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A ordem

   Cap.4 

             O amor do grego 

                     Alexandre 

          — Então é assim, Alexie...?

         —  Oi irmão, você não disse que era para eu cuidar da minha noiva, aceita o casamento, e o acordo que estava feito? 

        — Que incrível, você resolveu acatar minhas ordens! — Deixa de deboche, Alexie.

           — Não era isso que você queria? Alexandre?

           — Eu  só queria que você fosse um homem grego com carácter, e que parasse de agir como um moleque. — E porque você foi expor a Violetta sua noiva como suas inúmeras namoradas, a beijando em público, e fazendo dela uma mulher qualquer?

         — Então, porque você a trouxe, antes do dia?

         — Isso não vem ao acaso, e não te interessa! 

          — É, o que você queria que eu fizesse? — Queria que eu a visse, mas não fizesse nada? — É isso mesmo irmão?

       — Só queria que você se comportasse, isso é pedir demais?

       — Calma irmão, tudo certo então.

       Ela é linda demais, por sinal eu realmente tenho que dar minha mão a palmatória, você tinha razão eu precisava dar uma chance a garota, você  até tentou tantas vezes, me mostrando fotos dela, que sinceramente eu nem olhei, sempre às queimei todas as fotos! 

         — Seu moleque estúpido! — Entendo, Alexie. — Então o que você está planejando agora?

         — Nada!

           — Sei,  Alexie, se você tentar manchar a reputação dessa garota para escapar do casamento, eu juro que te deserdo e você terá que trabalhar por cada centavo que você gasta!

        — Calma irmão, eu já quero a garota! 

        — É Karoline, você já esqueceu ela?  Até ontem, se bem me lembro, você a defendeu, e disse que a amava que esse casamento era uma loucura? — Que você não seria forçado a nada... é blá...blá.— O que mudou?    

       — Karoline está bem, ela sabe que a família vem em primeiro lugar! 

       — É, o que houve mais? 

         — Nada irmão, eu  já disse que só estou te obedecendo, fora que a garota é realmente uma gracinha, e  eu não sou louco para ficar sem a minha herança, e a minha boa vida, fora a grana que cai na minha conta!

        — Ah! — Então foi isso! — Enfim você viu que não há vantagem em se envolver com uma simples moça da ilha, já que afinal você não terá acesso ao dinheiro dos Lutof! Sem esforço, como você  tem.

         — Mas ou menos isso.

         —  Então você deixou Karoline em paz?

         — Eu nunca disse isso! 

         —  Você é mesmo cretino, e um moleque folgado!

         — Pense o que quiser, Alexandre.

         — Alexie o que eu mais quero, é que você seja responsável e comece a trabalhar! 

            — Não, prefiro continuar com  o tal plano do casamento arranjado, assim terei um longo tempo até pensar em trabalhar! 

           — Logo você terá sua esposa, filhos, até quando você pensa viver dessa forma irresponsável festas, viagem, diversão acordando tarde?

          — Pergunte a Violetta, ela é como eu, gosta de curtir, quer ir à festas, quer viajar...

       Seremos felizes ao menos, enquanto eu  não me cansar da novidade da tal virgizinha, e tenho karoline me esperando! 

          — Então é por isso que você aceitou tão fácil! — Você só pode estar louco, se imagina uma situação vergonhosa dessa.

           — Ah! Irmão para com isso, você achou que eu vou ser fiel a essa garota? 

     Só por ela ser novinha e virgem, você sabe que prefiro mulheres com mais experiência, apesar que Karoline foi um erro de percurso.

      Além do que, estou certo que Violetta deve ser muito gostosa, pois seu corpo não deixa nenhuma dúvida a respeito.

         —  Não fale da sua futura mulher assim, Alexie! 

          — Ei, Alexandre, você vive na idade média? — Talvez esteja na hora de você  parar de trabalhar tanto irmão, pois um pouco de divertimentos lhe faria bem, fora as mulheres que você usar, mas fingir que não!     

        Assim quem sabe talvez você possa me fazer mudar minha opinião sobre as mulheres, elas são todas iguais! 

          — Você é muito jovem para pensar desse jeito.

        — É mesmo, muito me admira você Alexandre, um solteirão convicto que não demonstra, mas transar com várias mulheres, que eu sei, mas na família e o perfeito senhor feudal chato! 

        Mas, quer me passar uma lição de moral, sendo que nunca irá se casar!      

        Pois não é obrigado, já que sua noiva o deixou pela sua deficiência! 

         — Seu moleque de merda, não venha me dizer ou tentar se colocar como igual a mim! — Eu trabalho e o resto não interessa! 

