O encontro
Lais e Paolo ainda estão ali. Apresento Lucca a Lais que sorri amplamente. Quando vou apresentar Lucca e Paolo ambos sorriem e Paolo fala.
_ Leona, o Lucca é meu amigo. Somos amigos do tempo da faculdade e meu pai o trata como um segundo filho.
Respiro mais aliviada por ele já ser conhecido por Paolo. Mas admito que mesmo se eles não se conhecessem eu iria do mesmo jeito. Tomaria o cuidado de fazer Lais obter o número de placa e ter minha localização. Era o que eu fazia sempre. Mas desta vez era ainda melhor e eu poderia relaxar mais.
Enquanto Lucca falava com Paolo, Lais me despejava um sermão:
__... prometa que me chamará assim que voltar para a casa. Sei que nunca dorme com seus "escolhidos " então trate de me fazer ao menos uma mensagem. Não beba demais. Ok?
Ela sempre foi assim, hiper protetiva, desde o calvário que passei com o meu ex. Algumas vezes ela exagera um pouco e me trata como uma adolescente, se esquecendo que já passamos dos trinta.
Dou um beijo em seus cabelos loiros e logo Lucca me puxa gentilmente pelo braço, sorrindo ele vai se despedindo e quase não tenho tempo de pegar a bolsa e ele já está me conduzindo para fora.
Parece que ele já tinha organizado nossa saída, pois o manobrista entregou as chaves para ele. Ele abriu um lindo sorriso e me conduziu até seu carro luxuoso, não que isto fazia diferença para mim, mas ali estava gritando que ele era bem rico, portanto, eu concluo que seria um daqueles eternos playboys, isto tornaria tudo fácil, ele era meu apenas esta noite, ele não se apegaria e fim de papo. Nada de compromissos, nada de amor, nada de complicações.
Ele me levou até a porta do passageiro e eu envolvi meus braços em volta do seu pescoço e o beijei com tesão. Ele retribuiu com um desejo profundo, me fazendo gemer em seus lábios. A luz dos faróis de um carro em nossa direção o fez me soltar rapidamente. Entrei no carro já procurando o som para aliviar a tensão sexual ou transaríamos na estrada. Eu abro minha boca para sugerir o hotel. Ele me interrompe:
_Confia em mim, irei te levar a um lugar especial. E o Paolo sabe onde estou te levando, suponho que sua amiga Lais, neste momento já saiba. Mas sinta-se à vontade para avisá-la.
Decido dar um voto de confiança, afinal meus amigos sabem quem ele é. Eu apenas sorrio e faço sinal para ele ir.
Começo a cantar para me distrair. Pego meu celular e faço conexão com o som do carro. Ele me olha curioso e um leve sorriso brota em sua boca perfeita. Ele presta atenção na estrada enquanto começa a ir em direção ao cais. Eu sigo com minha sedução e resolvo provocar a fera, cantando junto com Kimberly August Wallflower, enquanto eu o fixo meu olhar nele, que me rapidamente me espia de soslaio.
"Veja, você poderia me ter na varanda da frente. Ou me levar para o seu quarto. Sim, eu sou uma boa menina, é verdade. Mas eu quero ser muito má com você. Vá em frente, deixe-me ser muito má"
Ele dá uma risada gostosa. E uma de suas mãos belisca meu mamilo de forma intensa provocando mais desejo que dor. Antes que eu pudesse revidar, ele para o carro bruscamente, desce rapidamente e me encontra já fora. Ele balança a cabeça, mas não diz nada. Pega minha mão e me conduz entre as lanchas. Logo penso, "será minha primeira vez em um iate."
_ Vou te levar para a Ilha de Garda, para o Castelo... _ ele entra na no iate e me ajuda a descer.
Internamente fiquei pensando na última vez que ali estive, transei com um perfeito desconhecido e a foda tinha sido épica, por anos eu desejava saber quem era o mascarado que eu não quis saber a identidade e para o qual nem revelei a minha. Tinha sido em uma festa organizada pelo bar Déjà-vu, provavelmente ele era um cliente VIP do bar e tinha acesso à ilha.
A tensão entre nós era grande, mas nos comportamos durante todo o trajeto, fiquei admirando a vista enquanto ele pilotava com maestria a embarcação. Obviamente ele devia ser amigo dos proprietários do Castelo, e já teria o costume de levar seus encontros para lá. Rico, egocêntrico, provavelmente buscaria privacidade e ali seria o lugar perfeito.
Ao chegar no cais da Ilha ele manobrou a embarcação e desligou o motor. Rapidamente me puxou para o seu colo dizendo:
_ Não aguento mais Leona. Eu preciso sentir você.
Ele ergue meu corpo e me faz sentar no seu colo. Com urgência ele desabotoa a parte de cima do meu vestido expondo meus seios, ele abocanha meu mamilo e eu descarada rebolo em sua ereção. Ele parecia lutar com ele mesmo e isto me divertia. Sentindo sua ereção crescer, eu rebolava ainda mais até ele se afastar me puxando para descer do iate.
