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PRÓLOGO
Verônica correu bem rápido, ela se atrasou mais uma vez. Senhor Dmitri
Melnikov logo iria protestar contra ela, ela estava acostumada. Ela chegou
ao auditório e, de fato, a aula já havia começado, ela escapuliu para se
juntar à vizinha de mesa e colega de quarto, uma americana chamada
Kelly Scott.
- Dona Moretti, você está atrasada de novo, qual a sua desculpa dessa
vez? O Sr. Melnikov gritou para ele .
Verônica olhou para a amiga que parecia sentir pena dela.
- Tive um probleminha com o despertador. Ela argumentou.
- Como sempre, resmungou o professor. Sente-se e não perturbe os
outros.
Sua amiga olhou para ela dizendo que ela não acreditava em sua versão.
- Não me diga que você foi investigar o famoso vigilante? Kelly perguntou a
ele.
Verônica bufou levemente. Kelly era sua amiga desde que ela e a mãe se
mudaram da Itália para a Rússia. Ela foi a única pessoa, depois de sua
amiga Clara Romano, que conseguiu decifrá-lo.
- Véro, você exagera no final. Ninguém foi capaz de descobrir quem ele era
e você deveria deixar isso para lá, disse sua amiga.
Já fazia quase uma semana e meia desde que um misterioso assassino
apareceu na cidade de Moscou. Ele protegia a população, mas curiosa por
natureza, Verônica queria saber quem era. Kelly tentou dissuadi-la várias
vezes, mas Verônica também tinha a reputação de ser muito teimosa.
- Não adianta, você ainda não se formou e já está se comportando como uma verdadeira investigadora, desabafou a amiga. Verônica balançou a cabeça. Kelly nunca entendeu nada, ela se perguntava o que procurava em Criminologia. Ela não tinha perfil nem vocação, só fazia isso para agradar os pais. - Você não entende nada Kelly e nunca entenderá. Verônica deixou escapar , fazendo anotações. Kelly não pegou nada, apenas lixava as unhas. Veronica se perguntou como eles haviam se tornado amigos. - Você estará na festa que Malcolm está organizando neste sábado? Kelly perguntou de repente. Malcolm Daniel era o garoto mais popular do campus. Um verdadeiro galã que por algum motivo desconhecido irritou Verônica . Ele era filho do dono de um grande canal de televisão e sua mãe era juíza, então ele achava que era livre para fazer qualquer coisa no campus. - Não vejo o que procuraria neste lugar, respondeu Verônica . - Vamos, você está se comportando como uma solteirona. Você gasta seu tempo lendo revistas de celebridades e investigando pessoas que não valem seu tempo. Divirta-se um pouco, não vai te machucar. - Desculpe Kelly mas não temos todos os mesmos interesses, tenho meu diploma para tirar no final do ano e preciso me concentrar. - Que alegria, Kelly sussurrou. - Senhorita Scott, mais uma palavra e você está saindo do meu quarto, gritou o Sr. Melnikov .Kelly preferiu continuar lixando as unhas.
Terminada a aula, os alunos foram para outra sala de aula para outra aula. Verônica teve que se separar da amiga Kelly que, como sempre, nunca terminava as aulas, sabe-se lá por quê. Ela soprou levemente e entrou na sala. A aula correu bem . Exausta, ela arrumou suas últimas coisas para voltar ao apartamento que dividia com Kelly. Ela se levantou pronta para sair quando foi bloqueada por alguém. Ela ficou cara a cara com Malcolm Daniel . - Bom , a Véronica Volkov Moretti, um delicioso cruzamento entre Itália e Rússia, lançou esse. - O que você quer do Daniel ? Ela perguntou defensivamente. Malcolm deu aquele sorriso que Verônica odiava mais que tudo, um sorriso arrogante. - Calma Moretti, vim em paz. Queria convidá-lo para minha festa de sábado, se estiver interessado. Verônica tirou o diário da bolsa e fingiu consultá-lo. - Desculpe te decepcionar mas minha agenda não me permite ir a uma feira então vá para o inferno. Ela saiu sem sequer lhe dar uma única olhada. Lucas limpou a arma e guardou-a com cuidado. Ele se serviu de uma bebida e ligou a televisão. - Mais uma façanha do vigilante mascarado, ele continua despertando o interesse da população e levantando diversos questionamentos sobre sua identidade. O clima está assolando a cidade de Moscou há vários dias e os moradores estão felizes por finalmente se livrarem dos agressores. Lucas desligou a televisão e atendeu o telefone que estava tocando.“Enzo,” ele deixou escapar.
- Vejo que você está falando de você querido irmãozinho, você me disse que queria terminar os estudos mas eu não sabia que você tinha outra coisa em mente. Lucas bufou alto. Seu irmão sempre teve tendência a dramatizar tudo. Ele se sentou em sua cadeira. - Vou começar as aulas semana que vem, então deixa eu me divertir um pouco e você deve fazer o mesmo, pelo que vejo você não está perdendo tempo com a pequena Clara. Lucas sentiu a mandíbula do irmão apertar do outro lado da linha. Esse era o objetivo. Ele sorriu levemente, estava feliz que seu irmão finalmente pudesse virar a página após o episódio de Lydia. - Não se preocupe comigo Lorenzo e deixe-se levar. Lucas desligou o celular e decidiu ir tomar banho. Ele saiu do chuveiro e foi ficar em frente às janelas salientes. Admirava a cidade que aos poucos começava a ganhar as cores da noite. Uma batida em sua porta lhe disse que ele tinha uma visita, e não uma pequena. - Como está meu velho amigo? perguntou o visitante com uma garrafa de uísque na mão. Lucas se empurrou e o deixou entrar. Ele sentou-se no sofá e abriu a garrafa. - Estou bem Mikhail, respondeu Lucas. - Posso ver claramente pela forma como você se enfurece por aqui, você se tornou o herói nacional. Lucas pegou o copo que lhe entregou. Mikhail Kozlov era amigo de longa data de Lucas, eles se conheceram há vários anos e eram muito próximos. Mikhail sabia coisas sobre Lucas que nem seu irmão Lorenzo sabia, comosua vinda para a Rússia.
- Você me disse um dia que colocaria os pés aqui quando chegasse a hora, será que agora é a hora? Mikhail perguntou com um olhar subitamente sério. Lucas largou o copo e sentou-se. - Definitivamente já está na hora, acho até que esperei demais.Baixe o aplicativo agora para receber a recompensa
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