♥ CAPÍTULO TRÊS♥
17:30 ― Columbia University ― Nova York ― EUA.
Noah Miller.
Sexta-Feira.
Soltei um suspiro quando finalmente as aulas tinham acabado.
― Finalmente! ― Dylan falou erguendo os braços para cima em um modo dramático e isso me fez rir.
― Deixa de ser dramático. ― Falei enquanto começo a guardar as minhas coisas.
― Não estou sendo dramático, é que eu estou feliz que as aulas tenham finalmente acabado. ― Sorrir com isso. ― Estou mais ainda feliz que você concordou em sair comigo.
― Não se empolgue muito. ― Ele sorriu.
― Eu só estou feliz que o meu melhor amigo finalmente vai sair de casa. ― Fechei a minha mochila.
― Enfim, aonde nós vamos se encontrar?
― Bom, eu posso pegar o carro emprestado do meu pai, mas se eu aparecer na sua casa com um carro é capaz dos seus pais falarem.
― De fato. ― Concordei com ele.
― Então podemos se encontrar no centro da cidade, eu passo para te pegar lá, o bom é que é perto da sua casa. ― Acenei com a cabeça.
― Beleza, eu te mando uma mensagem quando estiver saindo de casa. ― Ele acenou com a cabeça.
― Vamos? ― Perguntou já se levantando.
― Vamos.
Peguei a minha mochila e também me levantei já indo para fora da sala com o Dylan atrás de mim.
― Você ouviu que segunda-feira o senhor De Luca vai vim aqui na nossa faculdade dá uma palestra? ― Parei de andar e olhei para ele surpreso. ― Pela sua expressão eu vejo que não.
― Dá uma palestra? ― Ele acenou com a cabeça. ― Você sabe sobre o que é essa palestra?
― Parece que ele vai está abrindo algumas vagas na sua empresa e está disposto aceitar alguns alunos daqui.
― Nossa isso é incrível, a empresa dele é bem grande e muito popular, tem até em outros países. ― Falei impressionado.
― Nem me fale, eu daria de tudo para trabalhar naquela empresa, imagina, você ia ter o melhor salario do mundo. ― Falou fazendo uma careta estranha e isso me fez rir.
― Deixa de sonhar acordado, é capaz de ele aceitar só pessoas brancas. ― Falei desanimado.
― Eu acredito que não, na empresa dele tem várias pessoas negras trabalhando, tem mais negros do que brancos. Parece que a secretária dele é uma mulher negra e ainda por cima é mãe. ― Olhei para ele.
― Eu me pergunto onde você consegue tantas informações assim. ― Ele sorriu.
― A internet tem tudo meu amor, é só você pesquisar o nome do casal e vai ter várias curiosidades deles dois, eu fico fuçando tudo sobre eles. ― Neguei com a cabeça.
― Você por acaso é um stalker? ― Ele deu de ombro.
― Eu não tenho nada melhor para fazer, vou pesquisar sobre a vida dos outros. ― Isso me fez rir.
― Você não tem jeito mesmo hein.
Saímos da faculdade tranquilamente, graças a Deus não demos de cara com aquele idiota do Jacob.
― Se o seu pai tem carro, porque você não vem com ele? ― Perguntei depois de um tempo.
― Porque assim eu não poderia mais vim com você. ― Parei de andar e me virei para ele.
― Você está vindo a pé por minha causa? ― Questionei surpreso e o mesmo bufou.
― Não comece com isso, eu estou vindo porque é divertido, se eu for de carro com o meu pai é capaz de eu ficar de fones de ouvidos o caminho todo. Com você é muito divertido Noah, nós podemos conversar tranquilamente e ainda por cima se divertir.
― Tem certeza disso? ― Ele bufou e entrelaçou os nossos braços.
― A maior certeza do mundo. E também eu gosto de andar, me faz se sentir um pouco livre.
― Entendo, então tudo bem. ― Ele sorriu.
Voltamos andar sem se importar de está de braços dados, eu não me importo com isso, mas eu ainda me sinto meio mal por ter permitido que aquele infeliz do Jacob chamasse o Dylan de animal.