Ele sai e me pegando nos braços diz:
_ Prometo fazer um tour pela ilha, mas agora tenho urgência de você. Eu ia te chupar aqui mesmo, mas quero privacidade total e você merece mais conforto.
Realmente não consigo ver os mínimos detalhes, mas tudo é muito grande e luxuoso. E ele me leva escadas acima, obviamente para o quarto. Estávamos ali para isto.
Ele deslizou meu corpo no seu. Nosso beijo se intensificando e a única coisa que consigo pensar é descer lentamente para colocá-lo em minha boca. Descaradamente eu abro sua calça, ele me segura dizendo:
_Calma Leona...
Dou uma risada e contínuo o que estou fazendo, provocando-o:
_Está com medo de que eu te devore?
Neste momento eu abocanho sua ereção e ele soca a parede enquanto geme meu nome.
Eu o engulo todo e consigo tocar com a língua a base mais sensível. Volto lentamente e engulo com ainda mais tesão, levando-o no fundo da minha garganta.
Ele puxa meus cabelos me levantando lentamente. Ele segura minhas mãos para o alto e com a sua mão livre segura fortemente meu queixo e sussurra nos meus lábios:
_ Controle-se! Ou não vou conseguir ser gentil. Vou realmente perder minha cabeça e te colocar novamente de joelhos. Foder vorazmente a sua boca até inundar sua garganta.
Eu suspiro e revido:
_ Já parou para pensar que é exatamente isto o que quero?
Eu o encaro desafiando, ele me aperta ainda mais forte. Tem algo de sombrio em seu olhar
apesar de ele tentar esconder. Rapidamente ele puxa meu braço, me fazendo virar. Meu rosto na parede. Ele levanta meu vestido e arrebenta minha calcinha, a excitação já não cabe em mim, estou molhada e anseio por ele. Parecendo ouvir meus desejos, ele se posiciona atrás de mim, demora um pouco colocando a camisinha, mas não tempo o suficiente para me deixar girar. Sua ereção é posicionada propositalmente na minha buceta. Eu rebolo despudoradamente para que ele me penetre. Mas ele esbofeteia minha bunda e me repreende:
_ Shhhh... ainda não. Fique quieta... _ ele se abaixa lambendo meu ombro finalizando com um forte chupão.
Ele termina de retirar meu vestido. Me abraça e logo alcança meus mamilos que ele deliciosamente belisca vagarosamente.
Ele sorri. Me empurra para a esquerda me posicionando na frente de um grande espelho. Posso ver um pouco do seu corpo, seu olhar faminto me consome. Sua mão desliza por minha cintura até alcançar meu clitóris.
Ele não poupa energias e desliza por cada dobra, penetra com seus dedos, castiga meu clitóris. Eu não consigo me conter. Começo a gemer. Ele se afasta. Me empurra de novo na parede. Entendo o que ele está por fazer, decido o enlouquecer também. Com ajuda de minhas mãos, me abro inteira para ele, me empinando deixando apenas as minhas pernas coladas. Ele volta e me penetra de uma vez.
Eu o aperto dentro de mim. Ele em um ritmo poderoso continua me torturando com um vai e vem infinito. Me faz abaixar o máximo sobre uma poltrona. A cada estocada ele parecia maior, mais duro. Me preenchendo, me consumindo, lágrimas escorrendo no meu rosto.
Sentindo o suor dele em minhas costas. Ele apertando meus seios, tudo entre nós estava sendo selvagem, mas era estranhamente como se nossos corpos soubessem exatamente o que fazer um com o outro. A sensação é de que quanto mais conseguíamos um do outro, mais desejávamos continuar. Eu já estava perdendo o controle de minhas pernas. Com a boca seca eu só conseguia dizer:
_ Ancora Lucca... ti prego ancora... *mais Lucca... te imploro mais.... *
Ele estava tão descontrolado como eu. Ele já não tinha aquele ar dominante e prepotente. Com um sorriso safado ele me olha. Sua voz grave e ofegante diz:
_ mi fai impazzire... non voglio smettere... *você me faz enlouquecer... não quero parar ...*
Cada estocada dele, eu rebolo ainda mais. Estamos em sintonia total. Já nem sei onde ele começa e eu termino. Nossos gritos de prazer estão ecoando por toda esta ilha.
De repente Lucca se retira de dentro de mim. Se senta na poltrona e me puxa para se sentar em seu colo, me encaixando nele. Passo a mão e envolvo-o sentido nas mãos o quanto ele estava duro e grosso. Ele pulsa, e eu o engulo apertando-o com meu corpo. Minhas coxas tremem a cada rebolada. Ele puxa minha bunda e de maneira desesperada invade minha boca. Depois de algum tempo, ele desce pelo meu pescoço e suga de maneira sensual meus mamilos. Não temos mais palavras. Eu termino de tirar sua camisa e enquanto ele me abraça, eu arranho suas costas. Ele morde meu lábio e diz:
_ Uma gata, uma Leoa não sei qual me enlouquece mais.
