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Capítulo 6 Um pedido de desculpas

— Seus métodos eram muito profissionais, e seria difícil fazer qualquer descoberta a curto prazo. — Billy disse solenemente de dentro do carro.

— Devemos procurar a Srta. Harleen novamente? — Casey assentiu levemente com a cabeça. — Ver se ela pode nos dar alguma pista?

Billy respirou fundo antes de acenar com a cabeça em resposta. Casey pegou o celular e enviou uma mensagem para rastrear a localização de Harleen, depois pisou no acelerador.

Meia hora depois, Casey entrou de carro em um bairro antiquado. Depois de várias voltas e reviravoltas, eles pararam em frente a um prédio em ruínas.

— A Srta. Harleen mora no primeiro andar com sua irmã e seus pais! — Casey olhou para o Billy sentado no banco do passageiro e falou.

Billy soltou um pesado suspiro de culpa ao olhar para o prédio quase perigoso:

— Sou responsável por envolvê-los. — Depois de falar, ele abriu a porta e saiu do carro.

— Pai, por favor, me ajude a implorar ao vovô novamente para enviar alguém para encontrar a Tasha...

Assim que entraram na entrada do prédio, ouviram Harleen soluçando lá dentro.

— Infelizmente... não é que eu não queira ajudar você. Você viu isso ontem também, eles nem me deixam passar pelo portão da mansão. Não posso ver seu avô...

O pai de Harleen, Fletcher Knight, suspirou em resposta. — Tentei ligar para ele, mas ele não atende. O que você quer que eu faça?

— Você deveria ligar para o tio Roger e pedir para ele falar com o vovô por nós. Você o ajudou muito antes, ele ficará grato. — A voz de Harleen soou novamente.

— Eu já fiz isso. Assim que ele viu meu número, desligou. — Fletcher suspirou novamente.

— Nós... nós podemos voltar para Ozin e encontrá-lo. Ele deve estar na empresa. Ele deve estar na empresa... — Harleen não estava disposta e continuou falando.

— Harleen, quando você vai recobrar o juízo? — Uma mulher de meia-idade gritou bem alto. Ela deve ser a mãe de Harleen, Sharon Knight.

— A família Knight não tem mais nada a ver conosco. Eles não se importarão mais com nossa vida ou morte. Você entende?! Tudo o que aconteceu hoje foi causado por você mesmo. Você não pode culpar mais ninguém por arruinar sua própria vida! Quando eu lhe pedi para abortar aquela criança, você se recusou e até fugiu de casa, dando à luz fora! Agora você sabe como é o céu ou o inferno com apenas um pensamento? Se não fosse por aquele pequeno bastardo, não teríamos ido parar na Cidade Cloud. A essa altura, você já seria a Sra. Malcom!

— Mãe, deixe-me dizer novamente que a Tasha não é uma pequena bastarda, ela é minha filha e tem um pai! Harleen respondeu em voz alta:

— Não quero ouvir essas duas palavras de sua boca nunca mais!

— De que adianta gritar comigo? — Sharon falou em voz alta mais uma vez.

— Ela tem um pai? Onde está o pai dela, então?

— Em todos esses anos, ele já veio aqui alguma vez só para ver a filha? Ele já ligou ou enviou algum dinheiro?

— Ninguém tem notícias dele há cinco anos.

— Mãe, por favor, pare de falar. A Harleen já está bastante chateada! — A voz de uma jovem soou, e não era outra senão a irmã de Harleen, Felicia Knight.

— Por que eu deveria parar de falar? Eu disse algo errado? Há algo que eu tenha dito que não esteja certo? — Sharon retrucou.

— Se aquele homem tivesse um pingo de responsabilidade, já teria entrado em contato com ela! Somente alguém sem cérebro como sua irmã daria à luz a filha dele de bom grado.

Ao ouvir isso, Billy tremeu um pouco e seus olhos ficaram vermelhos. Como marido e pai, ele se sentia um fracasso. Ele devia muito a Harleen e Tasha. Respirando fundo, ele se dirigiu à porta da família Knight. A porta de madeira do lado de dentro estava aberta, mas o portão de ferro do lado de fora estava fechado.

