Capitulo Três
- Akeylla acorda, abri os olhos a contra gosto apenas para da de cara com Pietro, muito, muito perto de mim. o chutei o afastando e me sentei me limpando - E e assim que se agradece um amigo por salvar sua vida
- uma coisa e me acordar, a outra e ficar em cima de mim assim, estava pedindo um chute - bufei irritada, ele estava perto de mas.
olhei meu corpo, as feridas de flechas e cortes de espadas estavam com unguentos e ataduras, meu sangue havia sido limpo de minhas roupas... na verdade eu estava com outras roupas, roupas leves e novas. uma longa saia rosa avermelhada e uma blusa branca. olhei Pietro furiosa pronta para o acertar um soco
- não fui eu - ele gritou se afastando-se rápido de minhas mãos - foi as mulheres da vila, elas sobreviveram e cuidaram dos teus ferimentos e trocaram tuas roupas, todos os feridos ja foram tratados
- entendo - suspirei aliviada, passei a mão em meus cabelos respirando fundo e olhei em volta. havia alguns homens tapando o buraco que foi aberta. todo o fogo foi apagado e já estavam reconstruindo. enquanto isso algumas mulheres cuidavam dos feridos e enterrava os mortos - que bom que todos estão bem - por quanto tempo estive desacordada ?
com ajuda de Pietro, me levantei e olhei as pessoas, só agora havia percebido que estava dentro de uma tenda improvisada, o chão estava normal, sem fendas buracos, o sangue havia sido lavado. na entrada da tenda havia uma menininha, ela parecia cansada e ferida. Andei ate ela e me ajoelhei, porem me arrependi no mesmo instante. ela não era uma criança comum
Peguei minha adaga mais rápido que pude e tentei cortar a garganta da garota, porem não funcionou, uma força invisível mantinha minha adaga longe de seu pescoço. apesar de muito tentar, não conseguia, uma força invisível mantinha minha adaga longe de seu pescoço, grunhi de ódio, a menina apenas sorriu divertida como se eu estivesse com uma pena perto de seu pescoço e não uma adaga muito afiada. olhei bem para seus olhos cor de arco-ires e suspirei.
- Tudo bem, tudo bem - suspirei irritada parando de lutar contra a força invisível que segurava minha mão, porem, não a tirei do lugar. A menina me olhou meia curiosa por me ver parar de lutar e riu ainda mais como se tudo fosse engraçado em mim
- Achou uma amiguinha Akey? - Pietro pós a mão em meu ombro e com a outra, retirou a faca de minhas mãos e sorriu para mim de forma tranquila e preguiçosa, olhei para seus loucos olhos eme tranquilizei. Pietro tinha um olho azul e um castanho apesar de ser um sacerdote de Hermes.
- qual seu nome ? - perguntei a criança com olhos de arco-ires enquanto saia da tenda, aquele cheiro de pessoas doente e feridas abertas era sufocante.
- Isis - ela disse com sua voz infantil - e você e a Akeylla Sacerdotisa de Hecate, e ele e o Sacerdote de Hermis, vocês são a dupla H
ela riu e girou em seus calcanhares parando com os braços abertos nos olhando, então girou de novo e começou a correr em nossa volta em uma velocidade similar a de Pietro, porem, em suas costas algo que pareciam asas de arco ires balançavam. repentinamente ela parou olhando para o céu, seus olhos arco-ires se entristeceram e ela suspirou.
- não posso mesmo mamãe ? - suas asas sumiram e ela fez bico - desculpa mamãe
- Mamãe ? - Pietro me olhou fazendo careta, apenas ri balançando minha cabeça em uma negativa e baguncei seus cabelos - Okey
- Tudo bem mamãe - A pequena voltou a sorrir e nos olhar com seus grandes olhos atentos - Eu sou Ísis, Sacerdotisa de ires, e um prazer conhecer vocês.
ela fez uma pequena e formal reverencia e seguiu andando em nossa frente, parecia saber muito bem para onde iria
- minha mamãe tem um recado a vocês, e um pedido também - ela virou sua cabeça fazendo seus castanhos balançarem em suas costas - venham, rápido.
Ela simplesmente sumiu deixando um rastro de arco-ires para trás, que logo foi sumindo. Pietro me olhou com uma sobrancelha erguida e sorriu, abri a boca para o repreender porem, ele já havia desaparecido me deixando para trás, sozinha.
- filho da... - respirei fundo, não poderia viajar pelas sombras pois não sabia para onde eles iria, poderia voar, porem ainda estou cansada, não queria usar magia, poderia pedir permissão para Gaia para viajar pela terra... daria muito trabalho, isso gastava muita energia e paciência, coisa que eu não tinha agora
dei de ombros e fui andando, minhas feridas já haviam praticamente se curado. Enquanto andava, observei a pequena vila, haviam exatas 10 casas de madeira, todas destruídas, queimadas. suspirei, talvez eu pudesse ajudar, porem não agora, pois la na frente estava Isis e Pietro estavam diante de um grande buraco o olhando com atenção. era um Malta
- Eles não conseguiram chegar ate a porta, mais e possível ver o resto das escadas - Pietro disse ao me ver chegar - deve ter havido uma avalanche ou coisa parecida e cobriu a entrada, não sei se eles estão vivos, talvez possamos abrir para...
