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Alguém especial

Cap. 10

Me Reverso por Amor a Ela

Alícia

Desde que visitei a Fani no hospital seguimos nossa amizade, mesmo com a distância que nos separa, sinto que somos tão próximas, falamos sobre tudo, e sobre nada, sempre vou dormir feliz por tê-la encontrado, e já vai para quase três anos desde da noite trágica que a salvei.

Minha vida seguiu tranquila durante esse tempo, ainda estou cursando faculdade de odontologia, e falta tão pouco para terminar, mudei de trabalho algumas vezes, e atualmente estou trabalhando agora para uma empresa de transporte náutico e aéreo.

O salário é bem melhor, então pude finalmente aliviar meus pais do fardo financeiro, eles até seguiram em frente se mudaram para outra cidade, no momento eles estão morando em Los Angeles, pertinho daqui, na verdade foi difícil para eles me deixarem para trás, mas no fim mamãe conseguiu convencer meu pai, afinal são só trinta e cinco minutos de carro, então não fazia nenhum sentido mudar-me de Malibu, estou morando com duas colegas da faculdade, Shelby e Brenda.

Elas, são sem religião, porém não temos problemas, na verdade esse último ano está sendo bem diferente para mim, estou um pouco mais aberta, porém sei muito bem o que desejo, e minha fé não mudará nunca, sigo sem nenhum namorado, pois resolvi me dedicar ao trabalho e a faculdade, pois sinceramente não me interessa ter ninguém, mesmo porque eu sei que só devo namorar para me casar, e não posso me envolver sem antes ter certeza que ele serve para ser meu marido.

Recebi a seis meses atrás uma grande responsabilidade, a de ir em busca de investimento, para um projeto da faculdade voltado para pessoas carentes de saúde bucal.

E, como estou trabalhando agora em um emprego que tenho acesso a empresas grandes, então resolvi tentar, pois sei que todas elas têm trabalhos filantrópicos, então comecei a trabalhar paralelamente nisso, e para minha surpresa consegui fazer alguns contatos ótimos, e o mais importante deles foi com o dono da empresa área que nos presta serviço.

Ramon Hart estaria em Malibu, nos próximos dias, e aceitou me receber no hotel que estaria hospedado.

Foi muito rápido nosso encontro, ele é muito sério, me pediu o projeto e mal me deu atenção, em seguida seu assessor me disse que se o patrão resolvesse ajuda entraria em contato.

Imaginei mil situações, mas não se simplesmente dispensada, sem nem poder falar diretamente sobre a causa especial, que seria ter uma van trailer montada como consultório odontológico.

Dias depois...

Acabei recebendo o contato do próprio Ramon, ele se mostrou muito interessado e simpático, e me pediu para encontrá-lo em um almoço para discutir alguns pontos que não ficou claro. Acabei aceitando almoçar com ele no próprio hotel Melbourne, e foi assim que começamos nossa amizade.

Ramon é um homem já na casa dos trinta anos e muito charmoso, prestativo, e fez questão de se engajar pessoalmente no projeto.

Por isso estávamos em contato quase diariamente, eu achei ótimo o interesse dele, e por fim ao invés de uma van, fizemos cinco.

No dia da inauguração, ele veio fazer parte da equipe, e trouxe flores frescas, para mim, me senti especial e até me lembrei do tempo que estava me preparando para casar.

Mas, definitivamente um homem como Ramon seria um problema, ele é totalmente do mundo, e não posso cair na as armadilhas do inimigo, então fingir que as flores era para equipe, e dividir em cinco maço colocando nas vans para receber os pacientes, que seriam atendido por mim e pelos demais colegas.

Lavínia uma colega extrovertida, imediatamente veio ao meu encontro conversa sobre a presença do belo homem como atendente voluntário.

— Uau Alícia, você ainda não percebeu?

— Não, o que foi? Você não consegue fazer a obturação do dente, e quer ajudar, lá no consultório 02?

— Claro que não, colega, eu já acabei, e só vim ver essa lindeza, uau como é lindo nosso patrocinador, pena que ele está de quatro por você!

— Como você sabe disso?

— Não acredito que você ainda não se deu conta, um homem poderoso assim, está aqui em pleno domingo fazendo hora no estacionamento de uma escola de periferia, só estando apaixonado para isso acontecer, mas pelo menos não se pode dizer que ele não tem princípio, afinal é impossível ver isso hoje em dia.

— Desculpa, Lavínia, mas realmente o senhor Hart não está aqui por mim, ele só quer ver o seu investimento em ação, e mesmo porque eu sou cristã, e nossos mundos são totalmente diferentes.

— Que besteira Alícia, você não precisa deixar sua fé para dar uma chance ao senhor gostosão.

— Pelos céus, Lavínia se controla se o senhor Hart ouvir, o que irá pensar, ele saber que sou uma mulher séria e que sou cristã.

— Ok, você é mesmo uma boba por fica com essa desculpa de religião, talvez seja por isso que o cara tá louco por você, só sendo assim para ele fazer essa extravagância de comprar cinco vans, pena que não consigo seguir regras, pois se não, eu iria entrar nessa sua igreja, para aprender a fisgar um homem como ele!

