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Capítulo 5|Meu Demônio Morto

▪︎LILLIE ▪︎

Eu não queria me aprofundar nesse assunto, mas desde que eu pensei que Dante tinha sido nomeado, eu coloquei minha sanidade de lado e me aproximei da porta.

Essa coisa de espionagem estava se tornando um hábito meu.

"Não estou interessado na sua aliança, você também é um Mancini", diz Lionel.

A Mancini? Esse é o sobrenome de Dante. Quem é esse homem com quem Lionel está falando?

— Bachman, garanto-lhe que não serei como meu primo, ele era sujo nos negócios, alguém em quem ninguém confiava. diz a outra voz.

Primo, meu Deus.

Ele me bateu mais perto da porta para ouvir bem.

"De qualquer forma, não estou interessado em ter qualquer relação com a organização italiana", informa Lionel.

Organização?, o que, ele também é um mafioso. Oh meu Deus, agora eu entendo tanto poder e dinheiro. Não são apenas suas empresas. Isso significa que todas as pessoas que estão na sala são pessoas desse tipo.

Estes entre puro mafioso.

— Aparentemente você ainda não está ciente da boa notícia, ou para você seria ruim. diz o estranho.

Um silêncio invade o lugar. Mas então a voz de Lionel é ouvida.

— Pare de ser estúpido e diga o que você tem a dizer. Seu tom era irritado.

— Eu entendo que você tem uma filha — ele faz uma pausa, eu engulo, eles sabem sobre mim? — Mas tire essa cara assustada. Não se preocupe com isso, prometo que não vou tocá-la... mas não posso prometer que outros líderes não vão. E menos com o que aconteceu entre ela e o Diabo.

Oh não, minha respiração trava. Se ele estava se referindo ao meu Diabo, mas não entendo por que esse primo vem em seu lugar e reclama dele.

- O que você diz! - A voz de Lionel ecoa alto na sala, ele está furioso.

— Que sua querida menina, tinha a ver intimamente com minha querida prima. — joga seu veneno.

Mas o quê? Agora Lionel vai saber quem é o pai dos meus filhos e com o fato de ele também ser um mafioso, temo por ele. Eu ainda me importava com ele e não queria que nada de ruim acontecesse com ele.

-Isso não é possível! — grito — Saia daqui! Não quero saber mais sobre você e seu primo traidor. Ou qualquer coisa a ver com a família Mancini.

Traidor? Dante o traiu? Minha cabeça vai explodir com tantas dúvidas. Não aguento mais preciso entrar e enfrentar esses dois homens, preciso saber o que aconteceu com Dante.

Antes de Lionel chutá-lo para fora, eu abro a porta fazendo-a chacoalhar. Os dois homens se viram rapidamente, como se esperassem um ataque, já que a maioria dos que estavam ali sacou suas armas para apontar para mim.

Quão rápidos eles são?

Verifico que eles não estavam sozinhos. Ao lado, mas um pouco distante estava Marcus e do outro lado da mesa estava um cara de cabelos escuros vestido formalmente todo de preto. E em cada lado dele ele tinha dois mastodontes semelhantes aos que Lionel tinha.

Lionel e Marcus guardaram suas armas, enquanto os outros caras continuavam apontando em minha direção.

O sujeito bem vestido emoldura um sorriso atrevido e sinaliza para seus homens enormes abaixarem suas pistolas.

"Sim, é apenas a princesa", diz o cara desconhecido que vai fingir que é um primo.

Aproximo-me com passos seguros da mesa de Lionel, sem tirar os olhos dele vou até ele.

— O que isso significa? Você também é um mafioso? eu perguntei.

Era algo óbvio mas eu precisava ouvir o que ele tinha a dizer, eu tinha me decepcionado com esse homem, achava que ele tinha um pai exemplar, quando finalmente tentei me aproximar dele ele saiu com o fato de que ele é um maldito criminoso.

