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Capítulo 4

Saio da cama querendo fugir do meu passado, estou onde deveria estar e pronto. Limpo e me preparo para mais um dia de trabalho nas vinícolas Quintero. Amo essas terras, se não fosse a dor de perder minha Kiara, nunca teria saído de Verona.

Desço para tomar café da manhã e vejo Francesca terminando de arrumar a mesa.

—Bom dia, nona! —digo beijando seu rosto e me sento. Francesca é praticamente parte da família, trabalha para meus pais desde que se casaram, é uma senhora baixa e grisalha, apesar da idade, é muito disposta, e faz questão de trabalhar mesmo contra a vontade de todos aqui. em casa.

-Bom dia meu menino! —Ele diz sorrindo e dá dois tapinhas carinhosos em meu rosto. —Vou pegar o resto das coisas. —Levanto-me para ir ajudá-la, mas ela me impede. —Beba seu café Victor e deixe-me fazer meu trabalho! —Ele murmura indo para a cozinha.

Sirvo-me de café e torradas com geleia de uva feita aqui na vinícola.

—Victor, uma garota acabou de chegar para falar com você! —Nona diz passando por mim.

—Posso esperar na sala enquanto você toma seu café, senhor Quintero. —Uma voz aveludada chega aos meus ouvidos e me viro para descobrir a quem pertence essa linda voz.

Meus olhos percorrem todo o seu corpo. Ela está vestindo jeans justos, botas de cano alto e uma camisa xadrez dobrada até os cotovelos com os primeiros botões abertos, revelando a blusa preta justa por baixo, o cabelo escuro está preso e os lábios cheios de batom vermelho que me dá vontade para beijá-los. Seus olhos são azuis como as águas do mar, claros como as águas que circundam a ilha de Capri.

-Quem és tu? —Pergunto assim que saio dos meus devaneios e me levanto caminhando em direção a ela.

—Bianca Mancini, sou a nova veterinária, me pediram para chegar bem cedo, acho que cheguei muito cedo. —Ele diz sorrindo timidamente.

—Você não pode imaginar. Sente-se e tome um café comigo para conversarmos melhor! —Estou falando sério e sigo ela até a mesa, puxo uma cadeira para ela e ela se senta.

-Obrigado! —digo sorrindo, olhando nos meus olhos por uma breve fração de segundos e olhando para frente. Sento-me no meu lugar e tomo um gole do meu café.

— Bom, você já esteve em Verona, senhorita? Mancini?

—Só me chame de Bianca, comigo você não precisa de tanta formalidade! —Ele diz sorrindo, tomando um gole de suco e me olha. —Eu queria saber como seria meu trabalho aqui, senhor Quintero.

—Só me chame de Victor, quando me chamam de Sr. Quintero parece que estão ligando para meu pai. —Digo me sentindo triste, como sinto falta dele.

—Sinto muito, Vitor! —Ele diz olhando para mim e eu sorrio sem mostrar os dentes.

—Bem, pelo que minha secretária me contou… você é especialista em animais de grande porte. Confesso que seu currículo está impecável, Bianca! Temos cavalos, algumas vacas leiteiras, cachorros, cabras, seu trabalho será cuidar deles, certifique-se de que tenham total assistência!

—Suas terras são lindas, adoraria trabalhar aqui. Quando poderei saber tudo? —Ela me olha atentamente.

—Agora eu mesmo vou te mostrar tudo! —Minhas palavras me impactam, o que está acontecendo comigo? —Você já encontrou um lugar para ficar?

—Ainda não, quem sabe, talvez você possa sugerir alguma coisa? Vim direto do aeroporto, não queria me atrasar para o meu primeiro dia de trabalho.

—Você pode ficar aqui em casa até encontrar um lugar para ficar, querido. —Minha mãe diz quando chega na sala de jantar. —Bom dia meu filho—Ele beija minha cabeça. E eu olho para Bianca. -Bom Dia...

—Que delícia Sra. Quintero, sou Bianca Mancini, a nova veterinária! —Bianca se levanta e aperta a mão de minha mãe, que está com um largo sorriso no rosto.

Conheço o sorriso dela e sei exatamente o que se passa na cabeça de Dona Graziela.

—O prazer é todo meu, querido. Você é meu convidado, ficará aqui em casa até eu encontrar um lugar para você. Afinal, você pretende ficar muito tempo aqui em Verona, certo?

—Sim, pretendo me estabelecer aqui. Mas, não acho conveniente... —Ela tenta dizer mas minha mãe a interrompe.

—Não aceito não como resposta, Bianca. —Ele diz sorrindo e Bianca olha para mim e eu apenas encolho os ombros tomando mais um gole do meu café.

-Está bem! —Aceite o convite da minha mãe que tem o maior sorriso no rosto.

A missão de vida de Dona Graziela Quintero é encontrar uma esposa para mim. Ela também amava Kiara como uma filha, mas na cabeça dela eu preciso superar isso e me entregar a um novo amor. E por mais que Bianca seja uma mulher linda, ela realmente é. Não há possibilidade de relacionamento entre nós dois. Primeiro porque ela é minha funcionária e segundo porque sou um homem solteiro.

Alejandra/Bianca

Quando cheguei às vinícolas Quintero fiquei impressionado com o tamanho do terreno, as videiras estão até onde a vista alcança, parece ser um lugar muito tranquilo para se viver. Chegar bem cedo e ser convidado para ficar aqui fazia parte dos meus planos.

Santo céu! Que olhar o Victor me deu, o cara me secou tanto que tive que tomar suco para me hidratar.

Falando em Victor Quintero, o homem é ainda mais atraente pessoalmente. Forte, musculoso, com uma barba bem cuidada, uma voz profunda que me excitou. Seu perfume é forte, amadeirado. É impossível olhar para ele e não querer ser fodido com força. Fazer sexo com ele não será nenhum sacrifício.

—Quando você quiser e estiver pronto, podemos ir conhecer o imóvel! —Ele diz olhando para mim e eu saio dos meus pensamentos libidinosos sobre o homem que está na minha frente.

—Podemos ir agora! —digo sorrindo e ele não se levanta e eu faço o mesmo. —Obrigado pela recepção Sra. Quintero! —digo sorrindo para Graziela, sinto que ela pode me ajudar muito.

—Quando você voltar, seu quarto estará pronto! —Ele diz sorrindo e eu me despeço, saindo com Victor.

A mansão Quintero é linda, é toda feita de pedra e deve ter alguns anos. Se por fora parece uma daquelas salas de cinema vintage, por dentro é exatamente o contrário, a casa mistura muito bem modernidade com tradição.

—Você se importa se caminharmos? —Victor me questiona e eu nego, balançando a cabeça. Preciso ter calma, vi o efeito que causei nele, mas ele não parece ser um homem fácil de seduzir. Ele é muito educado, eu diria um cavalheiro, mas seus olhos são frios e ele não sorri muito.

Enquanto caminhamos ele me explica um pouco como funciona a vinícola, descubro que aqui não só produzem vinhos, mas também produzem geléias, queijos e têm uma bela raça de cavalos de corrida.

—Quantos anos tem a Bianca? —Ele diz depois de um tempo que estamos caminhando.

—! E você?

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