Capítulo 5 A 10!
Por Karina
Era a última aula com Mateo.
Os outros dois já terminaram.
Faltavam apenas dois exames e ela estava se formando como engenheira, era uma das mais jovens a se formar, foi uma carreira longa e difícil.
Ela esperou pacientemente que a aula terminasse e, antes que Mateo fugisse como estava fazendo depois do beijo, Karina se aproximou dele.
-Mateo...
-Sim.
Ele disse, evitando olhar para ela.
-Não sei se você sabia, mas eu só tenho o seu exame e mais um e vou fazer.
-Não, eu não sabia, mas sabia que você estava perto.
-Queria lhe perguntar se você poderia corrigir minha prova assim que eu a entregar.... Vai ser o último.
Mateo sorriu.
Só agora ele olhava para ela e sentia que poderia perder dias inteiros em seus olhos.
Ele ficou sério.
-Revisão TP número 3.
-Obrigado.
-Y... parabéns...
-Obrigado, na verdade, como trabalho na loja da minha mãe e nunca dependi de um emprego de verdade, consegui cursar mais matérias do que o normal e terminei meu curso rapidamente.
-Quantos anos você tem?
-25.
-Eu me formei aos 27 anos.
-Seguramente funcionando.
-Sim, desde o meu segundo ano e quando me formei, já havia fundado minha própria empresa.
Ele disse com orgulho.
Ele não sabia o que dizer a ela.
-Quando eu decidir trabalhar como engenheiro, enviarei meu currículo.
Ele disse isso como uma piada, para encher o ar.
-A qualquer hora.
-De qualquer forma, quero continuar no departamento de pesquisa, baseei meu projeto final em testes de tração.
-Eu sei, fui um dos professores que corrigiu o projeto... você foi aprovado com louvor.
-Obrigado!
-Vejo você no exame.
Mateo disse, sentindo que não conseguiria ficar perto dela por mais um minuto sem beijá-la.
Karina percebeu que ele estava olhando para seus lábios e não tirou os olhos dela.
Ela se sentiu agitada.
Ela não conseguia tirar os olhos dele.
Eles ficaram em silêncio por um momento.
Mateo resistiu à atração que sentia por ela.
Havia a escrivaninha no caminho, caso contrário, eu tinha certeza de que ele já a teria tomado nos braços ou a levado para seu apartamento para fazer amor até que os raios de sol entrassem pela janela.
Eles estavam nessa situação quando Leandro entrou.
Quando ele viu Karina, um sorriso se instalou em seu rosto.
-Olá, Karina.
Ele se aproximou e a beijou no rosto.
-Olá Leandro.
-Algumas das crianças que estão se formando virão na outra sexta-feira para uma ilha em Tigre, você se juntará a elas?
-Não sei. Quantos serão?
-Com os amigos e as crianças que estão chegando, eles alcançarão 70 pessoas.
-Pode ser feito, confirme se pode ser feito e me dê o endereço.
-Já o passei para seu amigo.
-Qual amigo?
Leandro faz um gesto com os seios grandes.
Ela se sentiu desconfortável, mas sorriu.
-Ah, Gladys.
-Eu não conseguia me lembrar do nome...
-Até mais, tchau.
Ela deu um beijo de despedida no rosto de Leandro, mas não se aproximou de Mateo.
O jovem professor a seguiu com os olhos.
Quando olhou para seu irmão, ele estava rindo.
-O que há de errado com você?
Mateo resmunga.
-Nada, você anda muito em círculos.
-Não sei o que você está imaginando. Você vai dar uma festa na ilha para 70 pessoas?
-Relaxe, eu conheço suas regras, ninguém sobe para os quartos e nada de orgias, nada de camisinhas espalhadas, nada de garrafas por toda parte e ninguém sai para brincar com os barcos.
-Exatamente, e se eles estiverem bêbados, ninguém entra na piscina.
-Relaxe, não vou voltar para casa hoje, vou para seu apartamento.
-OK, não faça nada dentro do corpo docente.
-Eu entendi.
Karina saiu atordoada, a expressão no rosto de Mateo a deixou sem fôlego.
Senti que não conseguiria lidar com a situação.
Isso nunca havia acontecido com nenhum homem, aquelas borboletas que ela sentia no estômago quando o sentia perto e aquele fogo que ela sentia quando ele olhava para sua boca ou seu corpo.
Eu ia estudar tudo, menos o trabalho prático número 3, ia estudá-lo como nunca havia estudado antes.
Ela queria que ele a admirasse, que a achasse inteligente.
Ela não quer que eu a deseje apenas.
Ela quer ser o único objeto de seu desejo, mas quer muito mais dele.
Naquela noite, ela imaginou estar com ele, queria que ele a despisse pouco a pouco, que a beijasse como um louco, que passasse as mãos e a boca por seu corpo.
Ela percebeu que estava totalmente excitada com a ideia dele.
Ele foi tomar uma ducha fria, a fim de diminuir sua ansiedade e sua... fantasia.
No dia seguinte, ela fez o exame final e estava eufórica.
Ele aprovou.
Só lhe faltava o exame com Mateo, e ela só esperava que seus nervos não a traíssem.
Enquanto isso, Mateo acreditava que Karina não fazia ideia do quanto ele a desejava, sentia-se um covarde por não ter avançado com ela, por não tê-la tomado em seus braços, por não tê-la beijado, percebendo que seus sentimentos por ela cresciam a cada dia.
Ele pensava nela à noite e a possuía em seus sonhos.
