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Capítulo 7

- Como foi o voo? -

- Ótimo, assim que aterrissei, fui para casa. Dei o passe para Alejandra e ela começou a chorar, depois que se recuperou, começou a dançar pela casa - "Estou feliz, espero ver você" - meu coração dispara, "espero ver você".

- I'm happy, I hope to see you - meu coração dispara, 'I hope to see you' - ela diz isso de uma forma calma, mas muito sincera.

- Espero que eu possa ir, embora não possa te dizer com certeza - estou feliz.

Já se passaram dois meses desde a viagem a Madri. Dois meses desde a última vez que vi Ricardo. Nunca mais nos vimos e só nos falamos em respostas vagas a alguma matéria publicada por um de nós. E agora, cancelando alguns compromissos, estou no Bahrein, na Ásia, para assistir ao início do Grande Prêmio de Fórmula deste ano, além de ser a minha primeira vez. Ricardo não sabe disso, ele está de olho em mim desde que me deu o passe em sua Ferrari cinza, só Charles sabe, que inesperadamente começou a me seguir no Instagram há um mês, então escrevi para ele sobre essa pequena 'surpresa'" - Santo Cristo, não posso acreditar! - grita Alejandra me abraçando enquanto caminhamos entre jornalistas, mecânicos e motoristas cujos nomes eu não sei - Oh meu Deus, Lando Norris, podemos tirar uma foto? - o jovem motorista se aproxima, preparando-se para a selfie.

- Você é a Samantha? - pergunta ele, de repente, terminando a foto com meu amigo.

- Eu... sim... como... - você está falando com ele pela primeira vez?

- Vejo você - dá um sorriso atrevido antes de ser chamada por um senhor atrás de nós

- ok... o que acabou de acontecer? - a loira ao meu lado está ainda mais espantada - vamos lá, vamos lá, faltam trinta minutos para o início da corrida, depois da Red Bull estão os boxes da Ferrari - ela pega minha mão, movendo-se como se conhecesse esse lugar perfeitamente bem e talvez, por causa de sua obsessão, eu ache que é exatamente assim. A cada passo, sinto meu coração explodir, tanto pela surpresa quanto por admitir que imaginei esse momento todos os dias durante dois meses.

- Samantha! - um alegre sotaque francês me chama, quando me viro, vejo o rosto sorridente de Charles.

-Charles! Olá - nós dois nos aproximamos em um abraço fugaz - como você está? abalado? -

- a direita, esta é Alejandrandra - ele coloca a mão atrás das costas da garota ao lado dele - minha namorada - prazer em conhecer você - nós nos cumprimentamos com um aperto de mão.

- Prazer em conhecê-la - apertamos as mãos, com um toque muito delicado - vocês ficam muito bonitas juntas. Esta é Alejandra, minha melhor amiga - explico mais para a garota que está apoiando o piloto.

- Olá - ela sorri para nós duas um pouco sem jeito, o que para mim parece ser um dia como outro qualquer, para ela é um sonho que se tornou realidade.

- Alejandra, já que você é apaixonada por esse mundo, enquanto isso Alejandrandra pode lhe mostrar a caixa, depois eu me juntarei a vocês - seria um sonho - ela se vira para mim.

- seria um sonho - ela se vira para mim, colocando os braços em meus ombros - boa sorte - você está aqui na minha garagem, aquela que você tem na minha casa.

- aqui é a minha garagem, a que você vê ao lado é a dele - o número me leva ao número - aqui é o vestiário dele, ele está aqui, quando está quase na hora da corrida ele se refugia aqui -

- Tudo bem, obrigado Charles - ele me dá um tapinha de incentivo no ombro e me deixa sozinho. Dou um suspiro profundo e bato na porta vermelha, esperando não ser muito óbvio.

- Vamos lá - ouvir sua voz ao vivo, mesmo atrás de uma porta, me dá arrepios. Com o coração acelerado e a mão trêmula, abro a porta. O espanhol estava recostado no sofá de couro preto, com a parte de cima do uniforme caindo sobre a pélvis, a camisa do time ainda tão apertada que mostrava todos os traços de seus músculos, ele estava falando ao telefone até o momento em que entrei. como se estivesse encantado - Samanta - ele sussurra, entreabrindo os lábios carnudos - você está... -

- surpresa! - exclamo gesticulando, tomando cuidado para esconder a ansiedade que está tomando conta do meu corpo.