           —  Vai à merda Alexandre, se quer saber você merecer tudo que eu falei, e não me venha dar mais ordens, já que estou cumprindo o acordo da família! 

       Por tanto serei senhor desse lugar, e das empresas tanto quanto você, afinal a porra da fusão foi feita. 

       — Volte aqui, Alexie! — Eu ainda não terminei.

        — Mas eu já, tchau Alexandre!

       Então, Alexie vai embora me deixando ali.

       Eu tenho certeza que ele está tramando alguma coisa, e vou descobrir agora!

      Sem pestanejar ligo para o pai da então namorada karoline, e logo  entendo tudo! 

         Em seguida, vou em busca de Agatha para saber o que houve no passeio, além da demonstração sem vergonha do então casal!  

       — Então como foi o passeio? — Agatha.

       —  Oi! — Ale, eu já estava esperando você vim conversar comigo!

     Foi até tranquilo, Alexie agiu como sempre, ele ama uma conquista, é Violetta não é imune a ele, no mais eles formam um belo casal, e se deram  muito bem conversando bastante.

       — Não é isso que eu quero saber!     

      Quero saber, se houve alguma coisa além disso? 

        — Alexei beijou ela, e além disso não sei dizer, mas parece que eles iriam sair hoje! 

         — Para onde?

          — Ah, você sabe provavelmente para alguma festa por aí nas casas noturnas.

       Alexei nunca me leva, você sabe!

       — Maldição...

      Eu sabia que ele estava planejando acabar com a reputação dela, mas isso não vai acontecer, pois ele irá arcar com sua responsabilidade junto à Karoline.

    — De que você está falando? — Ale.

    — Não te interessa Agatha, logo você saberá.

     Sai dali, disposto a acabar com plano sórdido do meu irmão, então fui e conversei com os seguranças, pedindo para me avisarem quando o belo casal sair!

       Mas terei que tomar providências sérias e necessárias antes, então convoco o conselho da ilha, mas não estou tão contente com os conselhos que recebo. Porém será evitado o pior, e isso que importar.  Pena que mais uma vez terei que salvar essa menina!

     Será que ela não entendeu?

     Eu adverti que homens só querem se divertir, e ela não entendeu isso, claro que não! 

      Ela é o tipo de mulher que gosta de ser o centro das atenções, e não perderia a oportunidade já que segundo Agatha, ela gostou do Alexie, mas isso eu já sabia que iria acontecer!

      Mas terei que interferir infelizmente.

     Nunca pensei, que trazendo ela para cá seria obrigado a fazer isso! 

      " Mas não sei, se isso me deixar com ódio, ou com outro sentimento que a muito tempo havia morrido."

    Mas é a única forma de evitar a mesma desgraça na nossa família, já chega de quase vinte anos atrás!

     Farei o que for preciso para evitar um novo desastre, e dessa vez tenho tempo.    

     Pois, da outra vez fui somente um objeto sem ação.

      Enfim meu telefone toca, e Rick o chefe de segurança, me avisar que eles estão saindo, eu então mando ele seguir e digo que já estou indo.

      Vou deixar Alexie achando que está levando a melhor com o seu plano, mas logo ele saberá, quem eu sou!

       É que com Alexandre Lutof o senhor feudal como ele  gosta me chama, não se brinca. 

     Violetta, também entenderá de uma vez por todas, que ela precisa mudar, e se tornar uma mulher decente.

      Já estou chegando na boate Stronda... 

        Mal entro e já vejo Violetta, ela parece ter um imã, que me puxa em sua direção.

         Ela parece estar se divertindo, mas logo ela entenderá a idiotice que está cometendo, sem um mínimo de esforço cheguei até eles, pois ao me verem entrar todos já me conhece e vão abrindo caminho, até o meu querido irmão Alexie não me vê de imediato, porém ao ser dá conta que estou ali, já se assusta, mas logo disfarça.

       — Sem querer, evitar um possível problema, então simplesmente peguei a mão da Violetta e já ia saindo puxando ela para fora dali, porém, ela logo começa a protestar. 

       — Ei, porque você está me puxando, eu estou me divertindo, é você não está vendo que estou com meu noivo?

         — Alexie não pode ser  seu noivo não, mais!

          — Oi, o que você está dizendo? 

           — Em casa eu te explico, vamos agora Violetta.  

           — Não! — Eu não vou com você.

           — Por que? — Violetta.

         Alexie não vai te defender, olhe ele já está saindo para o lado oposto ao seu! 

         — Oh!...

         — Viu meu irmãozinho, é um covarde! 

         Ele sabe muito bem no que se meteu.    

         Na verdade, no que ele iria meter você menina.  — Agora vamos para casa.

        Enfim se encerrou a discussão, e consegui tirar ela dali.