Eu dou ...um sorriso sarcástico e o provoco:
_ Devora-me lobo!
Seus olhos se enchem de malícia. Ele vai ainda mais fundo e continua me olhando. E enquanto vejo a mudança em seu olhar ele aumenta o ritmo desenfreadamente. Ele toca levemente meu clitóris e eu explodo em um orgasmo intenso. Ele me segura ainda mais forte e se dissolve dentro de mim.
Ainda estamos abraçados e posso sentir nossos corações batendo forte. Só agora percebo que tinha música no ambiente. Rosenfeld - Do It For Me
Eu fecho meus olhos e sinto a música. Nossos corpos estão suados, mas ele parece não querer me deixar sair daqui, assim como não estou disposta deixar esta posição confortável. Eu diria que me sinto também segura em seus braços de uma maneira consoladora. Era muito estranho, visto que nos conhecemos a poucas horas.
Desde o que me aconteceu no passado, eu já não me sentia assim com ninguém. Ele me tira do estado hipnótico que me encontro beijando vagarosamente meu pescoço. Para dizer em seguida:
_ Você é deliciosa. Estou tentado em te sequestrar e manter aqui na ilha, só para realizar meus desejos mais sacanas. Sem claro, deixar de te dar muito prazer...
Não consigo ficar irritada. O tom divertido de sua voz e tudo o que fizemos agora a pouco, me faz responder:
_ Confesso que seu convite é tentador! Mas eu tenho uma vida que me espera lá fora. Mas fiquei curiosa, você conhece os donos da ilha?
Ele sem hesitar me responde:
_ Pertence a minha família. Mas às vezes durmo aqui quando estou nesta região da Itália. Você diz que mora aqui desde criança. Nunca ouviu falar da minha família?
_ Desculpe eu não lembro do seu sobrenome...
Eu penso um pouco, me afasto para olhar em seu rosto. Ele sorri e parecendo incrédulo me diz:
_ Você realmente possui uma péssima memória querida. Mas enfim, agora estou tentado em te deixar curiosa.
Bufo e frustrada respondo:
_ Bom, de qualquer forma não sou tão curiosa, não se divirta querendo bancar o misterioso. É só que estive poucas vezes na ilha. Vim em algumas festas com amigos. Mas não me lembro de ter te visto antes. Quanto ao seu sobrenome, não tenho ideia. Realmente não devo ter ouvido bem por causa da música.
Eu termino a frase e ele fica sério por um tempo. São segundos, mas que me desperta na cabeça que que todas as festas em que eu frequentei neste castelo foram externas, algumas raras exceções liberavam os banheiros de uma das partes do hall de entrada. Foram sempre festas no jardim do castelo, sempre de noite. Duas festas foram mascaradas, e as outras que me lembro eram normais por assim dizer.
Eram todos do clube exclusivo onde estávamos, o Déjà-vu. Mesmo não querendo demonstrar minha curiosidade fico pensando que existe algo nele que devo saber.
Ele quebra o silêncio e me diz:
_Tudo bem, não pretendo te deixar curiosa. A explicação para você não ter me visto em algumas festas é porque eu não estava nelas, pois estive um tempo fora da Itália.
Sua resposta me deixa pensativa. Ele disse que eu não estava em "algumas festas", quer dizer que esteve em algumas. Mas como não me lembro dele?
Ele continua alisando minhas costas, continua calado. E parece que o clima entre nós esfriou e para mim este é o momento de ir embora.
Eu me levanto do seu colo.
_ Posso usar seu banheiro?
Ele possui um semblante de frustração quando me levanto. Ele sério me responde:
_ À esquerda, atrás do painel.
Sigo suas orientações, abro a porta do banheiro tentando organizar meus pensamentos. Quando abro a porta, me deparo com a réplica do banheiro da suíte Pent House, no hotel Four Season George V em Paris. Painéis de vidro transparentes separando o enorme banheiro, banheira luxuosa, um grande box de vidro, mármore para todo lado e muito espelho. Eu conhecia bem este hotel, eu ia muito ali com meu ex. Tanto luxo e eu não era feliz, quantas vezes ele me deixou lá sozinha e saiu para os bordeis ou para os seus negócios. Fecho os olhos e respiro fundo. Vou até a pia do banheiro e lavo meu rosto, refaço a maquiagem espantando meu fantasma. Olhando em volta, fico pensando se ele tem as capsulas perfumadas para o chuveiro do box assim como no hotel, visto que aqui é uma réplica perfeita com certeza ele deve ter. Algo bem excêntrico, mas trabalhando vendendo casas luxuosas eu sabia que isto era algo comum entre os milionários que não sabiam onde gastar o dinheiro.
Arrumo meu cabelo e pego da minha bolsa meu perfume preferido, pego minha calcinha extra e a visto lentamente, agora sim me sinto pronta para voltar e enfrentar Lucca. Nunca um desconhecido de uma noitada tinha me feito sentir como ele me fez em poucas horas. Era absurdo e desconcertante para mim.