Biblioteca
Português
Capítulos
Configurações

Capítulo 8

- Você é um dorminhoco. - falei me levantando e rindo dela, ela só sabe dormir.

Vou para a cozinha, tomo um iogurte de coco, pego o celular e coloco Stitches de Shawn Mendes. Adoro essa música, é calma mas movimentada ao mesmo tempo, saio para a varanda e sento em uma cadeira de balanço enquanto balanço e penso.

Minutos depois vi Gustavo se aproximando, ele estava com um sorriso no rosto, senti meu coração acelerar um pouco.

- Olá Bel. - Ele me dá um beijo na bochecha, mas acho um pouco estranho já que ninguém está olhando e antes disso Gustavo e eu parecíamos que estávamos em uma luta de boxe, e estávamos sempre nos socando.

- E então você abusou. - Eu digo para você relaxar. Gustavo ri.

- E então sua pimenta. - Ele sorri como se fosse fazer alguma coisa, mas então faço um sinal de paz, o que nos faz rir. Gustavo me apelidou de várias coisas, Bel é como ele gosta de me chamar, Pimentinha é porque tomo muito sol e fico vermelha, Chefe quando sou mandona e muitas outras, cada ocasião é diferente. Eu gosto disso nele.

- Er... você falou com Gena? - ele perguntou, engolindo saliva.

- Ainda não.

- Oh. - Isso é tudo que eu digo. De alguma forma, esse pequeno momento em que estamos “namorando” mudou alguma coisa, mas não sei dizer o quê.

- Ei! Que tal sairmos hoje? - Gustavo pergunta de repente depois de um tempo de silêncio.

- Ei... - murmuro engolindo em seco, ele está me convidando para sair?! Oh, meu Deus! Muito idiota! Claro que ele está te convidando para sair, ele é meu namorado, bem, pelo menos para as pessoas lá fora. - Claro que somos amantes, certo? Isso é o que os namorados fazem, certo? Bem, não somos amantes de verdade, certo, isso é óbvio.

Acho melhor ficar quieto, quando fico nervoso começo a falar coisas que não fazem sentido e soam como um rádio antigo.

- Uh... isso é tudo. - Gustavo diz, penteando os cabelos para trás com os dedos, me olhando com um sorriso de soslaio enquanto tomo um gole do meu iogurte agora quente. - Mas você realmente concorda, certo? Você não precisa recuar imediatamente.

- Ei? Eu não sou assim, Gustavo. - Gustavo arqueia uma sobrancelha.

- Ok, talvez seja, mas só um pouco. Mas... espere, por que eu desistiria? - pergunto desconfiado. Ele morde o lábio inferior e desvia o olhar. - James...

- Você sabe que temos que nos mostrar juntos em público, certo? - aceno com a cabeça - Então a Gena tem uma festa no sábado e ela me ligou, e como você é minha namorada eu te levo, se quiser, claro.

- Você disse que não falou com ela.

- Eu não falei cara a cara. Ela me mandou uma mensagem me ligando. - Ele responde.

- Ah, você está falando no celular? - pergunto sem olhar para ele.

- Hum. - ele murmura. - Bella, você não me respondeu, quer ir?

- Gustavo, a Gena me odeia. Se ele não me convidou é porque não me quer lá. - respondo olhando-o nos olhos. A verdade é que tenho medo que Gena faça algo comigo.

- Bel, você será minha namorada – Ela se aproxima – E não fará nada que possa te machucar.

- Às vezes tenho medo de como você me conhece. - digo e rimos. - Ok, eu vou. Que horas vai ser?

- da noite. Vou te buscar para irmos embora, a casa dele não é tão perto.

- Gena tem casa aqui?! - pergunto surpreso, que bom que ela é super rica, mas cara, ela tem casas por todo lado, sério.

- Ah não, eles estão construindo a casa deles aqui, mas a festa será em uma alugada.

