O xerife contra o fora da lei
Enquanto acontecia aquele confronto entre Olho de Cobra e Trovão Negro, Braço de Ferro estava sendo levada para o hospital, por Archie, pelo índio Naapi e pelo narcisista Ryan.
Era naquele mesmo hospital onde estavam os outros. Bruce Selvagem, James Protetor estavam hospitalizados. Estavam os gêmeos e a bela Abgail fazendo companhia para eles.
O hospital, na parte de dentro, era feito de madeira e tinha algumas macas. Tinha cinco andares, onde ficavam os pacientes. Tinha um relógio grudado na parede onde estavam nossos conhecidos, no térreo. Havia uma janela aberta para todos, onde suas macas estavam de lado para esta janela que era larga. Saindo do quarto que suportava até dez pacientes, tinha uma escadaria ao lado, onde se podia ter acesso ao segundo andar. Essa estrutura era vista no segundo, terceiro, quarto e quinto andar também. Mais adiante, estava a recepção com um balcão de madeira e uma enfermeira. Seu nome era Emilly Newmann. Loira, de olhos azuis, pele branca e usava um coque e mais o uniforme de médica.
Emilly era muito simpática. As crianças e os idosos gostavam muito dela. Era tem trinta e cinco anos e atua como enfermeira desde os trinta.
Chegavam no hospital os nossos heróis que traziam Braço de Ferro. Ela estava nas costas do índio e nisso, Ryan indaga:
— Bom dia, minha bela enfermeira Emilly. Está mais radiante do que da última vez que fraturei o braço. Então, tem vaga para a nossa bela vaqueira?
Emilly cora com o elogio de Ryan e se vira para Archie:
— Temos vaga no térreo.
Ela fica impressionada que a maioria dos caubóis que cuidam de Fort Worth de repente estão sendo hospitalizados.
— Mas o que aconteceu? — Indaga a enfermeira.
— Eles enfrentaram um fora da lei muito perigoso e agora o Olho de Cobra está lutando com ele. — Responde Archie.
— Mas quem é?
— Trovão Negro. — Responde Ryan, que pensa um pouco sobre ele. — Aquele fora da lei é muito perigoso. Ele conseguiu derrotar quase todos os caubóis que cuidam de Fort Worth. Apenas o Olho de Cobra está de pé no momento. Só espero que ele não cometa equívoco.
— Não diga isso! O Olho de Cobra vai vencer o Trovão Negro! Ele é o melhor caubói de todos! — Retruca Archie, com empolgação na fala. Ele tinha o xerife como seu herói, seu ídolo. Tinha o sonho de ser um caubói excelente como ele e para isso, ele faria qualquer coisa.
Emilly sorri e afirma:
— Podem deixar a Braço de Ferro no quarto atrás de mim. Eu farei os registros necessários.
— Obrigado, doutora. — Responde o narcisista e, nisso, os três vão até o quarto, onde estavam os outros.
×××
Enquanto isso, na luta entre o Olho de Cobra e Trovão Negro, o fora da lei estava emanando ondas elétricas em seu corpo, impressionando e assustando a todos, menos o caubói, que se mantinha frio e já pensando em uma maneira de vencer o seu adversário.
— Assustado? — Indaga o fora da lei.
— Nem um pouco. — Responde o caubói e o seu olho direito brilha.
Trovão Negro concentra energia elétrica em sua mão e solta um raio poderoso e veloz, no entanto, o caubói se esquiva com facilidade.
— O quê? — Trovão Negro imaginava que o caubói iria se esquivar, mas não em tamanha facilidade.
As pessoas comemoram pelo feito do caubói e este as sauda com o seu chapéu e um sorriso no rosto.
Trovão Negro disse:
— Não vá se achando só porque conseguiu se esquivar do meu golpe. Ainda mais deste! Tome isto! — Trovão Negro solta mais um raio, mas o olho do caubói brilha e ele se esquiva novamente do ataque.
Trovão Negro vai atirando várias vezes, mas o caubói conseguia se esquivar de todos os golpes, sem problemas.
— Eu não acredito. — Diz Trovão Negro irritado.
Olho de Cobra conseguia se esquivar facilmente de seus golpes, sem muito esforço. Ele mantinha a expressão séria e sem emoções, enquanto encarava o seu adversário.
— "Aquele olho. De fato é um problema. "— Pensa o fora da lei.
Ele decide liberar mais energia elétrica de seu corpo e desta vez estava se dispersando mais essas ondas elétricas, assustando as pessoas.
