Capítulo 4
— Tudo bem, você retornará para seu marido antes do tempo x, palavra da deusa. -
Rose entra no portal e depois de uma última olhada no túmulo dos meus pais, eu entro também.
A princípio não se vê nada, apenas escuridão, depois uma luz ofuscante me faz fechar os olhos e quando os abro novamente, estou flutuando no ar sobre um imenso território.
— Ai, meu Deus, Rose, da próxima vez me diga que durante suas viagens eu teria me encontrado suspenso a uma altura do chão de parar o coração!!! -
— Você sofre de vertigens? -
— Não, mas você sabe como é, eu não chegava nessa altura em dois segundos todos os dias, não é minha atividade preferida da tarde. -
—Como você reclama. -
Juro que da próxima vez que a ver vou jogar uma das minhas esferas nela, fazendo com que ela se afogue na água...
— Agora você conhecerá um pedaço importante da história do passado. -
Concordo com a cabeça e apertando a mão de Rose, sou arrastado para uma cidade, como as de tempos passados.
—Estamos no período da primeira era, quando o homem era apenas um ser inferior a todas as outras criaturas que habitavam este planeta. —Vlad?
? Meu primeiro pensamento vai para o que ele me disse durante o tempo em que estivemos em guerra.
— Mas, havia uma tribo que não queria ficar do lado dos fortes ou dos fracos, eles eram neutros... eram os Raive Sol, feiticeiros capazes de matar só com um olhar... eu sei o que você pense, no final tudo ficará mais claro. -
Eu ia dizer a eles que eles se lembraram do meu presente, mas nunca tentei matar uma pessoa apenas através do contato visual.
— Eles estavam em paz em seu pequeno pedaço de terra, mas Silver, o príncipe das criaturas da noite, queria o poder deles, então ele fez com que uma garota, a filha do chefe, a capturasse e a matasse para mostrar a eles que seu poder ajudaria. destruiriam se não cooperassem. -
Mais um motivo para chutar a bunda daquele ser que atormenta meus sonhos.
— Furiosos, os Raive atacaram o território de Silver, matando todos os seres que faziam parte de seu reino, mas mal sabiam eles que a força do rei... era tão forte que os cortou ao meio assim que chegaram em sua presença. . -
- O que aconteceu? -
—O chefe da vila de Raive lançou um feitiço sombrio e, junto com seu povo, doou suas almas a uma deusa... a deusa da destruição. Ela matou todos os seres que desafiaram a Raive, tornando a lua vermelha com seu sangue.
Eu sou sua filha, a protetora da Lua Vermelha. -
—O que aconteceu com Plata? -
Com um movimento da mão, a paisagem que observava até recentemente desaparece, dando lugar a uma cena.
Um homem de cabeça baixa e corpo ferido, aos pés de uma mulher, de... beleza proibida, com longos cabelos negros e tez de estrela.
Infelizmente seus olhos não eram visíveis para mim, pois ele estava de costas para mim.
— Silver... ele implorou à deusa que poupasse sua vida, ele disse a ela que só queria um mundo onde as criaturas da noite fossem soberanas, e que ele só queria poder tocar a luz do sol... pelo menos por uma vez, mas a deusa decidiu puni-lo de uma forma ainda mais cruel.
Ele não tirou a sua vida, mas sim trancou-o, despojado dos seus poderes, num mundo onde a luz nunca passaria... num mundo de solidão e escuridão. -
A história toda desaparece diante dos meus olhos em uma nuvem escura, até a cena de Silver sendo engolida pela escuridão me lembra algo, mas minha mente não coopera na lembrança.
Quando abro os olhos novamente, estou de volta à margem do rio com Rose na minha frente.
O sol se põe e um pôr do sol vermelho-sangue ilumina nossos corpos.
—O que esse Silver quer de mim? -
— Eu sou filha da deusa que o aprisionou e você, você é meu descendente direto, ele esperou a cada quinhentos anos, a mulher ou o homem com o sangue da lua nas veias... e agora ele quer você retornar como há milênios, forte e implacável com os humanos e com qualquer um que se atreva a impedi-lo. -
—Como posso impedir isso? -
— Não posso responder essa pergunta Erina, mas posso te ajudar a eliminar isso dos seus sonhos. -
Rose me abraça e quando ela se afasta, um colar com uma lua cheia vermelha aparece no meu pescoço.
“Eu vou te proteger em seus sonhos, para que Silver não te ataque quando você não estiver no seu melhor. -
Ela está prestes a sair quando eu a impedi.
—Deusa, tenho uma família e uma matilha para defender, daria minha própria vida, só para saber que eles estão seguros... mas... o que eu sou realmente? -
— Erina...com seus olhos você ilumina o mal, essa era a frase da sua mãe, né? Você está destinado a grandes coisas, mas terá que escolher em qual delas estará... —
Ela se afasta até entrar na água e aos poucos a luz vermelha a envolve.
—Naquilo do mal... ou do bem. -
- Bom. -
— Não responda agora... seu coração saberá no devido tempo. -
E assim a deusa da Lua Vermelha, em vez de resolver minhas dúvidas, apenas as aumentou... mas não respondeu a nenhuma de minhas perguntas...
Quem sou eu realmente?
Prata
Minhas criaturas são inúteis e fracas, se deixam derrotar tão facilmente sem ao menos destruir aquele pacote inútil de sacos de pulgas.
Como posso executar meu plano se não tenho a arma Apocalipse em meu poder?!
—Meu senhor, voltei. -
— Dylan... pelo menos me dê uma notícia positiva. -
Meu servo me entrega uma sacola.
