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4- Evellyn

Na cozinha dona Elizabeth já estava com a janta quase pronta então eu e papai nos sentamos ali mesmo na ilha da cozinha, conversamos um pouco mais até que Elizabeth nos servisse e enquanto jantávamos papai me conta que mamãe já estava sabendo sobre o acordo, mas não é a favor do casamento por aparência mesmo com prazo de validade, mas se eu aceitasse a entrar nesse jogo ela me apoiaria incondicionalmente como a mãe maravilhosa que é.

Meus pais sempre me deram de tudo mas nem por isso sou uma pessoa mimada por sempre ter tudo do bom e do melhor, por ser filha de um bilionário. Eu estudei e me formei como todo mundo e trabalho como todo mundo para ganhar o meu próprio dinheiro, trabalho na empresa da família já a algum tempo mas não vou negar que meu pai e minha mãe estão sempre me fazendo um agrado aqui e outro ali, mas gosto de comprar as minhas coisas com o meu próprio dinheiro, pagar as minhas contas com o que eu ganho.

A minha casa onde moro hoje foi um presento do meu pai que ganhei quando me formei e decidi trabalhar para ter o que é meu, mas as minhas maquinas potentes que eu adoro pilotar eu comprei com o meu dinheiro assim como os três apartamento que eu tenho alugado, um centro de Atlanta, um em Nova York e outro por coincidência em Miami, eu gosto de viajar bastante e também gosto de me sentir á vontade dentro do que é meu, por isso meu próximo imóvel será adquirido na Alemanha, adoro aquele lugar e espero ganhar uma boa gratificação por cooperar em cumprir um sacrifício dessa magnitude, e eu ainda vou precisar contar isso ao Calebe, só não sei como fazer isso mas sei que tem que ser ainda hoje, pois amanhã terei que viajar para Miami para o meu suposto jantar de noivado. Mas que merda!

Depois de jantar com meu pai e ligar para minha mãe avisando que viajarei amanhã, recebi uma intimação para dormir na sua casa para viajarmos todos juntos, eu queria viajar sozinha e ter um tempo a mais com Calebe mas acho que não vai funcionar, então espero o meu pai ir embora para ligar para ele mas não estou dando sorte, o seu telefone só cai caixa postal, tento ligar umas cinco vez e nada então desisto e deixo apenas uma mensagem dizendo que preciso falar com ele. Subo para o meu quarto e me deito na esperança de que Calebe me ligue ainda hoje, coloco uma música bem baixinho no meu celular e no embalo do ritmo da melodia eu acabo acontecendo.

Algum tempo depois começo a sentir o meu corpo se arrepiar e uma vibração boa percorrer por todo ele, sinto minha respiração pesar e o calor dominar o meu corpo, uma sensação tão gostosa que deixo escapar alguns gemidos de prazer. Sinto mãos subir pelo meu corpo me apalpando enquanto uma boca muito habilidosa suga a minha intimidade com vontade, abro os meus olhos erguendo a minha cabeça e me deparo com ele completamente nu no meio das minhas pernas.

— Calebe...! Ohhh... — Sussurro jogando a minha cabeça para trás me perdendo em delírios causados pela sua língua atrevida serpenteando por toda a minha intimidade.

— Queria me ver ou queria me sentir sua gostosa...? Ohhh... Eu quero entrar em você agora Evy... Eu quero entrar todinho em você minha deusa. — Diz se pondo sobre mim já se encaixando na minha intimidade e me penetra lentamente se instalando dentro de mim. Ele já estava de camisinha só esperando para me penetrar!

Gememos juntos quando ele começa a se movimentar dentro de mim com estocadas fortes e fundas, me fazendo delirar passando as minhas unhas nas suas costas com força fazendo ele urrar com a sua voz rouca me encarando com desejo, nos perdemos um no outro e transamos até não aguentarmos mais, foi delicioso acordar dessa maneira tão gostosa mas logo estamos no banho transando mais uma vez.

Calebe é delicioso e sabe como fazer uma mulher delirar de prazer, homens mais velhos sempre são mais experientes e sabem o que fazer na cama para deixar uma mulher louquinha por eles, mas ainda não é o meu caso, eu e Calebe estamos saindo há um pouco mais de dois meses e estamos nos entendendo super bem na cama, ele entende os meus gostos e mesmo sendo mais nova que ele eu também consigo deixá-lo satisfeito.

Calebe tem trinta e oito anos e eu sempre fiquei com homens da minha idade, ou pouca coisa mais velho que eu, mas depois que comecei a sair com o amigo do meu pai e vice-presidente da nossa empresa, eu estou revendo as minhas chances com homens mais maduros.

