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Episódio 04

IMPERADOR NARRANDO

Por mais que eu tenha total controle de quem entra e quem sai do meu morro, eu não posso dar esse vacilo, e mesmo chapado como estou, sei exatamente como torturar e tirar as respostas das pessoas, sem que elas saiam daqui vivos, isso é um dom meu, até porque eu tinha 10 anos, quando tive o meu primeiro crime nas costas, isso porque o meu pai me fez matar um filho da puta, mas ele disse que era eu ou ele, que se ele saísse daquela situação, ele iria voltar com vários outros, e que a gente poderia morrer, e com isso sem pensar eu acabei atirando na cabeça do cara, e com isso eu ganhei o meu primeiro crime, mas ainda sim, não tive medo, e não tenho, se esses arrombados querem meter os x9 dentro da porra da minha favela, eu vou resolver de uma forma pacífica, eu vou matar primeiro o x9 e depois eu vou invadir a porra do morro, ou farei melhor, vou agir nas sombras e calado, até porque é assim que um bom bandido faz, ele dar apenas um golpe, e é certeiro. O bandido simplesmente acerta no seu alvo, quando ele pega alguém importante para os invasores, então os mato como um aviso, por isso sempre tenho que ser calculista a ponto de agir na surdina.

— O que vamos fazer com esse filho da puta? — o Jacaré pergunta.

— Precisamos descobrir de onde ele veio, procurar até os rastros de família desse desgraçado, e então a gente resolver o que vai fazer, mas claro vamos dar uma boa torturada nele, talvez ele abre a porra da boca. — digo, sério.

— Adoro torturar um filho da puta x9. — diz o Mosca, com um sorriso em seus lábios.

— Nunca vi, alguém gostar de brincar com o aperitivo, antes mesmo de sabermos se esse indigente é mesmo quem diz, ou é apenas mais um x9 querendo doce. — digo sorrindo. — Mas porra, eu vou deixar vocês brincando, vou na minha fortaleza, tomar um bom banho, tirar o fedor daquela puta do meu corpo, acabei dormindo sem tomar um banho, e isso tá me deixando enjoado caralho. — digo e eles riem.

— A pessoa mais limpa entre nós, dormiu com cheiro de puta no corpo, essa é nova. — o Jacaré fala rindo, então dou-lhe um tapa na cabeça.

— Filho da puta, eu tô mole com você, seu arrombado, eu meto uma bala na sua cabeça porra. — digo nervoso. — Tô aqui querendo vomitar, e vocês acham engraçado, é dois filho da puta mesmo. — digo, dando um soco no braço do Mosca, que logo se recompõe.

— Qual foi, Imperador. — ele fala, passando a mão sobre o braço. — Mas vai lá, pode ser contagioso. — ele fala, e da uma gargalhada.

— Vai tomar no meio do seu cu, seu filho da puta. — digo nervoso, e os dois ficam rindo. — Continua rindo, quando eu me estressar, vou meter uma única bala na cabeça de vocês. — digo sério.

— Qual foi, Imperador, não faz essa porra não. — diz o Jacaré rindo, vou ficar de boa. — ele fala, se segurando.

— Me dá aí a chave da moto porra. — digo e o Mosca me dá a chave da moto dele, logo caminho até a moto, monto nela, ligo e dou uma acelerada maneira. — Divirtam-se ai, mas não torturem muito, quero brincar também. — digo, nesse momento acelero a toda velocidade, então vou pilotando a moto rumo a minha fortaleza.

Fico-me pensando se o meu passado não me condenasse tanto, como eu sei que condena, até porque os crimes que tenho nas costas não são pequenos, acredito que já fui até mandado para o inferno ainda em vida, mas isso não me incomoda, a única coisa que quero fazer antes de morrer é curtir muito a minha vida, essa porcaria de vida que ainda tenho. Estava com os pensamentos tão distante, que acabei chegando na minha fortaleza, já fui estacionando a moto, desci da mesma e fui subindo as escadas para entrar para minha mansão, antes de entrar um dos meus vapor me deu um recado da Késia, o que me deixa irritado, aquela mulher não cansa de me irritar, e ainda vive andando aos quatros lugares aqui do morro, dizendo que é minha fiel, eu tô dando um de desentendido, até o dia que eu chegar no limite, ou um dia que estiver bem irritado, eu vou raspar a porra da cabeça dela, ou até mesmo irei dar ela de presente a algum dos meus aliados, mas querendo ou não, preciso focar no assalto que tenho pra fazer antes do baile, e também nesse cara que pegamos. Então respirei fundo, entrei na minha goma, já fui direto para as escadas, logo mais fui subindo as mesma, assim que estava no topo da escada, caminhei pelo corredor, rumo ao meu quarto, no momento em que cheguei na porta do quarto, abrir a mesma e já fui entrando, assim que entrei já fui direto para o banheiro, se tem uma coisa que odeio é ficar com o cheiro de puta no meu corpo, então logo que entrei no banheiro, já fui tirando a roupa, colocando no cesto de roupas, então liguei o chuveiro, sentir a água cair sobre o meu corpo, hoje o Rio de Janeiro está quente, e por mais que esteja tarde da noite, ainda sim está bastante calor. Após um tempo tomando banho, acabei o banho, peguei uma toalha, comecei enxugar o meu corpo ali mesmo, logo fui até a pia, e fiz minha higiene bucal, assim que acabei, sair do banheiro, fui até o closet, cheguei nas prateleiras peguei uma bermuda, abrir uma das gavetas e peguei uma cueca, comecei a me vestir, quando acabei, peguei meu celular e minha arma, guardei comigo, então sair do quarto, fui saindo do corredor, então assim que fui descendo as escadas, meu celular toca o som de mensagem, ao pega-lo para ver quem é, vejo que é uma mensagem da Késia, fui saindo de casa revirando os olhos, mas logo que coloquei os pés na escada para descer, ouvir alguém me chamando do portão.