Ele não queria entregá-la, ele a queria loucamente, ele a via como inatingível, sabendo que poderia possuí-la, mas não podendo lhe oferecer mais nada, ele teve que deixá-la ir.
Ele não renegou suas filhas, ele nunca as renegaria, ele simplesmente não podia oferecer nada a Karina?
Seu corpo o traía quando ele estava perto dela, e isso o deixava mentalmente desequilibrado.
Ele sempre foi um cara confiante, sempre soube o que queria, mesmo quando se casou com Liliana, ele tinha certeza de que era isso que ele queria, o que ele tinha que fazer, especialmente por suas filhas.
Agora eu não tinha certeza de nada.
Ele ansiava por ela e congelava quando ela estava perto dele, mas também se desesperava quando ela não estava ao seu lado.
Felizmente, ela ainda estaria no departamento de pesquisa da faculdade, embora eu soubesse que não poderia lhe oferecer nada, mas precisava tê-la por perto.
Eu precisava sentir o cheiro do perfume que saía dela quando ela se mudava...
Eu estava pensando sinceramente em oferecer a ele um emprego na empresa.
Eu sabia que isso era apenas para se martirizar.
Eu não poderia me oferecer para ser seu amante....
Quando ela o procurou, naquele dia no laboratório, ela lhe disse que gostava dele, só que ele... depois do beijo, ele se afastou e ela nunca mais insistiu.
Ele se arrependeu?
Essa era a pergunta que Mateo fazia a si mesmo todos os dias.
Ela pensará nele, como ele pensou nela o tempo todo?
Ela nunca mais mostrou nada a ele e ele também não mostrou a ela, mas Mateo ficou de olho em Karina, em suas matérias, em seu último exame.
Ela sempre foi uma excelente aluna, por isso contou a ela sobre o último exame. De qualquer forma, ela seria incapaz de estragar a última prova final de alguém, a menos que a pessoa fosse um verdadeiro desastre.
Eu estava tão ansioso quanto ela em relação ao exame.
Chegou o dia de seu último exame e Karina estava acompanhada de parentes e amigos.
Ela usava um vestido de verão preto, que realçava sua delicada pele branca.
Ela estava usando sandálias de salto alto, da mesma cor do vestido.
Pensando que todos iriam jantar depois.
Mateo já estava na sala de aula quando ela entrou.
Ela não pôde deixar de olhar para as pernas dele e teve de morder os lábios para não gemer.
Quando Karina se virou para cumprimentá-lo, encontrou os olhos dele olhando para ela.
-Olá... professor... por favor, lembre-se de que esta é minha última prova... corrija-o imediatamente... Sim?
-Fique calmo, eu me lembro.
Aquele dia foi um dos poucos em que Mateo estava de terno.
Karina, quando o viu, até se sentiu tonta e implorou para que pudesse se concentrar.
Durante o exame, ela não olhou para cima, embora sentisse o olhar de Mateo sobre ela e soubesse que, se olhasse para ele, não teria nem vontade de escrever.
Mateo aproveitou o fato de que os alunos estavam concentrados no exame e não tirava os olhos dela.
Ele sentia um fogo intenso, sabia que estava morrendo de vontade de possuí-la, de torná-la sua, queria atravessar seu corpo...
Eu a queria muito, para tê-la, para fazer amor com ela até ficar com o rosto azul.
Ele se mexeu desconfortavelmente em seu assento.
O exame foi relativamente fácil e curto, eles tiveram que entregá-lo em uma hora.
Ela o entregou em 45 minutos e, para isso, estudou muito.
Ela saiu da sala de aula e se reuniu com sua família e amigos, aguardando o resultado, pois não havia muitos alunos fazendo os exames e ela era a única que estava se formando naquela matéria.
Então, no exato momento em que Mateo saiu da sala de aula, ele ficou observando-a, vendo como ela estava cercada por pessoas que ele não conhecia, ele só conhecia uma das meninas, que também era aluna da faculdade.
Gladys, a garota que Leandro havia batizado seu irmão no outro dia.
Mateo pensou que, em outro momento, os peitos de Gladys teriam sido seu delírio e, naquele momento, eles não chamavam sua atenção nem um pouco, ele só queria se enterrar no peito de Karina.
Karina o viu e se aproximou dele, todos estavam ansiosos.
-Mateo...
Ele sorriu para ela, olhando-a com desejo.
Ele levantou o exame.
-Eu o parabenizo... 10.
-¿10?
Ela perguntou com espanto e, em seguida, agarrou-se ao pescoço dele enquanto o abraçava.
Ele também a abraçou e sem saber como, acabaram se beijando na boca, os dois se separaram, rapidamente, ela estava de costas para a família, então quase ninguém viu o beijo... exceto Diego, seu irmão, que não perdeu nenhum detalhe do que aconteceu.
No entanto, ele não disse nada.
Karina se virou e disse.
-Antes de mais nada, quero uma foto com minha sobrinha... porque ela vai surtar depois.
Matthew observou quando uma menina, um pouco menor do que suas filhas, estendeu os braços e ela a beijou e depois a devolveu à mãe.
-Outra coisa, Mateo, você pode tirar uma foto comigo antes que eu fique coberto de farinha? Para não manchar seu terno.
Eles tiraram uma foto dela ao lado dele, segurando seu exame.
-Obrigado por tudo.
Karina o beija na bochecha.
Matthew prendeu a respiração, estava fazendo um esforço terrível para não tomá-la nos braços.
Karina diz:
-Agora é um 10!