— O seu pai veio me procurar hoje no final do expediente. — Diz Calebe enquanto tomamos banho entre um carinho e outro.

— Então você já está sabendo sobre o casamento? — Pergunto desconfiada e meio sem jeito de ter que dizer que vou me casar e teremos que nos ver menos.

— Sim, ele me contou sobre o casamento... Eu só não entendi o porquê você mentiu pra mim, eu sempre joguei limpo com você mas você mentiu pra mim quando disse que não tinha um namorado... O seu pai me contou que vocês estão juntos a meses Evy por isso decidiram se casar, mas pelo visto você não o ama ou não o trairia comigo. — Ele me encara sério me deixando de de boca aberta ouvindo as suas palavras, eu não acredito que o meu pai fez isso. Claro! Por causa do acordo!

— Eu posso explica Calebe, não é exatamente o que o... — Tento argumentar mas ele me interrompe me dando as costas.

— Não se preocupe em me explicar nada Evellyn, o seu pai já deixou tudo bem claro para mim, assim como ele também disse que não aprova o nosso envolvimento... Eu não quero ficar mal com o seu pai dentro da empresa então acho que essa foi a nossa despedida. — Calebe se afasta de mim para terminar o seu banho e isso me deixa mal porque eu não queria que as coisas terminassem assim.

— Por favor Calebe... Vamos conversar direito? Eu posso te explicar melhor essa situação. — Peço o encarando decepcionada com tudo isso pois eu estava começando a gostar dele.

Calebe simplesmente me deixa falando sozinha e se enrola na toalha saindo do banheiro, faço o mesmo para ir atrás dele mas quando entro no quarto o vejo já se vestindo para ir embora, tento conversar com ele mas o mesmo pega o resto de suas roupas e sai do quarto me deixando ali parada, perplexa com essa sua reação. Visto o meu hobby com o corpo ainda molhado e vou atrás dele, mas antes de sair do quarto ouço um telefone tocar e vejo o celular de Calebe no meu criado mudo ao lado da cama, corro para pegá-lo e assim que o faço vejo o nome Cintia piscar na tela, não penso duas vezes e atendo o celular.

— Alô! — Atendo desconfiada.

— Alô... Quem está falando? E porque você está com o telefone do meu noivo? — Pergunta a voz feminina do outro lado da linha me surpreendendo com as suas palavras.

— Como é que é...? Você é noiva do Calebe desde quando? Você não poder ser noiva dele porque a namorada dele sou eu. — Questiono ainda perplexa com a palavra "noivo" ecoando na minha cabeça.

— Você não pode ser namorada do Calebe, nós estamos noivos a dois anos... Quem é você...? A quanto tempo vocês estão juntos? — Diz a mulher com uma voz chorosa e eu sinto meu peito se apertar porque eu pressinto que ela não está mentindo.

Quando vou responder vejo Calebe entrar no quarto preocupado, com certeza sentiu falta do seu celular.

— Você pode perguntar diretamente para ele quem sou eu e a quanto tempo estamos juntos, Cintia... Porque ele está aqui comigo agora no meu quarto e nós passamos boa parte dessa noite transando... Eu vou passar o telefone para o seu noivo. — Digo encarando fixamente os olhos assustados e arregalados do homem a minha frente e jogo o celular em cima dele, tento passar por ele mas o mesmo segura o meu braço me impedindo de passar.

— Espera Evy...! Vamos conversar por favor? Eu posso explicar... — O interrompo me soltando dele lhe acertando uma bofetada em seu rosto fazendo ele se calar.

— Explicar...? Eu tentei te explicar o lance do casamento e você me ouviu por acaso? Você diz que eu menti mas você fez o mesmo e ainda deu aquele seu showzinho patético querendo me fazer cobranças. — Esbravejo alterada o encarando decepcionada e me segurando para não deixar uma lágrima cair por causa desse canalha. — O meu pai tinha razão quando disse que você não era homem pra mim... Eu só estava perdendo o meu tempo com você Calebe, como eu pude me enganar tanto? Como eu pude me iludir dessa maneira com você...? Eu estava disposta a enfrentar o meu pai para ficar com você mesmo sabendo que ele não aprovaria, mas você já está noivo de outra mulher e ainda mentiu pra mim tão descaradamente, seu canalha! — Digo irritada o empurrando para fora do meu quarto mas ele é forte e tenta permanecer no mesmo lugar.

