Episódio 02
IMPERADOR NARRANDO
Sempre fui um menino rebelde, isso desde da infância, o meu pai sempre foi de me manter na linha, mas ainda sim, eu sempre fui de me sentir o dono da porra toda, fazia o que queria, e nada me acontecia, isso por ser o filho do chefe, isso quando ela pequeno, mas logo que eu atingir os meus 17 anos, o meu pai colocou na cabeça que eu tinha que ter responsabilidades, sempre colocar a comunidade acima de mim, das minhas escolhas, então logo que fiz os 18 anos, ele me entregou o morro e se meteu no mundo, ele foi curtir o resto de vida que ele tem, afinal ele é alguém velho aqui dentro do morro, já comeu cadeia, coisa que até hoje os cana nunca me pegaram, e muito menos sabem como o meu rosto é, até porque de bobo eu não tenho nada, nem a cara. Os filhos da puta daqui sempre tenta me pintar como bobo, mas quando eles me veem treme na base, e isso é algo que me faz perceber o quão foda eu sou. Mas isso não me interessa, o que me importa é quando eu estou no baile. Cheirando minha cocaína, tomando minha cachaça, fumando meu baseado, e ainda cheio das putas a meu dispor. Isso é o que me faz rir diariamente, as vezes eu agradeço aquele filho da puta que se diz meu pai, agradeço por ele ter me dado de bandeja esse morro, porque além de dar conta de uma grande comunidade, eu ainda tomo conta das putas que vem a minha procura, mas isso eu nem ligo, até porque não me apego a qualquer buceta, isso nunca rolou, até mesmo com a única mina que foi minha "fiel" digamos que eu possa ter dito que ela tenha sido, mas nunca jurei amor ou fidelidade pra ela. Nunca deixei nenhuma delas tocar meus lábios, nunca trepei com nenhuma sem capa, não confio em nenhuma dessas vadias daqui, ou de qualquer outro lugar, vai saber quais pau elas meteram na boca, ou até mesmo nessas cavernas que elas tem nas pernas, penso isso e acabo dando uma gargalhada.
— Esse filho da puta só sabe fumar e ficar viajando. — diz o Jacaré ao entrar na minha sala.
— Cala essa boca, filho da puta, quem manda nessa porra sou eu. — digo e ele rir.
— Eu dou risada dessa sua cara de pau, seu arrombado. — diz ele rindo. — Enquanto tá ai dando gargalhada lembrando das putas que tu já passou, tá bom de resolvermos a parada do baile, e no baile passado, tu disse que ia jogar uns dolares ai para esses filhos da puta aqui do morro porra. — ele fala, com isso dou outra gargalhada.
— Eu tô muito mole mesmo com tu, seu filho da puta, mas não tenta a sorte, porque eu te mando pra vala porra. — digo sério. — Posso tá chapado, mais não tô maluco porra. — digo, encarando ele.
— Qual foi cara, tá me estranhando? — ele pergunta, nesse momento o Mosca aparece ali.
— O que está pegando porra? — ele pergunta, logo que vai entrando.
— Nada porra, foi o Imperador ai, ele estava dando risada quando entrei, ai falei zoando ele, e ele parece que tá irritadinho. — diz o Jacaré, segurando o riso.
— É muito filho da puta mesmo, além de abusado, é ousado. — digo encarando eles, e ambos caem na risada. — Dois arrombado mesmo, falta de buceta seus filhos da puta. — falo me levantando da minha cadeira. — Agora circulando, que eu tenho outros assuntos para resolver. — digo sério.
— Vai comer quem agora? — o Mosca pergunta, me olhando.
— Vou comer a sua mãe, seu arrombado. — digo sério, e ele fecha a cara. — Temos que resolver o lance do filho da puta que tá me devendo lá no asfalto porra. — digo sério.
— Qual foi cara, eu mandei o Dentinho resolver essa parada pra nós, mas quando ele voltou, o noia falou que não vai pagar, que ainda tá no prazo. — diz o Jacaré.
— Por isso quando eu meto bala na testa desses filhos da puta, eu ainda sou errado nesse caralho. — digo sério. — E não se manda subordinados fazer o trabalho de vocês, vocês que tem que fazer porra. — digo, saindo de trás da minha mesa, vou caminhando pela minha sala, até a porta, vou saindo e os caras vem logo em seguida. — Resolvam isso, ou vou cobrar de vocês. — digo sério.
— Dessa vez eu vou lá. — diz o Mosca, me olhando.
— Beleza, espero um bom resultado dessa vez, ou eu não vou perdoar esse caralho. — digo sério, logo vou saindo da boca, assim que passei ali os meus vapor estavam na contenção. — O Gavião, já viu aquela parada lá? — pergunto para o Mosca.