— Seu filho da puta! Quer matar todos aqui? — Indaga Olho de Cobra, irritado.
— Você não é o herói deles? Então os salve! — Responde Trovão Negro, que solta um raio elétrico na direção das pessoas.
— Eu não vou permitir! — Olho de Cobra saca sua arma. — FIRE SHOT!
Um tiro acompanhado de um som de chamas sai da arma de Olho de Cobra. Este tiro acerta uma das ondas e as converte em fogo, sumindo em seguida.
— O quê? — Trovão Negro fica impressionado. — Mas como você…
— Surpreso? — Olho de Cobra sorri. — O Fire Shot é uma técnica especial criada por mim. Consiste em atingir qualquer coisa que lhe atinja, bastando cumprir a minha vontade. Em seguida, essa bala se converte em fogo e incinera o que quer que seja. Nesse caso, as ondas elétricas foram transformadas em ondas de fogo e sumiram, já que é assim que a técnica funciona. Se eu quisesse sumir com o oxigênio deste mundo, usaria sem dúvidas o Fire Shot.
Trovão Negro fica impressionado com o que ouviu. Olho de Cobra tinha capacidade para sumir com o oxigênio do planeta se quisesse, apenas usando uma técnica simples como esta.
— Assustado, Trovão Negro? — Indaga Olho de Cobra.
O fora da lei começa a rir e concentra suas ondas elétricas.
— Já que não posso atingi-lo à longa distância, então irei encurtá-la. — Ele some e reaparece na frente do caubói.
Ele dá vários socos velozes, mas o olho do caubói brilha e ele consegue se esquivar de todos, sem nenhum esforço.
— Nossa, incrível!
— Vai, Olho de Cobra!
— Você consegue!
As pessoas gritavam para o caubói impressionadas. Mesmo que o Trovão Negro tivesse derrotado três caubóis, o xerife se mostrava capaz de derrotá-lo, talvez.
Trovão Negro tenta acertá-lo no olho direito, mas Olho de Cobra se esquiva novamente e o empurra com o pé. Em seguida, ele saca sua arma e aponta para o fora da lei.
— FIRE SHOT!
— DARK THUNDER!
Um raio elétrico de tonalidade escura competia com o Fire Shot de Olho de Cobra, mas era inútil. O ataque de Trovão foi convertido em fogo e sumiu.
O caubói sorri e diz:
— Você é mesmo bom de briga. Mas estamos equilibrados, já que um não consegue vencer o outro.
Trovão Negro some e aparece atrás de Olho de Cobra. Ele ia chutá-lo, mas o caubói dá um mortal e em seguida, ele empurra as costas de Trovão Negro com ambos os pés, fazendo com que ele caia no chão.
As pessoas aplaudem o caubói.
— Mas não é possível! Como você conseguiu se esquivar? — Indaga Trovão Negro, que se levanta confuso.
— Simples. Eu não preciso ver para esquivar. Eu tenho a capacidade de enxergar o que acontece à minha volta sem olhar. — Responde Olho de Cobra.
Trovão Negro estava assustado. Não acreditava no que estava ouvindo. Olho de Cobra de fato era um monstro. Tinha tamanha facilidade em enfrentar até um inimigo que aparentemente fosse mais forte do que ele.
— Vamos, eu sei que você tem mais para me oferecer. — Disse o caubói, com tom provocativo.
De fato, Trovão Negro não tinha gostado disso e libera mais ondas elétricas. Ele solta vários raios, mas o caubói se esquiva facilmente, depois que seu olho brilha.
— "Droga! Ele não cansa também! Como alguém consegue lutar por muito tempo?"— Pensa Trovão Negro, que libera mais ondas elétricas e parte para cima de Olho de Cobra, dando vários socos, mas ele tinha total facilidade para se esquivar.
As pessoas ficaram impressionadas com os reflexos do Olho de Cobra. Ele se esquivava dos raios elétricos de Trovão Negro e também de seus socos e chutes.
Como estava cobertos pelas ondas elétricas, Trovão Negro não tinha como ser atingido pelo Olho de Cobra, então o caubói da um mortal e saca sua arma. Ele atira várias vezes em Trovão Negro, que se protege com as ondas elétricas.
Em seguida, o caubói prepara de novo seu tiro e assim ele grita:
— FIRE SHOT!
Ele atira e sai um tiro em chamas. Trovão Negro se esquiva e parte para cima de Olho de Cobra, que volta a se esquivar dos ataques de Trovão Negro.
— Minha nossa, vejam só!
— Eles não cansam!
