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Capítulo 4

"Não tenho certeza de nada, mas a visão das estrelas me faz sonhar."

- Vincent van Gogh.

No dia seguinte, logo pela manhã liguei para Nong e a convidei para tomar café pois tinha algumas coisas para contar sobre ontem e lógico que ela aceitou na hora.

- O que você tem pra me contar? - Ela nem esperou me aproximar dela na frente do café e já começou a atirar as perguntas.

- Calma... - Eu ri do seu desespero. - Bom dia Nong, como vai?? - Perguntei entrando no café e sendo seguida por ela.

- Não enrole e conte tudo, anda. - Falou se sentando na mesa e eu comecei a contar tudo que tinha acontecido antes, desde a ligação inesperada até a hora que sai correndo do hospital.

- E foi isso, eu ainda estou meio tonta com tudo isso, mas acho que ele nem vai lembrar do meu nome hoje.

- Peraí, esse era o cara do hospital? - E me mostrou uma foto do presidente e eu apenas confirmei com a cabeça. - Sophie, menina que sorte grande. - Ela estava tão animada e sem palavras para explicar o que estava sentido. - Ele é considerado o homem mais gato e rico da Coreia do Sul, apesar de sua nacionalidade e descendência ser chinesa. - Suspirou. - Conseguiu em uma noite só, conhecer o cunhado do presidente, estar no mesmo ambiente que ele e não ser demitida logo em seguida.

- Isso é tudo sua culpa! - Respondi revoltada. - Você tem milhares de fotos dele e não me mostrou nenhuma apenas a foto do assistente dele.

- E como eu iria imaginar que você não conhece o famoso Jackson Wang? A empresa é o sobrenome dele, então pensei que o dever de casa sobre a empresa que trabalha estaria feito pelo menos.

- Mas eu morava em uma cidade pequena, fui pra faculdade em um pequeno lugar remoto, lá não se fala disso, como eu iria adivinhar? - Expliquei.

- Você faz parecer que poderia vê-lo frequentemente. - Ela riu do meu nervosismo. - Wang é como um dragão e nós somos apenas formigas, não fique pensando nisso.

- Verdade, não vou ficar criando dragões na minha cabeça, isso certamente não vai acontecer novamente. - Sorri suspirando. - Ele está bem acima de nós.

- Mas, você não disse que o presidente te deu uma folga hoje? - Perguntou ela e eu confirmei com a cabeça já que a boca estava ocupada tomando um gole do suco na minha frente. - Usa esse dia para descansar então.

- Lógico que não Nong, eu apenas doei sangue e estou muito bem. - Respondi.

Após o café, nos despedimos e cada um foi para seu andar trabalhar, e o dia estava sendo bem cansativo, e para ajudar minha gestora já estava pegando no meu pé sobre os relatórios.

- Sophie, os dados de ontem, você ainda não terminou? - Perguntou se aproximando da minha mesa. - Quanto tempo precisa?

- Eles estão feitos, a Danwo ficou de entregar para a senhora.

- Quer jogar a pedra pra pessoa que foi demitida? - Ela retrucou.

- Ela foi demitida? - Perguntei triste com a notícia, e então foi por isso que não a vi hoje aqui.

- Eu quero este documento na minha mesa antes do meio-dia, está me ouvindo? - Ela falou brava. - Lembro a você que está é uma empresa muito rigorosa e se você tentar prejudicar a equipe, não fica nem uma semana.

- Sim senhora. - Respondi.

- Então vamos, se apresse, encontre o documento! - Ordenou.

Enquanto eu procura o documento na mesa minha e da Danwo, ouvi o pessoal da equipe que se sentava na minha frente se questionando como consegui este emprego ou se eu tinha alguma cunha, por que não estudei em uma universidade de renome e nunca trabalhei na vida com isso e lá, os critérios de seleção eram bem altos.

E me veio na mente o dia de ontem e o questionário que preenchi onde perguntava qual era meu tipo sanguíneo, será que foi por isso? Esse seria o motivo que eu consegui o emprego? Não pode ser, ou poderia?

Após tantas perguntas consegui encontrar o documento, ele estava na impressora e ninguém havia pegado, como já se aproximava do meio dia, eu corri até minha supervisora e entreguei a ela os papéis.

- Senhora? - A chamei.

- Qual o problema? - Perguntou prestes a sair para almoçar.

- Aqui está o arquivo que eu havia comentado, Danwo acabou deixando na impressora ontem. - Expliquei entregando a pasta em suas mãos, e todos no escritório ficaram em silêncio após uma moça muito bem vestida entrar e caminhar em nossa direção, olhei ao redor e o pessoal começou a comentar sobre essa tal moça.

- Senhora? - Uma das meninas que trabalhava comigo chamou a gestora. - A secretária do presidente está aqui. - Sussurrou e a nossa gestora a cumprimentou.

