Capítulo 158
-Não se preocupe com isso... nós cuidaremos disso...
Alexis não montou vigilância e depois de se despedir dos Carrizos, foi até o prédio dos Correios e procurou por Maricela, conversou bastante com ela e quando terminou procurou um libre e foi para um endereço bem conhecido de ele e isso foi necessário para ele acabar com aquela briga.
No endereço indicado, conversou longamente com Valente, o comandante da polícia, no final de Quintana, providenciou-lhe um terno do jeito que Alexis queria para realizar seus planos.
Se tudo fosse como ele imaginava, as coisas iam ficar muito difíceis, então tudo tinha que ser preparado da melhor forma para que tudo saísse como ele planejara.
No dia seguinte, sexta-feira, trabalhou normalmente na oficina e saiu mais cedo, teve que se convencer de algo, foi ao endereço que lhe deram em Tepito, quando chegou ao prédio onde Julio deveria morar, ele conheceu seu velho amigo Tomás. Eles se cumprimentaram efusivamente e se abraçaram afetuosamente.
-Que ventos te jogaram aqui, carnal...? -Tomás disse-lhe- Como tens passado…?
-Bem... agora eu sou mecânico... você ganha bem e eu gosto do trabalho... é um ofício muito nobre...
-Estou muito feliz por você... carnal... sério... e acredite eu te entendo, também gosto muito de fazer bolos... e o que você perdeu nessas direções...? Não me diga que você tem um movimento por aqui...
-Não... estou atrás de um bato com o qual tenho um assunto inacabado... -Alexis disse a ele, e tirou uma foto mostrando para ele, seu amigo olhou para ele por alguns segundos e...
-É o Júlio... um cafetão de terceira... bronco e casca-grossa... bem, madrazo... já prendeu vários ladrões de cabeças, também alguns cafetões que se sentiam muito durões... ele mora aqui... -disse apontando para o prédio onde estavam parados - sim Você tem brigas com ele e precisa de uma paralisação... estou ligado... é só me avisar e parar logo... aquele Júlio, ele sempre anda com o primo dele... um fotógrafo da Alameda e juntos eles são uma ameaça para qualquer um, eles nem o perdoam. suas mães...
-Obrigado, Tomás... mas eu não brigo com ele... se for preciso... eu te procuro...
-Ah, malora... depois você nos dá um tapa depois... eu tenho que ir fazer umas compras e...
-Não se preocupe... vamos ver que dia vamos jogar umas cheves para conversar muito e muito...
Apertaram as mãos, se abraçaram novamente e se despediram como grandes amigos que eram, Alexis voltou a procurar os pachucos, já tinha todas as informações que precisava e estava pronto.
Seus amigos já estavam esperando por ele e ambos lhe deram as informações que haviam coletado e Alexis deu-lhes instruções precisas sobre o que deveriam fazer naquela mesma noite.
Eram nove da noite quando Alexis vestiu o fato que lhe emprestaram, repartiu o cabelo para o lado, ficou diferente, até arranjou uns óculos sem lupa e assim arrumado, dirigiu-se ao bar do elegante hotel Regis, na avenida Juárez, e acomodou-se numa das mesas, de cabeça baixa, como se fosse um empresário cansado, pediu uma bebida e para pagar tirou um maço de notas.
Ele estava na metade de sua bebida quando Yolanda se aproximou de sua mesa:
-Você se importa se eu sentar na sua mesa...? É que uma mulher sozinha em um bar faz os homens pensarem o contrário e eles se aproximam de uma fingindo conseguir algo fácil...
-Entendo... não se preocupe... sente-se, sem problemas...
Eles começaram a conversar e ela perguntou o que ele fazia, Alexis, ele disse a ela que seu pai tinha várias mercearias e que ele era o encarregado de fazer com que funcionassem bem.
Yolanda começou a flertar com mais descaramento e Alexis fingiu não notar, foi ela quem tomou a iniciativa e o beijou apaixonadamente, o pachuco se soltou e as carícias logo chegaram.
