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Primeiro dia

Narrado por Henry

Após ser praticamente largado ali pela Gabriela, vou ao bar pegar outra bebida e volto para a área vip, fico de lá observando ela, não sei por que, mas alguma coisa nela me chama atenção e me deixa intrigado, de repente chega um cara e chama ela para dançar e a mesma foi com ele prontamente, fico observando eles, Gabriela parece estar gostando, dá gargalhadas com ele e isso me incomodou um pouco.

A bebida já estava subindo e com tudo que acontecia no momento, achei melhor ir embora para não ter que ficar vendo aquilo e acabar perdendo a cabeça.

— Cristian meu amigo, essa noite já deu pra mim, eu vou embora.

— Ah, cara, ainda está cedo, fica mais um pouco?

— Estou com a minha roupa toda suja, cansado e não estou me sentindo bem hoje, preciso mesmo ir.

— Só vou perdoar você, porque sei como está corrido na empresa.

— Valeu. — Falei lhe dando um leve aperto de mão.

Dou um abraço nele e vou embora.

Chego em casa e vou para cozinha, minha governanta Naiara estava acordada ainda, como eu já falei ela é como uma mãe para mim, perdi os meus pais faz pouco tempo, desde então ela que tem cuidado de mim, quando meus pais eram vivos a Naiara trabalhava para eles, então quando assumi os negócios da família ela continuou comigo.

Naiara é uma pessoa incrível, carinhosa uma mãezona mesmo, não vou dizer que não sinto falta dos meus pais porque eu estaria mentindo.

— Naiara, está acordada ainda?

— Oi querido. Sim, levantei para beber água, e você está chegando agora?

— Sim.

— Você quer comer algo?

— Não, obrigado, eu vou tomar um banho e dormir. Boa noite, Naiara!

— Boa Noite querido.

Subo para o meu quarto e tomo um banho bem demorado, enquanto tomo banho começo a lembrar do que aconteceu na boate, fico me perguntando porque estou pensando na Gabriela, se nós dois mal nos conhecemos direito. Abandono os meus pensamentos e termino o meu banho, visto uma calça de moletom e fico sem camisa, depois me deito na minha cama.

Narrado por Gabriela

Curti muito a balada, dancei bastante e bebi um pouco, nada de exagero, fiz tudo isso com o Tadeu, ele é um cara bacana, gato e parece ser muito rico, bem mais que o babaca do Júnior que me deu um grande perdido. Dançamos bastante juntos, até que eu dei a desculpa de que já era bem tarde, e que precisava ir, pois ia acordar cedo.

— Fica um pouco mais gatinha?

— Eu preciso mesmo ir.

— Eu posso te levar em casa?

— Me leva para sua casa antes.

Ele topa na mesma hora. A casa dele é enorme, Tadeu já entra me beijando, então eu digo que quero uma bebida e pergunto onde fica, ele aponta, vou até lá, sirvo uma dose para mim e outra para ele, mas a dele está batizada, vou até ele e entrego a bebida em sua mão, um tempo depois Tadeu fica tonto, e logo apaga, olho a casa toda para ver se tinha câmera e depois de me certificar que não, começo a procurar coisas de valor, mas não tem, então vou até a carteira dele e pego todos os seus cartões. Depois deixo um bilhete dizendo que fui embora porque ele acabou bebendo demais e apagou, só para ele não desconfiar de mim. Ando alguns quarteirões, chamo um táxi e vou para a casa da Heloísa, lá ela vai sacar o dinheiro desses cartões para mim sem levantar suspeita, claro que ela vai querer uma parte, mas por mim tudo bem.

Heloísa fica surpresa em me ver ali tão tarde, e quando eu digo o motivo ela solta um sorriso de orelha a orelha. Depois cheia da grana vou para minha casa. Assim que chego vou até a cozinha beber um copo de água, vou tomar um banho, e dormir.

Acordo no dia seguinte, por incrível que pareça bem animada para o meu primeiro dia de trabalho, tomo um banho e visto uma calça jeans e uma blusa preta.

Chamo um carro de aplicativo e vou para a empresa, ao chegar reparo melhor no prédio que é muito luxuoso, e assim que subo, vou novamente até aquela loira esnobe, ela me atende toda de nariz em pé.

— Venha, eu vou te mostrar onde vai ser a sua sala.

Ela me leva até a sala depois me olha e sai em seguida, fico naquela sala enorme totalmente confusa e sem saber o que fazer, então vou até a sala do meu chefe, bato na porta e ele responde do outro lado.

— Entre!

— Bom dia senhor Henry. — Ele girou a sua cadeira e me encarou com um leve sorriso no rosto.

— Bom dia! Sente-se Gabriela, esse é o seu contrato de trabalho, peço que leia, e caso tenha alguma dúvida pode me perguntar.

Olho para ele enquanto me entrega o contrato, e ao pegá-lo nossos dedos se encontram, sinto um enorme choque percorrer por todo o meu corpo, leio o contrato e assino. Depois ele me explica tudo sobre o meu trabalho, sobre o que está pendente e o que precisa ser feito, enquanto ele fala fico focada na boca rosada dele.

— Você tem alguma dúvida, Gabriela?

— Dúvida nenhuma chefe.

Dou um sorriso encarando aqueles olhos azuis.

— Já que está tudo esclarecido pode começar o seu trabalho.

Saio da sala dele e vou para a minha, começo a organizar a agenda do Henry e vejo que tem duas reuniões marcadas para o mesmo horário, saio da minha sala e entro na do meu chefe sem bater.

— Henry... Desculpe, eu volto depois.

Falo ao ver a loira isnobe debruçada em cima dele.

— Da próxima vez bata na porta, Gabriela.

— Da próxima vez eu vou bater.

— Você está no seu horário de almoço, pode ir almoçar, Gabriela.

— Eu preciso falar com você. — Falei de cabeça baixa.

— Agora não, Gabriela.

— Certo chefe, eu vou almoçar.

Saio deixando os dois sozinhos, desço pelo elevador e quando estou saindo do prédio encontro o Júnior.

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