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Capítulo 8

Olhando para ela de perto, ela é realmente atraente. Cabelos loiros e olhos azuis, sem falar no físico.

Eu realmente entendo porque Marcel se apaixonou por ela.

-E então você é aluno do meu irmão Polo...- Eu franzo a testa bruscamente, percebendo que tenho um Medici na minha frente.

-Você....Você é um Original?- Ele sorri para mim, me fazendo entender que eu estava certo e me surpreendo por um momento ao ver que ele não tem nada em comum com Polo.

Ele é castanho escuro com olhos castanhos e ela é loira com olhos azuis... dois mundos completamente separados.

-Diga-me... como vai você com meu irmão? Ele é um bom professor? - Claro, para os anos que ele é, ele ainda parece um adolescente fofoqueiro e isso me faz sorrir.

É incrível como, depois de todos esses anos, ela continua tão... humana.

-Sim... ele e Marcel me ensinaram muito e sem eles eu realmente não saberia o que aconteceu comigo- estou sendo sincero. Marcel me deu um teto para viver enquanto Polo me ensinou a me defender e sempre serei grato a ambos pelo que fizeram por mim.

Rebekah sorri para mim novamente, então se levanta e caminha até Marcel.

- Que tal sairmos? Quero sair para passear em companhia - para convencê-lo, aproveito a tática dos olhares meigos e dos abraços, que me fazem sorrir ainda mais e sorrio também pelo lindo casal que formam.

Marcel aceita, me cumprimenta e os dois vão embora.

Eu me levanto do sofá e enquanto termino meu café da manhã, mas quando coloco a mão na boca para limpá-la, percebo algo.

Tenho o anel do sol no dedo e Marcel esqueceu de tirá-lo, o que faz quando estou sozinha. Eu viro meu olhar para a porta e escuto, não ouvindo nenhum barulho. Ando em direção à saída, mas paro um pouco antes de sair e me pergunto se estou fazendo a coisa certa ou não... quer dizer... se Polo e Marcel me mantiveram trancado aqui, eles devem ter tido seus motivos, porém, por outro lado, tenho trabalhado duro todos os dias desde que cheguei aqui e só recebi elogios, então entro pela porta e saio para o sol.

A primeira coisa que faço é ir à casa de Rousseau.

...

A última vez que estive lá quase mordi a Camille e agora que estou melhor gostaria de pedir desculpas a ela.

Polo e Marcel confirmaram que a menina está ciente da existência do sobrenatural e isso me alivia um pouco. Pelo menos não terei que apresentá-la a este mundo louco.

Abro a porta e o cheiro de álcool atinge minhas narinas como da última vez que estive aqui. Eu olho em volta e a vejo no balcão lavando copos. Eu ando até ela e chamo sua atenção com uma tosse.

Camille se vira e franze a testa assim que me vê.

-Não se preocupe, estou só de passagem- ele me entrega uma cerveja e eu agradeço, começando a beber.

-Eu pensei que você estava preso por Marcel-

-É verdade, mas eles me deram um passe para sair, já que melhorei nos últimos dias- Estou mentindo para ele porque não quero que ele ligue para Polo ou Marcel e diga que eles estão aqui.

-Por que você veio aqui?-

"Porque eu queria me desculpar pela última vez... por quase machucar você." Ela balança a cabeça e sorri para mim.

-Tudo acabou, não se preocupe- Eu aceno com a cabeça e bebo a cerveja novamente.

Estou feliz por ter feito as pazes com Camille. Ela é uma boa menina e eu também gosto dela, então gostaria de não poder mais ficar com ela.

-Ouça... daqui a pouco. Você quer ir a pé? - Ainda tenho na cabeça o pensamento de que não estou fazendo a coisa certa, que devo ir para casa, mas decido não pensar nisso e aceito a proposta da moça.

...

Depois de uma hora, Camille aparece ao meu lado com o cabelo solto e a bolsa. Eu me levanto e nós dois saímos.

-Nesse tempo? Que lugar você gostaria de visitar? - Boa pergunta!

Não sei quase nada sobre Nova Orleans e gostaria de visitá-la, então me ofereço para me levar para conhecer a cidade e ela aceita.

...

Passamos a tarde inteira admirando os artistas que pintaram diversos quadros, depois ele me levou para conhecer as principais obras arquitetônicas da cidade e agora estamos sentados do lado de fora de um bar para nos refrescarmos. Eu com um picolé de limão enquanto a Camille com sorvete de chocolate.

“Você quer experimentar?” Camille traz sua casquinha para eu experimentar, mas eu balanço minha cabeça e sorrio para ela.

"Obrigada, mas sou intolerante à lactose" ela, em resposta, começa a rir sob o meu olhar confuso e tenho que admitir que não é uma risada muito sóbria, já que as pessoas ao nosso redor se viram irritadas, então eu a chuto por baixo da mesa para fazê-la parar.

- Ai! Mas o que diabos há de errado com você? Os sapatos de mármore?!?- Agora é minha vez de rir, devido aos xingamentos dele.

Depois de alguns minutos, nos acalmamos e muita gente sai chateada conosco, mas eu sinceramente não me importo.

"De qualquer forma, por que você estava rindo mais cedo?" Ele estende seu cone para mim e acena para que eu experimente.

"Confie em mim, nada vai acontecer com você" Eu faço o que ele diz e passo minha língua sobre sua boceta. Meus olhos se arregalam com sua bondade e assim que percebo que ninguém está olhando para nós, uso minha velocidade para roubar sua casquinha, começando a devorá-la.

-MEU DEUS! É a melhor coisa que já comi: estou falando de boca cheia e pareço uma criança de um ano, eu sei, mas esse sorvete de chocolate é irresistível.

-Como é possível? sempre fui intolerante a lactose

-Bem, essa é uma das vantagens de ser um vampiro- ok...eu literalmente amo ser um vampiro...exceto pela sede de sangue e o fato de que eu não posso ficar no sol sem um anel.

-Olha quem você vê- assim que ouço aquela voz fico pálido de repente... e já estou bem branco, então imagine.

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