- Ah, aí. - falo olhando para o mar.

- Onde ela está? - pergunta Gustavo.

- Acho que ela deve ter ido na casa de uma amiga, não sei. - respondo bocejando. Que chato. - Ah, acho que vou ao refeitório com a Callie.

- Eu também vou, não há nada para fazer mesmo. - Gustavo dá de ombros e olha para frente, depois pega na mão para me ajudar a levantar. - Vêm amor. - Fico paralisado no mesmo lugar, mas vejo duas meninas passarem pela casa, nos olhando disfarçadamente.

Oh.

Pego sua mão, coloco um sorriso apaixonado no rosto e me levanto, ele pisca para mim e descemos as escadas até minha varanda.

Caminhamos de mãos dadas, quando do nada Gustavo me abraça de lado.

-Bel, relaxe. - Gustavo fala disfarçadamente. Tento relaxar, mas ainda estou tenso. Que raiva. Gustavo percebe e começa a apertar disfarçadamente minha cintura.

Não, não fazendo cócegas.

Tento conter o riso enquanto Gustavo continua apertando minha cintura.

Ajuda! Paro de tentar contê-lo e começo a rir. Oh meu Deus, meu estômago já está doendo. Afasto-me de Gustavo, ainda rindo, e começo a fugir dele na direção oposta ao restaurante onde é nosso destino.

-Gustavo, já chega. - digo sem fôlego enquanto continuo correndo, olho para trás e vejo que Gustavo está quase me alcançando, agora estamos correndo à beira mar. Porém, no momento seguinte a maré sobe forte e rapidamente, só sinto quando sou empurrado para o lado e então sinto meu corpo bater na areia.

-Bel! - ouço a voz de Gustavo se aproximando.

- Oh. - murmuro, começando a sentir a dor aguda no cotovelo.

- Está bem? Onde isso te machucou? Pode me ouvir? - Gustavo pergunta rapidamente e começa a analisar meu corpo.

- Estou bem, só o cotovelo, ah! - Tento me sentar e sem querer bato o joelho no cotovelo, quase me fazendo ver estrelas de tanta dor.

- Ok, acalme-se. Venha, vou te carregar no colo.

- Huh? Como...? - Não consigo terminar a frase porque ele se abaixa e coloca os braços sob meus joelhos e me levanta com cuidado como se eu não pesasse nada.

- James?! O que você está fazendo?

- Vou levá-lo para casa. - Responda com calma.

- Cara, eu consigo andar muito bem. - respondo e ele revira os olhos, ignorando completamente meu argumento. - Gustavo, machuquei o cotovelo e não as pernas, ah, não importa.

Não adianta eu dizer nada, ele não vai me desprezar. Então coloquei meus braços ilesos em volta de seu pescoço para apoiá-lo. Com toda essa proximidade sinto o cheiro do perfume do Gustavo e isso me deixa nervoso.

Enquanto Gustavo me leva para casa vejo várias pessoas olhando para nós e cochichando sobre isso; as crianças sorriem maliciosamente para Gustavo; outras garotas para mim; Outras garotas me olham torto.

Chegamos na varanda da casa e tento descer, mas Gustavo não deixa.

-Gustavo, estamos aqui. Você pode me colocar no chão agora?

- Calma. –Ele entra em casa e gentilmente me coloca no sofá. - Amor Pronto. - Pisca para ele.

- Custos. Você já viu? Do nada, aquela água veio em cima de mim.

- Uhum, estava passando um barco, por isso o barco agitou a água. - Ele diz enquanto senta no outro sofá na minha frente.

- Ah, eu nem vi.

- Vou procurar gelo, senão vai inchar. Ou ele quebrou o braço? - pergunta ele, assustado com a hipótese.

- Não quebrou, só caí em cima dele e também de uma pedra.

Baixe o aplicativo agora para receber a recompensa
Digitalize o código QR para baixar o aplicativo Hinovel.