Resumo
Como eu queria conhecer um amor que me fizesse estremecer toda. Eu, Samantha Ferrari, tenho 20 anos e sou professora de dança. A dança veio na minha vida como forma de esquecer as mágoas e rejeições, por eu ser uma gordinha, pois é, eu sou, não chego a ser obesa, mas as pessoas me olham como se eu fosse um animal, e isso é antinatural. Fico pensando: será que um dia eu vou encontrar um amor que dure a vida toda? Uma batida, em meu bebê fez ali conhecer a mulher que mudaria completamente a minha vida. Sou um homem que não acreditava mais no amor. E por ser um homem ocupado para o meu trabalho como juiz e tendo uma maior ocupação na vida é ser pai e mãe para a minha filha Cristal, nunca me ocorreu que ali naquela batida iria conhecer finalmente o amor. Meu nome é Damion Filip e vou mostrar para essa linda mulher um amor de um homem com sangue grego nas veias.
Capitulo 1
Samantha Ferrari
A dança sempre fez parte da minha vida. Desde pequena, ficava assistindo a filmes que retratavam a dança, mas, quando eu assistia, eu não via o requebrado de duas pessoas, mas, sim, as almas daqueles que estavam dançando. Além disso, tenho um amor por plantas. Saio de casa depois de regar as minhas meninas (sim, eu as trato como filhas), vou para o carro, ligo o rádio e começa a tocar a música: Solo a tu lado quiero vivir, do grupo JYVE V.
Eu estava tão distraída na rua, ouvindo música, quando dei por mim, eu tinha acabado de bater o carro. Eu fiquei tão assustada que não reparei que a porta do carro batido estava sendo aberta e saindo de lá um homem que parecia um deus grego. Logo o deus grego estava do meu lado me perguntando coisas, mas, na hora, não estava conseguindo me concentrar, tamanho o choque eu levei. O carro foi um deles, mas o homem que estava do meu lado... Meu Deus, que homem é esse? Tentei me concentrar novamente, e ele estava perguntando novamente:
— Moça, a senhora está bem? — me pergunta aquele deus grego. Penso... se concentra, Samantha. Mas como com um homem desses? Porém, com esforço, eu consigo falar, minha voz sai trêmula:
— Me desculpe, senhor, eu estou bem!
— Pois não parece, a senhora precisa sair do carro — ele falou.
— Mas eu estou bem! — dando ênfase ao que eu estava falando.
— A senhora está sentindo alguma coisa? — ele pergunta novamente enquanto abre a porta do carro. Quando eu saí do carro e fiquei frente a frente com ele, me deu uma leve tontura, se não fosse ele me segurar, com certeza eu iria parar com a cara no chão. E, minha nossa senhora das calcinhas, que homem era esse? Que mão é essa?
Eu agradeço a ajuda, me encosto no carro e fico observando, dando graças a Deus que a rua estava tranquila, sempre de manhã cedo era assim, bem tranquila, aí vejo que ele fica me observando, começo a ficar corada e resolvo logo responder para esse deus:
— Mas eu estou, não se preocupe, me desculpe pelo transtorno, é só senhor me dar seu número, que peço pro seguro do meu carro entrar em contato com o senhor. — Vejo-o colocando a mão no bolso do paletó preto e retirando o cartão do seguro dele, me dando, seu nome era Damion Filip. Estendi a mão para pegar a minha bolsa, entreguei também o cartão do meu seguro, meu nome e falei:
— Prazer, Samantha Ferrari — falo, ele me dá sua mão de novo e aperta a minha.
— Damion Filip — ele responde, o toque de sua mão deixa meu corpo pegando fogo. Me afasto e falo que entro em contato com ele, adentro o carro, ligo e me afasto desse deus grego, dou uma olhada no retrovisor e vejo que ele ainda está lá parado, começo imaginar, esse, sim, poderia ser o amor da minha vida, acabo rindo.
Que homem, hein! No mínimo, deve ser casado. Que mulher em sã consciência ia deixar aquele pedaço de mau caminho solto por aí? Eu mesma não deixaria. Vou seguindo pra escola, perdi tanto tempo com aquele deus grego. Ouvi falando no rádio o horário e não acreditei que estava mesmo atrasada.