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A FUGA

Marina Castro

Ao abrir os olhos percebo que estou em um quarto completamente escuro. Não vejo nada do lado de fora e não escuto nenhum barulho.

Tento lembrar o que aconteceu, mas a última lembrança que tenho é de Miguel cobrindo a minha boca e depois disso desmaiei.

Provavelmente por causa do susto.

Eu levanto e me encosto na parede, sigo tateando e tentando encontrar alguma saída ou visualizar algo.

- Miguel - Grito seu nome várias vezes, mas ninguém aparece.

Acordo com o estômago doendo de fome e mais uma vez tento gritar seu nome ou pedir ajuda e novamente ninguém aparece.

Adormeço para esquecer a dor e o sofrimento. Ao menos no sonho não estou vivendo esse inferno.

Era uma vez

O dia em que todo dia era bom

Delicioso gosto e o bom gosto

Das nuvens serem feitas de algodão

Dava pra ser

Herói no mesmo dia em que escolhia ser vilão

E acabava tudo em lanche

Um banho quente e talvez um arranhão... - Eu canto com o restante de força que sobra em meu corpo e novamente apago!

Sinto meu corpo ser carregado por alguém, mas não tenho forças para abrir os olhos. Sinto calafrios por todo meu corpo.

Ouço a voz de Miguel murmurar para que eu beba um pouco de água. Aceito ávida e até derramo água pelo meu corpo. Não sei quantos dias fiquei presa naquele ambiente escuro, mas não quero voltar nunca mais.

Miguel tira toda minha roupa e não faço nenhum movimento contra. Fecho os olhos e deixo ele fazer o que quiser comigo, pois não tenho força para lutar.

Porém para minha surpresa ele me coloca em uma banheira com água quente e me alimenta com uma sopa quentinha e torradas.

Eu como ávida, pois estava faminta.

- Quantos dias fiquei presa? - Questiono.

- Três dias - Fala secamente. Quando termina de me alimentar, ele sai do banheiro e me deixa sozinha.

Eu choro copiosamente! Vários sentimentos invadem o meu corpo e não consigo controlar. Medo, desejo e raiva por ter sido tão idiota. Fico pensando em formas de fugir, mas acabo adormecendo de cansaço.

Horas mais tarde, me sinto um pouco mais recuperada e vejo que estou no quarto que Miguel havia separado para mim. Vejo que a porta do quarto está aberta, por isso, praticamente pulo da cama e na ponta do pé saio do quarto.

Sinto um pouco de vertigem, mas respiro fundo e sigo.

Aperto o robe branco em meu corpo e sigo espreitando pela mansão para encontrar a saída e fugir. Ouço risadas e vejo que em um dos quartos estão quatro mulheres conversando animadas.

- Eu aposto que ela não vai durar esta semana - Uma delas fala.

- Mas Miguel está muito interessado nela, com nenhuma de nós ele agiu como está agindo com ela. - Outra comentou.

- Você diz isso por ela ter ficado apenas três dias. - Ouço outra comentar.

- Sim, e ele foi para Itália levar as meninas e retornou. Ele não ficou para finalizar os negócios. - Decido deixar de ouvir a conversa e continuo o meu caminho.

Chego à porta de entrada e quando abro a porta um alarme estridente toca na hora. Não olho para trás e corro para o lado de fora.

- Vão atrás dela - Ouço a voz de um dos seguranças, mas vejo Miguel murmurar.

- Deixe a ir - Ele diz! Aperto ainda mais o robe ao meu corpo e quando me aproximo do portão, o mesmo se abre. Olho para trás confusa e mesmo estando longe vejo Miguel imponente na porta da mansão.

Uma chuva torrencial começa a cair e eu corro para fora até perder o fôlego.

Para meu azar a chuva não deu trégua em momento algum, mas mesmo assim, continuei andando debaixo de chuva até encontrar algum carro que pudesse me dar carona.

Ouço barulho de carro e vejo um Audi preto blindado se aproximar. Pensei em pedir uma carona, mas com medo que fosse Miguel ou algum dos seus capangas, eu corri para a floresta próxima.

Ouço o carro frear bruscamente e isso faz com que eu corra ainda mais, por estar descalça fica difícil correr de verdade e por causa disso, Miguel me alcança facilmente.

Ele pega pelo meu braço e murmura.

- Até que você foi longe oncinha, mas não o suficiente. Ele murmura e me beija duramente. Percebo que tudo isso não passou de um jogo para ele e as lágrimas descem pelo meu rosto.

Bato em seu peitoral para que ele se afaste, mas isso não é suficiente. Ele abre meu robe e meu corpo completamente nu fica a sua disposição.

Eu mordo seu lábio e isso faz com ele se afaste. Sinto o gosto de sangue na minha boca e ele passa a mão pelo lábio e sorrir como se isso não fosse nada.

- Eu odeio você - Murmuro. Ele coloca o dedo na minha vagina e estou completamente molhada.

- Não é isso que sua buceta diz - Fala e me toca com mais fervor. Quando estou perto de gozar em suas mãos ele se afasta abruptamente e fala.

- Vamos voltar para casa - Murmura e espera que eu feche o robe. Meu pé está doendo de tanto correr. Ele me pega de surpresa ao me carregar e me colocar dentro do carro.

Adormeço exausta da minha fuga fracassada! Sou acordada por uma senhora que não tinha visto antes.

- Miguel pediu para trazer a refeição da senhora no quarto - Ela fala. Agradeço e como tudo calada.

Eu já aceitei que todos que estão aqui trabalha para Miguel e ninguém vai me ajudar a fugir. Por isso, decido que vou entrar em seu jogo até conseguir sair daqui, pois eu não duvido que seja vendida em algum momento.

Quando termino de comer pego a bandeja e decido levar até a parte de baixo da mansão. Quando estou descendo as escadas quase derrubo a bandeja com cena que vejo.

Na sala principal está Miguel em pé completamente nu enquanto uma das mulheres chupa seu pau. Ele joga a cabeça pra trás em extremo prazer e geme enquanto a mulher lhe devora.

Ele abre os olhos quando outra aparece e começa a beijar suas costas. Ela sussurra algo em seu ouvido e ele sorrir. Ele pega a cabeça da mulher e começa a socar forte em sua boca.

Seus gemidos me deixam excitada!

Ele olha em minha direção e eu olho em seus olhos, mas não digo nenhuma palavra.

Posso estar excitada com a cena, mas somente agora me dou conta que ele deve ter fudido todas as mulheres que estão nesta casa, incluindo eu!

O sentimento de ciúmes me atinge em cheio, mas nunca irei assumir. Sigo meu caminho e deixo a bandeja sobre a mesa na sala de jantar e quando volto para subir as escadas, vejo que ele está fudendo a mulher de quatro.

Uma lágrima solitária desce do meu olho, mas limpo rapidamente e me recuso a sentir algo por esse cretino filho da puta!!!

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