- Que bom que você está aqui", ele se levanta, joga o telefone no sofá e, em menos de um segundo, está em cima de mim, segurando-me nos braços. Mesmo que seu aperto seja forte, é agradável. Descanso minha cabeça em seu peito, fecho os olhos e aprecio seu toque, seu cheiro, aprecio aquela sensação estranha que invade meu corpo em sua presença e tenho que admitir que senti sua falta - você não me avisou de nada... - Sim, ela se afasta, segurando meus ombros com suas mãos grandes, onde, sob seu toque, minha pele queima.

- Cancelei meus compromissos, eu queria vir, avisei Charles e aqui estou eu. Desta vez, no Bahrein. Eu dei a você uma surpresa.

- Mais tarde você vai parecer o pequeno príncipe de Mônaco.

- Pare com isso - eu ri e dei um empurrãozinho amigável - como você está - eu fico sério quando me refiro à corrida.

- Estou nervoso, não nego, toda largada de campeonato e em particular desse circuito, deixa todo mundo nervoso, menos o Verstappen, ele é o mestre desse circuito - comenta mais para si mesmo, baixando o tom de voz, alheio às minhas buscas na internet.

- você sabe... nesses dois meses eu fui informado - balanço-me sobre os calcanhares - sei que houve qualificações ontem, mas eu estava no avião e não tive a chance de verificar -

- Estou em quarto lugar, depois de Charles.

- Fantástico! - ele olha para mim, parece divertido com minha atitude - E aí, Sainz? -

- não Ferrara - ele abaixa a cabeça e então nossos olhos se encontram novamente - Fico feliz que você tenha conhecido meu trabalho, é estranho ouvir você falando sobre isso, ver você aqui... é legal - ele acrescenta no final, pegando minha mão

- Sim... é legal - sorri ao ver seu polegar acariciando as costas da minha mão, ele está prestes a dizer algo mais, mas uma série de vozes se torna cada vez mais intensa, então cancelamos o contato assim que saímos da sala. Alejandra, Charles e Alejandrandra entram no camarote de Ricardo.

- Aqui está você - o número passa o braço em volta do pescoço do companheiro de equipe.

- você sabia dessa surpresa e não me disse nada -

- você sabia dessa surpresa e não me contou nada - ups - o último é empurrado por Ricardo, provocando uma sonora gargalhada do grupo.

- Olá Alejandra - o espanhol reconhece minha amiga e a cumprimenta, o roxo a cumprimenta de volta agradecendo por ter tornado esse sonho dele possível.

- Pessoal, é hora de ir - os dois motoristas são chamados pelo que eu acho que é um gerente.

- Está na hora - Charles suspira - je t'aime - ele agarra o rosto de sua namorada e a beija nos lábios.

- Boa sorte, Ricardo! - exclamamos todos, enquanto o último, parado na baia ao lado, dá um pequeno trote para alcançá-lo.

- Boa sorte para você também - sussurro para o garoto à minha frente enquanto ele fecha o zíper do uniforme até o pescoço.

- Obrigado, princesa - ele me dá um beijo rápido na testa enquanto também corre para o carro. O apelido espanhol, princesa. Seus lábios em minha testa. Um gesto que eu nunca imaginei que ele faria em público, muito menos um gesto que eu nunca esperaria. É um dos meus favoritos, o beijo na testa é mais representativo do que qualquer outro beijo.

-Você está aí, Samantha? - meu amigo passa a mão na frente dos meus olhos, despertando-me do estado de transe que só ele é capaz de provocar em mim.

- Você tem... - Eu indico um ponto que não consigo identificar

- Sim, eu vi - ele ri - foi muito legal, mas agora é melhor você ver a corrida.

- meninas, se vocês quiserem, podemos ir ao Ferrari Hospitality, tomar um drinque enquanto observamos os caras pelas janelas - Alejandrandra nos convida

- Sou muito apaixonada por corridas de Fórmula, prefiro ficar na garagem, observar os mecânicos, os engenheiros no pit stop - gostaria de ir ao Ferrari Hospitality, podemos tomar um drinque enquanto observamos os caras pelas janelas - Alejandrandra nos convida.

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