Felicia perguntou a eles quando viu os dois parados por perto:

— Com licença, vocês estão procurando alguém?

Felicia não reconheceu Billy. Apesar de ter vivido em Ozin por muitos anos, ele raramente aparecia nas atividades dos playboys e costumava ficar no campus a maior parte do tempo. Além disso, depois de todos esses anos vivendo em um quartel do exército, Billy havia mudado em termos de aparência e temperamento. Portanto, Felicia não o conhecia.

— Olá, senhorita, estamos procurando a senhorita Harleen. — Casey respondeu em nome dos dois.

Ao ouvir suas palavras, Harleen e seus pais olharam para Billy.

— O que está fazendo aqui? Não quero ver você de novo, saia daqui! — Harleen gritou bem alto para o Billy.

Billy respirou fundo e continuou a falar:

— Harleen, desculpe-me. Eu estava errado ao culpá-la antes. Sinto muito mesmo. Sei que você tem muita raiva e ressentimento contra mim. Admito que não sou um pai qualificado. Mas, neste momento, o mais importante é encontrar a Tasha o mais rápido possível. Cada minuto que ela fica desaparecida a coloca em mais perigo. Depois que encontrarmos a Tasha, você poderá fazer o que quiser comigo.

— O quê!? — Sharon gritou imediatamente ao ouvir isso: — Você é o filho da puta...

— Mamãe! — Harleen gritou bem alto: — Se você disser essas duas palavras novamente, de agora em diante, não a considerarei minha mãe!

— Você... — Sharon olhou ferozmente para Harleen. Depois, voltou-se para o Billy e rugiu: — Como você ousa aparecer na nossa frente? Você sabe que, por sua causa, perdemos toda a nossa família? TENHO QUE TIRAR SUA PELE!

Enquanto dizia isso, Sharon se virou, pegou uma faca em uma mesa próxima e correu para a porta.

Casey piscou e ficou na frente de Billy.

— Mexa-se! — ordenou Billy.

— Comandante! — Casey virou a cabeça para olhar para ele.

— Você não me ouviu dizendo para se afastar?

Casey então deu um passo para trás.

— Mãe, o que você está fazendo!? — Ao mesmo tempo, Harleen e Felicia agarraram Sharon pelos dois lados.

— Me solte! Ele nos causou tantos problemas que eu preciso matá-lo... — Sharon finalmente caiu no chão e começou a se lamentar e a chorar alto.

— Sr. Knight e Sra. Knight, me desculpem. — Billy fez uma profunda reverência a eles.

— Por favor, acredite em mim, de agora em diante, eu o compensarei milhares de vezes pelo que você perdeu. — Ele acrescentou.

— Por favor, não cause problemas aqui, vá embora agora! — Felicia olhou para ele sem palavras.

Ela não entendia por que sua irmã estaria com esse homem comum. Além do rosto dele, ela não conseguia encontrar nenhuma outra vantagem para esse homem.

— Harleen, eu vim procurá-la porque queria saber se aconteceu alguma coisa especial com a Tasha nos últimos dias. — Billy disse e olhou para Harleen.

— Confie em mim, contanto que eu saiba quem levou Tasha, eu poderei trazê-la de volta!

— Tudo tem estado normal nos últimos dois dias, nada de especial aconteceu. — Harleen respirou fundo para se acalmar.

No que lhe dizia respeito, ela havia chegado ao fim de sua corda e agora, além de contar com Billy, não tinha outra opção. Quanto à situação entre ela e Billy, isso era um assunto completamente diferente. Tudo poderia esperar até que Tasha fosse resgatada.

— Então, houve algum incidente recentemente em que estranhos seguiram ou abordaram você? — perguntou Billy quando Harleen o reconheceu.

— Que eu saiba, não. — Harleen balançou a cabeça.

Quando Billy estava prestes a dizer mais alguma coisa, eles foram interrompidos por uma grande agitação no corredor.

O som de passos caóticos ecoou pelo corredor. Logo depois, um jovem com o rosto machucado e o braço enfaixado entrou cambaleando, seguido por mais de dez homens vestidos de preto carregando facas e bastões. O corredor, que já era estreito, ficou ainda mais lotado.

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