Capítulo 2
13:55 ― Restaurante ― Boucherie Union Square ― EUA ― Nova York.
Sexta-Feira.
Melissa Miller.,
O dia passou tão rápido que fiquei surpresa com isso. De manhã não tinha muito clientes, somente uns trinta ou menos. E o pior disso tudo é ficar recebendo olhares do meu chefe idiota, parece que ele está esperando um deslize meu para me demitir. Vai ficar esperando, querido.
― Mel, a Laura disse que vocês vão para a balada hoje. ― Fred fala ao se aproximar de mim.
― Sim, nós resolvemos ir hoje, já que não iremos trabalhar amanhã. ― Ele fez bico. ― O que foi?
― Nem chama a pessoa, né? ― Revirei os olhos pelo seu drama.
― Desculpa, querido. Fred, você gostaria de ir comigo e a Laura para a balada?
Ele dá um tapa fraca no meu braço fazendo eu rir.
― Sua debochada. Mas sim, eu gostaria de ir com vocês.
― Muito bem.
Desvio o olhar dele para a Verônica.
― Quer ir também, Nica?
Ela negou com a cabeça.
― Hoje meu filho vai me visitar.
A Verônica é uma mulher muito linda, a cor da sua pele é branca, seus cabelos são castanho claro, o brilho dos seus olhos verdes claros a destacam muito. Tenho certeza que tem vários homens querendo ela, mas como ela é mais na dela, não percebe isso.
Ela é mãe e tem um corpo muito chamativo, seus seios são enormes, sua bunda e coxa também. Realmente é linda demais, eu só espero que consiga um homem bom, diferente do desgraçado do seu ex que a traiu com sua prima.
O filho de Verônica tem dez anos e mora com o pai, ele raramente vem visitá-la.
― Porque ele escolheu te visitar do nada? ― Ela suspirou.
― O pai vai para a casa da namorada e não tem ninguém para deixar ele. ― Bufei com isso.
― E porque caralhos não deixou com a mãe dele?
― Porque ela também vai sair. O engraçado disso tudo é que eu só sirvo para ficar de babá enquanto eles se divertem. Toda vez que eu quero ir me divertir, sempre acontece algo.
― Você não tem alguém para deixá-lo? ― Fred perguntou preocupado.
― Não.
― Podemos ir de novo no sábado, eu vou sem problema nenhum. ― Digo.
Ela sorriu para mim.
― Tá tudo bem, Mel. Eu agradeço por isso, mas não precisa ir sábado. Podemos marcar para a próxima sexta.
― Tudo bem, eu irei sem nenhum problema. E você, Fred? ― O encarei.
― Eu também irei sem nenhum problema. Duas vezes seguidas, irei pegar vários homens. ― Nós acabamos rindo com seu jeito eufórico.
Sim, o Fred é gay. Antes ele se considera bissexual, mas depois de ficar somente com homens, ele não sente mais nenhuma atração por mulheres. Confesso que ele é um gay muito lindo, tem um metro e oitenta de altura, moreno, um corpo bem sarado. Resumindo, ele é gostoso pra porra.
― Espera ai. ― Olhei para ele sem entender. ― Você não estava namorando, Fred?
Ele sorriu.
― Sim, estava. Agora isso é passado, baby. Quero beijar muito na boca hoje e quem sabe transar bastante.
Faz um longo tempo que não faço sexo. Tenho certeza que fiquei virgem de novo.
― As garotas já pararam de fofocar? ― Tomamos um susto com o nosso chefe atrás de nós. ― Voltem ao trabalho!!
Reviramos os olhos e voltamos para os nossos afazeres.
Entrei na cozinha e vi a Laura comendo escondido.
― Se o idiota do nosso chefe ver isso, você está lascada. ― Segurei a risada ao perceber que ela se assustou.
― Quase morri do coração. ― Colocou a mão sobre o seu peito.
― Fazendo coisas erradas. Enfim, vamos organizar a cozinha.
― Tá certo.
Enquanto eu e a Laura organizamos a cozinha, os outros funcionários estão almoçando na sala de descanso.
― Esse trabalho mata a gente. ― Digo enquanto lavo os pratos.
― Como assim? ― Perguntou sem entender nada.
― A hora do almoço deveria ser de meio dia e quarenta ou cinquenta, mas só podemos almoçar de uma hora e meia ou duas horas da tarde. Isso é exploração demais. Visse não? Semana passada a Patrícia quase desmaiou de fome, eu odeio esse idiota. Só não saio daqui porque precisamos de dinheiro.
Ela não diz nada, mas eu sei que está pensando.
― Ah, avisando que o Fred vai conosco para a balada.
― E a Nica?
― Vai ter que ficar com o filho enquanto o pai e a mãe dele vão sair para se divertir.
Bufou ela irritada.
― Esse imbecil só lembra dela quando é para cuidar do filho dele. Aquela criança também é a pior, escolheu o pai e nunca ligou ou mandou mensagem para a mãe dele.
― Fazer o que? Está vivendo com um pai idiota, vai acabar sendo um idiota também quando crescer. ― Respondo sem tirar os olhos dos pratos.
Logo os outros funcionários entram na cozinha.
― Você comeu, Mel? ― Paula pergunta, vejo ela se aproximando de mim.
― Comi alguns petisco.
― Quer passar mal? ― Me olhou séria.
― Relaxa, Paula. Quando eu estou com fome, como até pedra. Mas somente alguns petiscos já me encheu bastante.
― Vou confiar na sua palavra. ― Ela se afastou.
― Você tem certeza que não está com fome, Mel?
Sorri com carinho pela sua preocupação.
― Tenho certeza que não estou com fome, Laura. Não se preocupe. Se eu ficar com fome faço um sanduíche simples, como sem problema nenhum.
― Tudo bem.
Eu de fato não estou com fome, de tanto comer petiscos de coisas diferentes, isso encheu minha barriga.
A única coisa que eu quero é dançar hoje e beber bastante. Talvez eu queira fazer sexo ou talvez não.