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Capítulo 1

- Merda... Eu disse ao Aldo para esquecer", murmuro, levando a mão à testa.

Bilel me coloca no chão e, olhando para mim com severidade, sibila: "Você não respondeu aos meus chamados - eu estava me divertindo -, mas não me disse nada.

- Eu estava me divertindo.

Ele faz uma careta e, pegando minha mão para me arrastar para dentro de sua casa, ele diz: "Você esteve bebendo".

- Que perspicaz, até experimentei um baseado - digo para provocá-lo.

Bilel me olha fixamente, mas apenas me arrasta e diz: - Parabéns - respondo com atrevimento.

- Obrigado - respondo com atrevimento.

- Para onde estamos indo? Quero ir dormir - digo parando.

- Eu levo você para casa.

- Não, eu disse que estava dormindo com o Aldo na vila.

Bilel faz uma careta de novo e diz, abrindo a porta - Esqueça, você vai dormir aqui esta noite -

- Aldo estará me procurando, tenho que ir! -

- Eu disse que o Adil cuidará disso.

- Minha cabeça está girando, não grite comigo! -

- Não estou gritando.

- Então não fale comigo! -

Bile suspira e me leva para a cozinha, me levanta sobre a bancada e me deixa sozinho.

Eu me inclino, coloco as mãos no rosto e fecho os olhos... Só preciso me acalmar por um momento.

- Tome, isso deve ajudar com sua ressaca", diz Bilel, entregando-me um comprimido e um copo de água.

- Não estou bêbado", respondo, tomando a água.

- Tudo bem, tome o comprimido, por favor - bufo e tomo o comprimido.

Bufo e tomo a pílula, bebo toda a água... legal.

-Quero mais", eu digo.

Bilel enche meu copo e, enquanto bebo mais água, de repente arroto.

- Acho que... sim, preciso fazer xixi", murmuro enquanto ele acena com a cabeça carinhosamente e me levanta.

Envolvo meus braços em seu pescoço e descanso minha cabeça em seu ombro, tão cansada.

- Você consegue fazer isso sozinho? - ele pergunta, levando-me ao banheiro.

- Claro, só estou um pouco tonta. Estou bem", respondo, batendo a porta na cara dele.

Pego meu celular e mando uma mensagem para o Aldo dizendo que estou bem, que fiz xixi e lavei o rosto? Estou muito melhor, mas meus olhos estão tão cansados que se fecham sozinhos.

Saio do banheiro e encontro Bilel falando ao celular.

- Eu entendo, obrigado, Adil. Conversaremos amanhã - ele desliga e coloca o celular no bolso.

- Quem é Enock? - Bilel pergunta sem me dar uma pausa.

- Ele não é ninguém, por que você bateu nele? Você deve ter quebrado a mandíbula dele.

- Ele estava em cima de você.

- Ele não estava em cima de mim, ele só estava tentando me ajudar e você, como sempre, tem que ser violento e físico.

- Eu diria que apenas me contive com um punho.

- Sabe de uma coisa? Estou cansado de explicar a você que estava errado, só quero dormir.

Vou para o quarto e subo na cama, afundando no colchão.

Bilel cuidadosamente desamarra meus sapatos e, colocando um cobertor sobre mim, pergunta suavemente - Como você está?

- Mmm - gemo, fechando os olhos, o cheiro dele é tão bom no travesseiro.

- Como foi sua primeira junta? -

- Horrível", murmuro, virando-me de lado.

Sinto seus dedos acariciando gentilmente meu cabelo e pergunto a ele com os olhos fechados: "Por que você é tão gentil comigo? -

- Porque eu amo você", ele murmura, acariciando minha bochecha.

- Mesmo quando eu o deixo irritado? -

- Infelizmente -

- E você realmente me ama? -

- O suficiente, e você? -

Encolho os ombros - Não sei, talvez - não sei.

Ele fica em silêncio por um momento para pensar sobre isso, até que me chama de volta - Baby doll? -

- Mmm... - respondo com um gemido, mas já virei a cabeça por um tempo.

- Você se arrepende de ter dito que me ama? -

Eu não respondo.

- Malditos terroristas", Rosita murmura enquanto lava uma xícara.

Enquanto isso, eu me sirvo de um pedaço de bolo e, enquanto como, acompanho as notícias.

- Quem sabe onde vamos parar", diz Rosita, desligando a TV.

- Obrigada mais uma vez, você é muito gentil", murmuro, pegando a xícara de chá com leite fumegante que ela me oferece.

- Ai, você é tão fofa, posso lhe fazer uma pergunta? Não tive coragem de perguntar ao senhor", diz Rosita, fazendo-me rir.

- Claro, me pergunte o que quiser - sopro um pouco do chá para esfriar.

- Vocês dois... então, estão juntos? -

- Acho que sim... sim - continuo assoprando meu chá.

- Já vi muitas garotas passarem por aqui, mas nenhuma delas se senta ali", diz ele, apontando para o banco em que estou sentado.

Acho que é a maneira de ele me dizer que Bilel se importa.

- Digamos que ainda estamos nos conhecendo um pouco... Bilel é uma pessoa bastante complexa", digo com uma risada.

