Capítulo 6
- E-eu... - gaguejei e ele sorriu ao ver meu nervosismo. - Eu não tenho nada a ver com isso.
Ele colocou as mãos na minha cintura e pude sentir meu corpo ferver e meu nervosismo aumentar.
Então ele se aproximou e nossas bocas ficaram bem próximas.
- O que você está fazendo? - Eu perguntei.
- Qualquer coisa. - Ele respondeu e começou a passar a mão por todo meu corpo.
Ele passou as mãos pelas minhas costas e para baixo até que descansaram na minha bunda e apertaram.
-Polo, eu tenho namorado. - Eu falei.
- Sobre roupas não é trapaça. - Ele respondeu e sorriu e se ajoelhou no chão.
Observei seus movimentos e pude sentir um friozinho na barriga, assim que ele se ajoelhou ele passou a mão pelas minhas pernas e eu engasguei com seus movimentos.
Aí com a mão ele começou a passar os dedos pela minha vagina até pelas roupas e eu senti um fogo, coloquei as mãos nos cabelos dele.
Ele passou o dedo ao longo do comprimento e massageou meu clitóris.
- Você vai me ajudar Demi? - Ele disse e olhou para cima me fazendo olhar para seu rosto.
- Hum. - falei quase num gemido e ele se levantou.
- Boa menina. Ele sorriu e voltou para encontrar sua camisa.
Fiquei parado por um tempo e depois voltei a fingir que olhava e então decidi jogar a toalha e me abaixei e peguei a camisa que estava debaixo da cama.
- Preparar. - Joguei a camisa nele e ele vestiu.
- Obrigado Princesa. - Ele beijou minha testa e saiu do meu quarto, eu o segui para abrir a porta e quando cheguei lá ele já tinha ido embora, então apenas fechei a porta e subi para o meu quarto.
Eu estava na sala de aula, a professora ainda falava e minha cabeça parecia estar girando, eu estava entediado e minha cabeça doía, então esperava que a campainha tocasse logo.
Aí ouvi a campainha tocar, era hora do recreio e preferi ficar na sala e fugir do barulho e da gritaria, então todos os alunos saíram da sala, inclusive o Polo.
Sentei-me na cadeira olhando para o quadro.
-De mim? - Mike disse e eu olhei para o garoto que estava na porta.
- Olá.- Ele se aproximou.
- Por que você não foi ao refeitório hoje? - ele ficou ao meu lado.
- Não estou muito bem.
- Vamos fazer isso acontecer. - ele disse e juntou nossas bocas.
Eu me separei dele.
- Mike está falando sério, eu só quero ficar quieto no meu canto.
- Por favor, vá, estou com vontade.
Ele falou e me levantou, assim que me levantei ele começou a passar as mãos por todo o meu corpo inclusive minha bunda.
Empurrei o menino e ele parecia bravo.
- Eu já disse que não quero. - eu disse em voz alta. - Pare de me forçar a fazer o que não quero, ontem já fizemos sexo.
- Ele deve estar dando para outra pessoa, certo? Por isso ele não quer fazer sexo comigo, fica me evitando e me tratando mal e fingindo que está com dor de cabeça.
- Cala a boca, não fale comigo como se eu fosse uma vadia, você é quem não sabe deixar uma mulher com tesão, ainda estou com você por pena, você acha? .- minha voz foi interrompida, ele me deu um tapa na cara e explodiu.
Coloquei minha mão no local onde ela bateu e comecei a chorar.
- Porque você fez isso? - eu disse com a voz trêmula.
- Me desculpe, não foi intencional, fiz isso sem pensar, estou falando sério Demi, me desculpe.
Saí correndo de lá e fui até o banheiro mais próximo, me tranquei em qualquer box e comecei a chorar.
Suas ações me machucaram ainda mais do que suas palavras, nunca pensei que Mike faria isso, nunca pensei que ele passaria por isso.
Naquele momento eu estava decidida a nunca mais olhar na cara dele, terminaria com ele e nunca mais passaria por tudo aquilo.