— Gostoso. — a Késia me chama, respiro fundo.

— Caralho, tu não cansa não? — pergunto, já irritado.

— Poxa, gostoso, eu subir só pra te ver. — ela fala, com um sorriso enorme em seu lábio. — Onde está indo? — ela pergunta, nesse momento subo na moto, ligo a mesma, dou partida até o portão, no momento que chego no mesmo, seguro no cabelo dela, e acelero a moto a derrubando no chão. — Aí. — ela grita, ao cair no chão.

— Olha aqui vagabunda, eu não te devo satisfações, e a nenhuma outra filha da puta, eu sou solteiro, eu vou a onde eu quiser, eu como quem eu quiser e tiver vontade, você não é ninguém para mim. — digo sério. — Na próxima vez que me cobrar satisfações, eu vou raspar a merda desse seu cabelo porra. — digo nervoso, acelero a moto, e deixo ela lá caída no chão, estou irritado com a cobrança dessa puta achando que pode me cobrar alguma merda, quem ela pensa que é, para me cobrar alguma satisfação? Estava só o ódio quando fui chagando no quartinho, e os caras estavam ali na contenção.

— Ih, parece que alguém ja irritou o chefe. — diz o Dentinho ao me ver encostando a moto.

— Cala boca, filho da puta. — digo sério. — Jacaré seu filho da puta, eu já te falei pra colocar uns vapor porreta na entrada desse caralho, pra nenhuma marmita subir sem ser anunciada antes. — digo e ele dá risada.

— Mas é muita cara de pau né? — ele fala me olhando. — Você é o puto que mais tem mulher nessa porra, e tá reclamando. — diz ele, ironizando.

— Não te pedi opinião caralho, só tô te avisando. — digo sério. — Cadê o filho da puta do Mosca? — pergunto, o olhando.

— Sabe como é né? A marmita dele brotou no morro, e ele foi trocar o óleo. — diz ele rindo.

— Porra, é muito desgraçado mesmo, depois fica falando merda pra mim. — digo e ele continua a rir. — Mas aí, descobriu alguma coisa? — pergunto o olhando.

— Cara, ele continua dizendo que é um simples cidadão, que precisa de trabalho e moradia. — diz ele me olhando. — Mas peguei os documentos que ele estavam com ele, e mandei o nosso melhor homem investigar até a alma dos antepassado desse traste sacô? — diz ele, e concordo.

— Tá mané, vou lá na boca, dar um tapa na cocaína e depois vou pra casa dormir. — digo sorrindo.

— Porra cara, tu vai morrer de overdose com essa porra. — diz ele me repreendendo, reviro os olhos.

— Não sabia que meu pai estava me dando lição de moral. — digo e ele rir. — Até amanhã porra, preciso repor as energias, que amanhã temos que ver como tá o plano do assalto e logo mais a gente vai assaltar aquela loja de joias lá. — digo e então fazemos toque.

— Pode deixar. — diz ele.

— Até mais chefe. — diz o Dentinho, se despedindo.

Assim que fiz toque com os caras, fui até a moto, montei nela, então a liguei, assim que dei partida nela, fui pilotando a moto rumo a boca, estava querendo ficar chapado pra caralho, quero apenas dormir, acordar sem nenhum tipo de problema, mas quero saber qual é o dia que não tem uma confusão na porra desse morro. Ontem teve aqueles dois filhos da puta que queriam brigar por causa de buceta, aí quando meti a cara, e disse que essa porra de morro tá cheio de puta, a maria fuzil que tava atrás do cara, logo disse que iria ficar com o corninho, o que me fez dar uma boa gargalhada. Estava pensativo com esses acontecido, que quando cheguei na boca, apenas desci da moto, e fui entrando para a minha sala, então assim que fui entrando, já fechei a minha porta, e por mais que eu quisesse comer alguma puta, eu vou é dormir, até porque tem uns 4 dias que tô sem dormir nessa porra, e quando tirei um cochilo, aquele filho da puta me acordou com problemas. Fui até a minha mesa, peguei um baseado, acendi ele e comecei a fumar tranquilamente, abrir a gaveta, peguei um pouco de cocaína em um saquinho, mas acabei ficando com preguiça de espalhar e cheirar, então fiquei fumando meu baseado, até que acabou, quando acabou, joguei ele no lixo, me joguei no sofá da minha sala, e ali mesmo acabei apagando.

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