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6

SAM

RJ

Alguns dias depois...

A morena havia entregado alguns currículos pelos hospitais do Rio de Janeiro, a mulher cria que iriam a ligar, ela precisava de trabalho, e ajudar sua tia e sua prima, ela sabia que sua tia estava correndo atrás de tudo sobre as coisas do marido, o dinheiro que estava no banco dele, dentre outras coisas, e Samantha queria estar ali, para ajudar elas, sendo, financeiramente e emocionalmente, a mulher havia cansado de andar pelos bairros, seus pés estavam doendo, ela usava uma sapato fechado que estavam machucando os seus pés, ela fazia uma careta e pedia um Uber para ir para casa.

Ela entrava no aplicativo esperando algum Uber aceitar a solicitação, assim que via vários motoristas por perto, um deles aceitava a corrida, ela fica contente e decidiu aguardar sentada em um banco, ela ajeitou as suas costas e estica os seus pés que devia estar agora vermelhos e um pouco inchado por passar quase a tarde toda andando pelos bairros...

Ela queria só chegar na nova casa que seria seu lar por um momento e descansar um pouco, mas a mulher queria alugar um apartamento para si, ela não queria ficar morando com sua tia, ela queria a sua privacidade. E queria dar a elas também a privacidade...

Assim que o motorista chegou, ela ia depressa até o veículo, entrando dentro.

Logo ela estaria em casa e poderi tomar um bom banho e relaxar um pouco.

***

Após chegar, ela paga o Uber e sai do veículo indo até a calçada e de frente ao portão, assim que ela entra, segue até o banheiro para tomar um bom banho e deixar os seus pés de molho por um tempo, só assim para eles relaxarem após a corrida do dia...

A mulher se seca, após o banho e vestiu o seu pijama e passou creme nos pés, estavam doloridos e também vermelhos e levemente inchados, ela fazia caretas ao passar o creme, assim que a porta do quarto se abre, ela solta um grito olhando a sua prima fechar a porta logo a seguir.

— Calma, sou só eu... Nossa, o que houve com seu pé??

A mulher aponta para os sapatos com a cara fechada.

— Esses sapatos nojentos machucaram meus pés... Agora estão assim, parecendo uma bola de inchados e doendo...

A prima vai até ela para ver de perto e faz uma careta.

–- Realmente, está feio isso aí.

Samantha faz uma careta para ela, respondendo.

— Já sei prima, esse creme vai aliviar um pouco a dor e o inchaço, e você, vai aonde assim?

Samantha dá mais uma olhada em sua prima, ela vestia um vestido preto bem sensual, marcando suas curvas, um salto bem alto e fino, cabelos arrumados e bem maquiada, ela dava uma voltinha assim que Samantha a olhava atentamente.

–- Gostou, prima ??

–- Sim, está linda, onde vai ?

Ela responde se exibindo.

–- A um baile funk, vamos ??

Ela diz empolgada já indo até a prima pegar em sua mão.

Samantha diz olhando para seus pés que ainda doíam.

— Tá doida? Um baile? Não, obrigada, e ainda por cima, olha os meus pés, não vou conseguir ficar em pé, pode ir, se divirta.

A outra fazia um biquinho dizendo.

— Por favor, você fica sentada, eu vou curtir só um pouco, eu prometo prima, minha mãe disse que só posso ir se você for comigo, por favor, não vamos demorar, vai por favor.

Ela ainda fazia bico para Samantha, que revira os olhos dizendo não gostando nada da ideia.

— Ok, não vamos demorar, vou pôr uma roupa qualquer. Me espere na sala.

A outra pulava de alegria e deu um beijo na bochecha da morena, e saiu do quarto.

Samantha resmungou indo até o guarda roupa colocando uma blusa comprida justa no corpo, calças jeans e um tênis, seus pés estariam escondidos e confortáveis, ela iria procurar um lugar para sentar, ela não sabia porque estava indo, mas iria ajudar sua prima só dessa vez, Samantha queria distância de perigo. Ela não queria encontrar aquele homem da última vez, o olhar dele era estranho, ele demonstrava ser perigoso, e ela não queria mais vê-lo e nem esbarrar com ninguém do baile funk, ela tinha medo, e iria justo agora sair a noite com sua prima para um baile... Essa não...

Ela finaliza de se arrumar, passar um perfume e decidiu deixar o seu celular em casa, iria levar só uma nota para tomar alguma coisa na boate, não levaria carteira nem nada, teria precaução.

Assim que chegou à sala, as duas se despediram da tia e iam até a baile..

***

Após alguns minutos caminhando, elas chegavam ao baile funk de manguinhos, esses bairro era vizinho ao que as garotas moravam, por isso, decidiram ir a pé.

Assim que entravam, já viam a movimentação, muitas pessoas bebendo, fumando, beijando e outras coisas, a garota dizia para Samantha já dançando e amando o batidão.

— Samantha, vou me enturmar... Nos vemos daqui uma hora e meia na entrada, ok?? Se divirta, um beijo.

A garota beija o rosto da prima e sai rebolando chamando a atenção dos homens, alguns já a seguiam com um olhar de safado nos olhos, Samantha nem conseguiu falar nada, ela já havia sumido entre a multidão.

Samantha ficava com medo de estar naquele lugar, ela olhava para os lados e via homens beijando mais de uma mulher, outros se drogando, fumando cigarros, bebendo e quase caindo no chão, com armas em seus bolsos, o coração da morena batia forte... Ela ia até o barman pedia um bebida e colocava a nota encima do balcão, ele rapidamente entregava para ela a sua bebida, que era uma Ice bem fraquinha, havia pouco teor alcoólico.

Ela começava tomar a garrafinha e olhava para os lados, vendo várias pessoas dançando e beijando umas as outras, ela achava aquilo nojento, e tentava não olhar muito, mas era impossível, o funk tocava alto, ela via as mulheres rebolando até o chão e os homens colocando as mãos na bunda delas, e assim elas continuavam a dança, Samantha virava de uma vez a garrafa e colocava no balcão e tentava sair dali, ela não queria mais ficar ali, iria ficar no banheiro até dar a hora ou já iria para a saída esperar a sua prima.

Quando ela passa por várias pessoas, ela via alguém a sua frente dançando com duas mulheres, aquele homem daquele dia, que foi baleado, que foi grosso com ela, que fez a mulher ali sentir medo dele, o homem estava com a camisa meio aberta, era de botões, uma camisa preta, tinha dois botões abertos mostrando o peitoral forte do homem, e ali havia uma tatuagem que ela não sabia de que era por conta de várias pessoas e a luz não ser tão clara, ele estava com o cabelo amarrado em um coque e um sorriso safado no rosto, a barba estava grande como dos dias anteriores, a calça rasgada e as mãos dele estavam nas cinturas das duas mulheres, elas estavam do seu lado, dançando e ele olhava para elas sentindo prazer nas mulheres seminuas, Samantha começou a soluçar, ela não queria que ele a visse, ela dá as costas e sente uma mão puxar a sua, fazendo ela virar para a pessoa, seu coração gelou de medo...

Assim que ela olha para a pessoa a sua frente, não era aquele homem, menos mau, mas ela via que também não era um homem bom, ela repara na arma em sua calça, do cheiro de cigarro nele, os cabelos até os ombros enrolados, olhos negros como a noite e barba por fazer, ele sorria para ela, ainda segurando na mão dela com firmeza, fazendo o coração da jovem bater mais depressa.

Ele dizia fazendo charme a mulher.

--- Oi docinho... Está perdida?

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