Capítulo 9 Quero Tocá-la
Quando ela lhe deu o remédio, parecia muito gentil, tão gentil que Wilton se emocionou um pouco.
Então, ele queria tocá-la.
Ela era sua esposa, então ele tinha razão para querer fazer isso.
Mas para Mirella, ele era "Lucas", primo de Wilton.
Ele a provocou e a beijou muitas vezes, o que estava muito além de sua tolerância.
Mirella o empurrou com força, deu alguns passos para trás, ficou longe dele e disse com uma cara fria:
- Lucas, eu sou esposa do seu primo! Por favor, mostre algum respeito!
Depois de tirar a bala, ela já não odiava tanto ele, mas não esperava que ele fosse tão presunçoso.
Wilton esfregou os lábios, com um toque de sedução em sua bela voz:
- Se você casar com o meu primo, terá uma vida de viúva. Não acha melhor ficar comigo?
Mirella recusou com firmeza:
- Não penso nisso.
Ela tinha um rosto pequeno e estava vestida com um vestido feio, parecendo uma velhinha, não havia nada bonito.
Wilton sentiu que a aparência de Mirella era muito vívida.
Mirella sentiu que não podia mais ficar quieta, o que só tornaria "Lucas" mais inescrupuloso.
- Você chama alguém para buscá-lo. Se eu chamar uma ambulância, as pessoas saberão que você foi baleado. - sua voz era suave, mesmo que ela dissesse palavras ameaçadoras, não havia força.
Wilton olhou para ela, como se não a ouvisse, ele fechou os olhos e descansou.
Mirella...
Ela mordeu o lábio e olhou para o rosto pálido dele, ela não podia suportar acordá-lo e afastá-lo.
Aproveitando o tempo que "Lucas" estava descansando, Mirella foi ao mercado.
Embora fosse a terceira senhorita da família Palmeira, ela não tinha a vida de uma senhorita rica. Ninguém nunca cuidou dela, ela sempre teve que enfrentar tudo sozinha. Então, sua capacidade de sobreviver era muito forte.
Não importa o quanto ela odiasse "Lucas", ela não podia correr o risco de que ele morresse na sua casa por sua falta de cuidado.
Ela vivia muito seriamente e trabalhava muito, e não queria arriscar sua vida, e não queria ser enterrada com ele.
Então, ela fez sopa para ele com relutância.
...
Quando a noite caiu, Mirella acordou "Lucas".
- Está com fome? Eu fiz sopa, você quer beber um pouco? - Ela ficou a dois passos dele, com medo de que ele fizesse algo precipitado.
Wilton olhou para ela e disse só uma palavra:
- Sim.
Mirella trouxe a sopa, colocou-a na mesinha em frente à cama e recuou de repente.
Mas seu quarto individual era muito pequeno. Além da cozinha dividida e do banheiro, havia uma cama de um metro e meio, uma pequena mesa dobrável, um pequeno sofá para uma pessoa, uma estante semi-nova... algumas coisas simples. Mas o quarto já estava cheio.
Não importava o quão longe ela saltasse, ela não conseguia sair da vista de Wilton.
Wilton olhou para ela, se endireitou, então puxou a colcha sem expressão, revelando a gaze manchada de sangue em seu peito, e disse casualmente:
- A ferida está aberta.
Aquele tom indiferente, como se ele não estivesse falando sobre sua ferida com risco de vida, mas sobre assuntos de outras pessoas.
Mirella não queria se importar com ele, mas não conseguia deixar ele.
Ela só conseguia andar devagar, pegou a tigela de sopa em uma mão, pegou a sopa com a colher na outra mão e a levou aos lábios dele.
Wilton não disse nada desta vez, baixou os olhos e engoliu pouco a pouco a sopa que lhe foi dada.
A pequena sala estava silenciosa, apenas o pequeno som da colher batendo na borda da tigela, e a ambiguidade sem palavras se espalhou.