Capítulo 14: A habilidade da chefona é incrível
Dentro do escritório, uma mulher de trinta anos, vestida com roupas de grife, exalava uma aura de luxo.
Ao lado dela estava um menino de cinco anos, com a cabeça inclinada para trás enquanto zombava do garotinho encolhido no canto, com os lábios curvados em um sorriso malicioso, o descaramento personificado.
Em frente à mulher rica estavam a diretora do jardim de infância e a professora responsável.
- Zackary! - Jennie, ao ver o menino no canto, correu para lá, com lágrimas nos olhos. - Meu Deus! O que aconteceu com você? Por que seu nariz ainda está sangrando?
Enquanto falava, ela pegou apressadamente um lenço de papel para limpar o sangramento do nariz de Zackary.
O olhar de Tina se voltou para Zackary, seus olhos frios se estreitaram ligeiramente, um calafrio emanando de sua presença.
Crianças brigando?
O rosto e os olhos de Zackary estavam inchados e ele ainda estava sangrando pelo nariz. Isso era briga de crianças?
O rosto de Hugo ficou vermelho de raiva ao ver Zackary naquele estado. Virando-se para A diretora do jardim e o professor, ele perguntou friamente:
- Meu filho foi espancado assim e vocês não fazem nada?
- Ah, Sr. Hugo, não é nossa culpa. Não sabemos o que aconteceu. Zackary começou a bater em Mel de repente e, quando chegamos, ele estava segurando uma faca. - A diretora do jardim olhou para Hugo e continuou. - Esse é um assunto sério; só podíamos notificar os pais. Os pais do Mel chegaram antes de vocês e insistiram para que déssemos uma explicação a eles. Estamos lidando com isso...
- Não fui eu. - Explicou Zackary, aninhado nos braços de Jennie, em voz baixa.
Provavelmente muito assustado, ele se escondeu no abraço de Jennie, com seu pequeno corpo tremendo.
Hugo sentiu uma pontada de desconforto. Elizabeth não gostava dele e, por extensão, também não gostava do Zackary.
Desde pequeno, Zackary sofria bullying na família Reed, o que o levou a se tornar tímido e covarde, até mesmo introvertido e relutante em falar.
Com os acontecimentos daquele dia, ele podia se tornar ainda mais relutante em falar no futuro.
Pensando nisso, Hugo olhou para cima, quase rangendo os dentes:
- Eu conheço meu próprio filho; ele nunca começaria uma briga. Mesmo que tivesse começado hoje, e estivesse errado, ele está machucado, seu nariz ainda está sangrando. Você não consegue ver isso? Não poderia chamar um médico para examiná-lo primeiro? Resolver isso depois que chegarmos?
Antes que a diretora do jardim pudesse responder, a mulher rica explodiu de raiva.
- Que tipo de atitude é essa? Seu filho bateu no meu e, em vez de pedir desculpas, você culpa os outros? Eu lhe digo, se algo acontecer com meu filho, não vou deixar você escapar! - Depois de seu discurso, ela olhou para Zackary com ressentimento, acrescentando. - Até crianças pequenas sabem usar facas. Quando ele crescer, vai matar todo mundo de quem não gosta? Seria melhor se uma criança assim fosse afogada em um banheiro.
Jennie, que estava consolando o emocionalmente instável Zackary, não conseguiu conter sua raiva ao ouvir as palavras da mulher rica e rebateu:
- Você é simplesmente muito maliciosa! A verdade sobre o assunto ainda não está clara e você já condenou meu filho! Você sabe quanta sombra psicológica você pode lançar sobre meu filho ao dizer isso?
- Não me importo com tudo isso. - Disse a mulher rica com arrogância. - De qualquer forma, seu filho bateu no meu e deve ser indenizado. Ele também deve ser expulso do jardim de infância, ou então eu vou relatar isso à mídia e deixar que todos vejam o tipo de filho que você criou.
- Você! - Jennie estava mais do que furiosa.
Hugo cerrou os punhos, com o rosto cheio de raiva, mas ficou sem palavras.
A outra parte insistia que Zackary era o agressor e eles não podiam argumentar contra isso.
Tina, que estava quieta, agora levantou um pouco o olhar, seus olhos encantadores varrendo A diretora do jardim e a mulher rica, seus lábios se separando levemente com um toque de frieza na voz:
- Vocês dizem que ele bateu em alguém. Onde estão as provas?