       Ao menos dessa vez, ela não está bêbada, ou drogada.

       Fizemos o percurso até em casa, em silêncio.

      Eu tinha que pensar, mas era a única solução para evitar uma tragédia, e fora honra da família que seria destroçada na ilha.

      Porém eu sei que não é só por isso.

      Mas, um homem faz o que precisa ser feito! 

      Finalmente chegamos em casa.

      — Vamos, Violetta!

      —  Vou dormir, tchau.

      —  Espere menina, vamos conversar!

      — Não quero conversar, hoje.

      —  Você vai conversar comigo, agora!

      Então já a levei, na verdade não tenho alternativa, então já levo direto para o meu quarto.

        — Ei, esse lugar é um quarto?!

        — Eu não acredito que você não saiba,  que aqui, é um quarto! 

         — Isso eu sei, Sr.Lutof, mas porque aqui, e esse quarto é de quem?

            —  Esse quarto é meu! — Já digo fechando a porta e trancando.

           — É, por que você me trouxe aqui Sr. Lutof?

          — Porque a partir de hoje, esse quarto é seu também.

            — O que você  está dizendo?

           Só pode estar louco!

            — Não! — Infelizmente não, mas fiquei sabendo que jamais tive intenção de fazer isso que estou fazendo.

           — Do que você está falando?

           — Estou somente resguardando à honra da minha família, e sua também! 

           — Não, entendo...

           De que você está falando?      

          — Sente-se Violetta, na cama! 

           — O que você vai fazer comigo?    

           — Provavelmente nada, que você já não tenha feito! 

            — Chega de charadas me diz logo: Isso é uma brincadeira, né?

        " Estou começando a ficar assustada".

            — Não é nenhuma brincadeira, simplesmente são fatos e você já vai entender, sigo tirando meu terno.

          — Ei, o que você está fazendo? — Pergunta Violetta, meio assustada.

         Nem dou atenção ao que ela disse, e continue o que estava fazendo.

     Então eu puxo a manga do braço da minha camisa.

       Violeta então volta a me questionar:

      — Por que, você está tirando a roupa? 

       Não, Você não vai fazer o que eu estou pensando, vai? — Oh, Sr. Lutof, por favor?

      Eu juro que eu vou me comportar.

        — Sim! — Violetta, eu sei que a partir de agora você vai se comportar, pois não terá alternativa, já que eu serei sua sombra!

         — Não por favor, Sr. Alexandre? 

         O Sr. não pode estar pensando em fazer isso comigo? Eu sou a noiva do seu irmão! 

           — Você não ouviu o que eu te disse: Alexie não pode ser mais seu noivo! 

       Eu preciso colocar tudo em ordem! 

        — O que isso quer dizer? — Sr. Lutof.

       — Que a partir de agora você será minha mulher! — Seu noivo sou eu, é a partir desse momento em diante, na verdade pode-se considerar que já sou seu marido! 

       — Por favor, Sr. Alexandre? 

       Não faça isso comigo!

       — Não sei por que o medo menina atrevida, só irei tomar o que você mesma me ofereceu, lá naquele maldito motel, você mesma se ofereceu a mim, naquele momento eu não te aceitei, mas tem tão pouco tempo, apenas…

      Olhei no relógio, exatamente pouco mais de 72 horas atrás.

      Então, Violetta você estava se oferecendo a mim, de forma nada envergonhada, na verdade de forma descarada e como uma mulher promíscua.      

     O que mudou agora? Por que você não quer mais dá pra mim? Não era isso que você queria!

      Ela ficou só me ouvindo com respiração ofegante, mas logo se manifestar:

      —  Por favor, Sr. Lutof, o Sr. não entendeu nada! — Eu não  me ofereci a você, pois não era o Sr. que eu esperava encontrar.

       — Mentirosa, Não importa se era outro, mas você falou olhando para mim, e me viu sim. — É, eu entendi sim, você queria dar para mim, e como você disse queria ser…

        Fodida com gosto! — Então, menina, eu irei fazer isso agora, toma o que você me ofereceu.

       " Estou rindo por dentro, pois estou só amedrontando ela, não irei fazer isso a ela, não hoje, ela muito jovem, apesar que ela é linda, e me sinto ferver de tesão por ela, mas ainda não é o momento."

          — Não foi dessa forma, por favor? 

          Eu estava bêbada, até um comprimido eu tomei, por isso não estava no meu juízo perfeito! 

           — Então, você confessa que estava drogada menina?  

            — Sim, eu não sou daquela forma! 

            — É, mesmo menina, você quer que eu acredite que você é tão virgem como uma santa?

         Continue fazendo menção que estou tirando a roupa... 

          — Sim, Sr. Lutof, eu sou!

