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Rd narrando
A gente para o carro na frente do barraco no alto do morro que a gente chamava de Juizo, onde a gente levava todos os merdas , x9 , vermes.
Eu abro o porta mala do carro e ela começa a me bater.
- Me solta – ela fala e eu seguro as suas mãos com força e ela me encara.
- Eu juro que faço você viver um inferno – eu falo.
Eu a pego pelo braço e jogo ela dentro do barraco em cima de um colchão.
- Demoraram – JK dono do morro do alemão fala. Fernanda está do lado dele fumando um baseado. – Essa é filha do Antonio?
- Você conhece meu pai? – ela pergunta para ele.
- Eu lembro de você pequena – ele fala – que merda que você fez da tua vida se envolvendo com o filho da puta do Perigo – ela o encara e depois me encara.
- Estava indo para o Pará – eu falo.
- Eu já disse que eu não ia falar nada – ela fala firme e a gente começa a rir.
- A polícia está te procurando em rede nacional garota – Fernanda fala para ela – em qualquer lugar que você fosse, você seria encontrada você querendo ou não. Eles iriam te prender, te pressionar até que você contasse.
- Você sabe de mais – Eu falo para ela e ela me encara – Eu já te disse você sai daqui morta ou com Perigo.
- Vai demorar – Jk fala – ele foi preso e nem deu entrada na penitenciaria.
- Ele pode ser morto – ela fala nos olhando – pelos policiais.
- É melhor você torcer pra que isso não acontece, porque ai eu te mato – eu falo para ela que arregala os olhos para mim – amarra ela.
- Não – ela fala e Fernanda se aproxima dela – não encosta em mim – ela grita e tenta reagir, mas Jk aponta a arma para ela.
- Eu tenho maior respeito pelo teu pai, mas não tenho paciencia com garota mimada – ele fala olhando para ela – se envolveu com traficante porque quis e você sabia que não poderia largar ele quando bem quisesse, então agora cala a porra da tua boca e vai fazer tudo que a gente mandar sim, se tivesse procurado a nossa ajuda ao invés de fugir, as coisas ficariam tranquilas para você. – Fernanda a amarra.
- Vocês vão me manter aqui até quando? – ela pergunta com raiva.
- Até a gente achar que é necessário – eu respondo para ela.
A gente sai do escritório e Ph nos chama na boca.
- Olha só – Ph fala – acabei de saber por nosso informante na polícia que alguém denunciou dizendo que Perigo estaria fora do morro naquele momento e ele foi preso dentro da casa dele.
- Só pode ter sido a Malu – Fernanda fala.
- Não – Jk fala.
- Foi sim – ela fala – aquela garota sofre horrores na mão dele, a primeira oportunidade ela ia denunciar e ela fugiu muito rápido do morro, não acha? – ela questiona a gente.
MALU narrando
Eles vão embora me deixando sozinha nesse inferno, eu começo a gritar pedindo ajuda, mas de nada adianta, eu tento soltar as cordas que aquele brutamonte amarrou em minhas mãos, mas ela amarrou forte e as cordas nem se mexia do lugar.
- Merda – eu falo gritando – eu odeio você Perigo – eu tiro o colar que ele me deu que eu tinha no pescoço e jogo ele longe dentro daquele barraco, esse lugar era escuro, imundo e fedido.
Eu vejo um rato andando pelo barraco, eu fico de pé e começo a gritar.
- Sai seu bicho horroroso e imundo – eu grito.
Depois de tudo que eu passei com Perigo eu ainda vou ter que ficar aqui sendo prisioneira desse maluco, depois de algumas horas e aquele rato andando de um lado para o outro, a porta é aberta e agora entra apenas Rd.
- Como está sua estadia em nosso hotel 5 estrela? – ele fala com um sanduiche em suas mãos.
- Me tira daqui, tem ratos nesse lugar – eu falo – eu não vou dormir aqui.
- Com saudade do luxo que Perigo te dava? – ele pergunta me olhando. – acabamos de descobrir que foi denúncia. – eu o encaro – foi você que denunciou ele?
- Não – eu respondo rápido.
- Você fugiu muito rápido do morro – ele fala me encarando.
- Eu estava com ele dentro de casa eu vi quando a policia chegou – eu respondo.
- E fugiu como sem que eles enxergasse você? – ele pergunta me olhando.
- Eu pulei a janela do quarto, eu e Perigo a gente estava discutindo e eu fugi dele e nessa hora a policia entrou – eu falo e ele me encara com um sorriso no canto do rosto e segura forte o meu rosto – você está me machucando. – eu falo olhando para ele.
- Foi armação, não foi? – ele fala me encarando nos olhos – uma briga premeditada, uma fuga. Você fez um combinado com a policia? – eu nego – sua piranha desgraçada – ele me joga contra a parede – Perigo é um imbecil de querer te manter viva.
- Eu não fiz nada – eu falo para ele – você realmente acha que perderia meu tempo denunciando ele? A única coisa que eu queria era fugir dele e eu sei que se ele fosse preso, a policia me caçaria ou vocês – ele me encara – eu sei que eu sei de mais e sei que a policia quer me encontrar para que eu conte tudo a eles por isso a primeira coisa que eu fiz, foi fugir - ele começa a rir.
- Achando que iria conseguir? – ele pergunta.
- Perigo te caçaria até no inferno – ele fala – quando ele sair tu tá ferrada garota, se ele não te manter viva até lá para ele mesmo te matar com as próprias mãos.
- Vocês são todos covardes – eu falo encarando ele – todos covardes, vocês se acha foda só porque tem uma arma em mãos, mas não passa de uns traficantes de merda.
- Quer mesmo me ofender? – ele pergunta me olhando.
- Todos vão ter o mesmo destino, ser presos ou mortos – eu falo – e eu fico feliz cada vez que vejo um de vocês sendo mortos.
Ele se aproxima de mim tirando a sua arma da cintura e apontando na minha cabeça.
- Repete sua vagabunda – ele fala – repete sua vagabunda! – ele grita em meus ouvidos.
- Eu quero vocês todos mortos – eu falo olhando para ele – vocês todos são uns filhos da puta e merece o pior – eu cuspo na sua cara.
Ph entra dentro.
- Ei ei – ele fala segurando a mão do amigo – isso bate nela e depois Perigo vai cobrar.
Rd me solta com tudo no colchão.
- Enquanto Perigo não volta, tu é minha responsabilidade e se prepara que se você não morrer de fome e sede aqui, tu vai ter sorte – eu o encaro.
- Covarde – eu falo para ele – O dia que você morrer eu vou está viva para sambar em cima do teu corpo.
- Caralho garota, cala a porra da tua boca – Ph fala para mim.
- Não se preocupa, que antes disso eu te mato – ele fala me olhando com raiva.