As mãos enfiadas nos bolsos, o comportamento casual, uma mecha de cabelo caindo sobre a testa de uma maneira despreocupada.
Hugo voltou à realidade com suas palavras e disse:
- Certo! Lembro que a escola tem vigilância. Quero dar uma olhada nas imagens.
Assim que ele terminou de falar, os rostos da mulher rica e da diretora do jardim brilharam com desconforto.
- A vigilância foi interrompida desde a semana passada.
Suas expressões não passaram despercebidas por Tina.
Os olhos dela ficaram mais frios.
Hugo se enrijeceu, interrompida?
Que coincidência?
Os lábios de Tina se curvaram levemente, seus olhos brilharam com um sorriso sedutor.
- Interrompida? Tudo bem, eu posso consertá-la!
A cor se esvaiu dos rostos da mulher rica e da diretora do jardim, que sentiram uma onda de desconforto.
Hugo e Jennie também ficaram chocados.
Ela não tinha recebido muita educação, não é mesmo?
Tina percebeu a expressão da diretora e da mulher rica e se virou para perguntar a Hugo:
- Sr. Reed, você sabe onde fica a sala de vigilância deles?
Hugo, ainda não superando a afirmação de que ela era capaz de consertar a vigilância, assentiu com a cabeça:
- Eu sei.
- Me leve até lá. - Disse Tina, e então se dirigiu à porta.
A diretora do jardim e a mulher rica ficaram surpresos.
A mulher rica foi a primeira a correr, bloqueando o caminho de Tina:
- De jeito nenhum! A vigilância já está quebrada, quem sabe se você não vai mexer nela? Incriminar meu filho?
A diretora do jardim disse:
- Nossa sala de vigilância está fora dos limites para pessoas de fora.
- Então, você quer chamar a polícia? - O olhar de Tina baixou, sua expressão calma em seu rosto delicado de porcelana.
A diretora do jardim foi pego de surpresa, como eles poderiam deixar a polícia vir?
Se a polícia viesse, seria seu último dia com a diretora do jardima.
Naquele momento, o professor chamou a diretora de lado e sussurrou:
- Srta. Walker, deixe ela ir embora. A filmagem já foi apagada, ela só está tentando nos assustar.
Depois de um momento de reflexão, a diretora se virou para Tina.
- Então eu a levarei até lá.
Minutos depois.
A diretora do jardim levou Tina e os outros para a sala de vigilância.
Tina não trocou palavras com eles; ela simplesmente fez com que o segurança se levantasse e tomou seu lugar.
Primeiro, ela procurou as imagens de vigilância do dia. A filmagem do dia inteiro estava lá, exceto a da meia hora anterior, que havia desaparecido.
Ela virou a cabeça, lançando um olhar de esguelha para A diretora do jardim, falando com frieza:
- É isso que você chama de sistema de vigilância quebrado?
O rosto da diretora ficou vermelho e ela deu uma explicação incômoda:
- A segurança disse que estava quebrado, eu estava muito ocupada, não sabia se tinha sido consertado.
Tina a ignorou, seus dedos finos e pálidos se moviam rapidamente sobre o teclado do computador.
Sua velocidade era tão rápida que ninguém conseguia ver exatamente o que ela estava fazendo.
Hugo e Jennie ficaram tão surpresos que quase caíram o queixo.
Quem poderia imaginar que Tina era tão habilidosa com computadores?
Sua velocidade era ainda melhor do que a dos engenheiros de TI da empresa.
E a diretora do jardim, a mulher rica e o professor ao lado deles ficaram com o rosto pálido.
Meu Deus!
Ela realmente sabe mexer com computadores!
Se ela restaurasse esse segmento da filmagem, eles estariam acabados.
Com esse pensamento, a mulher rica imediatamente falou:
- O que você está tentando fazer? Ainda não se desculpou, está desperdiçando meu tempo? Eu te aviso, eu vou...
Antes que pudesse terminar a frase, ela viu a filmagem de vigilância na tela do computador e ficou de boca aberta, sem palavras.
Tina virou a cabeça, com as pupilas escuras fixas nela, a voz mais fria que a geada:
- O que você estava dizendo?