- Não me diga que estou trabalhando para ele há mais de anos e ele ainda me chama de "lei" - eu rio e pergunto: "Você tem filhos?

Eu rio e pergunto: "Você tem filhos? -

- Dois! Eles já são adultos e moram em Quito, um é policial e o outro ainda está estudando - eu rio e pergunto: "Você tem dois filhos?

- Ah, então você é do Equador! -

- Sim, estou aqui há anos.

- Bem, meus pais são daqui. Eles são do Sri Lanka. Eu digo enquanto tomo meu chá, está delicioso.

- E você nasceu aqui? -

Aceno com a cabeça - Tenho mais duas irmãs, uma mais velha e outra mais nova.

- Todas as três são mulheres! Maravilhoso!

- Sim, todas do sexo feminino. De fato, meu pai fica louco em casa conosco.

Ouvimos alguém batendo na porta e ela diz, correndo - Ah... deve ser o Fausto, o jardineiro. Você quer vir comigo? -

- Não, obrigada, vou terminar meu chá e voltar para casa.

- Você não vai parar para almoçar? -

- Acho que não, mais uma vez obrigado por sua disponibilidade - De nada!

- De nada! Bom dia! -

- Tenha um bom dia - murmuro sorrindo para ele.

Espero até que ele saia da cozinha para pegar meu celular e ligar para Bilel.

- Staccato - murmuro enquanto desligo.

Respondo às mensagens de Aldo, que só escapou com uma reprimenda, e envio mensagens para Bilel.

- Onde você está - escrevo simplesmente.

Lavo a xícara e vou para o meu quarto lavar o rosto e escovar os dentes.

Gostaria de tomar um bom banho, mas acho que farei isso em casa.

Saio do banheiro e, fazendo fila, puxo as cobertas para arrumar a cama.

Só agora percebo um bilhete no travesseiro de Bilel... Pego-o e leio - Tenho que ir a Paris, não é o que você está pensando... Vou salvar vidas, pelo menos vou tentar. Sinta-se em casa, não se sinta desconfortável sem mim. Tentarei voltar o mais rápido possível.

PS. Quando você dorme, parece um anjo, eu poderia ficar olhando para você por um tempo infinito.

Seu, urso -

Olho para o bilhete com os dedos trêmulos e murmuro: - Não, não, não, não... por favor, não.

As palavras das notícias sobre o ataque em Paris ecoam em mim enquanto corro para o escritório dele e me sento em seu lugar, abrindo o computador.

A senha está me bloqueando, merda!

Fecho o computador novamente e procuro qualquer coisa para encontrar o número do Adil.

Nesse meio tempo, tento ligar novamente para Bilel, que ainda está fora do gancho.

As lágrimas começam a se acumular e, ao verificar as chamadas no telefone sem fio, noto um número recorrente.... Decido arriscar e ligar para o número.

Ele toca por um tempo e, de repente, ouço uma voz dizendo - Bilel, onde diabos você esteve, perdi todos os vestígios de você! -

- O quê? - pergunto, meus olhos se arregalam em pânico.

- Quem está falando? - pergunta Adil.

- Como assim, você perdeu o rastro do Bilel? - pergunto por sua vez.

- Benedita? -

- Onde está o Bilel? - grito, levantando a voz, ficando nervoso.

- Não sei! Não sei! - Adil grita enquanto eu coloco a mão na cabeça, que está girando.

- Como é que você não sabe? Você não está com ele? -

- Não - diz Adil simplesmente.

- Estou indo para Paris para procurá-lo - digo com decisão.

- Você está louco? Não podemos fazer nada até termos um rastro dele. Caso contrário, eu mesmo teria ido procurá-lo. Você não acha que sou estúpido? -

Ignoro seu insulto e pergunto com confusão - Há quanto tempo você não ouve falar de Bilel? -

- Não sei... talvez do

Darle? Faz muito tempo, droga.

- Meu Deus... E se ele tiver sido baleado? E se ele estiver morto e não soubermos de nada? - pergunto com a voz trêmula e, em seguida, acrescento imediatamente com uma ponta de esperança.

- Tecnicamente, eles não poderiam ter atirado nele... ele é o chefe da organização, não é? -

- E como diabos você sabe sobre a organização? Bilel devia estar louco para dar essa informação a alguém... - Adil grita comigo, mas eu o impeço imediatamente. Não tenho tempo para suas reclamações.

- Adil, por favor... responda minha pergunta. Você não pode atirar nele, pode? Preciso saber apenas isso.

- É um ataque não autorizado", murmura Adil, cedendo.

- Como não autorizado? Quem sou eu então? O que você quer de Bilel? - pergunto, tentando manter o juízo, pois sinto que vou desmaiar a qualquer momento.

- Eles são homens de Mohamed. Ele se rebelou contra nós por sua causa e agora eles querem que Bilel morra por transgredir as leis do Islã.

- O quê? - pergunto tremendo, colocando a mão no peito.

- Você acertou? Por sua causa, Bilel pode estar morto agora.

- Falecido...? - sussurro enquanto minha visão se turva rapidamente, minhas pernas cedem e eu caio sem sentidos no chão.

- Picardias? -

- Mmm... -

- Você se arrepende de ter dito que me ama? -

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