- Olá, senhorita Park, aconteceu alguma coisai? - Perguntou minha gestora.

- Eu gostaria de saber, quem é Kim Sophie? - Ela perguntou e todos me encararam, e neste momento, eu enfiava a cara onde?

- Sou...Sou...eu. - Respondi gaguejando e ela caminhou em minha direção. - Por favor Sra Park, eu suplico me dê uma outra chance!! - Eu implorei com medo da demissão e tudo que ela fez, foi me estender uma marmita rosa com vários repartimentos.

- O presidente pediu que eu lhe entregasse o almoço! - Explicou ela ao ver minha cara de interrogação.

- Pra mim? Tem certeza? - Perguntei.

- Se você for a única Kim Sophie no departamento de Contabilidade, então sim, é pra você. - E esticou ainda mais seu braço com a marmita, e tudo que fiz foi pegar a mesma da sua mão e assistir ela sair da sala, e quando olhei ao redor todos me olhavam espantados com a atitude do presidente.

E como havia combinado de encontrar Nong no almoço, eu pude ver seu olhar de confusão sobre a marmita que eu carregava, já que o combinado era decidir juntas o que almoçar.

- Que isso? Você foi em casa fazer almoço? - E eu apenas neguei com a cabeça e me sentei na mesa.

- O presidente mandou o almoço de hoje. - Expliquei.

- Sério? - Me olhou surpresa. - Então, possuir um tipo sanguíneo raro também é uma boa coisa. - Respondeu ela.

- Acho que deve ser algo bem gostoso, não é? - Perguntei. - Uma comida superior ao que comemos né? - Comecei a sonhar com a comida que havia naquela marmita.

- Vamos, abra, quero saber o que tem aí dentro. - Pediu Nong preparando os pratos.

E conforme eu fui abrindo as partes da marmita, mais eu me decepcionava.

As comidas que vieram era fígado de porco com pimentões três cores, para promover a circulação do sangue e nutrir ele, já na segunda divisão da marmita, veio frango frito com abóbora e cenoura, pois o frango reduz doenças do coração, a abóbora controla o açúcar do sangue e a cenoura melhora a eficiência do sistema de circulação, e por fim, a última marmita veio com mexilhões picantes fritos, que são ricos em ferro.

- Sério isso? - Falei indignada. - Só tem tônico para o sangue. - Sorri sem graça. - Você quer me apoiar? - Perguntei. - Já estou ansiosa para a próxima doação de sangue. - Fingi comemorar.

- Você ainda está disposta? - Perguntou ela.

- Lógico!! - Respondi. -Não faço isso esperando recompensa. - E estendi a colher para ela pegar comida. - Vamos comer ?

- Apesar de ser coisas normais, parece estar delicioso.

***

E assim se repetiu, todos os dias da semana eu recebia um cardápio diferente para almoçar e era sempre apenas comidas nutritivas e aquilo me matava, porque eu sentia falta de uma comida mais gordurenta, e como vinha da sala do presidente eu tinha que comer sem questionar.

Então, de forma de agradecimento, eu lavava a marmita e deixava um bilhete escrito "obrigada pelo almoço!" com alguns bichinhos desenhados nele.

E no almoço seguinte recebi a ligação de uma das secretárias do presidente falando que não conseguiria levar meu almoço e se eu não poderia subir e pegar a marmita hoje, mas como pedido de desculpas ela deixou um lanche junto.

E como de costume na hora do almoço peguei o elevador e subi até o 23º andar e ao me aproximar de sua mesa vi a marmita acompanhada de uma lancheira ao lado e como não tinha nada escrito deduzi que aquele era o lanche que a Mei havia me avisado.

Peguei ambas e desci para o refeitório almoçar, e após meia hora, um monte de gente veio atrás de mim, e no meio dessas pessoas estava o presidente acompanhado da moça que tropecei no hospital e ela me encarava nervosa, e me chamava de ladrona, e eu estava sem entender nada.

- O que você está comendo? - Perguntou ela alterada e todos no refeitório me encararam.

- Arroz com manga doce? - Respondi sem graça sem entender nada.

- Isso não é piada! - Respondeu ela alterada. - Esse arroz foi eu que trouxe para o Jackson e para a Aimee, não para você. - E me engasguei enquanto soltava a colher, e todos me encaravam, inclusive Jackson. - Quem é você? - Perguntou ela. - Como se atreve a pegá-lo sem a minha autorização?

- Alguém me deu ... - Eu respondi quase sussurrando encarando a secretária mas sem falar que foi ela para não a prejudicar.

- Mas eu não dei pra você. - Ela gritava.

- Sophie... - Sussurrou Mei. - O lanche que eu dei pra você, era esse aqui! - Ela mostrou e eu não sabia onde enfiar minha cara, mas a culpa não era minha.

