Capítulo 5 Desprezível
- Alan, você comprou um quadro do Sr. Timothy e o entregou ao Sr. Cameron para mim? - Madeline correu para Alan, chocada.
- Madeline, não se empolgue. Somos bons amigos e é isso que eu devo fazer! - Alan sorriu e olhou para Flynn com um olhar frio. - E quem é esse?
- Um sapo que acabou de sair da prisão. Não ligue para ele! - Paulina saiu da cozinha segurando um prato de cogumelos fritos e disse em um tom estranho. - Alan, você é muito gentil, veio até aqui e gastou tanto para ajudar Madeline. Isso é muito atencioso! Ao contrário de algumas pessoas, que desaparecem por vários anos e nem se dão ao trabalho de mandar um peido!
Flynn a ignorou e olhou para Alan com indiferença, perguntando:
- Essa é a pintura que eu dei ao Matteo, quando ela se tornou sua?
Todos ficaram atônitos com suas palavras.
- Flynn, você não tem vergonha? - Paulina estava com raiva agora e o encarou. - Você sabe quanto vale esse quadro? É uma obra autêntica do Sr. Timothy que vale milhões! Você tem dinheiro para isso? Você quer tudo para você! Por que não menciona que a Mansão Thodell na Montanha Plenilune também pertence a você?
Matteo disse seriamente:
- Flynn, não podemos brincar com isso!
Alan acenou levemente com a mão.
- Sra. Kuar, eu entendo que ele não trouxe nenhum presente porque se sentiu culpado em seu coração. Ele tomou o quadro como seu para se manter firme na família Kaur. Eu entendo. Hum... Esse quadro pertence a ele! - Alan então apontou para as duas garrafas de vinho no saguão e disse. - Eu só trouxe duas garrafas de álcool quando vim. Não trouxe Cenário na névoa e na chuva!
A atitude de Alan foi um recuo para avançar, o que fez com que a insatisfação de Paulina com Flynn atingisse o auge.
- Flynn, minha filha se casou com você. Você ainda quer competir com Alan por crédito? As pessoas precisam de um rosto, assim como as árvores precisam de uma casca! A pintura claramente pertence ao Alan, mas você insiste que é sua! Você não tem vergonha! Estou envergonhado por você!
Paulina repreendeu Flynn sem dó nem piedade, sem lhe deixar nenhuma expressão.
Madeline também menosprezou Flynn.
Esse cara não tinha nenhuma habilidade de verdade e, ainda assim, era um cara durão.
Ele devia ter ouvido a mãe dela rindo dele por não ter trazido um presente e quis levar o crédito por ter dado a pintura ele mesmo.
Que desprezível!
- Matteo, não estou brincando. Quando entrei pela porta, coloquei o quadro no hall de entrada. - Flynn continuou explicando. - Quando a Scarlet abriu a porta para mim mais cedo, não acredita em mim? Você pode perguntar a ela.
Matteo assentiu e disse:
- Isso também funciona. Scarlet ficou dormindo o dia todo. A comida está pronta agora, então vamos acordá-la e perguntar.
- Essa criança está sempre jogando no celular até a meia-noite. Precisamos encontrar um emprego para ela o mais rápido possível! - Disse Paulina, batendo a porta do quarto algumas vezes.
Scarlet bocejou e abriu a porta.
- Scarlet, Flynn trouxe o quadro quando chegou?
- Pintura? - Scarlet esfregou os olhos e não conseguiu entender o que Paulina estava dizendo.
- Alan trouxe uma obra-prima de Timothy e Flynn insistiu que a trouxesse com ele. Ele até disse que você a viu quando abriu a porta. - Explicou Paulina.
- A pintura de Timothy? Eu não a vi! - Scarlet piscou os olhos.
Quando Flynn chegou, ela estava dormindo no sofá e não conseguiu nem abrir os olhos para atender a porta. Mas ela se lembrava de ter visto Flynn carregando um pergaminho.
Mas e daí?
Mesmo que Flynn tenha trazido o quadro, ele foi roubado. Pessoas como ele não mereciam que alguém falasse por elas.
Nesse momento, a atenção de todos se voltou para Flynn, esperando para ver se ele tinha mais alguma coisa a dizer.
Paulina falou sem rodeios:
- Você não tem mais nada a dizer agora. Alguém tão sem vergonha como você teria a língua cortada nos tempos antigos! Mentiroso inútil!
Alan zombou ao ver Flynn sendo ridicularizado.
- Chega, não vamos mais falar sobre ele. Afinal de contas, ele acabou de voltar e precisa se exibir um pouco. Vamos lhe dar uma folga.
- Se ele quer se exibir, deveria usar suas habilidades reais! Qual é a diferença entre roubar e reivindicar como seu o quadro de um milhão de dólares de outra pessoa? - Scarlet revirou os olhos para Flynn com nojo e virou a cabeça para o outro lado.
Era insuportável olhar para esse cara. Madeline se casar com ele era como herdar a má sorte de oito gerações atrás.
Flynn deu uma risada fria e disse a Alan:
- Você não tem ideia de com quem está se metendo. Sugiro que seja gentil ou não terá nem mesmo a chance de se ajoelhar!