Agora minha cabeça doía o dobro e a cabine parecia girar, eu chorava baixinho, então ouvi uma voz.
- Está tudo bem aí? - Era uma voz feminina.
- Todos. - eu disse com a voz trêmula.
Resolvi sair da cabana e fiquei cara a cara com Chrissy.
- Olá Chrissy.
- Por que está chorando?
- Problemas de vida. - sorri fracamente em meio às lágrimas.
- Se um dia você quiser desabafar, pode desabafar comigo, ok? - ele disse e saiu do banheiro.
Eu me senti mal por tratá-la mal antes.
Lavei o rosto e saí do banheiro andando rapidamente e quase correndo pelos corredores.
- Senhorita Perez! - ouvi a voz do diretor ecoar pelo corredor.
Que diabos, esse idiota vai me punir e eu só queria ir embora, ia faltar aula em algum lugar e agora não posso por causa dessa regra de merda que não pode fugir.
- Sim? - Parei e me virei para ele.
- Você sabe que não é permitido correr pela escola.
- Me sentia mal.
- E você costuma correr quando se sente mal? - Revirei os olhos e ele me olhou com uma cara séria. - Prisão hoje, não esperava isso de você.
Ele saiu com passos firmes e tive vontade de derreter e ficar ali no chão, mas voltei para a sala até acabar o recreio.
- Esta tudo bem? - Polo perguntou quando já estava na sala e a aula já havia começado.
- Hum. - balancei a cabeça quando na realidade nada estava certo.
- Certeza? Seu rosto não é muito bom.
- Eu só queria ir para casa, mas vão me punir, não poderemos estudar hoje, ok?
- Tudo bem. - ele respondeu no bom sentido.
As aulas já haviam passado, estávamos na última aula, eu estava quase dormindo na cadeira quando me assustei com o grito da professora.
- SR. EDWARD MUNSON.
Olhei para cima e a lata de lixo estava pegando fogo e Polo tinha um isqueiro na mão.
- TODOS SAEM DA SALA. - gritou a professora.
Como não ia deixar minhas coisas ali, comecei a juntar meus livros e materiais e todos ao meu redor saíram correndo da sala, houve gritos.
- QUE PORRA DEMI ESTÁ FAZENDO. - ele gritou e veio correndo em minha direção.
- RECEBA MINHAS COISAS. - falei em voz alta e quando fechei o zíper da bolsa o alarme de incêndio disparou e a água começou a jorrar do teto, que era um sistema automático de segurança da escola.
Todas as minhas coisas e meu cabelo ficaram molhados, corremos até a porta do quarto e quando chegamos estávamos encharcados.
- Maldito Edward porque ele colocou fogo... - Respirei fundo. - no lixo?
- Foi sem querer. - Ele começou a rir e eu ri também.
- Essa merda molhou tudo. - Passei a mão pelos cabelos molhados, prendendo-os para trás.
Então o diretor apareceu.
-NEM PRECISO FALAR, CERTO SR. MUNSON, DETENÇÃO HOJE.
Polo olhou para mim e revirou os olhos.
- Pelo menos ficaremos juntos. - Sorri, tentando consolá-lo.
- Por que você vai punir a perfeita senhorita Perez?
- Porque eu... - Aproximei-me do ouvido dele para falar. - Corri pelos corredores.
Ele começou a rir. - Tinha que ser algo assim.
- Eu sou um rebelde, certo? - Sorri e então a professora falou.
- Como o quarto está molhado, vamos esperar no refeitório até a hora de você sair. - Ele disse e começou a caminhar em direção ao refeitório e todos os alunos começaram a segui-lo.
- Olha, não teremos aulas graças a mim. - ele sorriu com orgulho.
- Agora você pode colocar no seu currículo. - eu ri e falei em voz baixa.
- Por que ele estava na sala daquele jeito?
Conversamos e caminhamos, éramos um
um pouco mais atrás do que os outros alunos.
