Capítulo 3: A Rosalind não é uma assistente?
A voz estrondosa de Tilda chamou abruptamente a atenção de todos, inclusive a de Ulric. No entanto, ele deu apenas uma breve olhada antes de se afastar e sair do hotel.
Depois que o tumulto se acalmou e todos se dispersaram, Tilda se aproximou de Rosalind com uma expressão curiosa no rosto.
— Ei, por que você acha que o Sr. Walters estava perguntando sobre isso?
A confusão nublou a mente de Tilda, pois ela esperava alguma revelação explosiva, mas se deparou com uma pergunta trivial.
Rosalind, por outro lado, deu um suspiro de alívio, sentindo como se tivesse recebido um alívio. Sua garganta estava seca quando ela respondeu:
— Talvez ele quisesse trocar de quarto porque o meu tem uma boa vista.
— Isso é tudo?
— Afinal de contas, ele é o presidente.
Tilda fez beicinho, percebendo que suas diferenças gritantes de status provavelmente impediriam qualquer conexão significativa entre eles.
— Você acha que um cara frio e bonito como o Sr. Walters seria apaixonado na cama? Aposto que ele é bem dotado devido à sua altura!
...
Apaixonado pode ser um exagero. Quanto à última parte... ele provavelmente é bem dotado. Embora ela não tivesse uma base de comparação, na noite anterior levou quase uma hora para chegar ao evento principal.
“Pare, pare, o que estou pensando?”
Ela estava perto de Tilda há muito tempo, sempre pensando nessas coisas explícitas.
Logo, o Sr. Chan chegou ao saguão, impecavelmente vestido em um terno de negócios e sapatos de couro, embora com o cabelo cada vez mais ralo.
Ele pegou os documentos de Rosalind e deu uma olhada neles, com a voz tingida de desagrado.
— O IOP se tornou muito mais rigoroso nos últimos dois anos. Já era um desafio garantir esse projeto, e agora esse obstáculo inesperado! Se os fundos de reposição forem muito altos, podemos dar adeus aos nossos bônus!
Rosalind permaneceu em silêncio, enquanto Tilda lançou um olhar de desdém. Não foi o Sr. Chan que conduziu mal a situação? Ele até concordou em ser a equipe de reposição para garantir o projeto.
De repente, o Sr. Chan desviou o olhar para Rosalind, examinando-a como se estivesse pesando algo. Seu tom se suavizou consideravelmente em relação à dureza anterior.
— Rosalind, se bem me lembro, você é de Jingtown, certo?
— Sim, sou do leste de Jingtown.
— O Sr. Walters também é de Jingtown. Hoje à noite, encontrarei uma maneira de convidar ele para jantar. Use sua conexão com a cidade natal para avaliar a posição dele.
Seu pedido parecia uma sugestão, mas, na verdade, o Sr. Chan deixou Rosalind com pouco espaço para recusar.
Entretanto, a ideia de conhecer Ulric fez Rosalind hesitar. Com muito tato, ela respondeu:
— Sr. Chan, receio que minha posição não seja alta o suficiente para conversar com o Sr. Walters.
— É normal conversar um pouco quando se está sentado na mesma mesa, tomando um drinque.
— Mas...
— Então está decidido. Vista-se bem esta noite e não me envergonhe!
Com isso, o Sr. Chan deixou o hotel. Tilda revirou os olhos nas costas dele e puxou Rosalind para segui-lo.
...
À noite, após a rodada inicial de negociações com o representante da HanYang Enterprises, o Sr. Chan pediu a Rosalind que voltasse ao hotel e se preparasse.
De alguma forma, Ulric chegou de fato ao quarto privativo do hotel.
Quando Rosalind entrou, seu olhar recaiu sobre Ulric, sentado na cadeira de destaque.
Ele havia tirado o paletó do terno, colocando-o sobre o braço da poltrona. Alguns botões de sua camisa branca estavam abertos, revelando sua pele fria e pálida. Seus óculos de aro dourado davam um toque de contenção ao seu comportamento.
Quatro pessoas ocupavam a sala privada: Rosalind, o Sr. Chan, Ulric e o secretário pessoal de Ulric.
Ao ver Rosalind parada, o Sr. Chan se aproximou e puxou a cadeira mais próxima de Ulric para ela.
— Vamos, Rosalind, sente-se aqui.
Ela hesitou por um momento antes de se aproximar com relutância.
Mas antes que ela pudesse se sentar, a voz gelada de Ulric quebrou o silêncio.
— A Rosalind não é uma assistente? Quando ela se tornou uma especialista em relações públicas?