- Chega! - O rosto de Madeline escureceu quando ela falou com firmeza. - Flynn, você vai parar? Alan está defendendo você, mas você ainda ousa ameaçá-lo! Você ao menos sabe com quem está se metendo? Você, um ex-presidiário, que atitude é essa? Quer dar um soco no Sr. Alan e voltar para a prisão por mais alguns anos?
Flynn olhou para Scarlet com indiferença antes de dizer friamente:
- Se você pensar bem, certamente saberá que fui eu quem trouxe o quadro. Quais foram suas intenções ao esconder esse fato?
A garota parecia inocente, mas não conseguia evitar mentir com todos os dentes.
Scarlet se escondeu atrás de Madeline, fingindo medo, e disse em tom de brincadeira:
- Ele não iria me bater, certo? De qualquer forma, a pintura era sua, não era? Tia, esse é o quadro que Flynn trouxe. Não fale mais sobre ele.
Paulina estava furiosa ao ver Scarlet desse jeito.
- Flynn, seu inútil de merda! Você roubou o crédito do Sr. Alan e ameaçou a Scarlet! Quer que eu o expulse agora mesmo?
- Está bem! - Matteo interveio em voz alta. - Já chega! Não vamos tocar nesse assunto novamente.Temos o projeto e estamos assinando um contrato no valor de 10 milhões em dois dias. O Grupo Kaur tem apenas alguns milhares em fundos. O banco aprovou nosso pedido de empréstimo?
- Acabei de ligar para eles e eles rejeitaram nosso pedido de empréstimo novamente. - Madeline balançou a cabeça.
Matteo suspirou pesadamente:
- Não conseguimos nem recuperar os 3 milhões da Guilda dos Comerciantes Dragões Miríades, muito menos assinar o contrato sem sermos aprovados para nenhum empréstimo. Se isso continuar assim, você não poderá continuar como CEO.
O rosto de Paulina estava nublado de preocupação. Alan deu uma tossidinha e disse:
- Sra. Kuar, Flynn não disse que comprou o quadro? Alguém que pode se dar ao luxo de comprar um quadro que vale milhões deve ter algumas habilidades, certo? Não deveríamos pedir ajuda a ele?
Depois de dizer isso, Alan se virou para Flynn com uma expressão brincalhona no rosto.
Recém-libertado, ele parecia um caipira que tinha aparecido do nada.
Provavelmente, ele nem conseguiria entrar pela porta da frente do banco. Vamos ver como isso vai se desenrolar!
No entanto, Flynn simplesmente disse:
- Claro, não é nada demais.
- Nada demais?!
Todos ficaram chocados quando ouviram isso e olharam para Flynn com os olhos arregalados.
- Feche sua boca fedorenta! - Paulina gritou imediatamente. - Sua família é a dona do banco ou algo assim? É apenas um empréstimo de 10 milhões de dólares! Se você não falar, ninguém o tratará como burro. Se você disser mais uma palavra, caia fora! Um desperdício inútil que sempre tem que mostrar tudo!
O rosto de Flynn escureceu e seus olhos lançaram brilhos frios como facas:
- Você já terminou?
Se não fosse para ajudar Matteo a resolver seus problemas, ele não gostaria nem mesmo de pisar na porta da família Kaur.
- O quê? Você ainda quer me bater? - Paulina ficou surpresa com a expressão sombria de Flynn, mas retrucou obstinadamente.
- Sra. Kuar, não precisa ficar com raiva. Deixe-me ajudar Madeline a encontrar o Banco Aisino. - Alan interveio rapidamente como pacificador.
- Bem, Alan, nós realmente agradecemos. - Paulina sorriu e acenou com a cabeça enquanto seu humor se animava novamente.
- Sr. Matteo, já está ficando tarde. Vou voltar. - Disse Flynn, sentindo-se entediado, enquanto pegava seu pacote e deixava a família Kaur.
Ele já estava de mau humor hoje e não tinha mais vontade de discutir com eles. Ele não suportava a frieza com que o tratavam!
Matteo franziu a testa. Ele estava irritado com a questão do empréstimo e não se incomodou em impedir Flynn de sair.
Flynn chegou à Montanha Plenilune.
Esse era o bairro rico de Niarak, com mais de vinte vilas na encosta da montanha. Mesmo a mais barata custava 50 milhões de dólares.
E no topo da montanha estava a Mansão Thodell, Vila nº 1, uma mansão de três mil metros quadrados no valor de 300 milhões de dólares que pertencia a Cruz, o Deus da Guerra do Norte.
Atualmente, essa mansão pertence a Flynn.
Depois de tomar um banho, Flynn viu mais de dez carros esportivos estacionados em sua garagem Maybachs, Lamborghinis, Rolls-Royces, Koenigseggs, o que quisesse!
Flynn desceu a montanha Plenilune em seu Lamborghini e foi em direção à margem do rio para tomar um pouco de ar fresco.
- É ele? - Layla freou de repente, chocada, quando viu um Lamborghini passando por ela no pico da Montanha Plenilune.
- Quem é ele? - Kimber perguntou ao lado dela com curiosidade.
- Acho que vi o Flynn descendo da montanha em um Lamborghini... - Layla franziu a testa.