— Vai, Olho de Cobra!
— "Era bem como sabido."— Pensa o caubói. — "Trovão Negro é um usuário de eletricidade e também domina a velocidade do raio. Ele pode usá-la ao seu favor para correr, esquivar-se e também de contra ataque ou de ataque normal. Parece que encontrei um adversário à altura.
Olho de Cobra sai de perto de Trovão Negro e atira várias vezes nele. O fora da lei se esquiva e solta um raio elétrico na direção do caubói. Este se joga no chão e consegue evitar de ser atingido.
— Bem, hora de usar todo o meu poder. — Disse Trovão Negro.
— Já era hora. — Responde Olho de Cobra.
Trovão Negro começa a gritar e o tempo fica escuro. De repente, raios e trovões apareceram nos céus e as pessoas ficaram assustadas.
— Atenção, povo de Fort Worth. — Disse Olho de Cobra. — A luta se encontra em outro auge. Se vocês têm amor à vida, por favor saiam.
As pessoas obedecem e todos vão para os seus destinos. Estavam gostando da luta e torcendo para que Olho de Cobra venha a vencer, mas não tinham mais como ficarem.
— Melhor assim, Trovão Negro? — Indaga o caubói, apresentando a mesma calma de antes.
— Bem melhor. — Responde o caubói, que recebe um raio do céu.
O caubói se impressiona ao ver que Trovão Negro teria se tornado um monstro humanoide coberto por ondas e descargas elétricas escuras. Seu corpo estava todo em azul e ele parecia de fato uma criatura de outra dimensão.
— O que acha? — Indaga Trovão Negro, que estava com a voz mais rouca. — Eu chamo essa técnica de Poder das Trovoadas.
— Nome bem sem noção mesmo. — Responde Olho de Cobra. — Como não tenho nenhuma habilidade especial, posso considerar que estou em apuros.
— HAHAHAHAHA! E mantém essa calma por quê, caubói? — Indaga Trovão Negro.
— Porque eu fico calmo porque devo.
Trovão Negro sorri. Em seguida, ele solta um poderoso raio elétrico, mas o olho do caubói brilha e ele se esquiva facilmente do ataque. Ele saca sua arma e atira várias vezes em Trovão Negro, onde este coloca as mãos para frente e recebe as balas nas mãos mesmo. Em seguida, ele solta uma quantidade absurda de raios elétricos. Olho de Cobra se esquiva de todos e vai atirando em Trovão Negro.
— "Melhor parar de gastar as balas. Estou apenas com mais duas."
Ele guarda a arma e Trovão Negro ri com satisfação.
— Você está mesmo encurralado, Olho de Cobra. O que vai fazer agora?
O caubói sorri. De fato ele não estava nada preocupado, como se tivesse algo em mente.
— Você ainda acha graça? É um sujeito interessante, de fato.
— Bem, parece que não tenho nada para fazer, senão se esquivar de seus ataques. — Afirma Olho de Cobra, que se esquiva de um soco de Trovão Negro. Ele teria se movido muito rápido, onde uma pessoa qualquer não teria conseguido acompanhá-lo, mas o caubói conseguiu.
— Merda. — Murmura Trovão Negro.
Ele dá vários socos e chutes mais velozes do que antes, mas Olho de Cobra conseguia se esquivar de todos, sem problemas.
— Impossível. Eu superei a velocidade do raio.
Olho de Cobra começa a rir. Nesse momento, um vento começava a perambular na cidade de Fort Worth e ambos ainda continuavam se enfrentando. O caubói empurra Trovão Negro com o pê e com as mãos nos bolsos, responde:
— Eu tenho a capacidade de me esquivar de golpes que chegam até mesmo a superar a velocidade da luz.
— Mas… Como isso? Não é possível. Será quê…
— Isso mesmo. Nenhum fora da lei, amigo ou inimigo jamais conseguiu me acertar, por conta de meus reflexos.
Trovão Negro fica irritado. Ele para e analisa que mesmo que ficasse mais poderoso se pudesse, não teria como acertar Olho de Cobra, nem se quisesse, já que ele consegue se esquivar de qualquer tipo de ataque, mesmo que não o veja.
— Então essa luta não tem sentido nenhum.
— Claro que tem. Você não quer dominar Fort Worth? E se eu quiser, eu poderia matá-lo aqui mesmo, sem muito esforço. — Responde o caubói.
Trovão Negro começa a rir.
— Você me matar? Não exagere, Olho de Cobra.