— Me explica como você iria enfrentar o seu pai, o presidente da empresa para ficar comigo se você também mentiu pra mim e já estava de casamento marcado, Evellyn? Acho que ninguém pode cobrar nada de ninguém aqui, não é mesmo? Ou voc... — Diz calmamente tentando me abraçar mas eu o interrompo o empurrando para longe de mim.

— SIM EU POSSO TE COBRAR PORQUE EU NÃO MENTI! EU NÃO MENTI COMO VOCÊ FEZ COMIGO SEU CRETINO...! Eu não tinha namorado eu não estava noiva e eu não ia me casar quando comecei a sair com você... Esse casamento caiu em cima de mim da noite para o dia então eu não menti...! Eu fui sincera e verdadeira com você desde o início e para quê? Me diz? Vocês homens não prestam, são todos farinha do mesmo saco... Não valem nada são todos iguais seu merda...! Sai da minha casa agora! Você não é mais bem vindo aqui seu desgraçado! — Esbravejo o empurrando para longe de mim até fazê-lo sair do meu quarto mas ele me impede de fechar a porta.

— Como você ficou noiva da noite para o dia? Me explica eu quero Entender...? Evy vamos conversar por favor? Eu termino com ela se você me deixar te assumir para seu pai, nós dois podemos conversar com ele junt... — O interrompo mais uma vez.

— SAIA DA MINHA CASA CALEBE! EU NÃO QUERO MAIS SABER DE VOCÊ! EU VOU ME CASAR E NUNCA MAIS VOU OLHAR NA SUA CARA SEU MENTIROSO! É melhor você procurar a Cintia logo se não quiser perdê-la também, seu babaca! — Grito o empurrando com força para longe da porta do meu quarto e digo a última parte com um pequeno sorriso no rosto tentando não parecer tão abalada e bato a porta na cara dele, trancando-a na chave.

Ouço alguns murros na porta e os gritos de Calebe tentando me convencer a abrir a mesma, mas apenas corro para o meu closet e escolho uma roupa para vestir, em seguida começo a arruar uma pequena mala para a viagem de amanhã e percebo que os gritos e os murros na porta já cessaram, eu não vou chorar por causa dele porque ele realmente não me merece, eu só chorei por um homem nessa vida além do meu pai e meu irmão Luan, eu chorei pelo homem por quem fui profundamente apaixonada mas acho que a minha paixão por ele não era sim tão forte, porque dizem que o primeiro amor de verdade a gente nunca esquece, mas ou isso é uma grande mentira ou eu nunca estive apaixonada de verdade pelo Willian, e agora quando eu finalmente achei que estava gostando desse cretino ele me dá uma rasteira dessas.

Eu realmente estava disposta a lutar para ficar com ele antes do meu pai me jogar essa bomba chamada casamento em meus braços, mesmo com isso eu ainda tinha esperanças de que depois de vencer o prazo desse acordo eu e Calebe ainda pudéssemos ficar juntos se ele ainda me quisesse, mas então descubro que sou traída desde o nosso primeiro encontro, aquele miserável, eu só não entendi o porquê do meu pai mentir para Calebe dizendo que eu já tinha um namorado e ainda contou a ele que vou me casar, mas no fundo eu sei que ele só fez isso para afastar Calebe de mim e por isso eu acabei descobrindo que mais uma vez ele tinha razão, Calebe não é homem para mim e nunca vai ser.

— Evy...? Evy você está ai? — Saio dos meus pensamento com novas batidas na porta e a voz de Luan ao fundo, corro até a porta para abrir e dou de cara com meu irmão andando de um lado para o outro. — Caramba Evy até que enfim! Eu estou esmurrando essa porta a horas, pensei que tivesse desmaiada ai dentro. — Diz ele em um tom dramático me fazendo sorrir depois da minha decepção de agora pouco.

— Não seja exagerado maninho... Mas me diz? O que você está fazendo aqui tão tarde da noite? — Pergunto entrando de volta no quarto e ele entra logo atrás.

— A mamãe tentou te ligar mas o seu celular está dando desligado ou fora de área, então o papai me mandou vir te busca já que vamos viajar amanhã cedo. — Diz Luan adentrando o meu quarto e vai direto até a mala em cima da minha cama.

— E desde quando eu preciso de babá, hein moleque? Sou eu quem tem que cuidar de você ouviu bem? Eu sou mais velha que você. — Sorrio erguendo uma sobrancelha enquanto vou para o meu closet e ele dá uma gargalhada gostosa, não posso deixar transparecer que estou mal por causa de um canalha qualquer.

