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O encontro proibido

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Kni-Bodian
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9.0
Notas

Resumo

***ATENÇÃO, POR FAVOR*** Esta é uma saga que contém 5 livros e deve ser lida na seguinte ordem: Livro 1: O encontro proibido Livro 2: Segredos na sala de aula Livro 3: O elo oculto Livro 4: O caminho da tentação Livro 5: “Destino Compartilhado - Ame, ame loucamente, ame o máximo que puder e, se lhe disserem que é pecado, ame seu pecado e você será inocente. É um ano especial para Martinez Fernando, é o ano de seu bacharelado e ele pretende dar o melhor de si e viver seu último ano com serenidade... serenidade que é destruída desde o primeiro dia, quando seu namorado aparece na sala de aula. O professor Robis imediatamente sente uma faísca, aquela menina feriu seu orgulho e ele quer fazê-la pagar por isso, mas algo o impede, o incomoda, quase o fascina... mesmo que ela seja infiel, mesmo que ela vá contra os princípios de sua organização, mesmo que ele não esteja lá para ensiná-la... Ação, mistério e atração serão os verdadeiros protagonistas dessa história. Boa leitura, bonecas, mas aviso que o Professor Robis é persuasivo o suficiente para fazê-las cair na armadilha dele.

amor

Capítulo 1

Estou no meio do nada, no meio de um imenso prado verde, o sol nasce no horizonte em vermelho vivo cercado por uma placa laranja e uma linha circular amarelada muito fina, envolvendo o céu com seu calor em uma luz azul.

Fico observando, quase em contemplação, as nuvens brancas se esvaindo no céu e me sinto leve também. Sempre quis me empoleirar em uma nuvem e observar o mundo através de seus olhos.

Levanto a mão e, como se quisesse acariciá-la gentilmente, pego-a com os dedos e a coloco em minha palma. Permaneço imóvel até que a nuvem se afaste de minha palma e eu a veja se afastar silenciosamente.

Deito-me de lado e esfrego a bochecha na grama úmida do gramado, o que imediatamente acalma minha bochecha superaquecida pelo calor do sol.

Fecho os olhos e a calma surreal do lugar me permite ouvir os batimentos cardíacos e a respiração pesada que entra pelo nariz e sai pela boca entreaberta.

Sinto-me tão em paz comigo mesmo neste momento que.... - Ultimamente, tenho perdido o sono, sonhando com as coisas que poderíamos ser.... -

E, em um instante, voltei à realidade, embora ainda possa ouvir meu coração batendo e minha respiração acelerada, mas agora estou ciente de que estou na minha cama e que o alarme do meu celular continuará tocando até que eu o desligue.

Inclino-me para a mesa de cabeceira com desconforto, mantenho os olhos fechados e pego o celular, abro meio olho e desligo o alarme. Assim que ele é desligado, coloco o celular de volta no criado-mudo e volto a sonhar.

Oro para que minha mente me leve de volta àquele lugar de paz, mas então ouço minha mãe gritando - Abençoada seja, levante-se, levante-se! -

Ele sabe que ignorei maravilhosamente o despertador e que não tenho a menor intenção de sair da cama, porque é muito bom ficar embaixo das cobertas e fingir que as responsabilidades desaparecem do nada, como surgiram do nada.

Nunca fui uma pessoa matutina, até que ontem de manhã acordei às , e somente porque minha mãe me chamou, caso contrário eu teria acordado ao meio-dia. A culpa é da minha vida noturna e dos livros e séries que me mantêm acordado até pelo menos meia-noite.

Devo me acalmar e me certificar de não ler ou assistir a um episódio da série até bem depois da uma hora da tarde. É um bom compromisso se eu quiser encarar esse novo ano letivo, certamente com mais determinação do que agora.

- Bendito! Você vai se atrasar, na verdade, já está atrasado! - minha mãe grita novamente.

- Sim, senhora! - grito do andar de cima, para fazê-la entender que estou vivo e que nenhum alienígena me raptou durante a noite, infelizmente.