—Esta é a energia vital que consegui tirar de humanos com almas corrompidas. -
— Excelente, eu realmente precisava deles. -
Depois do que aconteceu comigo há milênios, minha única chance de recuperar minhas forças era comer almas impuras, e os humanos são criaturas fáceis com uma natureza gananciosa e negativa.
Ao receber esse presente, peço algumas informações a Dylan.
- Vestir? -
— Sim, Príncipe Silver, aquela mulher não é uma presa fácil, ela resistiu à flauta que você me deu e... — — Continua
- - Ele destruiu
para os golems em uma única explosão de energia... seu corpo, cercado por uma Aura escura, como a sua, mas parece fazer parte de sua alma. -
—Então há energia escura em seu corpo, certo? Almas amaldiçoadas... —
Essa mulher me interessa cada vez mais e eu estava pensando em matá-la para abrir o portal para os dois mundos...
—Dylan! -
- Sim, meu senhor? -
—Assuma o comando até eu voltar. -
—Onde você vai, senhor? Se eu puder saber...
— Quero dar um salto para o mundo da luz. -
— Mas então ela... —
— Não, a luz não vai me matar, a essa altura acho que o sol já se pôs aí. Estou curioso para ver Apocalys em ação. -
- Está seguro? -
— Lembre-se que tenho a idade do meu lado. -
Dito isso, eu me teletransporto para frente do buraco que foi criado ao longo do tempo na barreira daquela deusa... depois de todos esses milênios, a memória de suas palavras e de sua aparência nunca me deixou.
Atravesso aquela barreira de sombra e me encontro no topo de uma colina, com o vento revelando meu rosto encapuzado, bagunçando meus cabelos.
A lua no céu ilumina meu rosto e a cicatriz, que carrego como marca para não esquecer.
Não sinto o frio da noite na pele nua do peito. Nada nem ninguém jamais foi capaz de me fazer sentir outras emoções além do ódio.
Concentro-me e tento localizar a fonte do poder que me interessa... e não é difícil encontrar a sua localização.
Começo a correr por entre as árvores, que se inclinam para a frente à medida que caminho.
Salto todos os obstáculos e no final subo em uma árvore para olhar a cidade à minha frente.
Os lobisomens ficam de guarda, enquanto seus entes queridos estão seguros em suas casas.
- Que visão dolorosa. -
Erina
Voltando do rio, um Jack estava me esperando em casa... mas aquele não era meu marido, ele era simplesmente o lobo que qualquer um com um pouco de sal na cabeça nunca teria irritado! E obviamente eu tinha que me destacar dos demais.
- Erina JACKSON BLADE… ONDE DIABOS VOCÊ ESTEVE?!?!?!?!? -
É pior do que eu esperava... mais que meu marido, ele parece um pai que descobre a filha voltando para casa depois do toque de recolher.
— Amor... eu estava no rio e... —
— ADORO UM CHIFRE! -
Eu fico quieto e mantenho a cabeça baixa, às vezes até Jack consegue levar o tom Alfa comigo.
Ele pega meu pulso e me arrasta para dentro, não vejo nem cheiro os pequenos da casa, acho que eles vão passar a noite com os tios.
Jack entra em nosso quarto e me joga na cama e então fica em cima de mim, olhando-me diretamente nos olhos.
— Você não sabe o que eu sinto toda vez que acordo e não sinto sua presença em nossa cama... você quer que eu morra antes do necessário, mas já chega, Erina, você não está mais sozinha e tanto faz acontece com você, me desculpe. Eu também. Eu sou seu Alfa, seu companheiro, seu marido e pai dos nossos filhos, você não pode me deixar de fora dos seus planos à prova de suicídio!!! -
— Jack... eu... —
Ele me beija com força, como se quisesse me punir.
Ele cruza minhas mãos acima da minha cabeça e com a mão livre começa a acariciar minha barriga, depois sobe até meus seios.
Ele sai da minha boca para traçar uma trilha de beijos no meu pescoço, e chega ao ponto de marcação.
- Você é minha. -
E com uma mordida, ele traça seu sinal de posse até mim.
Eu não grito, meu lado lobo adora quando Jack me morde.
O cheiro do meu sangue chega ao meu nariz.
Jack estala e lambe o ferimento, depois arranca minha camisa e a coloca até o sutiã.
- Jack... -
— Eu tenho que te punir, você tem que aprender de uma vez por todas que eu também existo.... e para você se lembrar disso, você vai descobrir da maneira mais difícil. -
Sua voz perdeu aquele tom autoritário que costumava ter, mas tornou-se rouca e mais profunda.
Ele libera minhas mãos e eu arranco sua camisa, que está ficando muito volumosa para nós.
Eu acaricio seu peito e cada músculo. Beijo as cicatrizes deixadas em seu peito após cada luta para alcançar seu pomo de adão. Eu o mordo suavemente e depois afundo meus dentes sob sua orelha.
— Você também é meu Jack, você usou seu lado Alfa comigo, mas lembre-se, eu não tenho medo de você, porque sei que você não pode me machucar. -
—Maldita mulher tentadora! -
Ele me empurra de volta na cama enquanto tira as calças e depois volta para cima de mim para tirar as calças.
Eu o ajudo e fico mais alto para alcançar o travesseiro, mas Jack agarra meu tornozelo e me puxa para baixo.
Seus olhos são iluminados por aquele azul que ele só tem quando se transforma em lobo.
Parece que sou sua presa e ele meu predador.
Depois de passar alguns minutos lutando contra Jack, ele consegue remover o último obstáculo de mim.