— Já, ele disse que tá só terminando de notar os horários de troca de turno dos seguranças, e logo mais ele nós dar todas as coordenadas, no fechamento. — ele diz, então concordo.
— Beleza, já que tá no esquema, estarei esperando as coordenadas, agora vou dar um rolê no morro, da uma trocada no óleo tá ligado né? — digo sorrindo, e eles balançam a cabeça, dou uma gargalhada.
— No dia que você não pensar em comer uma dessas puta que você come, você pode perder esse título de fodão. — o Jacaré, ironiza. — Mas vai lá, depois eu que vou trocar de óleo nessa porra. — ele fala, então acabo rindo dele, logo faço toque com ele e com o Mosca, me despeço deles, e vou caminhando pelo morro.
Eu tô curtindo andar pelo morro, acompanhado dos meus vapor, afinal não é todo dia que eu ando pelo morro, sempre estou no carro, ou de moto, mas hoje eu estou querendo exercitar um pouco as pernas, e também olhar como é que as coisas nessa comunidade tem andado. Por mais que todos tenham medo de mim, ou até mesmo por me respeitarem, sou uma pessoa tranquila, só não curto muito que venham pisar nos meus pés, me acusando de coisas que eu não fiz, ou se eu fiz foda-se, eu não me importo, a única coisa que me interessa nessa porra de vida é a minha tia, e minha irmã, mas com a Valentina, eu não tenho que me preocupar ainda, afinal ela está estudando nos Estados Unidos. Até quando o filho da puta do meu pai, me liga, eu evito até de dar atenção a ele, aquele desgraçado me deixou no comando dessa porra, e agora eu tenho uma lista negra, além dos que me odeiam, mas sempre evito ter alguma confusão, mas como eles são desocupados e querem o comando do meu morro, aí fica difícil de não lutar com eles, até porque essa porra foi a minha herança, e assim sempre será, eu vou morrer nesse morro, vou lutar por esse morro, e só saiu daqui em um caixão. Estava com meus pensamentos bem longe, quando estava chegando em frente a um dos meus barracos, logo que olhei para ele, caminhei até a porta, mas antes que eu pudesse entrar, mandei um dos vapor arrumar uma puta qualquer para que eu pudesse me aliviar. Então entrei no meu barraco, fui até o sofá, me joguei no mesmo, mas antes que eu pudesse fazer algo, peguei um saquinho com cocaína, joguei tudo por cima da mesa de centro ali mesmo, peguei um cartão qualquer, logo fui fazendo as carreirinhas, assim que estava pronta, enrolei uma nota de duzentos e puxei com tudo pelo nariz, nesse momento entra a Pamela, logo que ela entrou, a mesma estava toda animadinha, sorridente, então ela veio andando na minha direção, enquanto ela tirava a roupa. Gosto de puta assim, com atitude, que já vai tirando a roupa, que já vem no molejo, sem pensar duas vezes ela se aproximou, tirou o meu pau da cueca e meteu na boca, começou a chupar com tanto desejo, ela foi chupando intensamente, fazendo garganta profunda, até que eu estava perto de gozar, fiz ela parar, puxando o cabelo dela, me levantei, coloquei a camisinha no meu pau, botei ela de quatro no sofá, e comecei a meter com tanta força, que ela gemia e gritava tão loucamente que eu não queria saber, se ela estava gostando ou não, afinal sou eu que tem que gostar, penso sorrindo, e continuo indo mais rápido, até que finalmente estava prestes a gozar, então tirei meu pau de dentro dela, e gozei dentro da camisinha, ela até tentou tirar a camisinha para chupar, mas me afastei, já fui indo direto para o banheiro, então tirei a camisinha ali e joguei na privada, logo dei a descarga.
— Gatinho, não sei que mania é essa que você tem, de sempre fazer isso. — diz ela, vindo atrás de mim.
— Porra não torra a minha paciência, eu como tua caverna quando eu quero, e gozo onde eu quiser caralho. — digo sério. — Agora volta pra lá, que já estou indo. — digo sério, mas ela não me ouve, continua me esperando.
— Você sempre faz isso, sempre me procura, e quando está satisfeito, descarta como se nada tivesse acontecido. — ela fala, um pouco frustrada, reviro meus olhos, então saiu do banheiro, logo que me limpei e dei a descarga, puxei ela pelos cabelos, segurei minha mão com firmeza no seu pescoço, e olhei para ela.
— Desde de quando eu te jurei amor? Desde de quando eu te jurei que te assumiria porra? — pergunto nervoso.
— Me desculpa. — ela fala, um pouco nervosa.
