Capítulo 2 — Usufruindo dos desejos
Donna
Não sabia explicar o que estava me deixando desse jeito. Aquele homem que eu faço ideia de como ele se chama, mas ele é atraente até mesmo sem perceber. Ele estava no balcão, pegando uma bebida para nós dois quando Jess tocou meu ombro.
— Se importa se eu der uma saidinha rápida? Prometo que vai ser coisa rápida. — Seu jeito pidão não me fazia capaz de dizer não.
— Tá… mas vê se não demora muito. — Ela me agarrou e me beijou no rosto, puxando Matthew pela mão logo em seguida.
O bonitão voltou com dois drinks e cantadas baratas, mas foi assim que ele conseguiu me fazer a mulher mais sortuda do mundo naquele momento. E se Jess tivesse razão? E se eu estiver mesmo me privando de aproveitar. A única coisa que me importa agora é saber se ele é casado ou não. Bebi quase todo o líquido, o doce embebedava rápido e eu já estava ficando alegre demais, precisava de coragem para fazer isso…
— Então, sua namorada não se importa de você estar aqui hoje? — Na hora do nervosismo, eu só queria mesmo saber se ele é comprometido e não vi outro jeito de perguntar isso. Ele riu, me olhou sério e foi aí que eu senti uma fisgada em meu peito, que droga!
— Se eu tivesse uma namorada, esse não seria o lugar em que eu estaria neste momento. E você, não tinha nada melhor para fazer hoje?
— Na verdade não. Eu só vim mesmo por causa da Jess, mas não tinha outro lugar para ir também. — Ele me observava com atenção, tirando todo o meu jeito meiga de ser.
— Você soa tão sexy quando fala em tom de desânimo, mas não desanimada. — Seus dedos tocaram alguns fios de cabelos, enrolando-os em seus dedos e o levando até o nariz em seguida, aproximando seu rosto do meu pescoço e o beijando em seguida. — Eu posso fazer da sua noite algo bom, basta você dizer que sim!
— Sim. Eu quero. — Respondi sem pensar, sentindo os pelinhos do seu bigode arrepiar meu pescoço.
Descemos as escadas depressa, como se a gente estivesse fugindo de alguma coisa e entramos em seu carro, um Rolls-Royce preto, nada mais que o carro mais caro do mundo. Quem esse homem deve ser e qual o motivo pelo qual está aqui hoje? Por alguns segundos, me mantive parada em frente ao carro, enquanto ele estava de pé esperando que eu entrasse.
— Eu prometo que não vou sequestrar você.
— Tenho certeza que não. — Saí do meu transe e entrei, desconfiada e sem reação até então.
Não demorou cerca de meia hora para chegarmos a um hotel de luxo, um dia mais caro da cidade, onde apenas as celebridades frequentam. Eu nem mesmo tinha trajes para estar ali, mas ele segurou minha mão e guiou até a recepção. O senhor que estava recepcionando, apenas lhe deu boa noite e lhe entregou um molho de chaves.
— Por favor, peça para mandarem um vinho escocês. — Essas foram suas últimas palavras antes de me beijar antes de subirmos as escadas. — Não sabe o quanto eu estava querendo te beijar e foi bem melhor do que eu imaginei.
O quarto é mais que a casa que eu moro com a Jess. Sem dúvidas era uma casa temporária, ou melhor, uma grande casa temporária. Eu vou tomar um banho, vem comigo?
— Já estou indo! — Ele foi até o quarto e deixou a porta aberta ao entrar, ouvi o barulho da água e minha curiosidade falou muito mais alto.
Cada detalhe me deixou deslumbrada e sem acreditar, como diabos eu tive essa sorte hoje? Um bonitão se sentiu atraído por mim, me convidou pra sair e eu estou prestes a usufruir de tudo que o pertence. Além do cara, sem dúvidas, ser bilionário.
Entrei no quarto e ele estava dentro da banheira, despido e muito à vontade. Foi impossível não reparar em seus detalhes mais preciosos. Envergonhada, tirei o vestido e meus seios pularam, deixando todo o tamanho e volume sob a admiração do homem, que espalmou sua mão em minha coxa em seguida.
— Deixa que eu te ajudo. — Sua mão me puxou para mais perto, tirou minha calcinha e com delicadeza ele foi distribuindo beijos em minha coxa até chegar em minha virilha, onde logo após subiu e só então eu admiti mentalmente que estava realmente necessitada de um oral bem feito.
