Capítulo 4
Neil Reinhart
- Ok, viável. Eu nem sei quem ele é. -
Fulminea me mostra o perfil de Neil. Bem, o que posso dizer, a mãe natureza foi muito cuidadosa ao fazer isso. Rosto angelical, cabelos loiros acinzentados e olhos verdes, ou talvez grisalhos, ou talvez um daqueles que mudam dependendo da luz.
Não há fotos dele exibindo seu abdômen, o que é um bom presságio para sua sanidade.
Brianna levanta seus grandes olhos verdes do telefone e depois de examinar toda a cantina com o olhar, aponta para uma pessoa em uma mesa no fundo da sala.
— Uuuh Amy, seus dedinhos ganharam na roleta russa, parabéns. Espero que você faça mais com ele do que escreva com ele. -
— Chega — Só digo essa palavra porque não sei mais o que dizer já que estou muito focado em toda aquela bondade. Ele está sentado com um grupo de amigos, todos parecem jogadores de futebol por serem bem maiores. do que ele, mas talvez prefira sua forma de membros longos em vez de um par de ombros volumosos como os outros. Resumindo, um garoto simpático, aparentemente normal, com companhia atóxica. Eu poderia facilmente trabalhar nisso sem ter ideias estranhas na cabeça. Até que uma loira se aproxima dele, coloca as mãos em seus ombros e se inclina para sussurrar algo em seu ouvido, derramando todo seu generoso decote em seu pescoço, ele se vira para ver quem é. Provavelmente ele não a reconhece porque gentilmente pega as mãos da beldade e as move para outro lugar, voltando à conversa e rindo dos olhares travessos de seus companheiros. Sinto muito pela Barbie, mas não muito.
— Eu também pensei que ele estava saudável no início, mas descobri pelas minhas fontes confiáveis que ele é um daqueles idiotas habituais que te abandona à tarde, ou à noite, depois de te conhecer na boate e essa provavelmente foi sua última presa . ele diz, apontando veladamente para a loira que está saindo da cantina.
— Não preciso de mais nada... além do seu dinheiro, quero dizer —
Corajosamente caminho até a última mesa da cantina e me sento ao lado de Neil.
— Prazer em conhecê-lo, sou Amy, você deve ser Neil, certo? — Nossa, que frase eficaz Amy, como você descobriu isso?!
Ele se vira para olhar para mim e demora um pouco mais do que o esperado. Normalmente consigo esse efeito quando estou meio nua dançando em um cubo, sem roupa e sem maquiagem. Busque a aprovação de seus amigos. Olá Amy, você é muito gentil, mas não estou interessado.
— Ah não, mas é você quem me procura — nunca serei sua presa, putinha. Talvez eu tenha confundido com um produto de supermercado? Você pode não estar interessado neles, nem em um ser humano.
Ao ouvir essa frase ele se enrijece, talvez ninguém jamais tenha ousado contradizê-lo diante dos amigos.
“Diga-me, Amy”, ele repetiu meu nome, colocando um sotaque estranho, em um tom arrogante.
"Acho que você conversou com meu amigo ali", ele apontou para a mesa onde estava sentado antes, mas Brie havia sumido. Obrigado pela merda, amigo; De qualquer forma, é sobre o anúncio de emprego. Deveríamos chegar a um acordo.
Ele arranca um pedaço de guardanapo e começa a escrever seu número nele. —Ligue para mim—ele me entrega entre dois dedos como se faz com cartões de visita. E depois com aquele tom lânguido... de vômito. Coloquei-o na minha bolsa e guardei minha expressão de nojo para quando eu estivesse de costas. Um baque preenche a sala e minha bunda esquerda formiga levemente. Não posso acreditar! Um de seus amigos da academia me bateu na bunda. Reviro os olhos, respiro fundo para me acalmar e me viro calmamente para eles com um sorriso falso no rosto. Minha mão sai e pousa na bochecha de quem deve ser o culpado. - Olho por olho... -
A — uuuuuuh — se levanta entre as crianças do suposto time de futebol.
Saí triunfalmente pela porta do refeitório e na porta estava Brianna. — Parece que o amigo musculoso dele gostou de você… pelo menos! -
— Se você tiver sorte, vou te apresentar a Brie — ela ri animada e não posso deixar de pensar que se eu não a tivesse ao meu lado desde pequena, nunca teria aprendido o que significa encontrar o lado bom de cada situação e viver com leveza.
Todos no corredor olham para nós e uma garota chega até mim e pergunta se posso dar o número do Neil a ela em troca de dinheiro. Quase fiquei tentado, admito, mas o bom senso prevaleceu sobre meu desespero financeiro, e por isso tenho que me apegar ao meu único cliente. Brie e eu concordamos que era melhor escolher apenas um para seguir, para que eu tivesse tempo para me dedicar também aos estudos.
— Hoje à noite estou de plantão Brie, se quiser, olhe o Ticket, mas não espere por mim se estiver com sono: sei que amanhã você tem um dia cheio —
- Está bem. Vou ver duas babas para seu cuzinho flácido e vou dormir.
— Eu não tenho bunda flácida! — Protesto sinceramente ofendido.
"Idiota, eles nunca teriam contratado você se você não tivesse isso", diz ele, apertando minha bunda. Hoje todo mundo tem na pobre bunda esquerda...
O frio do metal chega até meu antebraço, mas afinal estamos no fim do verão e isso não me incomoda muito, pelo contrário. Assisto ao jogo de futebol dos meus companheiros da arquibancada. Para manter as bolsas realizam centenas de atividades extracurriculares, sempre me opus, até porque não sou um menino que adora esportes coletivos ou que gosta de nadar, cantar, tocar algum instrumento ou participar de concursos de ortografia, desde que eles existe no colega...
Gostam de correr e atacar, rolar na lama e até brincar na chuva. Não gosto de contacto físico, excepto com raparigas nuas, e faço o estritamente necessário para me manter em forma.
O árbitro apita, sinalizando que o jogo acabou, então pego minha mochila meio vazia e desço para o vestiário.
— Muito bem pessoal, continuem e talvez ganhemos o campeonato deste ano — diz o treinador enquanto meus companheiros entram em um corredor coberto nas laterais do campo que leva aos chuveiros.
— Olá Neil, como foi? —pergunta Erin, colega de quarto de James.
— Bem, eu não sou fã de futebol, mas você não parece mal —
“Éramos uma bomba”, diz Carlos Roy, com a voz abafada pela camisa que tira.
Um telefone é ligado no banco. É de Tiago.
—Onde está Tiago? - Perguntado
“No chuveiro ali,” ele aponta o queixo para Erin.
— Ah, chegou uma mensagem, ok, você vai ver como chega —
Toca novamente e então olho para a tela.
/VERDADEIRO/
/Diga-me/
Odeio pessoas que enviam uma palavra de cada vez para expressar um conceito. O nome acima me atrai mais do que a mensagem: — Brianna — . Falar com Brianna? A amiga da garota que deveria me ajudar com a enorme quantidade de estudos deste semestre?
Depois de alguns minutos e de ter explorado todas as possibilidades, apenas uma pergunta vem à mente.
—Você está em contato com Brianna? -
Assim que James entra no vestiário enrolado na toalha, os olhos de todos os nossos companheiros se concentram nele.
- Não, na verdade não. Escrevi para ele depois que conhecemos ontem a garota que trabalha com você na cantina, já que o número dos ingressos era dele. Está bom, vamos! -