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9

Yasmin narrando

Eu olho para ele sem acreditar na suas palavras. Era um tamanho absurdo.

- Você só pode está drogado, é o vinho - Eu falo apontando para ele e levanto. -  O vinho está fazendo efeito, você misturou com cerveja e você deve ter ficado meio louco das ideias. - Ele me olha e nega com a cabeça e eu tiro as duas xícaras da mesa e coloco até a pia, minha mão tremia toda e eu não sei se eu jogava a xicara nele ou o café quente.

- Estou muito sã Yasmin. - Ele diz - Estou desesperado e preciso arrumar alguém, você é perfeita - Ele fala se levantando  - Olha, você é bonita , meiga , cativante , inteligente, esforçada. Minha mãe iria te amar e qualquer outra pessoa também, você pode me ajudar assim como eu posso te ajudar também - eu olho para ele pegando o bule do café na mão , mais uma palavra erra dele eu jogava o café quente nele.

- Isso foi armado, não foi? Renata e Pedro armaram isso com você . - Eu falo para ele. - Isso tudo foi uma armação? Espera - eu encaro ele - Você está acumunado com Reni? - ele nega rapidamente com a cabeça e eu ainda seguro o bule na mão. 

Eu jogaria café quente nele para me defender.

- Não, eles nem imaginam que eu estou te pedindo isso. Eu não ia pedir , eu juro. Mas quando voltei e vi o agiota te ameaçando. Eu também não posso pagar cinquenta mil em uma dívida sua de graça.  Eu te ajudo e você me ajuda. - Ele diz e eu ando até a porta e abro ela e ainda segurava o bule na mão.

- Vai embora - Eu falo para ele. - Isso é muita loucura , um absurdo. Você é completamente  louco.  Você quer enganar todos à sua volta? Enganar à sua família?

- Você não entende - Ele diz parando na minha frente e me olhando. - Oque estão fazendo comigo é um golpe, eles vão me tirar da presidência da empresa que eu reergui. Estou desesperado, eu não posso perder o cargo de presidente.

- Isso é loucura. Você está louco - Eu falo olhando em seus olhos. - Você é completamente maluco, agora eu entendo porque seu pai quer te tirar da presidencia da empresa, você é louco - eu digo com o bule na mão e virando o café no chão - era para jogar esse café em você e não no chão - eu digo nervosa.

-Porque agir com violência? - ele pergunta com um sorriso no rosto.

-Porque você é louco - eu falo para ele - louco de pedra, maluco, sei lá o que mais posso te chamar - eu digo nervosa.

- Olha só, eu posso te dar muito mais que cinquenta mil, é só você me pedir - Ele diz me olhando.

- Eu não  sou interesseira , eu trabalho para conseguir às minhas coisas , tudo oque eu tenho eu consegui com muito esforço. Você está me ofendendo. - Eu falo para ele.

- Tudo bem  - Ele diz me olhando. - Mas amanhã quando o Reni bater na sua porta te cobrando o dinheiro você vai dizer oque? - Eu engulo seco. - Vai dizer que o maluco não vai pagar? Você precisa de mim e eu de você.

- Vai embora - Eu falo apontando para rua - Agora.

- Se o seu pai precisou de uma cirurgia é porque ele está bem doente - Ele olha em meus olhos. - Eu proporciono todo o tratamento dele, se precisar ir para fora do país ele vai, os remédios mais caro eu pago, tudo isso em contrato para você apenas fingir ser minha noiva e nada mais.

- Você não está falando sério. - Eu falo para ele.

- Eu trago seus pais para cá, dou uma casa para você morar com eles. Eu faço oque você quiser - Ele diz me olhando. - Mas aceita ser a minha noiva por contrato. - Eu fecho os olhos tentando pensar , raciocinar em algo. - Eu te dou até amanhã de meio dia para pensar. Você sabe à onde me encontrar. - Ele diz passando por mim e fechando o portão.

Ele entra no carro e sai , eu fecho e tranco à porta.

Eu sento no sofá e começo a chorar de nervoso, eu ainda estou com a cena de que Reni aponta à arma para mim, na minha cabeça. Eu fecho os olhos e ela vêm na minha mente.

(..)

Eu acordo quando o despertador toca e era 6h da manhã, vejo que dormi no sofá mesmo. Acordo com dor no pescoço e nas costas pelo mal jeito que eu dormi.

Esse sofá era horrível.

Eu ainda não sei oque eu iria fazer , tinha várias mensagens de Renata no meu celular e eu deixo de lado para responder depois. Como ritual de todo dia eu pego e ligo para minha mãe.

- Oi mãe. - Eu falo assim que ela atende.

- Bom dia filha. - Ela diz .

- Como  vocês estão? O papai? - Eu pergunto para ela.

- Eu estou indo fazer uma faxina para conseguir juntar um pouco mais de dinheiro, seu pai vai ter que fazer uns exames à mais. - Ela diz - Não sei se vou dar conta de pagar tudo sozinha. Tentei pelo sus mas como à cirurgia foi particular , não conseguimos fazer pelo sus mais.

- Mas é exame do que? - Eu pergunto.

- Para ver como está o coração do seu pai após a cirurgia e porque o médico está suspirando de um câncer de estômago. - Meu chão se abre.

- Eu vou ajudar à senhora. - Eu falo para ela.- irei mandar dinheiro hoje mesmo.

- Você não vai ficar sem? - Ela pergunta.-Eu não quero que você passe trabalho por nossa causa, eu vou dobrar minhas faxinas - Eu interrompo ela.

- fica tranquila - Eu falo para ela. - Graças a Deus esse mês sobrou um pouco mais. Eu amo vocês e não custa nada ajudar, vocês sempre fizeram tudo por mim.

- Obrigada meu amor. - Ela diz no telefone.

Depois de desligar à ligação, eu fecho os olhos e só conseguia pensar em uma única saída.

Saber se ele está falando mesmo à verdade.

- Como posso ajudar? - Uma mulher de cabelos longos pretos e alta pergunta atrás de uma mesa.

- Eu preciso falar com Miguel Ferrari, diz para ele que é Yasmin Souza , ele sabe do que se trata - Ela me olha com uma cara de tédio.

- Só um segundo. - Ela diz caminhando e entrando por uma porta , logo ela volta - Ele mandou a senhorita entrar. - Eu sorrio para ela.

- Obrigada. - Passo por ela e entro pela porta dando de cara com ele sentado na mesa. - Eu assino o contrato se você cumprir com oque você disse ontem, em bancar toda o tratamento do meu pai do começo ao fim, sem contar moedas  - Eu termino de falar antes mesmo de chegar na frente dele na mesa , Ele me encara pensativo. - Por favor , eu preciso assinar esse contrato e não é por você e nem por mim,é pelo meu pai - ele me olha ainda sem dizer nada - Por favor diga alguma coisa.

Abre a gaveta e puxa uma pasta preta e abre ela , revelando alguns papéis.

- É só escolher qual contrato fica melhor para você e assinar - Ele diz e eu encaro os papéis e encaro ele - Essa caneta é melhor. - Ele tira a caneta da mesma gaveta e coloca em cima dos papéis. - E coloquei uma clausula extra , a onde é proibido jogar café quente em mim - eu o encaro arqueando a sombrancelha.

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