Prólogo
Eu sempre soube na minha vida que estava destinada a coisas grandiosas. Como uma força sempre me impulsionando para a frente. E não estou falando do sopro da vida, mas de uma coisa muito mais forte, permanente e indissolúvel. Porque a vida se esvai em um sopro, mas o desejo de escrever seu nome na terra, com letras douradas, é aquilo que te faz mover as estrelas.
Mas eu nunca quis que fosse daquele jeito. Eu nunca quis me apaixonar. Achava que o amor não era para mim e que, no dia em que me apaixonasse, eu acabaria magoada, vazia e solitária. E teria me perdido de mim mesma, da garota que eu era, da garota que eu queria ser.
Eu não sabia ainda, mas estava certa. E também, profundamente enganada.
E foi isso o que aconteceu, eu me apaixonei. Caminhei de olhos vendados até a beira do penhasco. E pulei.
Era isso. Nada, jamais, seria outra vez como antes.