Capítulo 1: Encontro
Era uma noite de julho, às sete horas, a luz do céu ainda não havia se dissipado.
Na Montanha da Serenidade, em frente a uma lápide sem nome, estava Tina Reed em uma roupa casual preta. Seu rosto delicado, como se tivesse sido esculpido com cuidado. Ela murmurou:
- Mãe, amanhã é o dia. Segui seu conselho, dominei minha personalidade por dez anos e amanhã voltarei para a família Reed.
Os arredores estavam silenciosos, sua única resposta era o vento agitado.
Um barulho alto reverberou; Tina virou a cabeça, seus olhos encantadores se estreitaram levemente, depois ela olhou para a perturbação próxima.
Lá um carro preto estava estacionado, com a carroceria inclinada em um ângulo estranho devido a um pneu estourado.
Um homem de roupa esportiva preta saiu do carro, cambaleando para frente como se estivesse ferido. Em seguida, uma dezena de pessoas em trajes pretos o seguiu.
Jared Farrell olhou para trás, com o rosto austero envolto em uma camada de frio. Com uma mão segurando o abdômen, seus lábios estavam pálidos.
- Não se preocupe em fugir. Esforçamos tanto, você não pode fugir. - Um homem de preto se aproximou dele, o líder exalando um ar de calma mortal, seu rosto desprovido de emoção.
- Só com você? - Os olhos de Jared se estreitaram, a voz fria como gelo.
A dor em seu abdômen estava atacando seu cérebro e ele podia sentir o sangue sendo drenado de seu corpo, ele não duraria muito mais tempo.
- Vamos ver então. - Disse o líder dos homens de preto, em seguida atacou. - Ah?
Naquele momento, uma pedra, aparentemente vinda do nada, atingiu o homem de preto, fazendo com que suas mãos tremessem e seu corpo se ajoelhasse no chão.
O rosto do homem mudou drasticamente enquanto ele rosnava:
- Quem?
- Você está perturbando o descanso da minha mãe. - Tina falou com calma, sem expressão.
Uma dúzia de olhares se voltaram para ela, todos com expressões solenes.
Até mesmo Jared com olhos escuros e sombrios demonstrou um pouco de surpresa.
Esses homens diante dele eram assassinos internacionais, cada um capaz de enfrentar dez homens, mas todos eles foram mortos por uma pedra dessa garota . Essa garota era extraordinária!
- Metendo o nariz onde não é chamado, você está pedindo para morrer! - O líder dos homens disse com um olhar frio, ordenando baixinho. - Mate-a!
Os outros avançaram imediatamente.
Tina encolheu os olhos, exibindo um leve ar de frieza.
- Cuidado! - Jared já estava se movendo quando os homens de preto chegaram perto de Tina.
Num piscar de olhos! Jared parou abruptamente, seus olhos escuros tingidos com uma camada de perplexidade.
Dezenas de assassinos, nem mesmo tiveram a chance de atacar, todos caíram diante de Tina.
Ela ainda estava parada onde estava, com uma expressão serena, nem mesmo piscando os olhos.
Se não fosse pelo fato de ela ainda não ter abaixado as mãos, Jared teria pensado que estava tendo uma alucinação.
- Sumam daqui! - Tina ergueu levemente o queixo, sua voz gelada como gelo.
Os homens de preto a olharam como se estivessem vendo um fantasma.
- Quem diabos é você? O que você fez conosco?
Até agora, eles não tinham ideia de como caíram.
Só viram a garota levantar a mão e então jogar algo como pó, e então eles desmaiaram. Eles nem sequer tocaram um fio de cabelo dela.
Antes que Tina pudesse responder, todos os homens de preto desmaiaram.
Tina deu uma olhada neles com desprezo e depois olhou para Jared não muito longe.
Apenas com um olhar, Jared sentiu um arrepio, que olhos tão claros, como uma lua cheia.
Jared recolheu seus pensamentos e foi até ela, dizendo com um tom gentil:
- Obrigado.
- Eu não fiz isso para te salvar! - Tina deu um olhar indiferente a ele.
Ela só não queria ser perturbada enquanto conversava com sua mãe.
Com isso, Tina se virou e deu um tapinha na lápide e murmurou:
- Estou indo embora, cuide-se.
Ela se virou para sair, mas foi impedida por um chamado:
- Posso saber seu nome? Talvez um dia eu possa te retribuir.