- E quanto a isso? Cadê as duas lancheiras? Por que só tem uma? - Ela gritava nervosa.

- Calma moça. - Eu pedi tentando me explicar, mas ela estava me deixando nervosa. - Eu pensei que era pra mim, e como não aguentaria comer distribui as pessoas mais velhos da empresa. - Falei apontei para o pessoal da mesa da frente. - Por favor me desculpe, eu entendi errado!! - Eu implorei. - Eu prometo que compro outro para recompensar.

- E como vai recompensar? - Ela me olhou com ódio. - Isso foi feito pela minha mãe! - E eu apenas me encolhi na cadeira, esperando minha condenação. - Jackson!! - Ela o encarou. - Essa pessoa é uma ladra, está provado isso. - E ele me encarava com um olhar de poucos amigos, eu apenas permaneci olhando pro chão, não tinha coragem de o encarar novamente.

- Como irá se defender isso? - Perguntou ela. - Desta acusação?

- Tudo que eu posso dizer é que o arroz de manga cremoso, estava muito gostoso. - Respondi sem a encarar.

E após eu dizer isso, Jackson pegou a moça surtada pelo braço e a levou para fora do refeitório, me deixando ali, com a maior vergonha do mundo e com todo mundo me encarando.

A senhorita Park apenas passou a mão em meu ombro me desejando força antes de sair dali também seguindo os demais, enquanto a outra secretária deixou em cima da mesa o biscoito que deveria ser meu lanche.

***

Depois de algum tempo, a Mei me ligou falando que o presidente queria me ver, e eu reuni o pouco de coragem que ainda restava e entrei no elevador para chegar até o 23º andar.

Passei pela recepção mas não tinha ninguém, então abri a porta lentamente e caminhei em sua direção, e o que posso dizer da sala, ela era enorme, cabia a casa dos meus pais e a loja aqui dentro, era decorado em um tom cinza claro, com um enorme carpete cinza no chão.

Enquanto eu caminhava em sua direção, pude sentir o seu olhar em cima de mim, e quando o encarei, seu rosto estava com um semblante sério e de poucos amigos.

Ele percebeu que eu travei no meio do caminho, e para me despertar, ele pegou sua caneta e bateu no copo que estava em cima da mesa, eu levei um susto o qual nem quero imaginar a cena, voltei a me aproximar lentamente até chegar em sua mesa e ficar cara a cara com ele.

- Sinto muito, Sr. presidente. - Eu disse.

- Sente-se. - Ele pediu em um tom autoritário.

- Na verdade, a Mei comprou um lanche pra mim e achei que ... - Mas ele me interrompeu.

- Eu sei sobre isso. - Ele respondeu curto e grosso.

- Como? - Perguntei.

- Eu fiquei curioso com uma coisa. - Ele me encarou. - O arroz de manga, você comeu sozinha? Uma lancheira inteira?

- Sim. - Respondi sem graça.

- Era uma marmita com quantidade para três pessoas. - Ele perguntou surpreso.

- Sim. - Eu apenas concordava com suas falas.

- Você não tem medo do teor de gordura e açúcar que tinha lá? - E eu nunca havia pensando nisso, respondi em pensamento, mas apenas neguei com a cabeça. - Então, você já está errada, pois sabe como seu sangue é precioso e o quão difícil é encontrar alguém compatível. - Ele falava sério. - Você precisa aprender a se amar mais a partir de agora. - E eu fiquei surpresa com sua fala, e me questionei, será que ele tinha essa preocupação com todo mundo da empresa? Ou era só comigo, por que quando sua irmã precisava ele poderia me usar? - Principalmente em termos de comida, preste mais atenção, você entendeu?

- Sim Senhor. - Respondi.

- Você pode ir agora. - Ele olhou pra porta de entrada e depois para mim.

- Sim senhor. - Respondi me levantando mergulhada em meus pensamentos, quando na metade do caminho ouvi ele bater novamente no copo, desta vez o susto foi tão grande que meus papéis que carregava voaram por toda a sala, e logo me abaixei para pegá-los. - Sinto muito senhor. - Pedi pegando os papéis.

- Por que está tão assustada? - Perguntou ele vindo me ajudar.

- Me desculpa! - Pedi novamente, e quando fui pegar os últimos dois papéis no chão, ele foi mais rápido e pegou primeiro começou a ler todos os detalhes, eu não sabia onde enfiar minha cabeça pois eram os relatórios que eu tinha acabado de fazer.

- Você organizou esses documentos? - Ele me encarou sério e eu apenas assenti com a cabeça já que naquele momento não tinha mais palavras para sair da minha boca.

- Foi bem feito. - Após todo aquele suspense, ele apenas respondeu isso, que foi bem feito e tudo que eu soube fazer foi cair de bunda pro lado já que estava agachada.