— Não tem caralho de desculpas, Pamela, tu trabalha lá no calçadão, e eu nunca perguntei a quem tu dar essa buceta porra, sabe bem que eu sou assim, como e jogo fora. — digo sério. — Se continuar querendo algo a mais, eu vou te proibir de chegar perto de mim! — digo, soltando ela, a mesma estava se tremendo, mas não liguei para ela. — Agora pega aqui seu dinheiro, e some da minha vista. — digo, pegando 3 notas de duzentos no bolso, e jogo para ela, a mesma pega o dinheiro.
— Eu não quis te cobrar nada. — ela fala baixando a cabeça, então ela começa a se vestir. — Eu nunca quis te cobrar nada. — diz ela, e vai embora, eu não sei que caralho, essas mina tem na cabeça, eu já falei que não quero porra de fiel, não quero nenhuma mulher, gosto de viver sozinho, gosto de não ter dor de cabeça com nenhuma filha da puta, então respirei fundo, logo mais olhei para as carreirinhas de pó que ainda estavam ali na mesa de centro, então peguei a nota que eu estava, e cheirei mais uma, essa porra é tão boa, que eu fico loucão em segundos, e é a melhor coisa que existe, estava pra lá de bagdá, quando comecei a vestir a minha cueca e minha bermuda, assim que fiquei pronto, me joguei no sofá e apaguei ali mesmo.
— Imperador, porra. — grita o Mosca, acabo me acordando, pego a minha arma, destravo ela e aponto para ele, quando abrir meus olhos, acabei reconhecendo quem era.
— Mas que mania do caralho, perdeu a noção do perigo filho da puta? — pergunto para ele.
— Tu já sabe que horas já é porra? — ele pergunta me olhando, então nego com a cabeça, coloco a minha arma sobre a mesa de centro. — É quase 7 horas da noite porra. — ele fala me olhando.
— Mas que caralho, eu dormir pra porra então. — digo sério. — Mas estava precisando. — digo, dando uma gargalhada.
— Porra Imperador, tu dormiu 5 horas de relógio porra. — ele fala, olhando ao redor.
— Eu sou o dono desse caralho, não te devo satisfações porra, eu durmo a hora que eu quiser, e faço o que bem entender porra! — digo nervoso. — Mas quem te falou que eu dormir isso tudo? — pergunto, irônico.
— Deduzi fi, tu subiu pra cá era 13:20 da tarde porra, sabe lá quanto tempo tu comeu as puta aqui, então deve ser mais ou menos esse horário ai. — ele fala, acabo rindo.
— Não tenho mulher, mais tenho vigias. — digo rindo, então me levanto, pego meu celular que estava jogado no sofá, em seguida a minha arma, guardo comigo, então vou saindo do barraco e ele vem atrás.
— Aí, temos que resolver uma parada lá na entrada do morro. — ele fala, logo que saímos do barraco.
— Quero saber, qual é o dia que tu vai resolver sozinho alguma coisa, seu filho da puta. — digo, encarando o mesmo.
— Tá, eu vou lá resolver, já que o assunto é seu. — ele fala aquilo, me deixando cismado, então olho para ele, e o mesmo me olha. — É que o Jacaré ficou lá me esperando, com um cara, esse cara estava de tocaia perto do morro, e o Jacaré percebeu, então ele acha que deve ser algum olheiro de algum morro. — ele fala, sendo que ele também poderia agir, mas eu vou resolver essa parada.
— Beleza, vamos lá. — digo e sigo o mesmo, ele estava de moto, então assim que ele subiu na moto, subir em seguida, o mesmo ligou e deu partida para a entrada do morro, ele acelerou a toda velocidade.
Enquanto ele estava pilotando, fui olhando tudo, as vezes eu vejo que se eu não tivesse nesse morro, esses filhos da puta não eram nada, até porque além de cuidar da comunidade, ver o que falta e o que não falta, eu ainda comando o tráfico aqui dentro, tenho que tomar de conta de tudo, sem contar que quando coloco esses caras para darem a vida por mim, eles ainda parecem ser iniciante nessa porra. Assim que estávamos chegando, ele foi parado a moto na entrada, então desci e fui até onde o Jacaré estava segurando o cará, junto com alguns dos vapor, olhei para ele, e comecei a fazer as perguntas, o mesmo falou que estava querendo um emprego, mas como sou macaco velho nessa porra, eu sei que não é só isso, então comecei a gritar com ele, ele se tremia, mas não falava o que eu queria ouvir, até que saquei minha arma, bati na cabeça dele, e mandei ele falar ou eu iria mandar ele para a cidade do pé junto em um segundo, o mesmo continuou alegando que era apenas um cidadão de bem, que queria moradia e trabalho, só que não me convenceu, então pedi para levarem ele, que queria conversar com ele lá no quartinho da alegria.