           — Tudo bem, já entendi, vou fingir que acredito em você, menina.

         Então fui até a mesa do criado mudo, e peguei um canivete que eu sempre tenho ali.

          Fiz um corte no meu braço, Violetta me olha impressionada, e morta de medo, e logo reage.

           — Você é louco! — O que você  pretende, me matar de sangrar?

          O que você quer de mim?

          — Calma menina, daqui a pouco você vai entender!

           — Agora levante-se!

           —  Não! — Eu não vou me levantar.  

            " Pelos céus, ele quer me atacar".

           —  Levante-se, eu preciso do lençol.

           —  Tá bem, você só  quer o lençol.

             Violetta enfim se levantou, eu então passei o meu braço sobre o lençol no centro da cama, sujando de sangue.

          Violetta, fica me olhando sem entender nada, ótimo acho que dará a visão que eu quero, pronto. 

       Então retirei da cama o lençol e coloquei sobre a poltrona, mas seria usado só na manhã seguinte, pois eu irei colocar na janela, mostrando a todos que á tomei por esposa.

         — Bem, menina, acho que agora você quer saber o que está acontecendo aqui? 

          — Sim! — Sr. Lutof, eu não entendi nada! — digo apontando para o lençol.     

           — Essa é a prova que você é minha mulher, a partir de agora.

            — Não, entendi ainda?

             — Violetta essa é a prova de que você não é mais virgem, coisa que talvez já seja até verdade! 

               Mas agora, eu sou seu homem!   

            — Tá bem, mas por que você fez isso?  

             — Porque, é a única forma de evitar uma desgraça na minha família novamente.

             — Mas, por quê? 

             — Alexie tem uma namorada na comunidade local, filha de um homem do clã importante, e ela está grávida dele, porém ele não quer assumir ela e o filho para não perder a boa vida que tem, e o dinheiro que recebe, e sua herança.

         Por isso preferiu manter o acordo do casamento, então se casará com você, deixando o filho sem o seu nome.

           — Oh! — Isso é muito triste.

            — Triste, é essa moça que pode ser posta para fora de casa e da vila que viveu toda a vida! — Fora que ela já afirmou ao pai que irar se matar! 

           — Pelos céus, isso não pode acontecer.

            — É, não vai acontecer! — Já basta minha tia Leona, não irei permitir.

           — Sobre o que você está falando? O que aconteceu com sua tia?

            —  Não é o momento Violetta, desse assunto, mas talvez seu pai possa te falar, pergunte a ele! 

          No, mas menina, a partir de agora eu já te digo: o que aconteceu aqui só é entre mim, e você, ninguém pode saber que você não é minha mulher de verdade! 

       — Mas, então me deixe embora, eu não falarei nada.

        — Eu não posso Violetta, eu já aceitei a fusão com seu pai, e já está tudo certo!

       É, não tem como voltar atrás, assim como seu pai é um homem de palavra, eu também sou! 

        Fora que seu pai que volta ao clã dos Santorine, e eu sou o presidente.

       Somente cumprindo o acordo, isso será possível, mesmo vivendo em tempos modernos, o clã ainda conserva muitas leis antigas, e regras.

         — Mas, como papai pode aceitar você como genro? 

         — Ele não pode contestar, mesmo porque eu sou a lei aqui, além disso ele saber o que me deve.

            — Mas, não seremos um casal, certo?

            — Como marido e mulher, por hora não! — Você é muito jovem, e pretendo esperar um pouco.

          — Por que, você não sente atração por mim, é isso?

          — Isso não vem ao caso.

         Mas já advirto que não me faça de bobo, não tente me traí com quem quer que seja, pois eu Alexandre Lutof não perdoou traição, agora vá dormir está muito tarde já.

         — Tudo bem.

         Ela estava já saindo do quarto…

           — Violetta, você vai dormir aqui, a partir de agora!

        — Mas, iremos dividir a mesma cama?

         — Menina, eu já te falei que eu não te quero agora! — Por tanto pode ficar tranquila, fora que minha cama é enorme.

         É, se você olhar ali do lado esquerdo, tenho um escritório e lá tem um ótimo sofá cama, se te amedronta tanto partilhar a cama comigo, por hora eu fico dormindo por lá.

       — Não é isso, Sr.Lutof é que...

        — É, o que menina?

         — Nada... bobagem minha.

         — Então é isso eu vou trabalhar um pouco, e fique à vontade, pois o dia de amanhã promete, na verdade daqui a poucas horas, pois já é madrugada.

       Mas, fique tranquila, tudo cairá sobre mim.

        Violetta então fez o que mandei e eu fui para o escritório.

            Autora: Graciliane Guimaraes.

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