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9

“Então, eu deveria simplesmente doá-las? … O que eu não preciso?” Ela perguntou com sarcasmo, olhando para ele com seu jeito arrogante de AP. Ela tentava esse olhar com ele centenas de vezes por dia, mas não tinha nenhum efeito. Ele achava divertido que ela pudesse liquidar qualquer um no prédio com uma cara feia, mas para ele, era apenas muito fofo.

“As roupas são suas, mio amore.” Ele se remexeu no chão, pegando outro vestido, desta vez dando uma olhada mais de perto nele e olhando para ela enquanto tentava imaginá-la nele. Ela lançou um olhar desdenhoso para ele e começou a jogar itens na porta para doar, uma expressão em seu rosto que quase dizia que era doloroso para ela. Emma precisaria se acostumar com o dinheiro se quisesse ficar com ele. Ele não tinha nenhuma intenção de vê-la viver uma vida sem ele, mesmo que ela nunca o tivesse visto como nada mais do que um amigo. Ele sempre cuidaria dela.

“Você nunca usou isso?” Ele ergueu uma sobrancelha para ela com curiosidade. Era lindo; de alguma maneira, ela. Ele queria vê-la usando o vestido, vermelho, esvoaçante e curto. Não muito colado, mas romântico e algo que ele nunca a tinha visto experimentar.

“Não.” Franca e direta, ela mal olhou em sua direção, mas ele estava determinado agora. Ela ficaria bem de vermelho. Ela tinha cabelo claro e pele de porcelana para ter êxito nisso. Seus olhos azuis tornariam isso perfeito.

“Por que não? É bonito, meio fofo, mas sexy.” Ele o ergueu para ter uma melhor ideia do estilo e tentou realmente imaginá-la nele.

“Onde eu o usaria?” Ela sorriu um pouco insegura.

“Leve-o conosco em nossa viagem. Desfile no convés para mim nele.” Ele colocou o vestido na cama para se certificar de que ficasse com as roupas que ela ia manter. Ele queria vê-la nele mais do que qualquer coisa. Ele queria ver Emma vestida de maneira toda feminina, esvoaçante e despreocupada. Mais do que queria vê-la de roupa íntima, o que o confundiu por completo.

Carrero estava perdendo sua vantagem? Libido oscilando? Transformando-se em uma maldita mulher?

“Apenas nós dois?” Ela perguntou nervosa e isso o distraiu. Ele não pôde deixar de sentir o peso enorme de quão nervosa ela parecia estar com essa ideia.

“Não se isso deixá-la desconfortável ... Tenho amigos que poderíamos convidar. O iate do meu pai tem seis cabines duplas, se você quiser uma multidão.” Ele tentou se concentrar nas roupas no chão, em vez de deixá-la ver que isso o desapontava. Ele a queria sozinha. Apenas os dois, mas ele sabia como isso seria desastroso.

“Quem você convidaria?” Ela olhou para ele com a testa franzida, a fofura personificada e ele teve que lutar contra o desejo de alisá-la com o polegar.

“Daniel, alguns dos caras com quem às vezes viajo e seja quem for que eles quiserem com eles ... Estava pensando em Leila Huntsberger, assim você poderia conhecer a nova irmã de Sophie.” Ele tentou parecer indiferente e pareceu conseguir, escolhendo nomes sem pensar muito nisso. Leila iria gostar dela. Ele podia vê-las se unindo e isso o deixou feliz. Ele queria que seus amigos gostassem dela. Daniel tinha finalmente parado de olhar com lascívia para ela sempre que eles se cruzavam após mais de uma dúzia de ameaças de morte da sua parte.

“Então, vão ser casais?” Ela parecia assustada de repente e aquele chute familiar nas entranhas o acertou.

Porra. Sempre um lembrete do que eles nunca seriam.

“Sério, Emma?” Ele suspirou irritado com a realidade dessa situação, irritado e sendo um idiota. Ela não tinha feito nada de errado. “O que você acha que eu vou fazer? Tentar seduzir minha AP porque estamos cercados de casais e sou incapaz de me abster de sexo? Posso estar sempre tentando conversar com você, mas não sou um idiota. Sei onde estão os limites, bambina.”

Sim, claro que ele sabia ... Ele apenas escolheu esquecê-los com frequência.

Idiota.

“Não, é só ... vai ser estranho.” Ela olhou para as roupas e começou a puxá-las, obviamente evitando seu olhar. Ele suspirou ao fazê-la se sentir assim. Suavizando seu tom e tentando deixar de ser um idiota.

“Por quê?” Ele disse baixinho.

“Eles podem pensar que nós somos ...” Ela hesitou e chamou a atenção dele. Jake tentou relaxar e parecer completamente inexpressivo. Mais do que qualquer coisa no mundo, ele queria a confiança dela, mas aquele pico de irritação ainda permanecia dentro dele, à espreita.

“Quem se importa com o que eles pensam? Não dou a mínima para o que alguém pensa, Emma … Preciso de uma pausa e você também. Pare de pensar demais e apenas concorde. Além disso, eles são meus amigos e saberão imediatamente que não estamos transando.” Ele deslizou as mãos atrás da cabeça, franzindo o cenho com seu sarcasmo e tentou ignorá-lo. Não era justo com ela, suas pequenas mudanças de humor por causa dos seus sentimentos por ela. Ela nunca lhe pediu para se apaixonar por ela e com certeza ela não tinha encorajado isso de nenhuma maneira. Ele precisava parar e dar um passo para trás. Ser amigos, porque se isso era tudo que ela estava oferecendo, então ele queria. Era melhor do que não conhecê-la. A vida sem Emma não era uma vida que valia a pena conhecer.

“Ok, pelo amor de Deus.” Ela levantou as mãos em derrota, depois olhou timidamente para ele com uma sugestão de sorriso. “Não ria, Jake, mas não tenho nada que pudesse usar na praia ou em um iate.”

Ele não pôde deixar de sorrir de volta para ela com a ironia disso.

Ela era realmente linda.

* * *

Jake havia feito todos os esforços para organizar a viagem em tempo recorde. Assim que concebeu a ideia e soube que ela queria que acontecesse, ele pôs a mão na massa. Algumas ligações aqui e ali e algumas cutucadas e tudo estava pronto. Ele havia subjugado as dúvidas dela, recusando-se a deixá-la recuar, e eles chegaram lá sem mais discussões. Sua mente estava decidida a vê-la de biquíni, não que ele fosse capaz de fazer algo a respeito, mas mesmo assim. Era uma visão que ele não deixaria passar. Aquela dor tensa em sua virilha só o lembrou do quanto ele precisava de sexo ultimamente. Ele não era um cara que já havia passado longos períodos sem e agora aqui estava ele, começando a duvidar da sua capacidade de relaxar. Ela estaria andando seminua e ele era quase uma mola comprimida.

Merda, ele deveria ter saído em um arroubo de bebedeira e transas antes desta viagem.

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