Capítulo 10: Aposta em alta
- Ei, esse cara diz que a pedra que você está vendendo é falsa. Essa peça com uma rachadura não tem jade dentro - Julie decidiu procurar ajuda externa.
O dono da loja, que estava ocupado lá dentro, saiu imediatamente ao ouvir isso, estufando o bigode e olhando com raiva:
- Quem se atreve a dizer que as pedras que eu vendo são falsas? Se você não sabe como apostar em pedras, caia fora! Você não é bem-vindo aqui!
- Esse cara é obviamente um novato que não sabe nada sobre o comércio. A probabilidade de extrair jade dessa pedra rachada é de pelo menos noventa por cento. No entanto, ele se atreve a dizer que não há jade dentro dela. Que piada!
- Você não ouviu o que aquela mulher disse? Esse cara depende de sua esposa. Como alguém como ele pode se dar ao luxo de apostar em pedras? É por isso que ele tem que dizer que não tem jade dentro.
...
Os murmúrios da multidão irritaram Sophia. Julie era, de fato, uma criadora de problemas.
Sophia puxou a manga de Leo, fazendo sinal para que ele saísse.
A essa altura, Leo já havia escolhido uma pedra bruta e perguntou ao dono da loja:
- Quanto custa essa pedra bruta?
- Cinco mil! - O proprietário casualmente citou um preço. Em sua opinião, a chance de cortar jade dessa pedra era quase insignificante. Mesmo que pudesse ser cortada, seria a jade de mais baixo grau, sem muito valor.
Se Leo não tivesse falado mal de sua excelente pedra rachada antes, ele a teria vendido por dois mil.
Leo também não pechinchou. Ele tirou um cartão bancário do bolso e o entregou ao patrão.
- É só passar o cartão.
Apostar em pedras exigia o pagamento antecipado, quer você apostasse em lucro ou prejuízo. Ninguém podia desistir.
O cartão bancário que Leo entregou continha dez mil dólares, suas economias secretas acumuladas nos últimos anos.
O dono da loja passou cinco mil na máquina de POS, depois devolveu o cartão a Leo, apontando para a máquina de corte próxima.
- Você mesmo vai cortar, ou devo fazer isso para você?
- Não vou cortá-la. Quero polir. Você deve ter uma máquina de polimento aqui, certo? - Leo olhou para o dono da loja.
O dono da loja hesitou por um momento, depois sorriu:
- Jovem, você tem tanta certeza de que essa pedra bruta pode produzir jade verde?
Leo acenou com a cabeça, confiante.
- Bem, já que você está tão confiante, tudo bem. - O dono da loja gritou: - Peter, venha polir uma pedra para o jovem.
Logo, o tal Peter saiu da loja com uma máquina de polir, pegou a pedra da mão de Leo e começou a polir.
A atenção dos espectadores se concentrou imediatamente nesse pedaço de pedra bruta. Entre eles, havia apostadores de jade experientes que consideravam essa pedra visualmente inexpressiva, com uma chance muito baixa de produzir jade verde.
Julie estava com uma expressão presunçosa, esperando os resultados do polimento para humilhar Sophia e seu marido inútil.
Após cerca de dez minutos, Peter jogou uma tigela de água na pedra.
- Veja, está ficando verde! - Observadores atentos perceberam imediatamente a mudança na pedra.
- Nossa, parece verde-maçã com textura delicada. Isso... - Outra pessoa mostrou uma expressão de descrença.
Esses apostadores de jade sabiam que, se ela fosse realmente verde-maçã com textura delicada, seu valor... não poderia ser medido.
Com a continuação do polimento, a cor verde da pedra aumentou e sua textura ficou excepcionalmente uniforme, com boa transparência.
O dono da loja já estava atônito, com a boca aberta. Ele não conseguia entender como uma pedra em sua prateleira, que parecia um resíduo, poderia produzir jade verde e, caramba, verde-maçã com finas partículas de cristal!
Esse jovem teve uma sorte incrível.
Julie, que planejava dar um golpe em Sophia, estava com uma expressão feia. Inesperadamente, seu marido, o inútil, ganhou o jogo de azar.
- Não há necessidade de continuar polindo. Vou assumir o risco a partir de agora. Eu o comprarei por três milhões! - alguém gritou.
- Eu dou um lance de quatro milhões! - disse outra pessoa rapidamente.
- Eu lancei quatro milhões e quinhentos mil...
Antes que Leo pudesse falar, os espectadores começaram um leilão improvisado.
Leo sorriu e ergueu a mão para os espectadores: - Desculpe, mas não estou vendendo.
Mais dez minutos se passaram e toda a pedra foi polida. Era realmente uma excelente peça de jade verde-maçã com alta transparência.
Quando Leo pegou a jade de Peter, de repente sentiu uma sensação peculiar da jade, semelhante ao seu próprio poder espiritual.
Havia energia espiritual em seu interior!
Em outras palavras, se ele pudesse absorver a energia espiritual da jade, poderia aumentar seu próprio poder espiritual.
- Leo, o que há de errado? - Sophia achou que Leo estava perdido na empolgação e o chamou.
- Ah, nada. - Leo voltou à realidade e entregou o jade a Sophia. - É um presente para você.
Essa cena imediatamente fez algumas mulheres da plateia desmaiarem.
Sophia recebeu o jade com um sorriso.
- Você tem uma sorte extraordinária. Vamos lá.
Observando o casal se afastar, o dono da loja ficou ali, desorientado. Era assim que as apostas em pedras aconteciam: às vezes, gastava milhões e não via um pingo de verde, enquanto outras vezes gastava alguns milhares e recebia milhões em troca.
Como Leo havia vencido, os espectadores começaram a selecionar as pedras de sua preferência, aumentando inadvertidamente os negócios do dono da loja.
Quanto à Julie, ela havia saído silenciosamente há muito tempo.
Enquanto o casal caminhava um pouco mais, uma voz repentinamente gritou por trás:
- Jovem, espere um pouco.
Leo se virou e um homem idoso, vestido com roupas antigas, estava caminhando em sua direção.
- Senhor, precisa de alguma coisa? - perguntou Leo.
O velho se aproximou de Leo com um sorriso.
- Sua aposta em pedras agora mesmo abriu meus olhos. Gostaria de perguntar onde você está trabalhando.
- Foi apenas sorte - Leo sorriu humildemente. - Não tenho emprego no momento.
Ao ouvir que Leo estava desempregado, os olhos do idoso se iluminaram.
- Qual é o seu nome?
- Eu sou Leo Bloomer.
- Leo Bloomer... - O idoso ponderou por um momento, depois pegou seu telefone. - Dê-me suas informações de contato.
Leo não sabia o que o idoso queria, mas mesmo assim lhe deu seu número de telefone.
- Leo, você está interessado em trabalhar na Wilde Jewelry Company? - o velho fez um convite.
A pessoa que mais reagiu foi Sophia.
A Wilde Jewelry Company era o maior grupo de comércio de joias e pedras preciosas de Langstel, estando entre os dez maiores do país. Era um grande negócio. Ela não sabia quem era esse senhor, mas ele estava convidando Leo apenas por causa de um jogo de pedras.
Sophia pensou que Leo concordaria imediatamente, mas, para sua surpresa, depois de pensar por um momento, Leo respondeu:
- Dê-me algum tempo para pensar sobre isso.