno de cabelos negros como a noite — Você me deve um desejo!
Olhei para ela que mirou os olhos nos meus.
— Meu desejo! Você tem que cuidar do meu filho — concordei e calmamente acariciei a pequena cabecinha do meu novo protegido e a coloração rosada começou a tomar conta do seu pequeno corpo — Protege a nuestro chico.
O choro do pequeno Jav reverberou por todo lugar e sorri com isso, pois o choro da vida é a coisa mais linda de se ver. — seja bem-vindo ao mundo Jav Ruiz LeBlanc — murmurei baixinho — prometi a sua mãe e vou cuidar de ti.
— Levem o bebê, anda! — saí dos meus devaneios com uma mão segurando a minha.
Janaína estava pronta para partir comigo, porém, eu temia deixar o pequeno sozinho e precisava ter total certeza que meu protegido ficaria bem. Segui com ele chorando no coloco de uma enfermeira e junto a mim veio a Janaína e ficamos por perto durante todo o tempo que achei necessário, até ter total certeza que ele estava bem.
— Vamos! — convoquei e de mãos dadas seguimos nosso caminho.
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Ao voltar para junto do meu novo protegido ele estava acordado, fiquei olhando-o por um longo tempo, admirando a pequena perfeição permitido criar sentimentos por ele.
Sei que pode me ver, pois os bebês tem um olhar puro e consegue admirar tudo que é oculto. — Não sei como farei, mas promessa é promessa e a minha será cumprido. — A enfermeira o colocou para dormi e disse que iria até o pai para dar-lhe a péssima notícia.
— Já volto... — informei ao bebê dormindo lindamente em seu berçário e segui para junto da enfermeira.
— Esse ar-condicionado está frio demais! — sorrir quando alisou os braços, reclamado da minha presença — Nunca me acostumei em dar notícias ruins, ainda mais nessas situações! Por Deus tudo que aconteceu naquela sala de parto até agora não consigo entender — murmurou antes de se aproximando do Louis.
Mantive-me por perto, para saber de tudo.