Capítulo 3
Capítulo 3
*Uma cilada? *
- Comporta se abrindo, senhor. - Fala a soldado da sala de comandos.
Todos os soldados mercuriyanos pegam suas armas principais esperando um possível ataque de imediato, à frente de todos está Taylon, o único que não se mexe, pois ele sabe que se for uma armadilha, seu inimigo não vai se mostrar de cara.
O silêncio reina à sua frente, levitando, Taylon entra na nave inimiga, encosta os pés no chão olhando para os lados.
Começa a andar, seus soldados o seguem, tudo está muito quieto, chegam em uma imensa área, provavelmente é o refeitório, objetos muito parecidos com mesas estão recolhidos e levitando no canto do cômodo.
Taylon segue em frente e entra no que acredita ser a cozinha. O soldado linguarudo volta a fazer piada.
- O que ele vai fazer? Cozinhar? - O soldado tapa a boca para rir.
Seu colega ao lado apenas balança a cabeça em negativa.
Seu braço direito se aproxima de Taylon.
- Senhor, o que pretende na cozinha? - Pergunta Rayder.
Taylon observa tudo, pratos, copos, panelas.
Taylon responde passando o dedo pela comida na panela:
- Preparem-se para atacar.
- Não entendo, senhor. - Insiste Rayder pegando sua espada a laser.
- A comida na louça suja está fresca, estão escondidos.
- Façam que o comandante ordenou!
Taylon olha seus soldados em estado de prontidão, como comandante, segue em frente, dizendo:
- Seremos atacados a qualquer momento, venham!
Ele segue pelos fundos da cozinha, um conjunto de portas dupla os levam até a área de motores da nave.
O soldado piadista sorri e diz:
- As engrenagens cheiram a hambúrguer! Kkk...
Todos riem com sua piada, cansado do rapaz Taylon volta-se, olhando em seus olhos e diz:
- Mais uma gracinha e arranco sua língua!
- Sim, senhor! Digo... Não, senhor! Digo...
- Cale-se, apenas mantenha essa boca fechada.
O soldado engole seco, agora está na mira do comandante e isso não é nada bom.
Taylon fica com os olhos vermelhos por um instante, deixando o soldado com mais receio ainda.
- Vamos. Rayder, fique na retaguarda.
- Sim, comandante! - Rayder volta com passos largos.
Taylon está tenso, não sabe o que o espera, que tipo de inimigo irá enfrentar, segue confiante apesar de tudo.
Rayder escuta um farfalhar de roupas, se vira, mais não rápido o suficiente e é pego. Seu grito ecoa por todo o cômodo, os soldados procuram e não veem nada.
- Ele sumiu senhor! - Grita um soldado.
Taylon deixa seu posto e volta correndo. Nada, olha para cima e para os lados, ele sumiu.
- Senhor, porque nossos olhos de raio-x não veem nada a mais? - Fala um soldado.
- Acredito que algo nos bloqueia.
- Estamos indefesos, senhor! Eles conhecem a própria nave como a palma de suas mãos. - Continua o soldado.
- Eu esperava mais de você, comandante. - Fala o inimigo chefe, andando vagarosamente até eles e mantendo uma certa distância.
- Ataquem! - Taylon grita voando como uma flecha até o seu adversário o derrubando.
- Você quer lutar? Vamos lutar!
Taylon o ataca com seu raio infravermelho que é mortal para muitos, mais seu inimigo não tem mais que escoriações.
- Como isso é possível?! - Taylon fala inconformado.
Seus soldados atacam os inimigos que vão aparecendo, Taylon vê e sente tudo a seu redor, tudo indica que seu inimigo é mais forte do que ele mesmo, isso o deixa em desvantagem.
Usará todos os seus recursos contra ele, aperta um botão em seu uniforme:
- Ligue-me com a soldado.
- O que está fazendo? Kkk... - Pergunta seu inimigo se divertindo por ele ser tão fraco.
- Conexão estabelecida comandante! - A voz robótica responde.
- Que gracinha... - O inimigo cruza os braços tirando um sarro. - Vai pedir ajuda? Kkk...
- Sim, comandante! - Fala a soldado na nave.
- Destrua a nave inimiga! - Taylon fala olhando nos olhos do inimigo.
- Mais, senhor...
Seu inimigo arregala os olhos, sem acreditar.
- É uma ordem! Destrua agora!
- Sim, senhor! Ativar mecanismos. - Taylon escuta a voz da soldado. - Comandante, foi uma honra trabalhar com o senhor. - Ela fala apertando o botão.
Taylon sorri ironicamente para seu inimigo, que aperta um botão no relógio do pulso e corre até Taylon o segurando pela roupa.
Taylon também o segura com tanta força que serra os dentes, seu corpo fica em chamas e o soca, a cabeça do inimigo faz um buraco no chão da nave, em seguida a nave explode.
A soldado, levanta e corre até a imensa tela onde mostra a nave se transformar em pequenos fragmentos que se dissolvem a seus olhos.
- Comandante... - Ela suspira chateada. Voltará a seu planeta e terá que contar a todos, que foi obrigada a cumprir as ordens do comandante de matar a todos.
A soldado liga os motores principais e volta para seu planeta o Mercuriyon.
Todos no planeta aguardam os soldados e o comandante saírem da nave, mais a única a sair é a soldado, o silêncio pesa no ambiente e o general se aproxima.
- Onde está o comandante? - Pergunta o general estranhando só ela sair da nave. - Onde estão todos?
- Senhor, eu sinto muito. - A soldado diz abaixando o olhar.
- O que quer dizer soldado? - O general pergunta entre os dentes.
- O comandante me pediu para eliminar a nave inimiga.
O general fica sem chão:
- Com ele dentro?
Engolindo seco, sabendo que pode ser punida, por não ter tentado persuadir o comandante responde:
- Com todos dentro, senhor.
- Você aceitou essa loucura? Eliminou um exército?
- Sim, senhor.
- Está destituída de seu cargo.
- Senhor, eu apenas cumpri ordens.
- Você tinha outros meios para o persuadir. Agora vá.
Com a cabeça erguida, olhando para sua frente ela responde:
- Sim, senhor.