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CONFUSÃO E DOR

*Necessário ler o primeiro volume - TURISTA - Para compreender a continuação.

Marina Castro

Eu me sinto inerte desde o dia que Antonni me arrastou para longe de Miguel e ainda por cima o matou!

O som do disparo ainda é muito nítido em minha cabeça e não sei se vou conseguir esquecer algum dia.

A dor de ter que lidar com a morte de Miguel é insuportável e pior de tudo isso é saber que eu mesma me coloquei nessa situação quando decidir entrar naquele avião.

Por algum motivo idiota da minha parte, pensei que daria tudo certo e que sairia ilesa dessa situação, mas o buraco está se tornando cada vez mais fundo.

Lembro do dia que cheguei a mansão de Antonni e observei como o local é repleto de seguranças carregados de armas e a ordem aqui é atirar para matar caso alguém invada o local sem autorização.

Fecho os olhos e lembro novamente do dia que perdi o grande amor da minha vida.

Antonni me arrastou para dentro do carro e gritou para que eu parasse de gritar e chorar.

- Cala essa maldita boca - Rosnou.

- Eu odeio você mais que tudo - grito e ele me dá uma bofetada, mas como não tenho mais nada a perder eu avanço sobre ele e arranho sua face.

Isso faz com que ele fique mais irritado.

Ele avança sobre meu corpo e prende minhas mãos. Eu grito para que me deixe ir e ele puxa a arma e aponta sobre minha barriga.

- Se você não calar essa boca eu juro que atiro em você - Fala olhando em meus olhos de maneira fria.

Eu engolir seco e não falei mais nada.

Ao entrarmos na mansão ele solicita que uma senhora que se chama Rute tome conta de tudo que eu precisar.

O local é enorme e rodeado de mulheres de todos os tipos e formas.

Rute preparou um banho para que eu relaxasse e me deixou sozinha no que eu suponho que será meu quarto. Estava de toalha em frente ao espelho avaliando o meu rosto vermelho com a marca da mão de Antonni.

Tomo um susto ao ouvir a porta se abrir de repente e quando ele me vê de toalha um brilho terrível tomou conta dos seus olhos. Eu tento correr em direção ao banheiro, mas ele me alcança antes.

- Não tão rápido - Fala com a voz rouca.

- Não me toque - Murmuro, mas é totalmente em vão, pois ele tira minha toalha e começa a chupar meu pescoço, desce por minhas costas e chupa inteira, arrastando sua língua por cada centímetro do meu corpo.

Antonni me vira de frente e ajoelhado na minha frente olha em meus olhos e eu começo a chorar. Ele se levanta e com as duas mãos joga meu cabelo para trás.

Não quero o seu toque... Quero que ele me deixe em paz.

- Você vai ser minha, mas será algo completamente correspondido e dessa vez você vai saber que sou eu. – Murmura e finalmente me deixa em paz.

Antonni Farango

Eu podia jurar ter visto desejo nos olhos de Marina quando eu estava ajoelhada aos seus pés e pronto para chupa-lá inteira.

Iria fazer como os gatos fazem com seus filhotes e ia chupar ela todinha. Tenho certeza que no final ela estaria com meu pau entre suas pernas e chamando meu nome.

Faria ela esquecer o idiota do Miguel, mas ao invés disso, eu saí do seu quarto furioso e fui comer uma das mulheres da mansão.

Marina pensa que Miguel morreu, mas não. Está hospitalizado e se ele tiver amor a própria vida não terá coragem de vir até aqui.

Marina agora é minha e não pretendo abrir mão dela!

Miguel Vitale

Após sair do hospital o meu primeiro rompante foi querer ir até a mansão de Antonni e trazer Marina de volta e mataria Antonni com minhas próprias mãos.

Mas sei que eu sozinho e agindo por impulso não resolveria absolutamente nada. Por isso, quando meu pai me falou que Antonni faria um baile de máscara na próxima semana eu sabia que neste baile seria minha oportunidade de trazer ela de volta.

Lembro da última vez que estivermos juntos e a forma que Marina me olhou.

Em seus olhos estava a súplica para que eu não a entregasse a Antonni, para que eu não a vendesse.

Desde sua partida não tenho uma noite de sono, e quando durmo por poucas horas escuto sua voz me gritando e pedindo ajuda.

Eu levanto transtornado e encontro as chaves do carro e decido que não retorno para casa até encontrar Marina.

- Miguel onde você vai? - Meu pai pergunta quando vê que entrei no carro.

- Preciso trazer ela de volta - Falo ligando o carro.

- Não faça nada de cabeça quente. Seu filho e Marina precisam de você - Ele fala.

- Por isso mesmo que vou ir atrás dela - Falo e bato a porta do carro com força.

Ao chegar na porta da mansão os portões se abrem de forma automática e sei que ele está me esperando.

- Olá, Miguel! Como é bom te ver vivo, mas sua cara está péssima. - Antonni fala de forma sarcástica.

- Deixe o sarcasmo de lado. Você sabe que mais cedo ou mais tarde eu viria para buscar o que é meu - Falo.

- Pelo que me lembro tínhamos um acordo e eu comprei Marina, sendo assim, não entendo como ela pode ser sua. - Fala e eu percebo que ele não sabe que Marina está grávida.

Vanessa mandou os exames de sangue falsificado para Antonni. Será que Marina já sabe que está grávida? Eu olho ao redor para tentar encontrar algum vestígio dela.

- O que você quer pela Marina? - Pergunto afim de encerrar esse assunto de uma vez por todas.

- Absolutamente nada. Sabe Miguel, agora eu entendo o motivo pelo qual você se apaixonou por ela. Ela tem um gênio forte dos infernos, mas o sabor de Marina é o mais doce que já tive o prazer de provar - Fala sorrindo e sei que ele está querendo me provocar.

- Eu duvido que ela tenha ido para cama com você por livre e espontânea vontade - Falo.

- Vanessa pode te contar das minhas habilidades na cama, soube que ela está com você - Fala debochado.

Uma senhora aparece e ele ordena que a mulher traga Marina e ela vai decidir com quem quer ficar.

Quando ela aparece com um vestido branco, longo e transparente eu engulo seco por observar como ela está incrivelmente linda.

Seus olhos ficam levemente marejados, mas ela não se move.

- Miguel veio te buscar querida! - Antonni fala e a abraça por trás. Ele coloca o cabelo dela atrás da orelha e beija seu pescoço.

Assisto a cena como um animal enjaulado.

- Eu quero ficar com você, Antonni - Ela murmura e ele sorrir e chupa seu pescoço. Olho para os olhos de Marina e ela fecha os mesmos e deixa a lágrima rolar pelo seu rosto.

Estou prestes a avançar e tirar ela de perto dele com minhas próprias mãos, mas ela se vira para ele e o beija.

Ela o beijou na minha frente... Eu saio completamente transtornado. Agora além de não conseguir dormir, não consigo esquecer a cena dos dois juntos e por isso, passo a noite em claro transando com uma mulher que não faço a menor ideia de como se chama...

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