Capítulo 6: Se case comigo
— Tilda, preciso de sua ajuda com urgência! Você pode encontrar uma maneira de obter o número de telefone do Sr. Walters?
Rosalind havia bloqueado todo o contato com Ulric e deixado todos os grupos compartilhados dos quais faziam parte. Tilda era agora a única pessoa a quem ela podia recorrer para obter ajuda.
Uma voz grogue respondeu do outro lado:
— Quem é?
— É o Ulric...
— Se isso for algum tipo de brincadeira de sonâmbulo, volte para a cama.
— Não tenho tempo para explicar, é um assunto sério!
O supervisor de seu parceiro de projeto havia assinado o contrato e depois deixado o país. Rosalind não poderia pedir a eles que voltassem apenas para assinar um novo contrato com ela!
Tilda percebeu que Rosalind não estava brincando e sentou-se na cama, contemplando-a por um momento.
— Não consigo obter o número dele diretamente, mas você pode tentar ir ao quarto dele e encontrá-lo lá.
Era verdade! Rosalind encerrou rapidamente a ligação, se vestiu às pressas e correu para a suíte presidencial do hotel.
No entanto, assim que ela saiu do elevador naquele andar, foi parada pela secretária do CEO.
— Olá, preciso falar com o Sr. Walters!
A secretária examinou sua aparência e falou severamente:
— Você tem hora marcada?
Rosalind respondeu:
— Não.
A secretária respondeu de forma concisa:
— Então, por favor, saia.
— Você pode abrir uma exceção? É um assunto urgente. Por favor, passe a mensagem de que Rosalind precisa falar com ele. Ele com certeza vai me receber!
Diante de sua súplica, a secretária nem se deu ao trabalho de responder dessa vez, agindo como se não tivesse ouvido nada.
Rosalind sentiu uma sensação de derrota quando, de repente, a voz profunda de Ulric ecoou de dentro da suíte.
— Deixa ela entrar.
...
Ao ouvir a ordem de Ulric, a secretária finalmente permitiu sua entrada.
Rosalind abriu cautelosamente a porta da suíte e encontrou Ulric ainda vestido com um roupão de seda escura, de pé junto à janela do chão ao teto, com uma xícara de café preto na mão, tomando um gole de vez em quando.
Quando o olhar dele recaiu sobre ela, Rosalind apertou os lábios sem jeito e disse:
— Sr. Walters, o senhor encontrou o contrato naquele dia?
— Naquele dia? — Ulric levantou uma sobrancelha e caminhou até ela. — A que dia você está se referindo?
Sua presença imponente fez com que Rosalind instintivamente desse alguns passos para trás.
Ela sabia que Ulric estava fugindo propositalmente do assunto. Mudar de assunto não funcionaria, então ela decidiu ser sincera.
— Sr. Walters, eu enviei aquela mensagem por engano naquela noite. Não me lembro de nada depois disso! Vim aqui hoje apenas para recuperar o contrato...
— Rosalind, estou precisando de uma parceira para a vida.
Interrompida abruptamente, Rosalind ficou momentaneamente atônita.
— O quê?
— Eu disse, se case comigo. — Ulric se aproximou um pouco mais, seus olhos escuros fixos no rosto chocado dela. — Pense nisso.
Ele falava de forma tão casual, como se estivesse discutindo o clima, mas para Rosalind, aquilo parecia quase surreal.
Permanecendo em silêncio por um momento, ela finalmente falou:
— Sr. Walters, não há necessidade de me testar.
Rosalind não era ingênua. Se Ulric realmente precisasse de uma parceira para a vida, haveria inúmeras mulheres dispostas a disputar a posição, e ela não deveria ser a escolhida.
Isso só podia ser um teste! Para avaliar se ela tinha motivos ocultos e desejava elevar seu status.
Ulric desconsiderou as palavras dela e continuou:
— Sua mãe está recebendo tratamento no hospital, certo? Posso ajudar ela a encontrar os melhores médicos e cobrir todas as despesas. Se concordar, podemos registrar nosso casamento amanhã.
Ele falava com seriedade, e seu belo rosto não mostrava sinais de brincadeira.
Mas...
— Por quê?
— Acabei de te dizer que preciso de uma parceira para a vida. E quanto ao motivo de ser você... — Ulric fez uma pausa antes de continuar. — Porque você é a pessoa mais adequada.