- O que foi? Você está bem?

- Ficar sentada nesta posição deixou minhas pernas dormentes. - Menti para ele na esperança dele acreditar.

Ele se levantou e eu agradeci a ajuda e logo em seguida, em passos rápidos, tratei de sair da sala.

***

No dia seguinte, enquanto eu colocava um o bilhete na lancheira, duas pessoas que trabalhavam comigo vieram me avisar que tinha aberto uma nova cafeteria ali perto.

- Sophie? - Me chamou e eu apenas a encarei. - Você viu que abriu uma nova loja de chá com leite aqui perto, você já foi lá? - Perguntaram.

- Não fui não.

-A gente percebeu que você não tem almoçado direito ultimamente e tomamos a liberdade de comprar um para você. - Respondeu ela me entregando.

- Obrigada pessoal. - Agradeci pegando de suas mãos.

- Então, nós diz, o que houve aquele dia? - Perguntou se referindo ao que houve no refeitório.

- Nada de importante. - Respondi sem graça, e ouço outra pessoa me chamando, agora era a outra menina que trabalhava comigo, e me entregando também outro chá com leite.

- Comprei um bubble tea para você. - Respondeu me entregando.

- Dois copos. - Respondi animada com a ideia de tomar duas coisas que eu amava ao mesmo tempo.

- A Sophie está indo entregar a lancheira. - Falou um deles.

- Hummm. - Respondeu ela. - Por que o presidente te manda o almoço todos os dias?

- Não são todos os dias. - Respondi e me olharam com ponto de interrogação. - Os dias que estou de folga não recebo almoço. - Respondi disfarçando o assunto.

- Então vocês jantam juntos? - Perguntou o grupinho.

- Não. - Respondi surpresa. - Não somos próximos como pensam.

- Se não são próximos, por que então você recebe almoço todos os dias?

- Ah isso, bem ... - Eu procurei um jeito de falar bem simples, mas que não deixasse ninguém exposto naquela situação. - Uma vez eu ajudei o presidente, e essa é a forma dele me agradecer, só isso. - Eles balançaram a cabeça como se entendesse. - Agora eu tenho que ir devolver a lancheira e voltar rápido por que tenho muito trabalho a fazer. - Respondi pegando meus dois copos mais a lancheira e saindo dali me sentindo uma vitoriosa.

Quando cheguei no andar da presidente, caminhei até a recepção e não tinha ninguém lá, então apenas deixei na mesa da Mei a marmita com o bilhete e voltei para o elevador, e quando ficava esperando ele chegar no andar, aproveitei para tomar os dois copos de chás juntos e estava tão gostoso.

Não gostaria de imaginar cena do presidente me pegando tomando isso, ainda mais os dois juntos, não quero nem pensar nesta possibilidade, com certeza, ele iria me matar.

Assim que ouvi o som do elevador chegar no andar me preparei para entrar, mas sem deixar de beber o chá, e quando dei o primeiro passo para entrar no elevador dou de cara com o presidente, que me encarou com cara de poucos amigos, ainda mais vendo os dois chás na minha mão, e ainda para piorar, tomando os dois ao mesmo tempo.

- Você prometeu que prestaria mais atenção à comida. - Respondeu ele segurando o elevador. - O que está fazendo com isso? - E minha boca ainda estava com os dois canudos dentro dela o encarando.

- Presidente. - Respondi sem graça, e agora, onde iria enfiar a minha cara? - Você gostaria de um também? - Perguntei esticando para ele, e nem percebi que minha voz havia dado uma falhada, ele apenas suspirou fundo e caminhou em direção a lixeira que ficava em frente ao elevador.

Ele não precisou falar nada, eu apenas o segui até ela e a abri com meu pé estendendo os dois copos em sua direção, e logo em seguida fechando os olhos para não ver essa tragédia.

- Não estou te obrigando a nada. - Respondeu ele me encarando. - Só estou preocupado com o seu corpo. - E continuou. - Uma pessoa bebendo dois copos de bubble tea o teor de gordura e açúcar no sangue com certeza excederá o padrão normal. - E olhou para a lixeira, como se dizia, apenas joga logo esse chá.

- Sim senhor, eu entendo. - Respondi e demorei uns 10 segundos até conseguir soltar o primeiro bubble tea e suspirei fundo, não quis encarar o lixo.

- Você pode beber o resto do copo. - Disse ele, e eu logo o encarei e senti que não seria tão fácil assim. - Mas dependendo da ingestão, você terá que fazer exercícios. - E sorriu de canto. - Então pode beber isso, mas vai ter que treinar, combinado? - E ele voltou a abrir a tampa da lixeira como se previsse o que eu iria fazer naquele momento.

- Eu estou cheia já. - Respondi sorrindo e jogando o outro copo fora desta vez, mas antes dando o último gole.

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