― Eu te mando uma mensagem quando eu estiver saindo de casa. ― Falou soltando o meu braço.
― Certo. ― Observo o mesmo atravessar a rua, ele se virou para mim e acenou.
Retribui o gesto e soltei um suspiro, agora voltar para casa.
Eu só quero terminar a faculdade e arrumar um trabalho, por mim eu trabalhava logo, mas a minha mãe não me permiti trabalhar agora. ― Dobrei a esquina e continuei andando em direção a minha casa, vejo o Charles entrando em casa de longe, ele até chegou um pouco mais cedo em casa.
Continuei andando e logo cheguei em casa, abri a porta e vejo o Charles jogado no sofá.
17:55 ― Casa dos Miller ― Sala de estar ― Nova York ― EUA.
― Você chegou cedo em casa, eu estou surpreso. ― Falei fechando a porta atrás de mim.
― Teve um briga dentro do banco e acertaram o chefe. ― Abri a boca em estado de choque.
― E ele está bem? ― Perguntei preocupado.
― Sim, ele está bem, mas não irei trabalhar por uma semana. ― Falou emburrado.
Ele e o resto da família são loucos por trabalho, só vivem trabalhando, eu sei que é bom para ter dinheiro, mas do que adianta trabalhar tanto e não viver nada?
― Nossa isso é complicado demais. ―Falei sem saber o que falar.
― Tudo bem, eu vou tomar um banho e dormir um pouco. ― Falou se levantando do sofá e indo para o quarto.
Acho que eu também vou tomar um banho e já indo escolher a minha roupa, mas eu tenho que falar com a minha mãe.
Peguei o meu celular e fiquei na duvida se ligo para ela ou não, ela deve está muito ocupado nessa hora.
― Só me resta ligar para o meu pai.
Disquei o número do meu pai e liguei.
Chamando...Chamando...
― Oi?
― Pai, eu posso sair hoje com o Dylan?
Perguntei um pouco nervoso, mesmo que eu tenha vinte e dois anos, eu estou morando embaixo do teto deles e tenho que pedi a permissão deles.
― Tudo bem, você mal sai mesmo, estou surpreso por pedi para sair.
― Obrigado pai, eu vou sair de oito horas.
― Certo, volte para casa antes das três horas.
― Tudo bem, tchau.
Desliguei o celular e fui andando para o andar de cima, andei tranquilamente para o meu quarto e logo adentrei o mesmo, coloquei a minha mochila em cima da cama.
― Que roupas eu devo usar? ― Perguntei a mim mesmo.
Suspirei e fui saindo do quarto indo até o quarto do Charles e da minha irmã, dou duas batidas na porta e logo escuto um entre.
― Charles, você pode me ajudar a escolher uma roupa pra sair hoje? ― Ele estava deitado na cama e o mesmo me olhou surpreso.
― Essa é a primeira vez que você vai sair, eu estou surpreso demais. ― Bufei com isso o fazendo rir. ― Tudo bem, eu vou te ajudar.
Ele se levantou e foi até o seu guarda-roupa.
― Pode usar essa minha calça de couro, essa camisa branca e a minha jaqueta de couro. ― Ele me entregou as roupas.
― Mas suas roupas são grandes demais para mim, eu sou magro demais. ― O mesmo bufou.
― Deixa disso garoto, é só colocar o cinto que fica perfeito. ― Ele procurou o cinto e me entregou. ― Depois venha aqui para eu arrumar o seu cabelo.
Suspirei com isso.
― Eu vou está parecendo um playboy. ― Falei contragosto o fazendo rir.
― Se vai sair pela primeira vez, tem que está parecendo um playboy mesmo.
― Obrigado pelas roupas. ― Ele sorriu.
―Mas se tu manchar a minha jaqueta eu te mato. ― Sorrir com isso.
― Certo.
Fui saindo do quarto e voltando para o meu.
― Ainda são seis e meia, posso descansar um pouquinho.
Fui andando até a cama e me deitei nela para relaxar um pouco.
Ah, eu precisava disso.