Depois de mais dois drinques, que Alexis pagou tirando o maço de notas que carregava, ela o convidou para sua casa:
-Por que não vamos para o meu quarto no hotel…? Lá teremos tudo o que você quiser e estaremos mais confortáveis do que em qualquer outro lugar... além disso ninguém vai nos incomodar -disse o pachuco calmamente.
-Eu não duvido, só que, mesmo que você não acredite, estou muito dolorida e sei que na minha casa é onde eu poderia estar mais confortável, me sinto mais segura lá... agora que se você não ousa, bem... - ela disse, olhando-o apaixonadamente.
"Está bem... vamos a tua casa..." Núñez aceitou, com alguma timidez e saíram do bar, beberam e enquanto iam a casa dela, no carro os beijos e carícias multiplicaram-se, agora era Alexis , que colocou toda a sua experiência em jogo tratando Yolanda, como ela nunca havia sido tratada antes, fazendo com que ela se deixasse levar por um momento e retribuísse totalmente.
Chegaram ao apartamento e seguindo sua rotina, ela entrou primeiro, convidando-o para um drink, não percebeu que Alexis trancou a porta e sem dar tempo de nada, ele a abraçou com toda sua paixão e a conduziu até o quarto, ela não teve tempo nem de recusar desde quando entrou no quarto, sem cessar de beijá-la e acariciá-la com paixão e luxúria, despiu-a com verdadeira habilidade e destreza.
-Olha o tímido... é um machão mesmo...! E acho que o enlouqueci - pensou Yolanda, enquanto desfrutava de tudo o que estava vivendo em seus braços - adoro o que ela está fazendo comigo.
Quando os dois caíram na cama completamente nus, Alexis continuou fazendo a mulher madura gozar que estava esperando seu "marido" chegar a qualquer momento para interrompê-los, no fundo ela esperava que demorasse mais para continuar curtindo aquilo momento.
O que ele nunca imaginou é que Júlio estava com problemas, primeiro os Longinos o pararam na rua e o cumprimentaram como se fossem grandes amigos que não se viam há muito tempo:
-O que houve, meu bom Carlos...? Como vai…? Tanto tempo sem te ver... O que aconteceu com sua vida...? Diga-me como terminou aquela briga que você teve com as irmãs Macario...
-Ei, amigo... você está me confundindo... eu não sou o Carlos e não o conheço... então me deixe entrar...
-Chale, que deprimente... eu senti que nunca pensei que você fosse me ignorar... não se lembra do Pancho...? Reparem que o idiota já se casou e o pior é que se casou com a Diana, aquela velha que…
-Repito que não sou o Carlos... então por favor me deixe em paz...
-Tudo bem... não seja tão fofo... totalmente... se você não quer mais falar comigo, tudo bem, não tenho como te obrigar... acho que foi por isso que você até mudou de nome... para ignorar o amigos…
Júlio percebeu que já havia perdido muito tempo com aquele imbecil, não lhe respondeu mais, e evitando-o empurrando-o para o lado com a mão, correu para sua casa até onde lhe davam as pernas e quando quis abrir Ele parou a porta e descobriu que estava com a trava de segurança.
Não entendia porque Yolanda a havia trancado com segurança, se o plano não era assim, tentou abrir de várias maneiras sem sucesso e no desespero chutou a porta sem abrir.
A coragem aumentou, chutou algumas vezes até a porta ceder, entrou em casa, correu para o quarto, para sua surpresa, também estava trancado e os suspiros de Yolanda podiam ser ouvidos por toda a casa, era demais. era muito óbvio que ela estava gostando muito com este homem.
Teve que dar umas duas cavalgadas na porta para abrir e o que viu o paralisou, Alexis e Yolanda estavam tão apaixonados por sua paixão que nem perceberam que Julio havia entrado, o pior de tudo é que ela Era ela quem tomava a iniciativa na relação, montava-se nele que a acariciava à vontade enquanto ela gemia e se contorcia de tesão.