Mas o que eu acho, eu me envolvi com um igual a ele, eu sou o menos provável de julgá-lo, mas mamãe vai saber? Isso é mais preocupante, já que ele está nos expondo a um mundo perigoso.

— Filha, deixe-me explicar — ela diz, eu balanço a cabeça — Por favor.

— Não há nada para explicar, aqui posso saber quem você realmente é. - Meu tom sai desprezível.

Uma risada me faz virar para notar o cara atrás de mim a alguns metros de distância. Ela olhou para ele enquanto ele olhava para mim, ainda rindo.

"Agora eu entendo o que meu querido primo viu em você", diz ele. "Além de quão bonita e... boa você é", seu tom soava sujo quando ele me varreu com o olhar e mordeu o lábio.

A náusea voltou para mim, nojo e repulsa foi o que suas palavras provocaram. Faço um gesto de nojo.

- Onde está o? - pergunte diretamente, sem tantos desvios.

Eu não tinha tempo, nem queria aturar caras como ele.

"Uau... você gostou do jeito que ele te tratou na cama," ele deixou escapar.

Você está me chamando de prostituta?” Meu rosto começou a esquentar de raiva.

"Cuidado com suas palavras nojentas", respondeu Lionel entre os dentes cerrados, muito furioso. "Se você quer continuar vivo, é melhor não se dirigir à minha filha assim." Ela não é uma prostituta.

A risada alta do cara ecoa na sala.

— Se você diz... é porque me lembro que meu primo só gostava de chafurdar com esse tipo de mulher. Ou talvez seja porque o babaca nunca descobriu que era sua filha — diz ele.

Por que ele se refere a ele no passado?Bem, talvez porque ele não tenha mais esses gostos.

- Sair! — levanta a voz Lionel — Não quero ver seu rosto repulsivo novamente em meu território.

O homem não parava de rir, parecia que tudo o divertia, era cínico, mas com um cinismo ruim que era assustador e repugnante.

— Você fica com raiva que ele diga a verdade, não é minha culpa que sua garota tenha se deitado na cama daquele que era seu inimigo. — Ele se aproxima da porta ignorando os olhares de ódio que Lionel e eu lançamos a ele — Mas antes de ir, preciso informar uma coisa à sua princesa. — ele faz uma pausa e volta sua atenção para mim — Você vai ver, linda, seu diabo se foi, então você não tem mais com quem se divertir debaixo das cobertas... mas se você quer um homem de verdade, não hesite para me procurar. Eu saberei te agradar muito melhor do que meu priminho, posso fazer você provocar muitas coisas que você vai gostar. - ele diz descaradamente e com um sorriso.

- Enganar! — Eu o insulto — A única coisa que você pode provocar em mim é nojo e muito mais vontade de vomitar. Você nunca me faria sentir um pingo do quanto Dante me fez sentir.

Seu rosto muda para um sério e ele apaga o sorriso, enquanto com o olhar ele me lança punhais. Se olhares pudessem matar, eu já estaria morto.

— Lamento, doçura, não poder mais agradá-la tão malditamente. — diz ele com os dentes cerrados — porque seu querido Diabo está morto e não vai voltar. Ele diz zombeteiro, piscando um sorriso.

O quê, morto? Não pode ser possível, ele não pode morrer tão facilmente. Não, por favor, isso não é verdade.

Eu recuo, minhas pernas tremem, minhas mãos também. Começo a me ventilar, me falta ar.

— Não — murmuro — Não é possível, ele não...

- Desculpe, mas é assim. Já se passaram alguns meses desde que o deram como morto. - Ele diz.

Meses? Significa que ele não me deixou como eu pensava, não voltou porque foi assassinado.

- Não faça! Eu gritei e caí no chão.

Eu caio de joelhos, minhas lágrimas escorrendo sem parar. Eu sinto morrer, meu coração está apertado. Eu quero ir com ele.

"Bem, minha tarefa aqui está cumprida. Despeço-me, meus mais sinceros pêsames - diz sarcasticamente e solta sua risada maníaca.