— A mamãe passou a se preocupar mais com você depois que comprou aquelas máquinas de duas rodas, ela confia mais em mim dentro de um carro do que em você em cima de uma moto. — Diz pegando algumas roupas que estou separando para pôr na mala e as leva até a mesma colocando de qualquer jeito.

— Não fica se sentindo não garoto, a mamãe só tem medo que eu sofra um acidente mas nenhuma outra mulher pilota melhor do que eu. — Digo me gabando e ele gargalha ainda mais. — E a Mayra? Vocês estão bem? Já se acertaram? — Pergunto me lembrando que eles estavam brigados.

— Terminamos... E dessa vez não vai ter mais volta, ela é infantil demais e não sabe o que quer, não estou afim de perder o meu tempo com uma garota mimada como ela... Porra toda hora quer dá um tempo, não sabe se fica ou se vai, pra mim já deu. — Diz ele frustrado e eu respiro fundo me lembrando que ainda pouco eu também quebrei a minha cara.

— Ao que parece nós dois estamos precisando de umas férias em nossos relacionamentos... Eu também não dou sorte de encontrar alguém bacana para me levar a sério... Eu tenho dedo podre para escolher homem, só pode ser isso. — Digo mais uma vez respirando fundo e Luan me abraça forte, isso era tudo que eu mais queria nesse momento.

— Relaxa maninha, talvez esse casamento seja a sua solução nessa vida... A gente só dá sorte quando não somos nós que escolhemos. — Diz me apertando mais em seus braços me fazendo o encarar perplexa com o seu raciocínio.

— E desde quando você é o sábio da família moleque? Te orienta rapaz... Pelo visto você já está sabendo sobre o casamento, não é? Mas saiba que mesmo concordando em ajudar o papai eu não estou feliz com isso e nunca vou estar, a minha sorte é que em seis meses estarei livre disso e vou poder seguir a minha vida deixando tudo isso para trás. — Digo me irritando ao me soltar dele que me puxa de volta para um abraço.

— O papai me explicou que nesse acordo ninguém pode saber que o seu casamento é uma jogada de marketing, você vai ter que se mudar para outra cidade e vai me deixa para trás. — Diz ele frustrado deitando a cabeça em meu ombro e mais uma vez eu respiro tão frustrada quanto ele.

— Eu não vou te deixa para trás Luan! São só seis meses morando longe mas eu sempre vou vir visitar a minha família... Além do mas, eu tenho um apartamento em Miami onde você vai poder ficar sempre que quiser ir me ver também. — Me solto brevemente dele para encarar os seus olhos.

— Sério? Você vai me deixar ficar no seu apartamento? Eu nem sabia que você tinha um apartamento em Miami, o de Nova York e o de Atlanta você me contou mas esse de Miami é novidade pra mim. — Luan se faz de ofendido e vai até a minha cama se jogando nela.

— Bom, agora você já sabe sobre ele e vai poder visitá-lo com mais frequência, está bem assim...? Agora me ajuda a terminar de arrumar essas malas para sairmos logo daqui, ou a mamãe vai mandar a polícia atrás de nós achando que aconteceu alguma coisa. — O alerto voltando para o closet para pegar os meus sapatos e ele se levanta me acompanhando.

— Eu pensei que você tivesse dito que passaria apenas seis meses em Miami... Mas pelo visto você já está querendo se mudar de vez, não é...? Para quê tantas malas Evy? — Questiona parado na porta do closet encarando as malas no chão.

— Vocês homens nunca vão entender a necessidade de uma mulher levar tantas bagagens em uma viagem... Agora pare de me questionar e me ajuda com essas malas. — Rebato jogando um sutiã nele e o mesmo se esquiva gargalhando.

Terminamos de arrumar as minhas malas entre uma brincadeira e outra mas logo estamos saindo da minha casa com meu irmão pisando fundo no acelerador do seu carro "deixa mamãe saber disso!"

Seguimos para mansão dos nossos pais entre uma bagunça e outras e em vinte minutos estamos entrando pelos portões da mansão, Luan estaciona o seu carro na entrada da casa e logo estamos descendo entrando na mesma, por um instante me lembrei que amanhã a essa hora estarei no meu apartamento depois de jantar com os Drumond, vai ser amanhã que vou conhecer o meu futuro marido "mas que droga!" eu já ouvi algumas coisas sobre essa família e suas empresas mas nunca os vi em entrevistas ou algo do tipo, não tenho tempo para ficar lendo fofocas sobre a vida alheia, a gora só me resta torcer para que esse casamento não seja assim tão ruim como eu estou imaginando que será, eu espero pelo menos não precisar matar o meu marido.

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