Bem no momento em que ela tremia com o clímax intenso que a sacudia da cabeça aos pés fazendo seu corpo todo vibrar e tenso e ela gemia com toda intensidade, foi quando Julio reagiu e decidiu que aquilo era insuportável...
-O que diabos é isso…? ele disse sinceramente furioso
Yolanda virou-se para vê-lo como se tivesse saído de um lindo sonho e demorou alguns segundos para reagir.
-Julho…! Meu marido…! ele gritou sem sua convicção habitual.
-Você é uma puta que me trai com essa porcaria... -Júlio disse ofendido, com a arma na mão e caminhando em direção a cama.Alexis não havia dito nada e os observava atentamente.
-Vou matar vocês miseráveis, infiéis, traiçoeiros…! - insistiu ele, vendo que Alexis continuava na mesma postura cínica e zombeteira, vendo-o sem se alterar em nada.
Seguindo sua rotina, o marido ofendido caminhou ameaçadoramente até a cama, Yolanda, como se estivesse em um lindo sonho, se jogou ao lado da cama, o marido levantou a arma para acertar Alexis, e quando desferiu o golpe, o pachuco's antebraço o parou, sua mão direita voou com força e se chocou contra o rosto de Julio, que foi jogado para trás, com os lábios estourados e uma expressão de profunda confusão no rosto.
Alexis levantou-se com um salto ágil, estava completamente nu, esperando que Júlio se levantasse, Yolanda, observando-os com uma expressão serena no rosto, ainda não totalmente recuperada daquele imenso prazer que sentira nos braços do pachuco
Júlio levantou-se, furioso e confuso com o ataque do homem, não havia deixado cair a arma quando caiu, então ergueu-a, apontou para o pachuco que estava a sua frente em atitude desafiadora.
"Vou te matar por mexer com a minha mulher..." ele gritou ameaçadoramente, o pachuco não demonstrou medo, então Júlio, levado pelos nervos, puxou o gatilho duas vezes, fazendo com que as explosões de balas ressoassem na sala , e Alexis, ao mesmo tempo.Vendo que não estava ferido, Julio sorriu, jogou a pistola nele e Núñez, com um movimento de quadril, evitou o golpe.
Aí veio um chute e um soco, Alexis, desviou do chute e parou o golpe com o antebraço, Júlio, estava confuso e enfurecido então lançou um arremesso com a mão esquerda, com um elegante vending, o pachuco, esquivou limpo e dançando na ponta dos pés ela se pôs em guarda contra o marido ofendido que não entendia o que estava acontecendo, isso não era o normal.
Júlio também se pôs em guarda, decidido a acabar com aquele homem que havia possuído a mulher na cara dela, fingiram alguns golpes e de repente Júlio desferiu outro chute, Alexis desviou o pé com a mão e se abaixou. impedi-lo de acertá-lo no rosto com a mão direita com a qual pretendia acabar com ele.
Julio perdeu o equilíbrio e Núñez o atingiu com a mão direita, sem dar tempo para ele se recuperar, ele o acertou com a esquerda, Julio cambaleou para trás até colidir com a parede, ele se colocou em guarda tentando evitar mais punição, o pachuco avançou para ele pronto para acabar com isso, quando de repente sentiu que Yolanda, completamente nua, cavalgava em suas costas puxando-o pelos cabelos tentando detê-lo.
"Deixe ele em paz... miserável... não bata mais nele..." ela gritou para ele desesperadamente.
O pachuco se livrou dela jogando-a sobre a cabeça e fazendo-a cair no chão de forma espetacular enquanto todo o ar de seus pulmões era expelido pelo forte golpe em suas costas.
Perante o olhar atento do marido ofendido, nesse momento apareceram vários homens à porta do quarto, dois agentes secretos, Longinos e Carrizos, dois agentes com o fotógrafo de Júlio e Valente Quintana, Alexis aproximou-se dele e cumprimentou-o amigavelmente.