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PROLOGO

Prólogo.

Laís narrando

—  Chegou para você – Tereza fala e me entrega um buque de rosas – é o garoto da faculdade que vem sempre te trazer ou é o cara misterioso do carro vermelho?

—  A senhora ainda cuidando muito a minha vida, não é mesmo?

—  Essa pensão é para moças direita Laís, eu nunca tive problemas com nenhuma garota aqui e não tinha problemas com você, só que eu não quero que a minha pensão tenha uma reputação ruim, você anda chegando tarde todas as noites, aqui dentro tem moças de todo o mundo, pais que confia em mim, o que será da minha reputação se descobrir que tem uma mulher do mundo aqui? – eu a encaro

—  Eu não sou uma mulher do mundo, sou uma estudante de advogacia com uma bolsa em Havard e a senhora sabe disso – ela me encara – Enzo me busca sim, mas ele não fica comigo no trabalho, um colega me traz todas as noites porque é tarde e ele não dar apenas carona para mim, dar para outras moças também. A senhora deveria agradecer por ele me trazer em segurança e assim mantém o aluguel em dia do quarto, que eu sempre paguei.

—  Eu espero que seja isso mesmo – ela fala – porque não quero ter má reputação por sua causa.

Tereza era uma mulher totalmente arrogante e cheia de paranoias , eu a entendo , mas ela sempre ofende a todos com seus comentários sem querer ser grossa mas já sendo, eu pego as flores e vejo que era de Ícaro e no meio delas tinha uma caixinha, eu coloco as flores em cima da cama e abro a caixinha vendo que era a chave de um apartamento, eu abro um sorriso. Ele queria que eu saísse da pensão mas eu tinha medo de dar esse passo, eu queria que a nossa relação fosse apenas profissional, mas isso estava já saindo do controle, porque além de tudo, eu tinha Enzo que queria a todo custo um relacionamento mais sério, enquanto eu, não poderia dar isso a ele, porque o meu trabalho faz com que entrar em um relacionamento sério fosse totalmente errado. O apartamento que ícaro quer que eu vá, é um apartamento que a gente se encontra e até passamos alguns finais de semanas por lá, mas ele queria que eu fosse morar e isso me preocupava. O dinheiro que ele me dava me fez comprar uma casa para minha mãe no Brasil e deixar ela confortável, e até mesmo comprar as suas passagens para ela vir me visitar, mas agora, ir morar lá, é algo bem mais complexo.

—  Que flores lindas – Marie fala entrando no quarto comendo um sanduiche.

—  Isso é o que? – eu pergunto me sentindo enjoada com o cheiro.

—  Sanduiche de atum, uma delicia, comprei de um Indiano que estava vendendo na rua, quer um pedaço? – ela estica o sanduiche para que eu prove  e eu me sinto tão enjoada que corro para o pequeno banheiro do quarto da pensão para vomitar e começo a vomitar tudo que eu comi. 

—  Estou me sentindo mal só com o cheiro, imagina o gosto – eu resmungo

—  Nossa, está enjoada do nada?

—  Do nada? – eu pergunto – você me aparece comendo essa coisa horrível e você vem me dizer que estou enjoada do nada?

—  Você está grávida? – ela pergunta e a sua resposta paralisa o meu cérebro e eu a encaro.

—  Logico que não – eu respondo

—  Imagina, você está enjoada, quando desceu a sua menstruação? Caraca – ela fala sorrindo – será que é do pai ou do filho? O importante que será Medeiros da mesma forma – eu a encaro.

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