Não sei, não sei quando ele sai do escritório. Sinto como se braços me levantassem.

"Querida", diz Lionel, suavemente. Eu tinha me levantado e me colocado em uma cadeira, em que momento? Não sei — Marcus traz um copo d'água, rápido! — ordens.

- Sim senhor.

Ainda estou em choque. Ouvir essa notícia me devastou completamente. Meu Diabo está morto, nunca mais ouvirei sua voz grossa e poderosa, não verei seu rosto e seu sorriso arrogante que aprendi a amar.

— Minha filhinha, olhe para mim, por favor — Lionel continua falando — Acredite, foi a melhor coisa que poderia ter acontecido, você não vai ter aquela escória te seguindo.

O comentário de Lionel o faz reagir.

- O que você sabe? Eu salto para os meus pés, mas tropecei um pouco.

“Filha, não adianta você se colocar assim.” Ela tenta me pegar pelos ombros para me sentar novamente.

Mas ele rejeitou seu toque e me puxou para longe dele.

- Deixe-me! — grito — O melhor para mim é não ter conhecido você. - digo com desprezo - Você não sabe o que ele significou para mim.

— Ele não era bom, você merece alguém melhor... — eu o interrompo.

— O que eu preciso é Dante! - Falo alto - E você saberá se foi bom ou não. Só eu conhecia seus dois lados. Caso você não saiba, a melhor coisa para mim era ele, não seu amigo estúpido fingindo ser um cavaleiro.

Eu não me importei se ele ficou chateado porque eu insultei e cortei seu amigo. Agora entendi que ele queria esse destino para mim, mas não vou permitir.

— Nikolay é muito mais homem e é alguém em quem se pode confiar, não como aquele maldito diabo — diz ele.

Eu engasguei em exasperação. Essa conversa está me cansando.

— Agora eu entendo... você me quer para o seu negócio estúpido. digo irritado.

- Não, claro que não. Se eu o nomeio, é porque você comparou. Só estou dizendo que Niko é um homem melhor do que aquele... bastardo. Ela parecia ter dificuldade em se expressar sobre ele.

"Eu não me importo com o que aconteceu entre vocês, isso não é da minha conta", eu expresso.

— Mas sua família é minha inimiga, seu legado sempre foi por anos, os Bachmans não são parentes dos Mancinis. — esclarece.

- O que você não entendeu? - Eu fico mais chateado - eu não dou a mínima, suas inimizades, seus legados e toda essa estupidez. — Levanto a voz — Era o homem que eu amava, o único que amarei e o pai dos meus bebês — toco minha barriga — Se não se lembra, são seus netos. E, no entanto, você vai chamá-los de bastardos também, por terem o sangue deles?

Lionel não diz nada, apenas olha para mim. Eu podia senti-lo um pouco solto, mas ainda não me moveria. Depois de reclamar com Dante, ele não seria mais solidário com ele. Seu silêncio me dizia tudo, ele não aceitava meus bebês porque eram filhos do diabo, e a verdade era que eu não ia ficar esperando que ele o fizesse.

Saí daquele lugar sem esperar outra palavra daquele homem. Subi rapidamente os degraus para chegar ao meu quarto. Depois de trancar a porta, cuidadosamente me joguei na cama e comecei a chorar.

Minhas lágrimas cessaram sem parar, até deixar meu travesseiro molhado de tanto chorar.

Eu não precisava dele, eu queria que ele estivesse vivo e me tirasse desse castelo que parecia uma prisão. Eu sei que se ele estivesse lá ele faria isso e ainda mais se ele soubesse o que papai ia fazer.

Desde que eu podia duvidar dele, eu conhecia seu lado ruim, mas também o bom. Seu corpo e seus olhos me disseram o que sentiam por mim no último dia em que o vi no hospital quando ele me deixou antes de partir.

Eu não achava que nada de ruim tivesse acontecido com ele, era difícil acreditar que o líder da máfia italiana, meu diabo, estava morto.

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