- Não - o interrompi, ele deve ter percebido meu olhar pois não tentou argumentar nem uma vez sequer - Verei se eles estão bem
parei na borda do buraco e pulei dentro, pus minhas mãos no chão e respirei fundo, novamente pedi permissão a Gaia, eu tinha o poder de dominar a terra, mais o território era dela, seria uma falta de respeito de minha parte tocar em seu domínio sem permissão. também queria evitar atrito entre os deuses, mais do que já existia.
logo a visão veio ate mim, pessoas andando de um lado para o outro, crianças rindo e brincando, era um dos maiores Maltas que eu já havia visto, eles tinham uma pequena estufa com vegetais e ate mesmo alguns animais, eu não sabia como era possível, mas estava bem ali. estavam em paz e felizes. nem ao menos deviam saber o que se passava sobre eles
- estão vivos e estão bem, eles estão sobre a proteção de dois deuses, mas não sei quais, creio que não são gregos, talvez orientais. - com um simples salto sai do buraco e ergui a mão para ele, mas Pietro novamente pós a mão em meu ombro
- Você tem certeza? eles precisam saber que a vida aqui fora, que a esperança de uma vida boa
- cheio de mortes e lutas - suspirei passando a mão no rosto e tirando a mão de Pietro de meu ombro - nossa vida aqui e limitada, o que acontecera quando todos nos morrermos de velhice? nem uma mulher aqui pode ter filhos, assim que subimos a superfície, o ar nos deixou estéril, nem uma criança, mesmo apos crescer poderá ter filhos, ninguém terá netos o nem mesmo filhos. estamos todos condenados. a partir do momento em que eles respirarem o nosso ar, a radiação residual da terra fara elas ficarem estéril e se alguma gravida sair dai de dentro, o filho nascera morto ou na pior das hipóteses, a mãe terá que ver seu filho morrer dia apos dia, vendo ele sofrer, e um inferno querer salvar uma pessoa que se ama e não poder, quer cuidar dele, ver seu filho deformado que não consegue respirar, a maioria os mata com as próprias mãos para não o ver sofrer, no ver sua pele se soltar a cada toque, o ouvir chorar om as bolhas que nascem em seu corpo toso, não o ver gritar por apenas se mover
- ikaros - ergui o olhar, finalmente vendo Pietro. ele sorriu para mim e secou as lagrimas que escorriam em meus olhos - esta tudo bem, você pode respirar, não iremos fazer isso
ele saiu de minha frente me dando espaço para poder tapar o buraco, respirei fundo e sorri, com um movimento de minha mão, todo o buraco foi coberto, e com uma simples palavra, uma grande arvore se ergueu no local dando frutos vermelhos, uma macieira
- o fruto do pecado e ? - Pietro riu negando com a cabeça, então ele se virou e viu Ísis tentando pega ruma maça, mas não alcançava, ele riu e pegou uma para a pequenina - aqui amorzinho
- obrigado tio - ela sorriu e se sentou encostada na arvore e começou a comer a maça
eu e Pietro nos sentamos ao lado dela para a olhar comer. a pequena parecia se deliciar com a maça, e quando acabava uma, esticava a mão para Pietro que pegava outra e lhe dava em suas mãos, voltamo a sentar e a ver comer. me perguntava, a quanto tempo ela estava sem comer, e a quanto tempo andava sozinha por um mundo tao perigoso, cheio de animais mutantes e selvagens. apos três grandes e vermelhas maças, finalmente ela parecia satisfeita, limpei seu rosto e me sentei a sua frente a olhando. meus deuses ela era muito pequena
- esta pronta para falar ? - perguntei passando a mão na cabeça dela que bocejou de leve - quer dormir primeiro ?