Apoiei minha perna em volta do banheiro, permitindo-me sentir toda a maravilhosa sensação do momento e como eu estava necessitada disso. Agarrei seus cabelos e senti que estava quase gozando, então tentei o avisar, mas antes de falar ele pressionou suas mãos em minha bunda, me trazendo ainda mais perto e sugando minha alma pela minha intimidade, me levando ao céu por alguns segundos. Minhas pernas bambas deixavam claro que eu estava tendo um ótimo orgasmo e eu não pensava em outra coisa a não ser cavalgar nele até que ele se sinta completamente satisfeito, assim como estou me sentindo.
— Você é maravilhosa. Uma p0rra de uma grande gostosa. — O beijei e no momento segundo ele me pôs de costas para ele, passeando seus dedos pelas minhas costas, adentrando meus cabelos e o segurando, fazendo com que eu o olhasse de costas. — Essa noite você é minha, está me ouvindo?
— Só se você merecer! — Respondi olhando em seus olhos e mordiscando os lábios em seguida. Senti suas mãos segurando levemente meu pescoço, me puxando para mais perto do seu corpo, apreciando tudo aquilo que me rodeava.
— Pode ter certeza que eu irei. — Seus beijos me arrepiaram, mas me senti mais arrepiada quando seus dedos me penetraram, fazendo meu corpo reagir de forma instantânea e rápida. — Me desculpa, eu te machuquei?
— Não. Continua, eu tava adorando. — Minha vontade era de beijá-lo e eu o fiz. Ele é perfeito, as habilidades de seus dedos me levam a loucura, jamais senti sensação semelhante a essa. A penetração rápida faz meu corpo tremer, o gemido soar alto e seu olhar me devorar. E como eu pensei, ele tem o pau exatamente do tamanho perfeito, espero que saiba usá-lo de forma prazerosa, sem dor. Não quis esperar, apoiei a perna, agora de pé, em cima da banheira enquanto bruscamente ele me virou de costas novamente, me penteando sem aviso, mas com cuidado o que tornou a sensação prazerosa e… eu não sabia que precisava tanto disso.
Estamos duas pessoas cansadas quando o garçom bateu na porta, com uma garrafa de vinho e um bilhete, cujo ele escondeu antes que eu visse. Vesti um roupão e fiquei a sua espera deitada na cama, enquanto ele caminhava sorridente até mim.
— Então, o que você faz da vida? — Perguntei e ele parecia pensar no que responder.
— Sou empresário. Mas estou precisando viver um pouco mais, sair da minha rotina ou irei acabar enlouquecendo. — Sempre me pergunto porque pessoas ricas são tão tristes, sobrecarregadas e vazias e nós pobres somos tão leves. Será que o dinheiro tem um peso em cima das pessoas? — E você? Trabalha com a Jess?
— Não. Ela é secretária de uma loja de grife, eu trabalho em um consultório médico como cuidadora. É uma coisa não muito boa, mas a gente se acostuma. — Realmente, não é nada bom, mas não posso reclamar pois paga melhor que meus empregos anteriores.
A conversa durou bastante, até que a gente decidiu que estava na hora de aproveitar um pouco mais a noite.
(...)
Acordei com o meu celular tocando, era a Jess me ligando e já eram quase nove horas da manhã. Levantei em um pulo e não vi ninguém além de mim. Despertada, procurei no quarto e nada, no banheiro e nada, até que notei um bilhete preso no frigobar.
“Foi um prazer passar a noite com você, há muito tempo não me diverti tanto e você me faz voltar a vida. Obrigada por me trazer de volta a vida, você ainda vai longe. Você é incrível, em todos os aspectos.”
Em cima da cama estava seu relógio, ele não poderia ter esquecido isso. Os comprovantes de pagamento estavam todos ali e junto a eles, havia 500 dólares. — O que ele pensou que eu fosse? — Enfim… ao menos é dinheiro e dinheiro nunca é ruim, não pra mim.
Sem graça, saí do hotel rápido e quando percebi, Jess estava na porta me esperando com seu carro estacionado do outro lado.
— Garota, você quase me matou de preocupação. — Sorri respondendo em silêncio, deixando exposto o quanto a noite havia sido perfeita.