Empurro os cobertores para o lado e coloco um pé no chão, motivando-me a colocar o outro pé no chão também, depois me sento e pego meus óculos no criado-mudo.

Eu os coloco assim que os encontro e finalmente abro os olhos novamente, pois agora não há como voltar atrás.

Vejo minha irmã mais nova, Viviana, ainda cochilando alegremente e a cama da minha irmã mais velha, Eleonora, está vazia.

Elas nos acordam uma a uma, para que possamos descer as escadas e ter o banheiro livre. A primeira a se levantar sempre sou eu, depois a Eleonora, eu e, por fim, a princesa mimada da casa, Viviana.

Suspiro e me levanto apressadamente, pego meus chinelos rosa e saio do quarto com passos pesados... é como se algum fio imaginário estivesse realmente me arrastando.

Passo pelo espelho do quarto ao lado da porta e bufo de resignação. Nunca fui fã do verão, mas acordar tarde e não ter a ansiedade constante dos deveres de casa e das provas não era ruim.

Entre outras coisas, estarei me formando este ano e a ansiedade para as provas estará altíssima, quem sabe quando poderei aproveitar os dias sem preocupações.

Olho para o meu reflexo no espelho e percebo minha pele escura, um presente da mãe natureza graças aos meus pais de origem cingalesa, um pouco opaca, junto com meus grandes olhos negros, cansados e nada vivos. Mordo meus lábios carnudos e enrugo meu nariz pequeno para parecer um guaxinim e depois dou risada.

Não me considero feia, já fui elogiada várias vezes por meu rosto e corpo tonificados, mas sempre encarei isso com ironia e leveza. Não fui feita para me exibir, nem para participar de concursos de beleza nem para me exibir na frente das pessoas em geral.

Sou muito tímida desse ponto de vista, gosto de viver minha vida sem desperdiçá-la, matando-me em meus calcanhares. Sou uma pessoa de muito bom coração, tento não dar tanto ouvido à minha cabeça, embora a Eleonora sempre me dê uns tapas, você não acreditaria, mas também estabeleço limites para mim.

Dizem que é característico das pessoas sob o signo de Sagitário não pensar muito em responsabilidades, ter muito otimismo, autoconfiança, entusiasmo, vitalidade, desprezo pelo perigo, independência? Eu não poderia concordar mais.

Felizmente, com o ascendente Capricórnio, posso me conter um pouco, refazer meus passos e manter meus pés no chão. É uma luta contínua entre vitalidade e responsabilidade.

Vou ao banheiro e sento no vaso sanitário, tento dormir mais alguns minutos, enfim, tento aproveitar ao máximo cada segundo livre.

Quando começo a sentir meu pé endurecer, levanto-me e dou descarga no vaso sanitário. É hora de me preparar, como se o sino da escola estivesse tocando.

Escovei os dentes com carvão em pó, que é muito eficaz para branquear os dentes e o hálito, e escovei mais uma vez com pasta de dente para deixar um gosto de menta, enxaguei o rosto e saí.

Solto meu cabelo do rabo de cavalo bagunçado e abro espaço para Viviana, que me olha com irritação - na verdade, essa é sua expressão constante.

Não somos muito parecidas, embora ambas tenhamos cabelos pretos e pele escura. Ela tem olhos castanhos, enquanto eu tenho olhos pretos, e ela também tem a pele muito mais clara do que eu.

- Mas bom dia", eu digo, ciente de que a estou incomodando; na verdade, ela retribui com um olhar de fogo e, afastando-se de mim, diz: "Levante-se - eu já volto".

Dou risada e vou direto para a cozinha, onde encontro minha mãe preparando leite para a Vivi. Ela o toma com Nesquik porque não gosta muito do gosto residual do leite.

Pego minha tigela de cereal e coloco os flocos de milho, acrescento o leite e depois coloco tudo no micro-ondas. Alguém coloca o leite primeiro e depois o cereal? Por quê? A Terra é redonda, não plana! O cereal vai primeiro e depois o leite, e não o contrário!

