Cap. 5
Ellie despertou depois de dormir por uma noite inteira, seu corpo ainda estava cansado de tudo que tinha acontecido, a viagem de volta e a rapidez com que saiu daquela casa deixando seu ex no passado, levantou da cama olhando pro relógio ao lado da porta e se assustou, os ponteiros indicavam oito e vinte da manha. Aquele seria seu primeiro dia na casa de Vicent e tentaria ser a melhor hospede que ele ia ter na sua vida. Pegou sua escova pra lavar seus dentes e uma toalha pra enxugar seu rosto, saiu do quarto sabendo que Rylian há essa hora estaria na faculdade já que ele estudava pela manhã, passou pela sala vendo Vicent assistir televisão comendo um pedaço de pizza que tinha sobrado da noite anterior.
— Bom dia Vicent – ela disse e ele olhou pra trás, cuspiu o suco que tomava — Que foi Vicent, você está bem? – perguntou tampando seus lábios para não rir da expressão exagerada do loiro.
— Estou. E como estou – ele a olhou de cima a baixo de novo. Ellie vestia só uma blusa grande que terminava no meio das coxas grosas. Podia ver dali os bicos dos seus seios enrijecidos, foi excitant3, ele sentiu isso entre suas pernas — Bom dia. – voltou a olhar pra sua televisão, ter uma mulher dentro daquela casa podia ser um problema, riu de lado, um problema muito bom.
Depois de um banho quente, Ellie colocou sua roupa de correr, short curto de malha, e um top pra cobrir os seios, tinha saudades de suas roupas antigas, quando viajou com seu namorado, ela mal podia vestir um short que ele ficava pensando besteira, era um horror está lá apenas para ser seu divertimento prazeroso. Amarrou o cabelo e calcou tênis confortáveis. Pronto, estava na hora de conhecer a nova vizinhança. Saiu do quarto ajeitando o Mp4 que usaria para ouvir qualquer musica que gostava, passou pela sala não vendo ninguém, foi até a cozinha onde encontrou Vicent de costas cozinhando alguma coisa, ele estava sem camisa e ela deu um sorriso safado ao vê-lo mexer os quadris no ritmo da musica agitada que tocava no radio.
Uma das coisas que Ellie sempre admirou foi à beleza do seu melhor amigo, começou com olhares com segundas intenções e ao invés de ficarem, eles optaram por ser amigos e dali nunca passou. Mas vendo as coisas agora, ele tinha ficado mais atraente do que se lembrava, uma pena ele ser do outro lado, gostar de p4u ao invés de uma boa b0c3t4, pois ela não se importaria de senti-lo dentro dela por mais de uma vez.
— Quer uma dica? – ela acordou dos seus pensamentos encarando Vicent — Tira uma foto que fica pra sempre – ele riu mordendo uma cenoura pequena — vai correr?
— Sim. Vou ver se acho a cafeteria que você disse que Sadie trabalha, e vou conhecer a vizinhança.
— Ela vai te amar – ele falou se encostando na pia olhando pro corpo dela, era tão bonito, a bund4 tinha crescido os seios estavam médios como sempre, mas agora despertava um estranho desejo por querer tocá-lo, ou chup4r cada um... Cada idéia. — Boa sorte – disse quando ela deu as costas, olhou mais pra bund4 dela rebolando, e ela movendo aquelas pernas. — caralh0. Ellie ficou mais que gostosa!
Ele foi pra janela da cozinha e olhou para o lado, se encostou ali cruzando os braços e encostando sua cabeça na janela de vidro, ficou olhando até Ellie aparecer na rua, ela esticou os braços para o lado e depois pra cima, deu um sorriso pra uma mulher que passou na rua e começou a correr na direção da cafeteria que Sadie trabalhava naquele horário, e ele podia não falar em voz alta pra alguém além dele próprio, mas uma chama de desejo e possessão pelo corpo da sua melhor amiga se apossou do seu peito.
O caminho até achar a cafeteria foi tranquilo. Corria sentindo o sol da manhã em sua pele exposta, se sentir livre nunca foi tão bom quanto naqueles minutos em silêncio, apenas com sua mente como companhia. Sorriu pra alguns caras, que acenaram em forma de cumprimento e se exercitou como nunca antes já que fazia um bom tempo que não saia para correr.
Quando achou a cafeteria deu um grande sorriso e entrou na mesma sem pensar duas vezes. Tinha algumas mesas ocupadas e outras vazias ao lado. Era grande o lugar, decorado de recortes de jornais enfeitando as paredes e no teto havia um lustre grande feito de rolinhos de cana. Ela foi andando até esbarrar em alguém enquanto girava para conhecer mais o lugar.
— Me desculpe – ele disse se virando e quando pode reconhecer a pessoa, seus olhos se arregalaram. — Sadie?
— Ellie? – as duas sorriram e se abraçaram rapidamente não perdendo mais tempo. — Quanto tempo. Eu senti tanta a sua falta – Sadie a soltou e segurou suas mãos pequenas. — Como você ta uma gata, meu Deus.
— Você também está linda – disse e olhou ao redor — Quer tomar café comigo?
— Vicent deixou você sair de casa sem tomar café? – Sadie tirou seu avental e foi até o balcão pedir alguns minutos de folga o que foi concedido.
— Eu disse que vinha falar com você – Ellie respondeu quando ela sentou na mesa. — Me diz, como vão as coisas pra você?
— Vão bem, eu acho – botou uma mecha do cabelo pra trás da orelha — estou morando sozinha, finalmente. – Riram — ainda faço faculdade, estou trabalhando aqui, não paga tão bem assim, mas é melhor que ficar sem nada. – Riram de novo. — E como você está? Porque voltou?
— É uma serie de coisas Sadie – suspirou. — Digo agora com todas as letras, que me arrependo muito de não ter dado ouvidos a todos vocês quando disseram que não valia a pena eu sair de casa pra morar com aquele homem em outra cidade. Foi a pior experiência da minha vida.
— Eu sinto muito Ellie – ela tocou na mão da amiga.
— Quando cheguei, fomos morar com dois amigos dele, e por duas vezes, acordei com um em cima de mim, querendo me comer. Mas depois de três meses dentro da mesma casa, “ele” mandou os dois homens ir embora.
— Que bom pra você.
— Que bom? Eu sempre tive o sonho de me tornar uma modelo, foi por isso que fui pra cidade grande, mas nada saiu como eu queria, ele não me deixou mais sair pra procurar um emprego depois que um idiota quis me agarrar na sua frente, praticamente, não tive oportunidade de nada, vivia presa. – Sadie sentiu naquele momento — Uma vez, a irmã dele foi visitá-lo e numa pequena brecha eu pedi sua ajuda e ela comprou uma passagem e se mandou com ele pra eu poder voltar.
— Meu Deus, e nós aqui achando que você estava se saindo muito bem que nem podia ligar pra dizer oi. Eu sinto muito mesmo – Sadie apertou a mão dela — da próxima vez, a gente aprende a escutar nossas mães. – riram de novo e Ellie suspirou.