Pensei em contar a ele o que Mike tinha feito, mas ele iria matar Mike, iria expulsar Mike do clube e tornaria tudo ainda pior.
Eu estava empenhada em terminar com ele, então achei melhor não dizer nada.
- Problemas de relacionamento. - eu disse e encolhi os ombros.
- Sempre soube que esse relacionamento não daria certo.
- Porque? - Eu perguntei.
- Ele é feio, você é bonito, ele é chato, você é legal, você é mulher e ele é menino.
Eu ri de suas palavras.
- Esta exagerando.
- Sério, Dustin e eu não acreditamos que você estava namorando ele. - Ele disse e paramos no corredor e ele olhou para meu rosto. - Você é bom demais para ele.
Sorri com suas palavras e então caminhamos novamente e seguimos a onda de alunos.
Logo chegamos no refeitório e ficamos na mesma mesa conversando, ficamos lá até tocar o sinal da última aula.
- Depois detenção... - disse ele, levantando-se. - Sua primeira princesa?
- Na verdade sim. - Sorri fracamente.
- Tem muitas coisas interessantes que podemos fazer, não é tão chato, eu já fui detido porque cometi um erro na prisão.
Eu ri do que ele disse.
- Eu só quero dormir. - eu resmunguei.
- Por que você estava correndo? - Caminhamos em direção à detenção.
- Eu ia perder a aula. - Eu ri dessa possibilidade. - Minha cabeça doía e eu queria ir para casa, aí o diretor me viu correndo.
- Podemos ir até a enfermaria pegar um remédio para você.
- Pode ser.
Mudamos de rota e caminhamos até a enfermaria.
Logo chegamos, não era longe de onde estávamos.
- Sra. Miller? - Polo disse entrando na sala.
- Não vou te dar mais drogas, Polo.
- Na verdade, vim pedir remédio para dor de cabeça ao meu amigo. - Ele me puxou para ficar na frente dele.
Ela me olhou de cima a baixo, pegou um remédio e entregou na minha mão.
Bebi com água que ela me deu.
- Obrigado. - eu disse e saímos de lá.
Ao chegar ao centro de internação, a professora demorou para chegar.
- Você vai retirar os chicletes das mesas. - Ele disse sentando na cadeira. - Dessa sala os objetos estão lá. - Ele apontou com a mão para uma mesa que tinha baldes e espátulas.
- Vamos sair daqui, espere um pouco. - Polo começou a brincar e fingiu fazer alguma coisa, outras pessoas realmente fizeram, depois de alguns minutos, Polo me puxou pela mão.
No final do quarto tinha uma portinha e ele pegou um clipe de papel e abriu o quarto, era um quarto de bagunça e material de limpeza, entramos e ele fechou a porta.
Era um quarto escuro, ele sentou no chão e eu o segui sentando na frente dele.
- Você pode dormir se quiser, vou te acordar na hora de voltar. - ele disse e eu não consegui ver seu rosto.
Eu só conseguia ouvir a voz dele, então virei de costas para ele e deitei em seu colo, ele começou a passar a mão em meus cabelos e gostei do carinho.
Não demorou muito para eu adormecer ali mesmo no colo dele.
Acordei assustado com um tremor no corpo quando abri os olhos era Polo me acordando.
- Vamos? A detenção termina em… – ele olhou para o relógio em seu pulso. - minutos.
Levantei e o menino também, ele abriu a porta devagar e olhou em volta antes de sair, eu segui atrás dele e olhei para seu rosto.
O cabelo dela estava bagunçado e a roupa já seca, eu devia estar uma bagunça também, aquele banho não ajudou muito.
Ela fechou a porta e nos juntamos aos outros que estavam limpando as mesas, depois de cinco minutos a professora acordou quando a campainha tocou e eles liberaram todos nós.
- Quer que eu te leve para casa? –Polo perguntou.
- Hoje vou dirigir, não se preocupe.
- Você dirige? - ele perguntou assustado.
- Sim, e melhor que você. - Sorri e ele balançou a cabeça.