- Eu não tinha intenção de te salvar. - Tina acenou com a mão e continuou andando.
- Espere! - Antes que Jared pudesse terminar de falar, ele caiu direto no chão.
Tina se virou para trás, com as sobrancelhas franzidas, depois se afastou.
Inesperadamente, uma rajada de vento soprou e Tina parou, olhando para a lápide sem nome e murmurando:
- Você quer que eu o salve?
A resposta foi o silêncio. Depois de um momento, Tina falou com uma ponta de relutância:
- Então vou salvar ele!
Tina se ajoelhou, levantando as roupas de Jared. Ela notou de relance que ele estava ferido no abdômen e com bastante gravidade.
No entanto, não era um problema significativo.
Ela tirou um pequeno frasco de porcelana da bolsa, borrifou um pouco de pó medicinal no ferimento, depois pegou outro frasco e lhe deu um comprimido.
Se ele estivesse acordado, teria reconhecido que se tratava do tão procurado Lotus Calm Tablets do mercado negro, um único comprimido sendo vendido por cinco milhões de reais, sem preço de mercado compatível com seu valor.
Depois de administrar a pílula a Jared, Tina não se demorou mais e se virou para sair.
Enquanto isso, na Mansão Moon Gate, em Ensford.
- Enquanto eu estiver viva, Tina nunca mais colocará os pés na porta da família Reed! - Uma voz furiosa irrompeu, audível em toda a casa.
Na sala de estar, o olhar de Tina se desviou ligeiramente para sua avó, Elizabeth, que estava furiosa, com os olhos ligeiramente baixos, sem nenhum sinal de perturbação sob as pupilas bem definidas.
De um ângulo invisível, o canto de boca de Tina se curvou em um sorriso zombeteiro.
Ela havia sido trazida de volta por seu pai, Hugo Reed, e antes mesmo que pudesse se firmar, Elizabeth recebeu a notícia e exigiu que eles fossem à Mansão Moon Gate para vê-la.
No entanto, ao entrar, Elizabeth deixou clara sua posição, opondo-se ao retorno de Tina.
- Mãe! Tina é minha filha, sua neta. - As mãos de Hugo, penduradas ao lado do corpo, se fecharam com força. Ele cerrou os dentes, forçando-se a se conter.
Dez anos se passaram, ele finalmente encontrou sua filha, cheio de alegria. No entanto, ele nunca esperou que sua mãe se recusasse a deixar Tina voltar, nem mesmo concedendo um pouco de dignidade a Tina diante de toda a família.
- Ela não merece! Eu nunca vou reconhecê-la! - Elizabeth bateu com força na mesa, sua voz ressoando pela sala. Seu olhar se voltou para Tina, aqueles olhos cansados e turvos cortando-a como uma faca afiada.
Tina levantou os olhos brevemente, encontrando o olhar de Elizabeth por um momento antes de desviar o olhar, permitindo que Elizabeth a encarasse.
Hugo levantou a cabeça de repente, dizendo:
- Já que encontrei Tina, não deixarei ela mais sair de perto de mim. Afinal, já estamos separados, e meus assuntos não são da sua conta!
- Você ousa! - Elizabeth se levantou bruscamente, sua voz enfurecida. - Se você ousar trazê-la de volta, eu vou te tirar do seu cargo e recuperar suas ações!
Hugo sorriu de forma sarcástica, zombando:
- Cargo? Ações? Mãe, atualmente sou apenas um pequeno supervisor na empresa, ganhando um salário base de quatro mil por mês. Eu quero sair da empresa, mas você não permite. Quanto às ações... Você não tomou todas de volta?
- Você! - Elizabeth rangeu os dentes, cheia de raiva. - Você está me desafiando de propósito, não é?
Ela não conseguia acreditar que seu filho, que sempre foi fraco e incompetente, agora estava desafiando ela repetidamente por Tina. Ela sabia, Tina e a falecida mãe dela eram desastres, sempre causando problemas em seu relacionamento com seu filho.
Antes que Hugo pudesse responder, Amber Reed, que não havia falado por um longo tempo, de repente falou:
- Vovó, por favor, deixe a irmã voltar.
Elizabeth suavizou um pouco ao ver o rosto de Amber, mas ainda respondeu friamente:
- Deixe Tina voltar, só se for em sonhos!
- Mas... A irmã é noiva do Sr. Jared, não é? - Amber piscou os olhos, um sorriso brincando em seus lábios.