- não, mamãe vai brigar se eu não contar logo - ela bocejo novamente sacudindo a cabeça e se sentou um pouco mais reta, seus olhos se fecharam e sua postura mudou completamente, seu corpo ficou mais pálido e seus cabelos escureceram, grandes asa de luz brilharam em suas costas com as cores do arco-ires, quando finalmente abriu seus olhos, estavam completamente brancos
- Ísis ? - pus as mãos nas costas procurando minha faca, só então lembrei que Pietro havia pego ela
- silencio, humana - uma voz dupla saia dos lábios de Ísis, a dela e a de uma mulher - eu sou Hera, filha de Cronos, senhora do olimpo, deusa da família, casamento, fertilidade e da proteção feminina
- achei que ela fosse sacerdotisa de ires - Pietro sussurrou para mim
- ires e a deusa mensageira, mas os deuses não podem pisar na terra ate que a competição acabe, apenas para escolher seu campeão e para punir ele por ofender a imagem de seu deus, então acho que e normal elas usarem a "filha" da mensageira para mandar os recados aqui em terra
- voce, Akeylla, sacerdotisa de Hecate na terra, matou minha escolhida, eu deveria a castigar por isso. - os olhos de Ísis brilharam em um verde, azul escuro e azul claro, muito similar as penas de um pavão. e eu me preparei para morrer, como sempre - todavia, fizeste isso para acabar com o sofrimento de minha pequena. não apenas isso, mais também consolou seus filhos. E eu agradeço por isso
isis curou levemente sua cabeça. não parecia que ela estava falando conosco e sim que era uma especie de gravação guardada na mente de Ísis, e agora ela era um instrumento.
- Graças a isso, eu, hera e iris, iremos nos unir a Hecate, sabemos que ela não quer o trono, seus desejo e apenas proteger os humanos, e como sou a deusa da família, não posso ignorar as orações de todas as famílias unidas que estão implorando por salvação. deixaremos nossa pequena Ísis com vocês, a protejam, e espalhem o verdadeiro significado dos deuses. proteção e poder
ao terminar,os olhos de Ísis voltaram ao branco, e depois a brilharem com o arco-ires, sua pele e seu cabelo voltaram ao normal, suas asas sumiram e Ísis caiu com a cabeça em meu colo. Pietro se desesperou mas neguei com a cabeça e acariciei os cabelos da pequenina
- ela esta apenas dormindo, deve estar cansada do esforço que foi entregar essa mensagem. ficara bem
me levantei pondo ela nos braços de pietro para que ele a carregasse enquanto eu pensava bem em tudo que foi dito enquanto pendorava as consequências
- o que ouve akey? - perguntou Pietro arrumando a menina em suas costas - fizemos outra aliança, não esta feliz ?
- Hera e inteligente, ela fez isso por um bom motivo - pensei bastante - hera sabe que estou contra Romeo, que e sacerdote de seu filho Ares, então ela só teria dois motivos para querer uma aliança comigo
- Ela já não tem mais chances de entrar nessa guerra isso sabemos, quando a sacerdotisa dela morreu, as chances dela acabaram
- isso mesmo, então ou ela me forçar a formar uma aliança com Romeo para ajudar o filho dela ou uma com o sacerdote de Zeus, mas eu achei que ele estava morto, quando tudo isso começou, Zeus, Poseidon e Hares foram os primeiros a serem atacados e o boato de que o de Zeus havia sido morto pelo filho representante de Atenas
- alguem viu o corpo? geralmente deixam os corpos expostos para verem que alguém morreu e o status da pessoa subir.
ao ouvir o que pietro disse comecei a rir de forma quase escandalosa, Ísis ergueu a cabeça me olhando, com seus grandes olhos cheios de sono, então voltou a dormir. sorri balançando a cabeça e tentando me recompor
logo chegamos a grande tenda onde os feridos estavam. Pietro pós Ísis em uma das pequenas camas e eu me deitei na outra. Pietro se sentou no chão perto de minha cama e ficou me olhando
- odeio quando você pensa em algo e não me diz, fica me deixando no escuro, isso não e legal - sorri e acariciei seus cabelos - continua assim e eu penso em te perdoar por sua trairagem atrevida de me deixar por fora do que se passa em sua mente
- meu querido, não lhe contei por achar que não merece saber, mais sim por achar que você já sabia o que eu estava pensando. e um pouco obvio se parar para pensar.
- estou cansado de mais para tentar adivinhar seus -pensamentos, apenas diga em alto e bom tom - ele bocejou e fechou seus olhos, devia esta cansado. conhecendo ele como eu conhecia, ficou todo o tempo em que eu estava dormindo, acordado cuidando de minha retaguarda, era um amigo fiel, apesar de impertinente as vezes
- ok meu querido, irei lhe contar - continuei a fazer cafune em sua cabeça - hera e fiel a sua familia, e principalmente a seu marido... irmão, sei la, em geral e isso. entre o marido no poder e o filho, creio que ela escolheria o marido, pois ela ainda e a senhora do casamento
- então? - ele bocejou já quase dormindo
- o sacerdote de Zeus não esta morto, ele esta vivo, deve ter forjado sua morte e agora deve esta precisando de ajuda, como a escolhida por hera esta morta, não pode ajudar. hera escolheu seu lado, ela ajudara o marido e ira contra seu filho, o que não e novidade, ela jogou seu filho Hefesto de sei la onde para se livrar do jovem
me deitei de forma mais confortável na cama e suspirei. Romeo estava vivo, eu achava ter o matado com minhas próprias mãos a anos atras.
então, terei que o matar de novo.