- A que horas você termina hoje? - pergunta Ammi, trazendo-me de volta à realidade.

Eu me sento à mesa com a colher e murmuro enquanto penso nisso: Uma hora. A primeira coisa que devo fazer é matemática.

- Boa sorte", ele diz, sorrindo e indo fazer café para a Tatti.

Ela sabe que eu odeio qualquer coisa relacionada a números e não gosto especialmente da professora de matemática. Ela é uma mulher de bom coração, de quem gosto há cinco anos, mas às vezes ela fica assustada e eu não entendo nada do que ela me explica.

Sempre sou obrigado a assistir a um vídeo no YouTube para entender alguma coisa ou copiar a Angelica, que é melhor com números do que eu.

Em troca, eu lhe dou latim e grego, acho que é um bom compromisso.

- A que horas será transmitido ao vivo? -

- Acho que os terceiros vão ao ar ao meio-dia - não tenho certeza.

- Onze horas - responde Vivi, mal-humorada, entrando na cozinha.

O micro-ondas toca, ela me passa a tigela de cereal e vai para o banheiro.

- O que está fazendo, está me esperando para pegarmos o ônibus para casa juntas? - pergunto, começando a comer meu cereal.

Viviana molha um biscoito no leite e, olhando para mim com raiva, murmura: "Esperar duas horas? Não estou pensando nisso, estou indo para casa sozinha.

Isso é legal.

- Ok, eu não sei... Pensei que estivesse dando um passeio pela Viale Strasburgo com seus amigos.

A escola fica em uma rua lateral cheia de lojas, costumo ir lá depois da aula.

- Quais amigos? -

É isso mesmo, Viviana não gosta de se cercar de pessoas... sua colega de classe Carolina e Alice, nossa vizinha há anos, são suficientes para ela.

Ela já teve namoradas no passado, mas todas elas se revelaram víboras e estúpidas. Eu sempre digo que é melhor se cercar de pessoas que fazem as coisas com o coração e não por cálculo.

Temos a opção de escolher com quem nos cercar: rostos ou máscaras.

-Carolina? -

- Com esse calor? Fim: Vivi bufa enquanto eu rio, termino meu cereal e lavo minha tigela.

Subo as escadas e entro no quarto para encontrar Eleonora sentada na cama amarrando os sapatos.

Sim, ela se parece comigo. Ela tem o mesmo tom de pele que eu, só que seu cabelo é mais encaracolado do que o meu e seus traços faciais são mais duros... ela se parece com meu pai, na verdade, às vezes rimos quando ela imita as expressões dele.

- Beni, você pode me passar o outro sapato? - pergunta Ele, concentrada em amarrar seu sapato direito.

Tiro o outro sapato de debaixo da mesa, coloco-o aos pés do criado-mudo e me jogo como um peso morto na cama.

- Apresse-se e vista-se, tenho que estar na sala de aula pelo menos ao meio-dia para me sentar", ela murmura, amarrando o sapato que peguei para ela.

- A que horas você termina hoje? - pergunto, olhando para ela.

- Nunca! Esta tarde tenho aula de direito penal até e antes disso tenho outra aula até - respondo irritada.

- E a que horas você almoça? -

- Eu também me pergunto - ela bufa enquanto termina de amarrar os sapatos. - E se apresse para se vestir ou sairemos sem você", acrescenta, saindo da sala.

Por que todo mundo está de mau humor pela manhã?

Sacudo a cabeça em sinal de desaprovação e vou até o guarda-roupa e pego a primeira coisa que vejo, que é um vestido de verão azul com estampas amarelas que chega mais ou menos até o joelho.

É setembro, mas parece julho em Palermo, aqui começamos a sentir o frio forte no final de novembro, na verdade a estação muda nesse período. Mais um motivo para amar meu Palermo, minha cidade natal e a de minhas irmãs.

Palermo é uma cidade esplêndida, mágica, calorosa, rara em sua fascinante decadência e, como disse Goethe: "Quem quer que tenha visto o céu de Palermo jamais poderá esquecê-lo. -