— Não estou exagerando. Estou dizendo a verdade. Se eu quiser, posso matá-lo mesmo, mas eu estou com preguiça.
Trovão Negro se sentiu lesado agora. Duvidava que Olho de Cobra fosse matá-lo. Ele decide atacá-lo mais uma vez, mas era inútil. Mesmo desatento, distraído ou qual seja sua forma no momento, ele conseguia se esquivar dos golpes de Trovão Negro, mesmo que parecesse não querer.
— "Maldição. Eu não consigo atingi-lo".— Pensa Trovão Negro.
Olho de Cobra dá um chute com a ponta de sua bota na cintura de Trovão Negro e em seguida, ele aponta a arma na testa dele, depois que este começou a sentir dor na região e se encolheu um pouco.
Trovão Negro pôde ver Olho de Cobra o mirando. Um olho comum e o outro de uma serpente. Aquilo era assustador para ele, mesmo que dificilmente sentisse medo.
— Se eu quiser, eu posso usar o Fire Shot em você e matá-lo, mas eu só irei usá-lo para uma coisa. — Disse Olho de Cobra e ele atira em Trovão Negro, mas este usa sua velocidade para se esquivar e some da frente do caubói.
Ele o pega pelo pescoço, mas o caubói coloca sua perna enroscada na de Trovão Negro, fazendo ele cair e Olho de Cobra dá uma cotovelada nele, onde ele consegue sair. Sentiu seu corpo eletrocutado, mas conseguia aguentar mais um pouco.
Trovão Negro já teria sofrido dois golpes que o machucaram. Ele se levanta e diz:
— Parece que estou chegando no meu limite. Irei usar todo o meu poder agora.
Ele libera mais poder ainda e Olho de Cobra cerra os olhos.
— "Desta vez eu não posso me esquivar, senão ele pode destruir essa cidade. Esse poder do Trovão Negro é de fato destrutivo para uma cidade".— Pensa o caubói. — "Só me resta fazer uma coisa".
— SUPER DARK THUNDER !
Trovão Negro solta o ataque e Olho de Cobra coloca um cartucho na sua arma e assim usa sua técnica também.
— FIRE SHOT!
Ele atira e sai uma bala em chamas. Ambos os ataques se chocam e causam uma forte explosão. Ambos tiveram que cobrir os seus olhos e depois que aliviou um pouco o impacto, Olho de Cobra vê Trovão Negro usar suas habilidades de velocidade acima do raio. Ele ia atacá-lo por trás e Olho de Cobra usa de novo sua técnica.
— FIRE SHOT!
Nisso, ele consegue extinguir a técnica do Trovão Negro e ele volta ao normal.
— Maldição! O que você fez? — Indaga o fora da lei, irritado.
Olho de Cobra, que olhava sério para ele e com a arma ainda apontada em seu rosto, responde:
— Eu apenas fiz você voltar ao normal. E como eu disse, se eu quisesse, teria o matado. Eis a prova. Ainda tenho chance de matá-lo, mas eu não quero, não por preguiça e sim porque eu não gosto de matar os outros. É errado isso. Vai contra as leis de Deus. Nós, humanos, não temos direito de matar ninguém. No entanto, os fora da lei não entendem isso. — Olho de Cobra fica mais sério, enquanto o tempo volta a ficar aberto. — Se eu quisesse, eu teria de fato usado minha Fire Shot em você, mas não fiz porque vou deixar você sair dessa cidade. Você escolhe. Aceita minha misericórdia ou eu volto atrás da minha ideia e o mato aqui mesmo e violo as leis de Deus.
Trovão Negro olha para Olho de Cobra não acreditando em tais palavras. Ele de fato tinha uma vantagem que era essa técnica poderosa e ele também estava cansado, já que lutou contra três seguidos. O fora da lei ri e responde:
— Está certo, eu irei sair. Mas guarde minhas palavras. Quando eu voltar, não estarei sozinho e é melhor que se prepare, porque as coisas vão ficar piores.
Olho de Cobra abaixa a arma e responde, ainda sério:
— Acho bom você sair. Experimente voltar para ver se não acabo com você na mesma hora.
Trovão Negro se vira e vai pegar o seu cavalo.
Olho de Cobra ainda estava o encarando, para ver se ele ia mesmo sair. De fato ia.
Trovão Negro seguia para a saída da cidade, enquanto o cavalo batia seus cascos no chão. Ele ignora totalmente Olho de Cobra e o caubói o acompanhava, enquanto ele estava saindo.
A partir daí, Fort Worth foi salva novamente e desta vez, de um dos foras da lei mais perigosos que venha a surgir no Faroeste.
