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07 - Tommáz Walker

Tommáz Walker

Entro no meu quarto ainda com os pensamentos dirigidos para aquela loira que me enlouqueceu, apenas em um pouco mais de uma hora e sequer deixou que a nossa diversão se tornasse mais longa. Tomo um banho rápido para tirar o cheiro adocicado do perfume da minha cinderela, caio na cama e não demoro para o meu sono chegar, trazendo sonhos perturbadores com a mascarada brava comigo por tê-la engravidado.

Acordo desesperado com o sonho de ver a mulher com um pavão no rosto ostentando uma barriga linda a deixando com um jeito meigo e romântico exalando de sua pele, apenas de imaginar novamente aquele corpo, minha ereção cresce de uma forma que mal consigo explicar para mim mesmo.

— Enlouqueceu Tom, tesão em uma grávida, que Deus me proteja de uma gravidez não planejada, pior ainda fora de um casamento, minha mãe me mata. — Resmungo abrindo os olhos e me deparando para o relógio marcando 5h.

Ouço a porta se abrir e mudo a posição para que meu visitante não perceba a minha ereção matinal. Minha irmã abre a porta e olha para a minha cara sorrindo debochada.

— Se tivesse ficado em casa não estaria tão destruído assim. Bom dia! Irmãozinho. — Larissa sorri e me cumprimenta. — Nossa avó pediu para que todos desçam, ele tem um anúncio para realizar, estamos apenas esperando por você no escritório.

— Diga que já estou indo, vou apenas por uma roupa mais confortável e desço em seguida. — A vejo concordar e sai do meu quarto com um sorriso no rosto.

Levanto da cama me espreguiçando e empurrando a preguiça de lado, entro no closet e escolho um conjunto de moletom para ir me encontrar com a minha família.

Assim que saio no corredor ouço a minha tia Noely, provavelmente deveria estar dando os últimos retoques nos preparativos para o casamento da Elisa.

— Amélie, por favor providencie tudo isso, descerei para ver o que a minha mãe está aprontando, já me encontro com você na mesa do café. — O som da porta chama a minha atenção e me viro na direção das duas mulheres que caminham na minha direção.

— Bom dia, tia! — Beijo a sua bochecha e estendo o braço para que ela caminhe ao meu lado.

— Bom dia querido, que milagre é esse com você acordado, tinha a certeza que só veria você no staff escolhendo algumas de minhas modelos. — Começo a gargalhar para a minha tia.

— Era esse o plano, mas acho que encontrei uma cinderela na noite passada. — Digo piscando para ela que dá um tapinha na minha mão.

— Não acredito, que verei o dia que meu sobrinho, galinha, encontrará uma mulher para que ele se torne responsável. — Não resisto e caímos na risada.

Descemos as escadas sendo seguidos pela assistente pessoal da minha tia, uma moça loira com os olhos encantadores e parecia envergonhada ali ao nosso lado, só então que percebi o quanto fui rude e não me apresente a pequena mulher.

— Desculpe, fui rude, sou Tommáz Walker! — Digo olhando fixamente para os olhos da mulher que sustenta o meu olhar.

— Enchanté monsieur, Amélie Petit. — Ouço a sua voz e sinto como se já a conhecesse, mas tenho certeza que ela ainda não havia sido contratada da última vez que vim a Paris.

— Chega de olhá-la, Tom, não vou perder a minha assistente por sua causa. — desvio o olhar daqueles olhos hipnotizantes e a vejo se afastar em direção à mesa do café que já estava posta.

— Credo, tia, nem sou tão safado assim. — Ouço a sua gargalhada e passo meu braço por seu ombro e beijo a sua bochecha assim que entramos no escritório.

— Finalmente chegaram, Tom feche a porta e sentem-se. — Minha avó dá seu comando e apenas obedeço,

A família estava toda lá, espalhados por todas as cadeiras e poltronas que faziam parte da decoração do seu escritório.

— Como todos vocês sabem tenho um testamento, decidi que faria algumas modificações nele para beneficiar a todos. — Vejo quando a minha avó puxa um envelope da gaveta e põe sobre a mesa.

— Mãe, sabe que não tem necessidade de… — Minha mãe interrompe o meu pai o que estranho.

— Cala a boca, Noah, deixe a sua mãe falar. — Seguramos uma risada da advertência que a minha mãe fez.

— Então, quero que todos saibam que minha herança, o comando da casa Miller será do meu herdeiro casado e com um filho. — Sinto uma aflição no meu peito, com isso a minha avó praticamente me retirou da partilha dos bens, uma vez que não tenho planos para me casar.

Sinto todos os olhares caindo sobre mim, é como se fosse um maldito plano para que desce um fim nas minhas noitadas e não ter uma mulher por noite.

— Vó, isso não é justo, já que Elisa está casando hoje e nem eu, como meus irmãos, temos planos para casamento. — Digo enquanto vejo os olhares da velinha que mais amo.

Dona Enora Miller, uma americana que se refugiou em um país diferente para esquecer o meu avô, que foi obrigado a casar com a mulher que não amava. Conseguiu construir um império na moda aqui em Paris, mesmo que a Walker não administre diretamente as finanças da Casa Miller, nossas auditorias andam juntas, já que somos uma família. A vejo crescer a cada dia com os balanços trimestrais e não aceito não estar por dentro da partilha.

Droga eu, sou neto também.

Não faço questão pelo dinheiro, mas apenas porque não aceito que alguém de fora da família administre tudo aquilo, se meu irmão já fosse noivo e estivesse pensando em casamento não ficaria tão sentindo, mas entregar o poder da herança da minha avó nas mãos de um homem que mal conhecemos não é o certo.

Não temos nada contra o noivo da Elisa, mas ele não é um Miller ou um Walker, para receber a herança da família de mão beijada.

Respiro fundo e olho para todos ali que aceitam as vontades da minha avó, mas se é o que ela quer para o seu testamento, então terei que encontrar a minha CinderElla para se tornar a minha senhora Walker e assim manter a fortuna da família nas mãos dos Walker.

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