— Você só pode ter um parafuso fora de lugar, Lavínia, por favor, vamos trabalhar, pois tem quase cem pessoas esperando para serem atendidas.

— Já estou indo Santinha Alícia, a propósito, será que ele não tem um irmão? Ou primo?

— Chegar, Lavínia, pelos céus.

— Aí, Alícia, você não pode punir uma garota por sonhar.

— Tá bem, agora vamos sua garota sonhadora, vamos trabalha!

Realmente Lavínia tinha razão, desde desse dia, Ramon passou a me fazer perguntas, e conversa coisa pessoais, ele chegou a ir a minha igreja, e desde então está sempre me vendo, seu jeito sério realmente é bem legal, porém eu sei que ele não é um homem cristão, porém ele ainda não chegou a me falar nada, e sempre mantém distância, mas sinto que logo ele irá tocar no assunto.

Estou indo para a casa dos meus pais, e falarei com a minha mãe sobre ele, e aproveito e mostrarei algumas coisas, que comprei a ela, umas novas lingerie, e também roupas novas. Sempre fui muito cuidadosa com a aparência, mas nunca usei nada fora de decoro, porém minhas amigas que eu divido o apartamento, me fizeram um desafio, como eu não achei nada demais comprei as lingerie, não faço ideia o que mamãe irá achar.

Acabei chegando cedo, e me dirigir ao meu quarto, tomei um banho, e olhei as mensagens, nada da Fani, estou tão nervosa para falar com minha mãe, e com ela sobre Ramon, mas sei que não há possibilidade dos meus pais aceitar um namorado sem ele ser converter, apesar que notei o interesse do Ramon em aceitar Cristo, vi seu olhos molhados em alguns cultos.

Minha mãe Carrie logo me tirou dos meus pensamentos.

— Que benção filha você está aqui, como está sendo finalmente está na fase das aulas práticas?

— Incrível, definitivamente é o que amo fazer, pois um sorriso lindo e dentes saudáveis fazem bem à alma, além da saúde.

— Ótimo, então o que você comprou que disse que queria me mostrar?

— Ah! Nada demais, primeiro quero contar que conheci alguém especial.

— Hum, que bom filha, você saber que nós não queremos te pressionar, porém Alícia você já está para completa vinte três anos, e como você saber tenho problemas e não puder engravidar, e você infelizmente pode ter herdado isso, e se você pudesse seria bom se casar e ter seus filhos logo.

— Nossa mãe, eu só disse que conheci alguém, não temos nada ainda, porém ele é um homem sério, e só não é cristão ao menos não ainda!

— Que pena filha, mas se você o ama pode tentar convencê-lo, ou então entra em campanha e ora para ele se converter.

— Talvez, mas tudo no seu tempo, e não se preocupe vou ao médico olhar isso que preocupa a senhora, pois é bom saber.

— Perfeito amor, e o que é que você quer me mostrar?

— Bem comprei essas roupas íntimas, gostaria de saber se posso usar esse tipo de lingerie?

Minha mãe ficou escandalizada.

— Alícia, realmente são lindas mas não é para moças virgem, e cristã, talvez após está casada se seu marido gosta, mas agora não aconselho você a fazer uso disso.

— Mas, o que tem demais é só roupas que ninguém vê!

— O pecado às vezes está onde ninguém vê Alícia, agora você sabe minha opinião, não me leve a mal querida, mas não sou tão aberta, prefiro ser sempre tradicional.

— Tá bem mãe, não sei se vou ficar, talvez devolva todas as peças para a loja, e pegue algo mais discreto.

— Melhor mesmo filha, agora vamos, pois seu pai irá nos levar para jantar, pois um amigo dele está nos aguardando.

— Ta bem mãe, a senhora sabe se é formal?

— Sim como sempre.

— Vou me vestir então de acordo, daqui pouco desço para encontrar vocês.

— Tá bom querida, te aguardo.

Eu sabia que minha mãe ficaria chocada, porém são tão lindas as peças de seda e renda, não quero devolver nada.

Resolvi colocar as peças e tirar fotos, e fiz até um vídeo, e mandei para Fani, pois ela sim poderia me dar uma opinião sem preconceito, afinal falar com ela me faz tão bem.

E, já se tornou uma dependência e necessidade diária, pois posso confiar e falar coisas que jamais tive coragem de dizer a ninguém,

Como previ ela me respondeu, e me deixou super tranquila, e não vou deixar de usar algo que ninguém irá ver, acabei tendo que desligar e ir embora para o jantar, depois irei conta a ela sobre o Ramon, e pergunta o que ela achar dele, e vou insistir para ela confirma a sua presença no meu aniversário de vinte e três anos.

O jantar era no local nobre de Los Angeles, inicialmente achei que mamãe e papai estivesse errado, já que um jantar em um restaurante fino era uma fortuna.

Porém, logo vi Ramon e parecia ser os pais dele na mesa, e imediatamente para minha surpresa fomos direto para lá.

Autora: Graciliane Guimarães.

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