×××
Mais tarde, já perto do meio-dia, Olho de Cobra estava montado em seu cavalo. Ele acenava para as pessoas, conforme ia passando por elas e algumas chegavam até a questionar sobre o Trovão Negro, o que aconteceu. O caubói deu sua explicação à elas, mas no entanto, tinham reações diferentes. Alguns pareceram concordar com a decisão do caubói, outros já estavam teorizando apenas coisas ruins. No entanto, era mais ou menos isso que acontecia.
— Bem, vou passar no hospital. — Disse Olho de Cobra para si. — Ver como estão meus companheiros.
Chegando no local, ele foi falar com Emilly, que se surpreendeu com a sua presença.
— Olho de Cobra! Boa tarde! — Ela diz, sorrindo.
— Olá, Emilly. Eu queria ver os meus colegas que estão em estado de hospitalização. — Responde o caubói.
— Claro. Eu irei guiá-lo até lá.
— Obrigado. — O caubói sorri.
A enfermeira e Olho de Cobra vão até o quarto onde estavam os parceiros do caubói. Bruce Selvagem e James Protetor estavam dormindo, enquanto Braço de Ferro estava olhando para a janela. Abgail tinha que voltar para casa, senão seu pai ficava preocupado. O mesmo acontecia com Archie. Ryan já queria sair do hospital porque não era um ambiente que lhe agradava. Naapi e os gêmeos foram cuidar da segurança da cidade, mas não toparam com Olho de Cobra.
— Obrigado, doutora. — Olho de Cobra sorri para ela.
— De nada. — Emilly sorri corada e volta para a recepção.
O caubói nota que ambos estão dormindo, mas Braço de Ferro ainda estava acordado, olhando para a janela.
Olho de Cobra vai até ela para conversar um pouco, mas nota seu rosto e olhos vermelhos. Ele fica espantado ao se deparar com ela desse jeito.
— Braço de Ferro. O que houve? — Indaga Olho de Cobra, preocupado.
— Olho de Cobra. — Braço de Ferro começa a chorar e o caubói vai abraçá-la.
— O que houve, hein? Será que estou tão feio a ponto de chorar.
Braço de Ferro dá um tapinha no ombro dele com a mão direita, sorrindo. Mesmo chorando, ela sorri por conta da piada que Olho de Cobra fez.
— Não é nada disso. — Ela diz entre soluços. — É que eu fiquei com medo de… De perdê-lo… Trovão Negro é tão forte…
Olho de Cobra sorri e se afasta do abraço. Ele se ajoelha diante dela e acaricia seu rosto.
— Está tudo bem. Eu ainda estou vivo. — Comenta o caubói.
— Você o derrotou? — Indaga Braço de Ferro.
— Não. Mas se eu quisesse teria o matado.
— Por que não fez?
— Porque eu dei uma chance a ele. Não gosto de matar as pessoas, você sabe disso.
Braço de Ferro dá um sorriso fechado e volta a se deitar.
Olho de Cobra se levanta e diz:
— Só dei uma passada aqui para ver como vocês estão, mas parece que está tudo bem, então eu vou sair.
O caubói se vira, mas Braço de Ferro o segura com a mão mecânica. Olho de Cobra se vira para ela e Braço de Ferro diz:
— Fica mais um pouco, por favor.
— Estou com fome.
— Eu divido a comida do hospital.
Olho de Cobra sorri. Ele se lembra do quão grata é Braço de Ferro por ter cuidado dela, depois que a encontrou. Ele se senta no banquinho que tinha por ali e fala:
— Está bem, eu fico com você, ruivinha. — Disse o caubói.
— Não me chame assim, por favor.
O caubói sorri e nisso, eles ficaram conversando um pouco sobre alguns assuntos.
Passada a hora do almoço que foi meia hora depois, Olho de Cobra come um pouco do almoço de Braço de Ferro e diz:
— Bem, agora vou sair, mas voltarei mais tarde.
— Está bem. — Braço de Ferro sorri. — Antes… Eu queria lhe dar algo.
— O quê?
Braço de Ferro se levanta, com um pouco de dificuldade e o abraça. O caubói fica comovido com o ato de Braço de Ferro e escuta ela falar:
— Obrigada por estar sempre cuidando de mim.
— Ah, você vem cuidando mais de mim do que ao contrário. — O caubói sorri e beija a testa dela.
Em seguida, depois de alguns minutos, o caubói se despede da vaqueira e segue rumo ao seu próximo destino.